segunda-feira, 12 de maio de 2025
Vida plena e liberdade
Reflexão à luz da passagem do Evangelho de João (Jo 10,11-18), em quee Jesus Se apresenta como o Bom pastor e a porta das ovelhas
“Jesus é o Pastor que liberta, e cristão é aquele que entre as mil vozes que lhe propõem uma sabedoria de vida, reconhece em Cristo, a voz do Bom Pastor.
O Senhor tira os homens dos recintos impróprios onde a liberdade é só aparente. Cada um pode perguntar-se quais são as situações das quais precisa ser libertado, mas a questão fundamental é clara; só seguindo Jesus se tem em plenitude vida e liberdade” . (1)
Muitas são as vozes multiplicadas, que podem nos desviar do Projeto de vida plena e feliz que Deus tem para cada um de nós. É preciso estar sempre vigilante, para que não nos tornemos surdos ou indiferentes à Sua voz e à Sua Palavra.
Uma das mais graves enfermidades é quando nos tornamos surdos à voz divina e ao convite que Ele nos faz, para adorá-lo e amá-lo, acima de todas as coisas, com exclusividade, jamais permitindo que nosso coração se curve diante de ídolos criados por mãos humanas.
Quanto mais atentos à Sua voz, mais felizes seremos, e experimentaremos a desejada liberdade, que nos assegurará a vida plena e livre, a felicidade tão desejada, e que, por vezes, em caminhos errados procurados.
É preciso vigilância permanente para não vivermos uma “aparente liberdade”, mas que no fundo pode ser expressão da escravidão de nós mesmos, de nossos interesses, vaidades, pequenos ídolos guardados na mente e no coração.
Ouçamos a voz de Deus, que veio ao nosso encontro, conosco caminha, e nos ensina a Boa-Nova da Palavra, que nos faz verdadeiramente livres, porque Ele é a Verdade que nos liberta, e nos comunica o Seu Espírito, para que jamais vivamos sob o jugo da escravidão e do pecado.
(1) Lecionário Comentado – Editora Paulus – Lisboa – Portugal – 2011 - p.484
A minh’alma tem sede de Deus e de alegria
A minh’alma tem sede de Deus e de alegria
“Que eu Te conheça e Te ame,
para encontrar em Ti minha alegria”
Vivendo intensamente o Tempo Pascal, sejamos enriquecidos pelos escritos do bispo Santo Anselmo (séc. XII), em seu “Proslógion, em que manifesta o ardente desejo de conhecer a Deus e amá-Lo, e n’Ele encontrar a sua alegria.
“Encontraste, ó minh’alma, o que procuravas? Procuravas a Deus e viste que Ele está muito acima de tudo, e nada melhor do que Ele se pode pensar; que Ele é a própria vida, a luz, a sabedoria, a bondade, a eterna felicidade e a feliz eternidade; e que Ele é tudo isto sempre e em toda parte.
Senhor meu Deus, meu Criador e Redentor, dize à minh’alma sedenta em que és diferente daquilo que ela viu, para que veja mais claramente o que deseja. Ela se esforça por ver sempre mais; contudo nada vê além do que já viu, senão trevas. Ou melhor, não vê trevas, porque elas não existem em Ti; porém vê que não pode enxergar mais por causa das trevas que possui.
Verdadeiramente, Senhor, esta é a luz inacessível em que habitas; verdadeiramente nada há que penetre nesta luz para ali te ver, tal como és. De fato, eu não vejo essa luz, porque é excessiva para mim; e, no entanto, tudo quanto vejo é através dela: semelhante à nossa vista humana que, pela sua fraqueza, só pode ver por meio da luz do sol e contudo não pode olhar diretamente para o sol.
Minha inteligência é incapaz de ver essa luz, demasiado brilhante para ser compreendida; os olhos de minh’alma não suportam fixar-se nela por muito tempo. Ficam ofuscados pelo seu esplendor, vencidos pela sua imensidade, confundidos pela sua grandeza.
Ó luz suprema e inacessível! Ó verdade plena e bem-aventurada! Como estás longe de mim que de ti estou tão perto! Quão afastada estás de meu olhar, de mim que estou tão presente ao teu olhar!
Estás presente em toda parte, e eu não te vejo. Em Ti me movo, em Ti existo, e de Ti não posso me aproximar. Estás dentro de mim e a meu redor, e eu não Te percebo.
Peço-Te, meu Deus, faze que eu Te conheça e Te ame, para encontrar em Ti minha alegria. E se não o posso alcançar plenamente nesta vida, que ao menos vá me aproximando, dia após dia, dessa plenitude. Cresça agora em mim o conhecimento de Ti, para que chegue um dia ao conhecimento perfeito; cresça agora em mim o amor por Ti até que chegue um dia à plenitude do amor; seja agora a minha alegria grande em esperança, para que um dia seja plena mediante a posse da realidade.
Senhor, por meio de Teu Filho ordenas, ou melhor, aconselhas a pedir, e prometes acolher o pedido para que nossa alegria seja completa. Por isso, peço-Te, Senhor, o que aconselhas por meio do nosso admirável Conselheiro; possa eu receber o que em Tua fidelidade prometes, a fim de que minha alegria seja completa. Deus fiel, eu Te peço: faze que O receba, para que minha alegria seja completa.
Por enquanto, nisto medite meu espírito e fale minha língua. Isto ame meu coração e proclame minha boca. Desta felicidade prometida tenha forme e sede a minha carne. Todo o meu ser a deseja, até que um dia entre na alegria do meu Senhor, que é Deus uno e trino, bendito pelos séculos. Amém”.
Muitas vezes, podemos experimentar esta sede de Deus, como tão bem expressou o bispo; sobretudo quando passamos por noites escuras, enfrentando tempestades que parecem se eternizar, ou ventos contrários que parecem levar com eles nossos sonhos e projetos, exigindo renovadas e redobradas forças.
Esta reflexão nos coloca sequiosamente diante do Mistério de Deus, que tão somente Ele pode saciar a nossa sede de amor, vida, alegria e paz.
Concluo, retomando palavras do bispo, extraídas de outro texto:
“Ensinai-me a Vos procurar e mostrai-Vos quando Vos procuro; não posso procurar-Vos se não me ensinais nem encontrar-Vos se não Vos mostrais. Que desejando eu Vos procure, procurando Vos deseje, amando Vos encontre, e encontrando Vos ame”.
Em poucas palavras...
Jesus Cristo, Bom Pastor e porta
“...Assim a Igreja é o redil, cuja única porta e necessário pastor é Cristo (Jo 10, 1-10). E também o rebanho do qual o próprio Deus predisse que seria o pastor (cfr. Is. 40,11; Ez. 34,11 ss.), e cujas ovelhas, ainda que governadas por pastores humanos, são contudo guiadas e alimentadas sem cessar pelo próprio Cristo, bom pastor e príncipe dos pastores (cfr. Jo. 10,11; 1 Pd. 5,4), o qual deu a vida pelas Suas ovelhas (cfr. Jo. 10, 11-15)...” (1)
(1) Concílio Vaticano II – Lumen Gentium - (LG n.6)
As quatro portas do Templo
As quatro portas do Templo
“Eu sou a porta. Quem entrar por mim será salvo;
entrará e encontrará pastagem” (Jo 10, 9)
Bem sabemos que a função essencial de uma porta é entrada e saída. Valendo-se de uma linguagem figurada, o Evangelista João nos apresenta Jesus como “a Porta”.
A Parábola adaptada de “Henri Denis”, muito pode nos ajudar a renovar o dinamismo da nossa vocação, sobretudo, quando vamos celebrar o Dia Mundial de Orações pelas Vocações.
A Igreja é um templo com quatro portas:
Jesus de Nazaré, o Cristo, é a sua pedra angular.
O templo do Deus Vivo (Igreja) foi edificado com pedras vivas, e os alicerces colocados sobre esta Pedra são:
A fé de Maria, o ensino dos Apóstolos.
Esta construção é permanente.
A entrada no templo se dá através de duas portas:
Mistério e Instituição.
Porém, quem entra no templo, é logo convidado a sair, de modo que as portas de saída também são duas:
Missão e Reino.
O Templo não é um cofre, nem uma arca, nem um “bunker”, e nele se entra para sair e se sai para entrar.
Não é também um paraíso, nem uma mera ponte ou um edifício ornamental. Nele notamos admirável dinamismo, onde se harmoniza o aparentemente contraditório, de modo que todos estão a caminho, em permanente movimento.
No templo, há dois eixos:
- O centrípeto, para o qual conduzem as portas de entrada
(criam comunhão e identidade);
(criam comunhão e identidade);
- O centrífugo, para o qual conduzem as portas de saída (responsável pela dispersão da Igreja e sua missão no mundo).
Cada um pode escolher, para começar, a porta de que mais gostar, a que lhe pareça mais fácil e acessível, mas com a condição de ir buscar em seguida as chaves das outras portas.
Um templo com quatro portas, assim é a Igreja:
Mistério, Instituição, Missão e Reino.
Como Igreja por Cristo edificada sobre a fé de Pedro (Mt 16,18), celebramos o Mistério maior da presença de Deus em nosso meio, e o Seu Amor Eterno, na Nova e Eterna Aliança celebrada na Eucaristia.
Como Igreja, somos enviados em missão, com a presença e ação do Espírito Santo, como nos enviou do Pai, o Ressuscitado para participar da construção do Reino de Deus:
Um Reino de amor, justiça, paz, fraternidade, verdade, liberdade, santidade e paz...
Oremos:
“Velai com solicitude, ó Bom Pastor, sobre o Vosso rebanho
e concedei que vivam nos prados eternos as ovelhas
que remistes pelo Sangue do Vosso Filho.
Que vive e reina para sempre. Amém”
Fonte: www.Dehonianos.org/portal
Enamorados pelo Bom Pastor
Enamorados pelo Bom Pastor
“A quem iremos, Senhor?”
Discípulos missionários apaixonados pelo Bom Pastor sejamos, é a conclusão que chegamos quando refletimos sobre a passagem do Evangelho (Jo 6, 60-69).
Continuamente, somos convidados a refletir sobre nossas opções, sobre o discernimento que devemos fazer entre os valores passageiros e os valores eternos, pois se trata de uma contraposição de duas lógicas: a humana e a divina. Há a lógica do poder, ambição e glória, e há a lógica da ação do Espírito que é caminho do amor e do dom da vida.
A preocupação do Evangelista é assegurar que o caminho da fidelidade é árduo, mas garante a vida plena. O contexto era de perseguição, afastamento, recusas, esmorecimentos, fragilização da fé.
A opção por Jesus é radical e exigente, deve ser feita com toda a liberdade, abrindo-se à ação do Pai com a força e luz do Espírito.
A comunidade deve amadurecer, pois não está livre de ver desertores. A proposta de Jesus é clara: ou se aceita, ou se rejeita. Há somente um caminho: amor, serviço, partilha e entrega.
A resposta de Pedro deve ser sempre a nossa resposta na tomada de decisão diante do Senhor: “só Tu tens palavras de vida eterna”.
O discípulo de Jesus não sabe o que é uma “vida morna”. Serve-se a Deus ou ao diabo; a Deus ou ao dinheiro. Não se pode atenuar, amenizar, fragilizar a proposta de Jesus. Não existe uma visão “light” do cristianismo.
A opção por Ele deve ser sempre revisada, renovada, pois não há lugar para preguiça, acomodação e instalação; nem se pode suavizar as propostas de Jesus, nem desvirtuar o Evangelho para agradar o mundo, as pessoas, a fim de que não haja a perda de adeptos.
De fato, o Evangelho é a Boa Nova que não pode ser traída para agradar uns e outros.
Lembramos que cristão é quem escolhe Cristo e O segue; não impõe condições, mas aceita, acolhe e se empenha, na vigilância e na Oração, a viver esta Boa Nova até o fim, no bom combate da fé até que mereça a glória nos céus receber.
Participar da Missa, ouvir a Palavra e receber a Eucaristia, são atitudes que devem marcar toda nossa existência, e assim, aderirmos a Jesus Ressuscitado com todas as fibras do nosso ser.
Alimentar e testemunhar a fé é preciso, como também é preciso discernir e ser fiel até o fim no seguimento de Jesus, e como bem expressou São Clemente de Alexandria (séc. III):
“Apressemo-nos, corramos, nós os homens que somos imagens do Verbo, que amamos a Deus e somos semelhantes a Ele. Apressemo-nos, corramos, tomemos Seu jugo, lancemo-nos para a incorruptibilidade, amemos o Cristo, o formoso condutor dos homens...
Sejamos ambiciosos a respeito da beleza, e homens enamorados de Deus, procuremos os bens maiores: Deus e a vida. O Verbo é protetor, tenhamos confiança n’Ele, e não cobicemos a prata, ouro ou glória, mas desejemos o próprio Verbo da Verdade” (1).
(1) Lecionário Patrístico Dominical – Editora Vozes - 2013 - p. 604
PS: Oportuno para reflexão da passagem do Evangelho de João (Jo 10,27-30).
Batizar-se é acolher o Espírito que nos vivifica!
Batizar-se é acolher o Espírito que nos vivifica!
“... o Espírito, por sua vez, comunica a
força vivificante que renova nossas almas...”
No Livro sobre o Espírito Santo, de São Basílio, Bispo (Séc. IV), encontramos esta reflexão sobre o Batismo, que nos leva a um aprofundamento sobre os seus efeitos em nossa vida.
“O Senhor que nos concede a vida, estabeleceu conosco a Aliança do Batismo, como símbolo da morte e da vida.
A água é imagem da morte e o Espírito nos dá o penhor da vida. Assim, torna-se evidente o que antes perguntávamos: por que a água está unida ao Espírito?
É dupla, com efeito, a finalidade do Batismo: destruir o corpo do pecado para que nunca mais produza frutos de morte, e vivificá-lo pelo Espírito, para que dê frutos de santidade.
A água é a imagem da morte porque recebe o corpo como num sepulcro; e o Espírito, por sua vez, comunica a força vivificante que renova nossas almas, libertando-as da morte do pecado e restituindo-lhes a vida.
Nisto consiste o novo nascimento da água e do Espírito: na água realiza-se a nossa morte, enquanto o Espírito nos traz a vida.
O grande Mistério do Batismo realiza-se em três imersões e três invocações, para que não somente fique bem expressa a imagem da morte, mas também a alma dos batizados seja iluminada pelo dom da ciência divina.
Por isso, se a água tem o dom da graça, não é por sua própria natureza, mas pela presença do Espírito. O Batismo, de fato, não é uma purificação da imundície corporal, mas o compromisso de uma consciência pura perante Deus.
Eis por que o Senhor, a fim de nos preparar para a vida que brota da Ressurreição, propõe-nos todo o programa de uma vida evangélica, prescrevendo que não nos entreguemos à cólera, sejamos pacientes nas contrariedades e livres da aflição dos prazeres e do amor ao dinheiro.
Isto nos manda o Senhor, para nos induzir a praticar, desde agora, aquelas virtudes que na vida futura se possuem como condição natural da nova existência.
O Espírito Santo restitui o paraíso, concede-nos entrar no Reino dos céus e voltar à adoção de filhos. Dá-nos a confiança de chamar a Deus nosso Pai, de participar da graça de Cristo, de sermos chamados filhos da luz, de tomar parte na glória eterna, numa palavra, de receber a plenitude de todas as bênçãos tanto na vida presente quanto na futura.
Dá-nos ainda contemplar, como num espelho, a graça daqueles bens que nos foram prometidos e que pela fé esperamos usufruir como se já estivessem presentes.
Ora, se é assim o penhor, qual não será a plena realidade? E, se tão grandes são as primícias, como não será a consumação de tudo?”
Como Paulo disse: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2Cor 5,17).
Vivamos a graça do Batismo com intensidade,
Não esmoreçamos diante de eventuais dificuldades.
Viver o Batismo exige renovação e vivência da fé,
Se nossa esperança não se concretizar em caridade, nada é!
Batizar-se é acolher a graça do Espírito que nos vivifica...
É-nos concedida, sem mérito, nova vida.
Ó inaudito e maravilhoso Mistério!
Ó Divina Graça por nós não merecida!
Amém Aleluia!
domingo, 11 de maio de 2025
A verdadeira comunicação
A verdadeira comunicação
Com Maria, aprendamos que a comunicação verdadeira
somente se alcança quando se promove o bem comum
e se fortalece os vínculos da paz.
Um tema muito valioso, desde o princípio da humanidade: a comunicação de Deus com a humanidade e a comunicação entre nós.
Para tal, não podemos prescindir da ajuda daquela que é a Padroeira da Comunicação: Nossa Senhora, pois não houve na história quem melhor soubesse dialogar com Deus, aberta à Voz do Espírito, para acolher no ventre a Palavra, Jesus.
Deus, ao criar o mundo, quis estabelecer um diálogo com a criatura humana, obra de Suas mãos, Sua imagem e semelhança, mas o pecado de nossos pais foi o rompimento deste desejo divino.
Desde então, Deus jamais se cansou de nos procurar para reestabelecer a comunhão, concedendo-nos o Seu perdão, propiciando a reconciliação e o fortalecimento de um vínculo de amizade conosco. Amizade por Deus querida, para nós mais que imprescindível.
Enviando Seu Filho ao mundo, encarnando-Se, fazendo-Se Palavra, Deus veio pessoalmente estabelecer conosco relações de amor e bondade.
As linhas da História da Humanidade nunca mais poderão ser escritas sem presença e ação do Santo Espírito que nos foi enviado pelo Pai, em nome de Jesus Cristo, Morto e Ressuscitado, como Ele mesmo o prometera.
Eis a missão da Igreja, anunciar a Boa Notícia de Jesus até o fim do mundo, até o fim dos tempos:
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16, 15). Isto somente se torna possível porque “No dia de Pentecostes, pela efusão do Espírito Santo, a Igreja é manifestada ao mundo. O dom do Espírito inaugura um tempo novo da ‘dispensação do Mistério’: o tempo da Igreja, durante o qual Cristo manifesta, torna presente e comunica Sua obra de Salvação pela Liturgia de Sua Igreja, ‘até que Ele venha’ 1Cor 11,26)” (CIC 1076).
Nunca tivemos tantas possibilidades de nos comunicarmos como neste tempo. A pós-modernidade multiplicou estes meios de forma impressionante, mas ainda não conseguimos utilizá-los para favorecer uma comunicação edificante, semeando apenas valores que construam uma nova sociedade, no respeito às culturas, às diferenças, à intimidade e liberdade, como nos fala o Catecismo da Igreja Católica (CIC 2492).
É preciso usar todos os meios de comunicação social para informar, favorecer o desenvolvimento dos povos, superar os distanciamentos sociais, promover o bem comum, fundados nos valores da verdade, liberdade, justiça e solidariedade, respeito e caridade; critérios que devem ser normativos no uso destes meios, que devem estar disponíveis a todos.
Neste sentido, enfatizo meu compromisso deste espaço ser um instrumento de Evangelização, no anseio de que cada reflexão seja como que uma pedra no grande edifício espiritual da comunicação, uma obra inacabada e incansável.
Que sejamos sempre flexíveis para correções, aprimoramentos, para que o Evangelho de Nosso Senhor Jesus seja anunciado com melhor qualidade, propiciando renovação de pensamentos e atitudes, e levando todos ao compromisso de um mundo mais justo e fraterno, e simultaneamente, e não pela ordem, uma Igreja mais viva e servidora do Reino.
Que Nossa Senhora da Comunicação, aquela que teve a mente e o coração abertos à ação do Espírito e se tornou a perfeita comunicadora do Pai, nos ajude neste desafio de sermos instrumentos para resplandecer a luminosidade da Palavra de Jesus, assim como ela fez incansavelmente, sobretudo naquela inesquecível visita à sua prima Isabel, quando ali se estabeleceu um dos mais belos diálogos e manifestação do Espírito, num clima radiante de alegria, doação, amor e serviço, ecoando num dos mais belos cantos da Sagrada Escritura: o Magnificat.
Com Maria, aprendamos que a comunicação verdadeira somente se alcança quando se promove o bem comum e se fortalece os vínculos da paz, e o diálogo com Aquele que é a Fonte de nossa vida, introduzindo-nos na mais perfeita comunhão de amor, a comunhão da Santíssima Trindade.
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