quinta-feira, 26 de junho de 2025

"Coragem! Sou Eu. Não tenham medo!”


"Coragem! Sou Eu. Não tenham medo!”

Quando Diretor Espiritual do EJC (Encontro de Jovens com Cristo) da Paróquia Santo Antônio do Gopoúva - Guarulhos, realizamos o encontro iluminados pelo tema -  "Coragem! Sou Eu. Não tenham medo!” (Mt 14,27), com o Lema: “Jovem, tenha coragem de ir contra a corrente e seja feliz”.

De fato, os compromissos com Jesus Cristo, e com o Reino de Deus por Ele inaugurado, exigem de todos nós “coragem!”. Entretanto, não há porque ter medo, pois o Espírito do Senhor está presente em nossa vida, em nossa pequena barca da família, da Igreja: assim deve estar com todos que participaram da realização do Encontro e na continuidade dos trabalhos, para que o Encontro não termine nele mesmo, mas seja como um abrir de novos horizontes e novos caminhos.

Por isto é sempre bom ouvir, a cada instante, a Palavra de Jesus, nesta travessia do mar da vida, em que sentimos medo pelo vento que sopra contra a barca: "Coragem! Sou Eu. Não tenham medo!” (Mt 14,27).

Os ventos contrários são muitos (desemprego, incertezas, banalização da vida, individualismo, prazer sem compromisso, depressão, dependência química, incertezas, abandonos...), por isto, “Jovem, tenha coragem de ir contra a corrente e seja feliz”.

Cremos que a felicidade é possível quando não desistimos de buscá-la, mas é preciso coragem para ir ao seu encontro, para ir contra a corrente, na certeza de que somente com Jesus, presente na Palavra e na Eucaristia, de modo especialíssimo, é que poderemos alcançá-la, e a muitos apresentá-Lo, com humilde anúncio e corajoso testemunho.

Coragem! Ressoa a Palavra do Senhor em nossos corações: Ele  está conosco, caminha conosco, e nada poderá fazer naufragar nossos sonhos e a esperança de que a felicidade é possível; de que um mundo novo pode acontecer, desde que não nos deixemos levar pelos ventos das facilidades que o mundo oferece, com promessas de felicidade que se tornam, com o tempo, vazias e ilusórias.

Coragem! Confiemos sempre no Senhor, o mesmo ontem, hoje e sempre. Amém.

Cresçamos no amor mútuo

                                             


Cresçamos no amor mútuo
 

“Que o vosso amor cresça sempre mais...”

Reflexão à luz da passagem da Carta de Paulo aos Filipenses ( Fl,1-11). 

Trata-se de um breve exórdio em que o Apóstolo Paulo exprime a doçura do seu amor especial para com a Igreja de Filipos, presente em sua mente e coração, sobretudo num momento tão difícil de sua prisão (Fl 1,7). 

É visível a ternura incontida do Apóstolo para com esta comunidade, que acompanha com saudades e Oração. 

No versículo 4 encontramos uma Oração que ele eleva a Deus pela Comunidade, e mais acentuadamente nos versículos 9-10:

E isto peço em Oração: que o vosso amor cresça sempre mais no pleno conhecimento e em todo o discernimento, para que aproveis as coisas excelentes, a fim de que sejais sinceros, e sem ofensa até o dia de Cristo”. 

Urge que nosso amor cresça sempre mais para discernirmos o que é melhor, para sermos íntegros e irrepreensíveis na espera de sua vinda gloriosa, cheios de frutos de justiça e santidade para a glória de Deus. 

Com o Apóstolo elevemos a Deus súplicas para que cresçamos na vivência do verdadeiro amor dado a nós pelo Senhor e testemunhado na Sua doação, entrega e Morte na Cruz, o Amor redentor, reconciliador e de vida nova inaugurador. 

Que o nosso amor aumente sempre mais:

- pela comunidade, pelo movimento ou serviço Pastoral que participamos; 

- entre os Agentes de Pastoral e os Presbíteros; 

- entre os casais e seus filhos; 

- pelas crianças, jovens, idosos e enfermos.

Continuemos elevando a nossa Oração ao Senhor, pois orar é ao mesmo tempo compromisso que se renova no coração de amar como Ele, a Divina Fonte do Amor, amou, e que tão bem o Apóstolo expressou e testemunhou.

“Pai Nosso que estais nos céus...”

Em poucas palavras...

                                                  


O Espírito Santo: caminho único da oração

"Os métodos de meditação são tão diversos como os mestres espirituais. 

Um cristão deve querer meditar com regularidade; doutro modo, torna-se semelhante aos três primeiros terrenos da parábola do semeador (Mc 4,4-7.15-19). 

Mas um método não passa de um guia; o importante é avançar, com o Espírito Santo, no caminho único da oração: Cristo Jesus.”(1)

 

(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 2707. 

Em poucas palavras...

                                                


O Novo Mandamento de Jesus

“A Lei evangélica implica a escolha decisiva entre «os dois caminhos» (Mt 7,13-14) e a passagem à prática das palavras do Senhor (Mt 7,21-27); resume-se na regra de ouro: «Tudo quanto quiserdes que os homens vos façam, fazei-lho, de igual modo, vós também, pois nisso consiste a Lei e os Profetas» (Mt 7, 12, Lc 6,31).

Toda a Lei evangélica se apoia no «mandamento novo» de Jesus (Jo 13,34), de nos amarmos uns aos outros como Ele nos amou (Jo 15,12).”  (1)

(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 1970

Em poucas palavras...

                                       


Curai os enfermos!

“Curai os enfermos!» (Mt 10, 8). A Igreja recebeu este encargo do Senhor e procura cumpri-lo, tanto pelos cuidados que dispensa aos doentes, como pela oração de intercessão com que os acompanha.

Ela "crê na presença vivificante de Cristo, médico das almas e dos corpos, presença que age particularmente através dos sacramentos e de modo muito especial da Eucaristia, pão que dá a vida eterna (Jo 6,54-58) e cuja ligação com a saúde corporal é insinuada por São Paulo (1 Cor 11,30).”  (1)

 

(1) Catecismo da Igreja Católica - parágrafo n. 1509

 

 

O Perdão e as três dimensões do tempo

                                                    

O Perdão e as três dimensões do tempo

Reflexão à luz da passagem do Livro de Miqueias (Mq 7,14-15.18-20), em que nos apresenta as últimas palavras do Livro de Miqueias, com tom de súplica e louvor dirigidos ao Senhor, e note-se que primeiro Deus é invocado como Pastor (vv.14-15), e depois como tão somente Aquele que pode perdoar.

A primeira invocação aparece em várias passagens bíblicas (Sl 23; Ez 34; Jo 10). 

Voltemo-nos para a segunda: Deus não somente é Pastor, mas o Profeta revela que o “o perdão é prodígio maior por ser capaz de extirpar o mal do coração do homem” (1).

O salmista no Salmo responsorial (Sl 84,2-8), por sua vez, retrata em poucos versículos a consciência do pecado do povo. Note-se que nos apresenta as três dimensões do tempo: “o passado dos benefícios realizados por Deus; o presente da súplica para que cesse a ira do Senhor; e o futuro da esperança numa vida e numa alegria renovada” (2).

Assim é Deus: um Pastor que ama, cuida, ouve a prece do rebanho, e Seu perdão é sempre imenso e gratuito e ampara nossa esperança de dias melhores, porque envolvidos e renovados por Sua misericórdia.

Assim acontece quando pecamos: se tomarmos consciência de nosso pecado, imediatamente nos acompanhará a memória de inumeráveis sinais que expressam a bondade e o amor de Deus para conosco; sentimo-nos com a consciência contrita, e suplicamos o perdão de Deus, como possibilidade de uma nova vida, um novo modo de ser e de se relacionar.

Uma vez que o autêntico perdão de Deus é buscado, e acompanhado de compromissos sinceros de conversão permanente e novas atitudes (sobretudo no Sacramento da Penitência, um dos Sacramentos de Cura que a Igreja nos oferece), sentimos o transbordar de uma indizível e incontida alegria, como encontramos nas três Parábolas da misericórdia, do Evangelho de São Lucas (Lc 15).

Como vemos, o autêntico perdão divino nos faz viver as três dimensões do tempo, e somente Deus pode assim fazer. 

Somente um Deus que nos ama assim, com fidelidade irrenunciável, sempre pronto a perdoar e acreditar, nos permite construir um novo amanhecer, sem guerras, atentados, banalização da vida, corrupção, violência, ou quaisquer outros sinais menores ou maiores que firam e maculem a beleza da vida, de sua sacralidade, quer da humanidade (de sua concepção ao seu declínio natural), quer do mundo em que habitamos, o planeta terra, nossa casa comum.

(1) (2) Lecionário Comentado - Editora Paulus - Lisboa - pag.780.

quarta-feira, 25 de junho de 2025

Em poucas palavras...

                                                        


Luz e Paz

“...Que a luz nos traga paz,
pureza ao coração:
longe a palavra falsa,
o pensamento vão...”  (1)

 

(1)       Liturgia das Horas - Hino das Laudes

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG