quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Em poucas palavras...

                                                


Eucaristia e o amor ao próximo

“É no coração que se devem inscrever a Lei de Deus e a Sua Palavra, ‘pois é do interior do homem que saem os pensamentos perversos: imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, cobiças... Todos estes vícios saem do interior do homem e os tornam impuros...’

O critério último e decisivo da justa observância da Lei de Deus é o amor eficaz ao próximo. Porque é ele que julga a autenticidade da participação na Eucaristia que é o Sacramento do amor.” (1)

 

 

(1) Missal Quotidiano Dominical e Ferial  - Editora Paulus - pág. 1852

Luzes para solidificar a integração pastoral

                                                         

Luzes para solidificar a integração pastoral

Creio que o Bispo, o Pároco e o Vigário Paroquial, como pastores, têm a árdua e inadiável missão de favorecer a comunhão pastoral, que se traduz por Pastoral de Conjunto, concórdia, fins comuns, comunhão fraterna etc.

Na Sagrada Escritura, inspirações, sobretudo paulinas, são abundantes:

O Reino de Deus não é comida nem bebida, mas é justiça e paz e alegria no Espírito Santo. É servindo a Cristo dessa maneira, que seremos agradáveis a Deus e teremos a aprovação dos homens. Portanto, busquemos tenazmente tudo o que contribui para a paz e a edificação de uns pelos outros” (Rm 14,17-19)

E ainda: “Alegrai-vos, procurai a perfeição, encorajai-vos. Permanecei em concórdia, vivei em paz, e o Deus de amor e de paz estará convosco” (2 Cor 13,11)

Olhar para os Apóstolos Pedro e Paulo, duas preciosas colunas da Igreja, tão diferentes e tão complementares, nos ensina a fortalecer os vínculos fraternos dos agentes de pastoral entre si e com seus pastores.

Os dois Apóstolos tinham em comum a sedução, o apaixonamento e o enraizamento no amor de Cristo, elementos que os ajudaram a enfrentar os cárceres, correntes, perseguições e até mesmo o coroamento pelo martírio, com o derramamento de sangue (o primeiro pela cruz e o segundo pela espada).

Já nos primeiros passos da Igreja, edificada por Cristo sobre a fé de Pedro, o Papa São Clemente nos advertia, exortando-nos a procurar o que for útil para todos e não o próprio interesse:

“Por que há entre vós lutas, cóleras, dissensões, divisões e guerras? Porventura, não temos um só Deus, um só Cristo e um só Espírito da graça derramado sobre nós e não há uma só vocação em Cristo? Por que arrancamos e despedaçamos os membros de Cristo e nos revoltamos contra nosso próprio corpo e chegamos à loucura de esquecer que somos membros uns dos outros?”.

Temos ainda o Princípio da Subsidiariedade , que diz na sua essência:

“Que cada um faça bem e com amor o que lhe é próprio”. Princípio que, se efetivamente vivenciado, teremos pastorais integradas e inúmeros problemas evitados.

A integração pastoral, ou de qualquer natureza, jamais poderá prescindir da humildade, da conversão, da sinceridade, da lealdade, do desejo de criar vínculos verdadeiramente fraternos e eucaristizados no banquete provisório, que acena ao Banquete da Comunhão Eterna.

Se verdadeiramente eucarísticos formos, 
não poderemos nos apresentar no Altar do Senhor 
sem gestos concretos de comunhão fraterna.

Urge que nos empenhemos em sagrados compromissos com o Reino
para que, pela Eucaristia nutridos e fortalecidos, 
no cotidiano tudo possa ser multiplicado, 
e frutos pascais saborosos partilhados.
Amém!

Crer e viver a Eucaristia que celebramos no altar

 


Crer e viver a Eucaristia que celebramos no altar

A Comunidade do Ressuscitado que se encontra para Celebrar a Eucaristia, deve fazê-lo apaixonadamente, crer piamente no que se celebra para que se possa viver intensamente.

Assim era a comunidade dos coríntios que celebrava a Eucaristia durante o ágape (= caridade), festim de amizade, com o objetivo de  cimentar a fraternidade da comunidade.

No entanto, este ágape muitas vezes divide a comunidade por força do egoísmo dos participantes, o que levou o apóstolo Paulo a recordar que o aspecto comunitário e o aspecto sacrificial devem ser dignamente avaliados, a fim de que não se dissociem: a Eucaristia não é só festim, mas também encontro comunitário com Cristo em Seu sacrifício.

Ao celebrar a Eucaristia, faz-se a Memória da morte de Cristo e exprime a certeza de que Ele enfrentou a morte em perfeita obediência ao Pai.

Afirma-se e solidifica a decisão de seguir a Jesus Cristo no mesmo caminho de obediência e amor incondicionais ao Pai, ou seja “faz-se corpo” com Ele, viver com e como Ele, alimentar-se d’Ele, a fim de que nos comprometamos com o Reino e alcancemos a vida eterna.

Tão somente assim, seremos peregrinos da esperança, nutridos pela Eucaristia, fonte e ápice de toda a vida cristã, edificando uma Igreja Sinodal, fortalecendo os vínculos da participação e comunhão fraterna.

Oremos:

“Ó Deus, ao participarmos da alegria da salvação que encheu de júbilo são Mateus, recebendo o Salvador em sua casa, concedei sejamos sempre refeitos à mesa d’Aquele que veio chamar à salvação não os justos, mas os pecadores. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.”

 

PS: Fonte - Missal Cotidiano – Editora Paulus – p.1270 – Comentário da passagem  (1 Cor 11,17-26.33)

"Muito obrigado"

                                                      


"Muito obrigado"

Sejamos enriquecidos pelo “Tratado sobre Gratidão”, de Santo Tomás de Aquino: 

"A gratidão se compõe de diversos graus. O primeiro consiste em reconhecer (ut recognoscat) o benefício recebido; o segundo, em louvar e dar graças (ut gratias agat); o terceiro, em retribuir (ut retribuat) de acordo com suas possibilidades e segundo as circunstâncias mais oportunas de tempo e lugar" (II-II, 107, 2, c).

São os três níveis assim compreendidos:

O nível superficial: reconhecimento intelectual, cerebral;

O nível intermediário: agradecimento, dar graças a alguém por aquilo que esse alguém fez por nós; 

O nível mais profundo: retribuição, vínculo, quando nos sentirmos vinculados e comprometidos com as pessoas.

O nível mais difícil, o terceiro, o “obrigado”, deve ser compreendido assim: “Fico-vos obrigado”; “Fico obrigado perante vós”; “Fico vinculado perante vós”. Sentimos a necessidade de corresponder ao outro.

Sendo assim, quando dizemos “obrigado” a alguém, não basta o reconhecimento, ou o dar graças, é preciso o estabelecimento de um vínculo de comprometimento e resposta ao bem recebido.

Em relação a Deus, quando dizemos “obrigado, ó Deus”, reconhecemos que somente Deus é Deus e nós somos criaturas d’Ele, do qual tudo nos vem e tudo nos é concedido. Não apenas reconhecemos, mas damos graças aos bens que Ele nos concede e sentimos necessidade de correspondência ao bem que nos fez. Quanto mais profundo for nosso obrigado, maior será nossa necessidade de correspondência.

Dizer obrigado a Deus é sentir a necessidade de fazer algo bom para Ele e Suas criaturas, inseparavelmente.

O “obrigado” a Deus, que sai de nossos lábios, pede, de cada um de nós, renovação de sagrados compromissos com Ele e com Suas criaturas, colocando em comum o melhor que temos e possuímos, para que toda a vida seja melhor, em todos os seus âmbitos e sentidos. 

Em poucas palavras...

                           


A garantia da justiça social

“A sociedade garante a justiça social, quando realiza as condições que permitem às associações e aos indivíduos obterem o que lhes é devido, segundo a sua natureza e vocação. A justiça social está ligada ao bem comum e ao exercício da autoridade.”

 

(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 1928.

Em poucas palavras...

                                                


Nossa intimidade com Cristo

“A pertença a Cristo implica uma ruptura, pois determina uma opção...

A intimidade com Cristo torna-se comunhão e alimenta uma fé capaz de transportar montanhas.”

 

 

(1)               Comentário do Missal Cotidiano – Editora Paulus -  da passagem (1 Cor 7,25-31) – pág. 1252

Em poucas palavras...

                                                 


A fé é vida de amor

“A razão é que a fé não é só um relacionamento pessoal com Cristo, mas um relacionamento comunitário. Se escandalizo o irmão, ofendo a Cristo. A fé é vida de amor!”  (1)

 

(1)        Comentário do Missal Cotidiano – Editora Paulus – pág. 1258 - passagem bíblica  - 1 Cor 8,1b-7.11-13

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