terça-feira, 31 de dezembro de 2024
Celebrar o Natal: promover a cultura do encontro e da paz
Celebrar o Natal: promover a cultura do encontro e da paz
“Em tudo dai graças a Deus”
Olhando pela janela...
A concorrência é desumana e com ela a desigualdade social.
Reina ainda na terra, deploravelmente, o estado da injustiça que clama vingança.
O desafio da fraternidade universal
O desafio da fraternidade universal
Com a passagem da Carta de São Paulo aos Efésios (Ef 2,13-18), refletimos sobre a missão dos discípulos, que são, por sua vez, continuadores da Missão do Senhor, unidos por amor, sem barreiras e divisões, porque estas foram superadas pela vida e missão do Senhor Jesus.
Da prisão, o Apóstolo Paulo escreve aos Efésios, e sua “Carta Circular” é enviada a várias Igrejas da Ásia Menor, através de Tíquico, o portador, por volta dos anos 58/60.
A Carta tem como tema central o que Paulo chama de Mistério do Projeto Divino para o Seu povo, desde a eternidade e o papel de Jesus Cristo neste Projeto: romper os muros que nos separam, formando um só povo.
Responder à proposta de Jesus é passar a integrar a comunidade dos santos, como homens novos, acolhendo e comunicando a salvação que se destina a todos.
É preciso edificar comunidades que se abram à proposta de Deus, deixando-se transformar por Sua proposta de Amor.
Deste modo, será uma comunidade de irmãos e irmãs que se amam, quebrando as barreiras, vivendo na unidade e na fraternidade universal.
Reflitamos:
- Quais são os muros a serem destruídos dentro e fora da comunidade?
- Quais são as pontes que devemos construir para solidificar a unidade e a fraternidade universal?
- Nossa comunidade deixa-se transformar pela proposta amorosa de Deus?
É preciso construir comunidades que se abram à proposta de Deus, deixando-se transformar por Sua proposta de Amor.
Oportuno que retomemos a Oração Sacerdotal de Jesus, que encontramos no Evangelho de São João (cf. Jo 17).
Oremos:
“Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis...”
Sementes ou pilares da casa da Paz
Sementes ou pilares da casa da Paz
Se quisermos a Paz é preciso plantá-la.
Se quisermos a paz é preciso no canteiro de nossas casas, bem no coração dos filhos, cultivá-las.
Isto acontece quando pais e mães procuram o Batismo para seus filhos para viverem em contínua adoração a Deus e compromisso inadiável com a paz que começa na família, deverão ser como que "Jardineiros de Deus"!
Os pais são os primeiros catequistas, mestres dos filhos; quer pela palavra, quer pelos exemplos, e serão seus “jardineiros” para sempre.
Quão feliz é a criança que tem em seu coração estas quatro sementes plantadas, que, por sinal, como vemos são exatamente os “pilares” de que nos falava o Papa São João XXIII.
Deste modo, estes “pilares”, são como que sementes a serem plantadas no coração dos filhos: Amor, Verdade, Justiça, Liberdade.
Feliz a criança que contempla seus pais pautando sua vida e relacionamentos:
Pelo Amor que não permite o ódio, rancor, ressentimentos, violência…
Pela Verdade expressa na sinceridade dos atos e sentimentos, da fidelidade, da transparência, da partilha do que acontece.
Somente a Verdade liberta, mas como crerão na verdade se em sua casa houver infidelidade, traição, mentiras, enganos, máscaras?
Pela Justiça testemunhada na responsabilidade, na honestidade, no respeito, no não omitir-se diante do papel a cumprir, no zelo pelo bem e pela fraternidade universal;
Pela Liberdade nas sábias escolhas, na ausência de vícios e qualquer forma de dependência. Na sobriedade diante de tudo e de todos. Liberdade para dizer não àquilo que destrói a vida, sem medo de rótulos, de incompreensões…
Jamais faltem estas preciosas sementes a serem plantadas, assim como não faltem pais e mães jardineiros para esta bela missão de plantar e cuidar do jardim de Deus que começa no coração dos filhos!
Da mesma forma, não faltem filhos abertos e predispostos a acolher e fazer frutificar sementes que trarão frutos de Paz!
PS: A título de conhecimento, a imagem postada é da Casa de Nazaré.
O retrovisor e o farol de milha (parte I)
O retrovisor e o farol de milha (parte II)
Mas como começar melhor o ano?
Um Ano que termina, outro que inicia...
“O Verbo Se fez Carne”
Em poucas palavras...
Jesus Cristo: perfeito na divindade e
humanidade
«Na
sequência dos santos Padres, ensinamos unanimemente que se confesse um só e
mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, igualmente perfeito na divindade e
perfeito na humanidade, sendo o mesmo verdadeiramente Deus e verdadeiramente
homem, composto duma alma racional e dum corpo, consubstancial ao Pai pela sua
divindade, consubstancial a nós pela sua humanidade, «semelhante a nós em tudo,
menos no pecado» (Hb 4,15): gerado do Pai antes de todos os séculos segundo a
divindade, e nestes últimos dias, por nós e pela nossa salvação, nascido da
Virgem Mãe de Deus segundo a humanidade.
Um
só e mesmo Cristo, Senhor, Filho Único, que devemos reconhecer em duas
naturezas, sem confusão, sem mudança, sem divisão, sem separação. A diferença
das naturezas não é abolida pela sua união; antes, as propriedades de cada uma
são salvaguardadas e reunidas numa só pessoa e numa só hipóstase»”
(1)
Concílio Ecumênico de Calcedônia (451d.C.) – Catecismo da Igreja
Católica – parágrafo 467
segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
O amor de Deus nos livra do abismo da morte
O amor de Deus nos livra do abismo da morte
No dia 30 de dezembro, a Liturgia nos oferece as seguintes proclamações: Leitura (1 Jo 2,12-17); Salmo 95, 7-10, e a passagem do Evangelho (Lc 2, 36-40), em que a viúva Ana fala acerca do Menino apresentado no templo a todos os que esperavam a libertação de Israel.
Vejamos o que nos diz Lecionário Comentado:"
O amor a Deus liberta-nos da transitoriedade que nos arrasta para o abismo da morte. E proclamar em voz alta este caminho de vida é obra profética, sobretudo pela profecia que vem de Cristo”. (1)
De fato, somente com a presença de Deus e Sua misericórdia que vem sempre ao encontro de nossa miséria, podemos firmemente dar passos na busca das coisas do alto, onde Ele habita, fazendo da própria vida um serviço a Ele, porque vivemos da alegria e do amor vivenciado e marcante deste inesquecível e decisivo encontro um dia realizado.
Com a profetisa Ana não foi diferente, uma vez que, depois de oitenta e quatro anos vividos na busca da realização da vontade de Deus, ela tem a alegria do encontro pessoal com Jesus, o Menino Deus.
Aprendamos com esta viúva que não fica com a alegria só para si, retendo-a e guardando como um tesouro, ao contrário, sai anunciando a todos que Aquele Menino, Aquela frágil criança, que oculta a divindade somente percebida pelos corações que creem, é a resposta do próprio Deus a todos os que esperam a verdadeira libertação.
Com Ana, como discípulos missionários do Verbo que Se encarnou e habitou entre nós, façamos nosso anúncio, acompanhado do reconhecimento do amor de Deus, que é fiel às Suas promessas, através do louvor, pois Ele é digno de toda honra, glória, poder e louvor.
Somente quem fez este encontro com Jesus sente a alegria transbordar no coração que palpita mais fortemente, e torna mais inflamada a chama do primeiro amor vivenciado, e envolvido por este amor está livre de todo e qualquer abismo de morte.
Finalizemos o ano vislumbrando novos dias, renovando diante do altar e no altar do Senhor a alegria de sermos seus discípulos.
Concluamos com as palavras do Profeta Isaías:
“Pois nasceu para nós um pequenino, um filho nos foi dado. O principado está sobre seus ombros e seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai para sempre, Príncipe da Paz” (Is 9,5).
E ainda:
“Como são formosos, sobre os montes, os pés do mensageiro que anuncia a paz, que anuncia coisas boas e proclama a salvação, dizendo a Sião: ‘Teu Deus começou a reinar’” (Is 52,7).
(1) Lecionário Comentado - Editora Paulus - p.284 – Vol. Advento/ Natal.