quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Natal: A Luz vai brilhar mais forte em nosso coração

                                                       

Natal: A Luz vai brilhar mais forte em nosso coração

Celebraremos o inusitado e maior acontecimento da história: o Nascimento de Jesus, do Emanuel, o “Deus conosco”, Aquele que Salva, que vem ao encontro da humanidade decaída pelo pecado.

Ouçamos novamente a voz do Anjo que anunciou há séculos: Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um Filho que será chamado Emanuel, que quer dizer ‘Deus conosco’ (Mt 1,23; Is. 7,14). O que era promessa se cumpriu.

Contemplamos Maria, em quem o Unigênito do Pai não apenas Se revestiu de carne, mas assumiu plenamente a condição humana, tornou-Se realmente um de nós, exceto no pecado.

Adoremos o Senhor que experimentou os nossos sentimentos próprios da condição humana, vivenciou nossas múltiplas emoções, como também as nossas paixões, experimentou as alegrias dos afetos e soube suportar também a desilusão das traições.

Adoremo-Lo! Ele que partilhou nossas ânsias, dores, humilhações, ignorância, e também o processo da assimilação e aprendizado do medo perante a morte inevitável, tudo por Amor de nós.

É tempo de rever caminhos feitos, preparar Sua chegada, e o primeiro lugar mais difícil e necessário é o espaço da intimidade pessoal, lá no mais profundo de nosso coração.

Evidentemente, uma preparação que deve se estender também aos nossos lares, relacionamentos de amizade, na comunidade ou fora de seus espaços, em todos os âmbitos em que a vida pulse.

Vivenciando com intensidade este Tempo do Advento, não meçamos esforços, façamos a preparação necessária para que mais verdadeiramente celebremos o Natal do Senhor.

Aproxima-se o Natal de Jesus, o Deus conosco, que não Se distancia de nossa fragilidade e não Se omite de nossa história.

Que a celebração do Natal do Senhor, na acolhida do Verbo, faça pulsar mais forte nosso coração de alegria e de esperança, porque acolheremos a Divina Fonte do Amor que conosco quer ficar.

Ele vem como Luz do Alto para iluminar os que jazem nas sombras da morte.

Preparemos o Natal do Senhor à luz dos Prefácios do Advento

                                                         


 Preparemos o Natal do Senhor à luz dos Prefácios do Advento

Tempo do Advento é por excelência tempo favorável de recolhimento, oração e fecunda penitência, para a celebração de um Natal transbordante de alegria e luz, pois veio, vem e virá o Senhor sempre ao nosso encontro.

Retomemos as quatro opções de Prefácios para o Advento que a Igreja nos oferece:

Prefácio do Advento I – sobre as duas vindas de Cristo:

“...Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai Santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Revestido da nossa fragilidade, Ele veio a primeira vez para realizar Seu eterno plano de amor e abrir-nos o caminho da salvação.

Revestido de Sua glória, Ele virá uma segunda vez para conceder-nos em plenitude os bens prometidos que hoje, vigilantes, esperamos. Por essa razão, agora e sempre, nós nos unimos aos anjos e a todos os santos, cantando (dizendo) a uma só voz...”

Prefácio do Advento I A – Cristo, Senhor e Juiz da História:

“...Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação louvar-vos e bendizer-vos, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, princípio e fim de todas as coisas. Vós preferistes ocultar o dia e a hora em que Cristo, vosso Filho, Senhor e juiz da história, aparecerá nas nuvens do céu, revestido de poder e majestade.

Naquele tremendo e glorioso dia, passará o mundo presente e surgirá novo céu e nova terra. Agora e em todos os tempos, Ele vem ao nosso encontro, presente em cada pessoa humana, para que o acolhamos na fé e o testemunhemos na caridade, enquanto esperamos a feliz realização de Seu reino... Por isso, certos de Sua vinda gloriosa, unidos aos anjos, Vossos mensageiros, Vos louvamos, cantando (dizendo) a uma só voz...”

Prefácio do Advento II - A dupla espera de Cristo:

“...Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Predito por todos os profetas, esperado com amor de mãe pela virgem Maria, Jesus foi anunciado e mostrado presente no mundo por são João Batista.

O próprio Senhor nos dá a alegria de entrarmos agora no mistério do Seu Natal, para que Sua chegada nos encontre vigilantes na oração e celebrando os Seus louvores. Por essa razão, agora e sempre, nós nos unimos aos anjos e a todos os santos, cantando (dizendo) a uma só voz...”

Prefácio do Advento II A - Maria, a nova Eva:

“...Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso. Nós Vos louvamos, bendizemos e glorificamos pelo mistério da virgem Maria, mãe de Deus. Do antigo adversário nos veio a desgraça, mas do seio virginal da Filha de Sião germinou Aquele que nos alimenta com o pão do céu e garante para todo o gênero humano a salvação e a paz.

 Em Maria, é-nos dada de novo a graça que por Eva tínhamos perdido. Em Maria, mãe de todos os seres humanos, a maternidade, livre do pecado e da morte, se abre para uma nova vida. Se grande era a nossa culpa, bem maior se apresenta a divina misericórdia em Jesus Cristo, nosso salvador. Por isso, enquanto esperamos Sua chegada, unidos aos anjos e a todos os santos, cheios de esperança e alegria, nós Vos louvamos, cantando (dizendo) a uma só voz...”

Oremos:

Senhor Deus, ajudai-nos para que vivamos estes dias do Tempo do Advento, em alegre expectativa para a Celebração do Nascimento do Vosso Filho, Senhor e Juiz da História, em esforço contínuo de conversão na vigilância e na oração, abertos e conduzidos pelo Santo Espírito.

Celebremos a dupla espera de Cristo que vem, contemplando a primeira vinda e aguardando a segunda vinda gloriosa, vivendo com zelo, ardor e amor na vinda intermediária, a missão que recebemos pela graça do batismo, a fim de que sejamos sal da terra e luz do mundo.

Nós Vos suplicamos, contando com a intercessão de Maria, a nova Eva, a mãe de todos os seres humanos, que por meio dela a Divina Misericórdia veio ao nosso encontro, trazendo a Salvação em seus raios (Ml 3,20). Amém.

Morte: o eterno descanso

                                                               

Morte: o eterno descanso

A morte nos inquieta e nos acompanha, irremediavelmente, desde a concepção: nascemos e inevitavelmente morreremos.

A morte consiste no fim da vida terrena, mas, para quem no Senhor vive e crê, prolonga-se na eternidade: d’Ele viemos, nos movemos e somos, e para Ele haveremos de voltar.

A morte é o apagar das luzes. Porém, ainda que vivamos sob as sombras da morte, um dia na luminosidade plena estaremos: céu.

Quando fugirem os últimos lampejos da vida, a morte, então será o eterno descanso para quem viveu em permanente combate, sem cansaços e esmorecimentos.

Ainda que do leito de morte não possamos nos livrar, poderemos viver o último sono, o sono dos mortos, mas despertos ao passar pela porta do céu.

Morrer é não mais estar submetido aos dias da semana, mas viver o “sábado eterno” do descanso em Deus, quando tudo foi consumado, a última cortina foi fechada, porque se exalou o derradeiro alento.

Quando sentirmos as asas da morte roçar-nos, frias, pela fronte, que seja o nosso ir para o céu; e indo para Deus, o desejado encontro no Seu tempo, orante e, vigilantemente, preparado.

Há o tempo de viver, há o tempo de morrer... Há o tempo para alar-se rumo à mansão celeste, tendo caído no seio frio da morte, e dormido o sono da noite sem hora, o sono do verdadeiro repouso, na mansão dos justos.

Que na hora da morte, no soar da hora fatal, durmamos em Deus e descansemos em paz, rumando para o céu, tendo todo esforço feito para não termos trilhado para o inferno, o lugar do não amor, da não vida, da não luz.

Cientes de que teremos que comparecer perante o tribunal de Deus, que não tenhamos vivido dias avaramente contados, empobrecidos e empobrecedores.

Quando a derradeira pulsação de vida se der com a morte, que o Senhor Se compadeça de nossa alma.

Quando tudo for consumado, e o canto do cisne seja o início de um canto de que não conhece fim, com todos os Anjos e Santos na eternidade, com palmas nas mãos, louvaremos e glorificaremos Aquele que tem poder sobre a vida e a morte: Jesus. Amém.

Resquiescat in pace - Descanse em paz!

                                          


Resquiescat in pace  - Descanse em paz!

O sol escondido sob as nuvens, dia sombrio, como ficaram os dias sem você, desde quando partiu, e meus olhos nadam em lágrimas vertentes.

Hoje, uma lembrança com misto de tristeza suave e dilacerante me consome, e volto meus olhos para o passado, procurando preencher o vácuo que você deixou, que por vezes parece impreenchível.

Não fosse a fé na ressurreição da carne, ficaria apenas a sombra do túmulo, eterna sombra da morte; eterno descanso; ocaso sem esperança; derradeira pulsação da vida, sem desabrochar na outra margem.

Não fosse a fé na ressurreição da carne, aquele momento supremo da vida, seria um eterno sábado; o véu da morte ficaria para sempre posto, e não reconheceríamos os sinais do Ressuscitado, “os panos dobrados e colocados à parte” desde aquela memorável madrugada (cf. Jo 20, 7).

Mas creio na ressurreição da carne, e a morte é o descansar no regaço do Senhor; o dormir o sono da noite, sem horas após o último suspiro e o cerrar dos olhos à luz; o sentimento do frio pelas asas da morte a roçar a fronte; o fugir dos últimos lampejos da vida.

RIP – Resquiescat in pace – Descanse em paz amigo/a. Que o Senhor se compadeça de sua alma e o tenha para sempre em Sua glória, até que um dia também faça a necessária e derradeira passagem e viveremos o epílogo da eternidade e comunhão na glória dos céus, com os anjos e santos. Assim creio. Assim espero. 

Tenho que seguir em frente, lembrando com carinho de cada momento que vivemos; cada sorriso compartilhado; cada lágrima enxugada; cada dificuldade superada...

Descanse em paz! O brilho do Sol nascente vem nos iluminar, até que um dia possamos nos céus nos encontrar. Amém.

Creio n’Aquele que veio, vem e virá: Jesus

 


Creio n’Aquele que veio, vem e virá: Jesus

“Aguardamos o nosso Salvador, o Senhor, Jesus Cristo.
Ele transformará o nosso corpo humilhado
e o tornará semelhante ao seu corpo glorioso,
com o poder que tem de sujeitar a Si todas as coisas.” ( Fl 3,20b-21)

Creio na Encarnação Do Verbo, feito Carne, envolto em faixas e reclinado num presépio, e assim ao vir pela primeira vez, revestido de nossa fragilidade, para realizar o plano eterno do amor de Deus para nós, suportando a cruz, sem recusar a Sua ignomínia, abrindo-nos o caminho da Salvação.

Creio que virá pela segunda vez, revestido da glória de Sua majestade, num manto de luz, cercado de uma multidão de anjos, para nos conceder em plenitude os bens prometidos que hoje, vigilantes, esperamos.

Creio na primeira vinda de Cristo que foi nossa redenção, e na Sua segunda vinda, quando aparecerá como nossa vida. 

Creio na Sua presença contínua em espírito e poder, como numa senda, guiando-nos da primeira para a segunda vinda gloriosa, que vigilantes esperamos. Amém.

 

Fontes: Prefácio do Advento I;  São Cirilo de Jerusalém – séc. IV; São Bernardo (séc. XII)

 

A beleza do Tempo do Advento

                                                           



A beleza do Tempo do Advento (ano A)

Antes de apresentarmos a mensagem que a Liturgia da Palavra nos oferece, podemos assim entender o Tempo do Advento:

“Hoje nós não esperamos a vinda do Messias – que já apareceu em Belém há mais de dois mil anos – mas a Sua manifestação ao mundo. É nesta perspectiva que adquire sentido o Tempo que dedicamos à preparação do Natal, Tempo que mais do que ‘Advento’, deveria ser chamado ‘Preparação para o Advento’” (1).

Agora vejamos o que nos propõe a Liturgia:

- No primeiro Domingo (ano A) retrata a vinda escatológica de Jesus (a Sua segunda vinda gloriosa, que professamos e aguardamos na vigilância). Somos chamados a “atitude da vigilância”. Todos os textos proclamados evocam a manifestação do Senhor no fim dos tempos e a urgência da preparação para este final da história da humanidade na terra.

- No segundo Domingo (e também no terceiro) retrata a Sua vinda na História. A atitude que se ressalta é a “conversão”, a partir da voz de João Batista, que exorta a preparar os caminhos do Messias esperado.

- No terceiro Domingo, temos a identificação de Jesus testemunhado pelas Suas obras. De fato era Ele que haveria de vir. A marca deste Domingo é a “alegria”, pela Sua primeira vinda e a espera paciente e confiante de Sua segunda vinda.

- No quarto Domingo nos fala do “anúncio“ a José, sobre o nascimento do Filho de Maria como Salvador e Deus conosco.

Em relação à Palavra proclamada nestes Domingos:

- Na primeira leitura, percorremos um itinerário de consciência progressiva do caráter salvífico da vinda d’Aquele que foi prometido e que será reconhecido, no quarto Domingo, na Pessoa de Jesus de Nazaré.

- Na segunda Leitura, temos um convite a nos deixar conduzir pela vigilância, paciência e fidelidade às Escrituras, reconhecendo em Jesus, o Filho de Deus, e vivendo a obediência da fé.

Neste sentido, somos convidados à vigilância e à conversão, esperando com alegria e perseverança a chegada de Deus, na encarnação do Verbo, com a destruição da injustiça e da impiedade, trazendo a salvação para todos os que n’Ele crerem.

Concluindo, podemos afirmar que o Tempo do Advento é uma frutuosa introdução no Mistério do Ano Litúrgico e a celebração da tríplice vinda de Jesus: “As poucas semanas que precedem a Festa do Natal constituem uma importante iniciação ao Mistério insondável da Encarnação, que desde então é o âmbito em que vivemos na fé e na esperança” (2).

Sobre esta tríplice vinda, fiquemos com as palavras de São Bernardo (séc. XII), em sua Homilia para o Advento:

“Na primeira vinda, o Senhor veio em carne e debilidade, nesta segunda, em espírito e poder; e na última, em glória e majestade. Esta vinda intermediária é como que uma senda por que se passa da primeira para a última: na primeira, Cristo foi nossa redenção; na última, aparecerá como nossa vida; nesta, é o nosso descanso e o nosso consolo” (3).


(1) Lecionário Comentado - Editora Paulus - p.35
(2) Missal Quotidiano Dominical e Ferial – Editora Paulus – Lisboa – 2011 pp. 27-28
(3) idem p.28 - (in São Bernardo, Homilia sobre o Advento, 5,1-2, Opera omnia, edição cisterciense, 4, 1966, 188-190).

Glorifiquemos a Deus pelo Mistério da Encarnação do Verbo

                                                   


 Glorifiquemos a Deus pelo Mistério da Encarnação do Verbo

No dia 18 de dezembro, ao ouvir, em pleno Tempo do Advento, a poucos dias de celebrarmos o Natal do Senhor, a passagem do Evangelho de Mateus (Mt 1,18-24), sejamos enriquecidos pelo Sermão do Venerável e Doutor da Igreja, São Beda (séc. VIII), em que nos fala do grande e insondável Mistério da Encarnação do Verbo no ventre de Maria:

“Em poucas palavras, porém cheias de realismo, o evangelista São Mateus descreve o nascimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo pelo qual o Filho de Deus, eterno antes do tempo, apareceu no tempo como Filho do Homem.

Conduzindo o evangelista à sucessão genealógica, partindo de Abraão até chegar a José, o esposo de Maria, e enumerar – conforme o modo costumeiro de narrar às gerações humanas – a totalidade seja dos genitores como dos gerados, e dispondo-se a falar do nascimento de Cristo, ressaltou a enorme diferença que existe entre Ele e os demais nascimentos: os outros nascimentos ocorrem através da união normal do homem e da mulher, enquanto que Ele, por ser o Filho de Deus, veio ao mundo através de uma virgem. E era conveniente sob todos os aspectos que Deus, ao decidir tornar-Se homem para salvar os homens, não nascesse senão de uma virgem, pois era impensável que uma virgem não gerasse a nenhum outro, senão a um que, sendo Deus, ela O gerasse como Filho.

Eis que, disse o profeta, a Virgem conceberá, e dará à luz um filhoe lhe porá o nome de Emanuel (que significa ‘Deus conosco’). O nome que o profeta dá ao Salvador, ‘Deus conosco’, indica a dupla natureza de Sua única Pessoa.

Na verdade, Aquele que é Deus nascido do Pai antes de todos os séculos, é o mesmo que, na plenitude dos tempos tornou-se, no seio materno, no Emanuel, isto é, em ‘Deus conosco’, porque Se dignou assumir a fragilidade de nossa natureza na unidade de Sua Pessoa, quando a Palavra se fez carne e habitou entre nós, quando de modo admirável começou a ser o que nós somos, sem deixar de ser o que era, assumindo de tal forma nossa natureza que não ficasse obrigado a deixar de ser o que Ele era.

Maria deu à luz, pois, a Seu Filho primogênito, isto é, ao Filho de Sua própria carne. Deu à luz Àquele que, antes da criação, nasceu Deus de Deus, e na humanidade, na qual foi criado, superava superabundantemente a toda criatura. E Ele lhe pôs, diz, o nome de Jesus.

Jesus é nome do filho que nasceu da Virgem; nome que significa – conforme a explicação angélica – que Ele salvaria o Seu povo de seus pecados. E Aquele que salva dos pecados salvará da mesma forma das corruptelas da alma e do corpo, que são sequelas do pecado.

A palavra ‘Cristo’ designa a dignidade sacerdotal ou régia. Na lei, tanto os sacerdotes como os reis eram chamados ‘cristos’ pela crisma, isto é, pela unção com o óleo sagrado: eram um sinal de alguém que, ao manifestar-se no mundo como verdadeiro Rei e Pontífice, foi ungido com o óleo de júbilo entre todos os seus companheiros.

Devido a esta unção ou crisma, é chamado Cristo; aos que participam desta unção, ou seja, desta graça espiritual, são chamados de ‘cristãos’. Que Ele, por ser nosso Salvador, nos salve de nossos pecados; enquanto Pontífice nos reconcilie com Deus Pai; na Sua qualidade de Rei; digne-se conceder-nos o Reino eterno de Seu Pai, Jesus nosso Senhor, que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina e é Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.” (1)

Reflitamos e contemplemos sobre o grande e insondável Mistério da Encarnação do Verbo no ventre de Maria, mas também nos convida a refletir sobre a graça que recebemos de nos tornarmos “cristãos”.

Como cristãos, seguidores de Jesus Cristo, somos ungidos, marcados, assinalados para a mais bela missão: a continuidade da missão de Jesus Cristo, cujo nascimento a poucos dias celebraremos.

Seja o Natal a Festa do Eterno Amor (o Espírito Santo), que veio ao encontro da humanidade por meio do Eterno Amado (Jesus Cristo), comunicador do pleno e infinito amor do Pai (o Eterno Amante).

Natal é a Festa em que somos envolvidos e mergulhamos intensa e profundamente no amor de Deus, para que deste amor sejamos sinais e comunicadores.

Oremos:

Ó Deus de Amor e ternura, que por meio do Vosso Filho, nosso Salvador, sejamos salvos de nossos pecados, remidos pela graça e ação do Santo Espírito.

Ó Deus de misericórdia e bondade, que por meio do Vosso Filho, nosso divino Pontífice, nos reconcilie convosco, e assim, vivamos relações mais humanas e fraternas.

Ó Deus onipotente e onipresente, que por meio do Vosso Filho Rei e Senhor de todos os povos; seja-nos concedida a graça da vinda do Vosso Reino, que é eterno e universal: Reino da verdade e da vida, Reino da santidade e da graça, Reino de justiça, do amor e da paz. Amém.

 

(1) Lecionário Comentado – Editora Vozes – 2013 -  pp.32-33    

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