sábado, 2 de agosto de 2025
“Graça e Paz!”
Templo e culto agradáveis a Deus
Se te sentires enfraquecido...
Deus não se relaciona conosco condenando-nos ao infantilismo espiritual, e assim o O Bispo compara a vida cristã à vida de um soldado.
Reflitamos:
No Banquete da Eucaristia, somos refeitos
“Se calarem a voz dos Profetas...”
“Se calarem a voz dos Profetas...” Reflexão à luz da passagem do Evangelho de Mateus (Mt 14,1-12), em que Herodes manda cortar a cabeça de João Batista, num ímpio banquete de morte.
“Também na morte o Batista é ‘precursor’, e Jesus o põe em relevo. Esta morte é um típico exemplar do que muitas vezes acontece no mundo: a supressão violenta dos inocentes, dos verdadeiros heróis, por parte dos seres abjetos, cobertos de prestígio e poder, e por motivos inconfessáveis: ambição, cálculo, inveja, ciúme, falsa moral...
Triste espetáculo é ver-se a opinião pública (os convidados) assistir impassível, se não divertida, ao fato de exatamente o honesto, que corajosamente denuncia o adultério e a expoliação, ser trucidado pelos desonestos e delinquentes.
Cumpre criar uma opinião pública contrária, ter a coragem de desmascarar o erro de quem julga tudo lícito, porque pode fazê-lo com franqueza.
João não era inimigo de Herodes e este o estimava (Mc 6,20); no entanto, por covardia, fá-lo calar para sempre. Engano! Aquele martírio jamais se calará” (1)
João foi o último dos Profetas, e o Precursor do Senhor, tanto do nascimento, como de sua morte, ao derramar sangue por causa da Verdade e da incondicional fidelidade à Palavra do Senhor.
Ontem como hoje, Deus suscita profetas para falarem em seu nome, para serem a sua divina voz a denunciar tudo quanto fira a vida, roubando-lhe a beleza e a sua sacralidade, desde sua concepção ao seu declínio natural.
Vozes proféticas no campo e na cidade, em defesa de princípios éticos dos quais não podemos prescindir; denúncia de tudo aquilo que fomenta o consumismo, bem como a exploração de nossa Casa Comum, a Terra; vozes que não se calam em tantas outras situações que possam ser mencionadas.
Renovemos a graça da vocação profética, que Deus nos concedeu no dia de nosso Batismo, para termos a coragem de João Batista, em amor e fidelidade incondicional à vontade divina.
Lembremos as palavras de Santo Agostinho: João é a voz no tempo; Cristo é, desde o princípio, a Palavra eterna.”
Um canto para finalizar: “Se calarem a voz dos profetas, as pedras falarão...”
(1) Missal Cotidiano – Editora Paulus – p.1099
PS: Proclamado no sábado do 17º sábado do Tempo Comum, e oportuno para a Celebração da Memória do Martírio de São João Batista, quando se proclama a passagem do Evangelho de Marcos (Mc 6,14-29).
sexta-feira, 1 de agosto de 2025
Proximidade e separação
Rezando com o Salmos - Sl 71 (72)
Ao Senhor, toda
honra, glória e poder
“–1 Dai ao Rei Vossos
poderes, Senhor Deus,
Vossa justiça ao descendente da realeza!
–2 Com justiça Ele governe o Vosso povo,
com equidade Ele julgue os Vossos pobres.
–3 Das montanhas venha a paz a todo o povo,
e desça das colinas a justiça!
=4 Este Rei defenderá os que são pobres,
os filhos dos humildes salvará,
e por terra abaterá os opressores!
–5 Tanto tempo quanto o sol há de viver,
quanto a lua através das gerações!
–6 Virá do alto, como o orvalho sobre a relva,
como a chuva que irriga toda a terra.
–7 Nos Seus dias a justiça florirá
e grande paz, até que a lua perca o brilho!
–8 De mar a mar estenderá o Seu domínio,
e desde o rio até os confins de toda a terra!
–9 Seus inimigos vão curvar-se diante d’Ele,
vão lamber o pó da terra os Seus rivais.
–10 Os reis de Társis e das ilhas hão de vir
e oferecer-lhes Seus presentes e Seus dons;
– e também os reis de Seba e de Sabá
hão de trazer-Lhe oferendas e tributos.
–11 Os reis de toda a terra hão de adorá-Lo,
e todas as nações hão de servi-Lo.
–12 Libertará o indigente que suplica,
e o pobre ao qual ninguém quer ajudar.
–13 Terá pena do indigente e do infeliz,
e a vida dos humildes salvará.
–14 Há de livrá-los da violência e opressão,
pois vale muito o sangue d’Eles a Seus olhos!
=15 Que Ele viva e tenha o ouro de Sabá! †
Hão de rezar também por Ele sem cessar,
bendizê-Lo e honrá-Lo cada dia.
–16 Haverá grande fartura sobre a terra,
até mesmo no mais alto das montanhas;
– as colheitas florirão como no Líbano,
tão abundantes como a erva pelos campos!
–17 Seja bendito o Seu nome para sempre!
E que dure como o sol Sua memória!
– Todos os povos serão n’Ele abençoados,
todas as gentes cantarão o Seu louvor!
–18 Bendito seja o Senhor Deus de Israel,
porque só Ele realiza maravilhas!
–19 Bendito seja o Seu nome glorioso!
Bendito seja eternamente! Amém, amém!
O Salmo 71(72) retrata o poder régio do Messias, e anuncia um reino que haverá de vir:
“Anúncio
de um reino justo e benéfico, tempo de felicidade para os pobres. Este salmo é
considerado uma profecia messiânica, que para nós se realiza em Cristo.” (1)
Somos remetidos a passagem do Evangelho de Mateus (Mt 2,11),
quando aos magos vindo do oriente oferecem a Jesus, ouro, incenso e mirra.
Como vemos, os magos do Oriente dão ao Menino Deus o que têm de
melhor. Reconhecem na Criança a realeza (Ouro), Ele é o grande Rei; a divindade
(Incenso), porque Ele é o sumo Deus; a humanidade (Mirra), pré-anunciando a
sepultura.
De fato, Jesus é divindade visibilizada na fragilidade de Sua
humanidade e é Rei e Senhor de todas as nações: n’Aquela Criança, reconheçamos
a realeza, a divindade e a humanidade.
Cremos e adoramos Jesus, a verdadeira e imprescindível riqueza
(ouro), único mediador (incenso) e Aquele que garante que exalemos o mais belo
Perfume de Amor (mirra).
Tão somente assim. mais que ouro, ofereçamos a Ele o melhor que
temos, em nossas famílias, comunidade e sociedade. Juntamente com os
incensos nas Solenes Liturgias e orações, ofereçamos santos desejos que sobem
aos céus, acompanhados de sagrados compromissos, para que se tornem uma
realidade; e quanto à mirra, seja as unções tantas que possamos multiplicar,
curando feridas, perseverando e salvaguardando a dignidade e sacralidade da
vida, desde sua concepção ao seu declínio natural.
A exemplo dos Magos, ofereçamos nossos presentes a Jesus, o que de melhor possuímos, pois quem ama dá o melhor de si em tudo e em favor de todos. Amém.
(1) Comentário da Bíblia Edições CNBB – pág. 785