sexta-feira, 20 de junho de 2025

Envolvidos pelo amor divino

                                                       

Envolvidos pelo amor divino

O cristão é, fundamentalmente, alguém que descobriu que Deus o ama. Por isso, enfrenta a cada dia o bom combate da fé com serenidade e alegria. 

Possui uma esperança que brota da certeza fundamental: o Amor de Deus, que deve ser para nós o grande tesouro de que nos fala o Evangelho (Mt 6,19-23):

“… ajuntai tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, nem os ladrões assaltam e roubam… Pois onde estiver teu tesouro, aí estará também o teu coração”. 

O cristão condiciona e fundamenta toda sua vida nesta certeza, de modo que, a alegria de quem encontrou e experimentou o Amor de Deus o faz discípulo missionário, sal da terra e luz do mundo, numa espiritualidade Eucarística.

A missionariedade consistirá em corresponder ao Amor de Deus. Somente no verdadeiro encontro e apaixonamento por Cristo e Seu Evangelho estaremos, como os profetas, dentre eles, João Batista, vivendo nossa vocação profética, ontem, hoje e sempre.

Com a Palavra, Jesus Cristo revelou o Deus Bíblico: Deus de Amor, pois o Espírito do Senhor repousava sobre Ele na mais perfeita relação de comunhão e Amor.

Vivamos a Aliança de Amor de Deus por nós, um amor no exato sentido da Palavra, pois Deus é Amor e ama Seu Povo e o tem como Seu tesouro, Sua propriedade e o constitui povo de sacerdotes e nação santa (Ex 19,2-6a).

Ama apesar de toda infidelidade, traição, idolatria, abandono, morticínios, sacrifícios inúteis, abominações, reclamações sem fundamento, provocação, lamentações infundadas, ingratidão, atrocidades cometidas, amor não correspondido…

Deus ama na contra mão da história, pois ama um povo pequeno, aos olhos humanos, absolutamente desprezível, frágil e insignificante. 

Encarna-Se para redimi-lo e não somente este povo, mas toda a humanidade, em Cristo Jesus, e perpetua Seu Amor na presença do Espírito Santo, não nos deixando órfãos!  

Ainda mais, Deus habita em cada um de nós como templo Seu, sendo para nós o mais belo Hóspede!

Deste modo, como definir o Amor de Deus? Verdadeiramente o amor de Deus é: 
Idealizador,
Idílico, Ilimitado,
Ilógico, Iluminador, Ilustre, Imaculado,
Imortal, Impecável, Imperante, Imperdível, Imperturbável, 
Implacável, Impressionante, Imutável, Imprescindível, Inalienável, 

Inalterável, 
Incandescente, Incansável, 
Incendiário, Incessante, Incomensurável, 
Incomparável,  Incondicional, Inconfundível, Incontestável, Incorruptível,  Indelével,  Indiscutível,Indispensável, Indissociável, Incrível, 
Indubitável, Indulgente, Inédito, Inerente, Inesgotável, Inesquecível, Inestimável, 
Inexplicável, Infalível, 
Infinito, Inflamável, Inigualável, 

Iniludível, Inimitável, Inovador, Inqualificável, 
Inquebrável, Insaciável, Insigne, Insondável, Inspirador, Insubstituível, 
Inteligente, Interminável, Íntimo, Inusitado, Inviolável,
Irradiante, Irrecusável, 
Irrenunciável, Irresistível, 
Irrestrito, Irretocável, Irreversível, 
Irrevogável, Irrigador...

Contemplemos na Cruz o Mistério do Encontro/presença de um Deus que é eterno Amante (Pai), eterno Amor (Espírito Santo), eterno Amado (Filho). 

Rezando com os Salmos - Sl 54(55),2-15.17-24

 



A súplica  do injustiçado que sobe aos céus

“–2 Ó meu Deus, escutai minha prece,
não fujais desta minha oração!
 –3 Dignai-Vos me ouvir, respondei-me:
a angústia me faz delirar!

 –4 Ao clamor do inimigo estremeço,
e ao grito dos ímpios eu tremo.
– Sobre mim muitos males derramam,
contra mim furiosos investem.

 –5 Meu coração dentro em mim se angustia,
e os terrores da morte me abatem;
 –6 o temor e o tremor me penetram,
o pavor me envolve e deprime!

 =7 É por isso que eu digo na angústia:
 Quem me dera ter asas de pomba
e voar para achar um descanso!
 –8 Fugiria, então, para longe,
e me iria esconder no deserto.

– 9 Acharia depressa um refúgio
contra o vento, a procela, o tufão.
 =10 Ó Senhor, confundi as más línguas;
dispersai-as, porque na cidade
só se vê violência e discórdia!

 =11 Dia e noite circundam seus muros,
 12 dentro dela há maldades e crimes,
a injustiça, a opressão moram nela!
– Violência, imposturas e fraudes
já não deixam suas ruas e praças.

 –13 Se o inimigo viesse insultar-me,
poderia aceitar certamente;
– se contra mim investisse o inimigo,
poderia, talvez, esconder-me.

 –14 Mas és tu, companheiro e amigo,
tu, meu íntimo e meu familiar,
 –15 com quem tive agradável convívio
com o povo, indo à casa de Deus!

–17 Eu, porém, clamo a Deus em meu pranto,
e o Senhor me haverá de salvar!
–18 Desde a tarde, à manhã, ao meio-dia,
faço ouvir meu lamento e gemido.

 –19 O Senhor há de ouvir minha voz,
libertando a minh’alma na paz,
 – derrotando os meus agressores,
porque muitos estão contra mim!

 –20 Deus me ouve e haverá de humilhá-los,
porque é Rei e Senhor desde sempre.
– Para os ímpios não há conversão,
pois não temem a Deus, o Senhor.

 –21 Erguem a mão contra os próprios amigos,
violando os seus compromissos;
–22 sua boca está cheia de unção,
mas o seu coração traz a guerra;
 – suas palavras mais brandas que o óleo,
na verdade, porém, são punhais.

 –23 Lança sobre o Senhor teus cuidados,
porque ele há de ser teu sustento,
 – e jamais ele irá permitir
que o justo para sempre vacile!

–24 Vós, porém, ó Senhor, os lançais
no abismo e na cova da morte.
– Assassinos e homens de fraude
não verão a metade da vida.
– Quanto a mim, ó Senhor, ao contrário:
ponho em Vós toda a minha esperança!”

O Salmo 54(55),2-15.17-24 é uma Oração depois da traição de um amigo:

“Vivendo no meio dos ímpios que o perseguem e, além disso, traído por um amigo, o salmista é tentado a fugir da cidade dominada pela malícia e pela falsidade. Uma voz celeste o conforta e reanima sua esperança.” (1)

Também Jesus começou a sentir medo e angústia, como vemos na passagem do Evangelho de São Marcos (Mc 14,32-33):

“Chegaram a um lugar chamado Getsêmani. Jesus disse aos discípulos: ‘Sentai-vos aqui, enquanto eu vou orar’. Levou consigo Pedro, Tiago e João, e começou a sentir pavor e angústia.”  

Também podemos passar por momentos de pavor e angústia, bem como passar por situações de injustiça e traição.

Como o Salmista, na fidelidade ao Senhor, elevemos com confiança a nossa súplica, e seremos confortados e reanimados em nossa esperança, pois ela jamais nos decepciona (Cf. Rm 5,5).

 

(1) Comentário da Bíblia Edições CNBB – pág. 771

Que jamais percamos...

                                                               


Que jamais percamos...

Jamais percamos...
A certeza de que podemos algo mudar, mesmo que pouco tenhamos;
A convicção de que estamos no caminho, sem desvios para abismos.

A capacidade de superação, sem precisar nada de assombroso,
Tão apenas confiando em Vossa divina presença, Glorioso;

A graça de sermos instrumentos da alegria para quantos possamos,
Ainda que sinais de tristeza e luto, dor e pranto nos rodeiem.

Jamais percamos...
A consciência de que nada podemos desperdiçar:
Esforços, inteligência, energias, a serviço da humanidade;

A sensibilidade, para não ficarmos frios e indiferentes,
Com sentimentos de inferioridade ou o seu contrário;

A contemplação de Vossa presença suave de Amor,
Que afasta todo medo que rouba nossas forças, porque inibidor.

Jamais percamos...
A fé que nos move, que nos impele, que nos faz avançar,
Recuperando os traços da imagem Vossa em cada um de nós;

A confiança na ação divina, quando parecer que nada podemos;
A esperança de superação, quando tudo parecer imutável;

O zelo necessário, para que mantenhamos acesa,
No mais profundo de nós, a chama viva da caridade. Amém.


"Morte, ó morte! Onde está tua vitória?" (Parte I)

                                            

"Morte, ó morte! Onde está tua vitória?"
 
É possível não nos atemorizarmos diante da morte?
Como ver a morte a partir da fé?
 
Sejamos enriquecidos pela Carta que São Luiz Gonzaga, escreveu à sua mãe, antes de sua morte.
                                    
Ilustríssima senhora, peço que recebas a graça do Espírito Santo e a Sua perpétua consolação. Quando recebi tua carta, ainda me encontrava nesta região dos mortos.
 
Mas agora, espero ir em breve louvar a Deus para sempre na terra dos vivos. Pensava mesmo que a esta hora já teria dado esse passo.
 
Se é caridade, como diz São Paulo, chorar com os que choram e alegrar-se com os que se alegram (Rm 12,15), é preciso, mãe ilustríssima, que te alegres profundamente porque, por teus méritos, Deus me chama à verdadeira felicidade e me dá a certeza de jamais me afastar do Seu temor. 
 
Na verdade, ilustríssima senhora, confesso-te que me perco e arrebato quando considero, na Sua profundeza a bondade divina.
 
Ela é semelhante a um mar sem fundo nem limites, que me chama ao descanso eterno por um tão breve e pequeno trabalho; que me convida e chama ao céu para aí me dar àquele bem supremo que tão negligentemente procurei, e me promete o fruto daquelas lágrimas que tão parcamente derramei.
 
Por conseguinte, ilustríssima senhora, considera bem e toma cuidado em não ofender a infinita bondade de Deus. Isto aconteceria se chorasses como morto aquele que vai viver perante a face de Deus e que, com Sua intercessão, poderá auxiliar-te incomparavelmente mais do que nesta vida.
 
Esta separação não será longa; no céu nos tornaremos a ver. Lá, unidos ao autor da nossa salvação seremos repletos das alegrias imortais, louvando-O com todas as forças da nossa alma e cantando eternamente as Suas misericórdias.
 
Se Deus toma de nós aquilo que havia emprestado, assim procede com a única intenção de colocá-lo em lugar mais seguro e fora de perigo, e nos dar aqueles bens que desejamos Dele receber.
 
Disse tudo isto, ilustríssima senhora, para ceder ao desejo que tenho de que tu e toda a minha família considereis minha partida como um feliz benefício.
 
Que tua bênção materna me acompanhe na travessia deste mar, até alcançar a margem onde estão todas as minhas esperanças.
 
Escrevo com alegria para dar-te a conhecer que nada me é bastante para manifestar com mais evidência o amor e a reverência que te devo, como um filho à sua mãe”. (1)
 
Celebramos sua Memória no dia 21 de junho, e este jovem santo é um luminar da Igreja.
 
Durante seus estudos de teologia, ocupando-se com o serviço dos doentes nos hospitais, contraiu uma doença que o levou à morte, que muito cedo ceifou a sua vida: aos 23 anos, apenas.
 
Este jovem religioso, que viveu no século XVI, na Itália, quando enfermo, acometido da gravíssima enfermidade que o levou à morte, cuidando dos doentes, escreveu uma carta à sua mãe.
 
A carta, escrita por um filho, certamente, com próprio punho e dores, levou alívio e consolo para sua mãe.
  
A fé explícita e implícita na carta refaz, amplia e eterniza horizontes transcendentes, aparentemente limitados pela morte! A morte, para quem crê, não possui a última palavra, tampouco é o limite, e atos últimos.
 
Densa de conteúdo e expressando uma fé verdadeiramente pascal, é uma luz que se acende no mais profundo de nosso coração, iluminando as noites escuras que acompanham a morte de um ente querido.
 
Qual mãe não estremeceria ao ler esta Carta?
 
Ela pode ser lida por qualquer pessoa que tenha de recuperar o olhar Pascal, para refazer-se das feridas que uma morte provoca, das lacunas a serem preenchidas com fé na Ressurreição.
 
São Luiz, ao invés de ser consolado por sua mãe, ele, é que, moribundo, encontra forças divinas para consolá-la, porque possui uma fé verdadeiramente Pascal.
 
Dedico esta Carta a tantas mães com quem converso dia a dia, e que não tiveram a graça de receber uma Carta com tamanha beleza, com expressivo teor e tão cheia de fé e amor.
 
Dedico, também, às que choram seus filhos em túmulos frios de pedra, e mais ainda, choram seus filhos no vácuo que possam ter deixado em seu coração.
 
Reflitamos:
 
- O que mais chama a atenção nesta Carta?
- Como enfrento a morte de uma pessoa querida?
- Quais os textos bíblicos que me inspiram e que me dão seguras respostas para a realidade da morte?
 
Que a morte não nos atemorizemas reacenda em nós a fé na Ressurreição. Aleluia. Amém!
 
(1) Liturgia das Horas – vol. III - pp. 1361-1362
 

“Morte, ó morte! Onde está tua vitória?” (Parte II)

                                                  

“Morte, ó morte! Onde está tua vitória?”

Para quem ainda precisar de uma palavra...

“Ó morte que separas os casados e, tão dura e cruelmente, separas também os amigos!”

Outro luminar da Igreja, Bispo São Bráulio de Saragoça, exclamou, expressando nossa fragilidade e impotência diante da morte. Seu domínio impiedoso foi aniquilado por Aquele que te ameaçou com o brado de Oseias:

“Ó morte, eu serei a tua morte” (Os 13,14).

Nós também podemos desafiar-te com as palavras do
Apóstolo Paulo:

“Ó morte, onde está tua vitória?
Onde está o teu aguilhão?” (1 Cor 15,55);

A fé na Ressurreição moveu São Luiz Gonzaga (como vimos) e tantos outros no consumir-se da vida momentânea, transitória, que traz em si o germe de eternidade.

A vida é a possibilidade de um alvorecer na eternidade!
A semelhança que possa haver entre a morte e a noite,
É a mesma encontrada entre a vida e a luz da aurora da Ressurreição!

Além da noite, no auge da mesma, inicia-se um novo dia. Além da morte, no transpor da mesma, irrompe a Vida eterna, a plenitude da luz!

Uma vida que se consome como vela sobre o altar,
só pode continuar a brilhar no esplendor da luz eterna,
na plenitude do amor e  luz divina: céu!
Amém. 

quinta-feira, 19 de junho de 2025

O silêncio orante nas decisões

                                                 

O silêncio orante nas decisões

Depois daquele silêncio orante,
A confiança em Deus se renovou.
Presença de amor constante,
que jamais, os Seus escolhidos abandona.

Depois daquele silêncio orante,
o sim para uma nova missão foi dado,
Inspirando no sim de Maria para o Mistério da Encarnação,
Para viver plena fidelidade aos compromissos de minha Ordenação

Depois daquele silêncio orante,
Como indigno servo, Bispo nomeado,
Aprofundar a comunhão com o Amor, o Amante e o Amado,
Trindade Santa, a quem tudo deve ser creditado.

Depois daquele silêncio orante,
Missão de santificar, ensinar e governar;
Aprendizado e adaptação a todo instante,
Presença do Bispo Pastor, a luz divina comunicar.

Depois daquele silêncio orante,
Fortalecer vínculos de amizades conquistados,
Novos relacionamentos a serem iniciados.
Cativando e cultivando novos relacionamentos.

Depois daquele silêncio orante,
Empenho em fazer crescer, na Igreja Particular de Guanhães,
Comunhão diocesana tão importante,
Na Palavra e Eucaristia, que são as divinas fontes.

Depois daquele silêncio orante,
Um caminho que por muitos foi percorrido,
Mas há muito mais nos esperando adiante,
Com Deus, desafios serão sempre vencidos.

Depois daquele silêncio orante,
Um amor novo já nasce em meu coração:
Devoção ao Arcanjo Gabriel, mensageiro celestial,
Companheiro no bom combate, na luta contra o mal.

No silêncio, pelo sim dado,
Novos horizontes alargados foram.
À Trindade Santa toda a honra merecida!
Confiante, em Suas mãos, entrego toda a minha vida.


PS: Escrito quando de minha nomeação como Bispo da Diocese de Guanhães - MG - 19 de junho de 2019

Carta ao Povo de Deus: Diocese de Guanhães - MG

                                             

 

“PARA MIM O VIVER É CRISTO”
- “MIHI VIVERE CHRISTUS EST” (Fl 1,21).
 
 
Querido Povo de Deus,
Graça e Paz da parte de Nosso Senhor Jesus Cristo
 
Com o coração transbordante de alegria, saúdo o Povo de Deus que se encontra nesta Igreja Particular: Ministros Ordenados (Padres, Diáconos), Religiosos/as, Seminaristas) e todos os homens e mulheres que lutam por justiça e paz.
 
Desde o dia 10 de junho, consultado pela Nunciatura para assumir o pastoreio desta Diocese, com a nomeação pelo Papa Francisco, e tendo dado meu SIM, motivado pela resposta livre e alegre que Maria, a Mãe de Jesus, deu ao Mistério da Encarnação e à vontade de Deus, tenho elevado ao Pai orações de súplica e gratidão pelo dom que me foi confiado na missão de acolher, cuidar, acompanhar e servir o Povo de Deus.
 
Peço que se unam a mim nestas orações, para que eu possa viver e testemunhar o meu Lema Episcopal - “PARA MIM O VIVER É CRISTO” - “MIHI VIVERE CHRISTUS EST” (Fl 1,21), na tríplice missão de santificar, ensinar e governar.
 
Desde já, convido a todos para a Celebração Eucarística do início do meu Ministério Episcopal, em Guanhães – MG, no dia 14 de setembro, às 9h30min, presidida por Dom Darci Nicioli, Arcebispo de Diamantina – MG.
 
Permaneçamos vigilantes e orantes, contando sempre com a proteção e as bênçãos de Maria, Mãe da Igreja e do Arcanjo São Miguel.
 
Rogo a Deus bênçãos copiosas sobre todos os que o Senhor me confiou, a fim de que possam irradiar a luz de Cristo, sendo sal e fermento do Reino.
  
 
PS: Após cinco anos deste acontecimento marcante em minha vida, louvo e glorifico a Deus pela graça de exercer o meu Ministério Episcopal junto a este povo sempre tão caloroso, acolhedor e sedento da Palavra de Deus.

Quem sou eu

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG