domingo, 11 de maio de 2025

Às Mães sedentas de Deus

                                                       

Às Mães sedentas de Deus

Mãe, seja Cristo, por Sua Ressurreição, a Luz de tua vida, assim como Deus iluminou pela coluna de fogo o Povo de Deus no deserto, na memorável libertação da escravidão do Egito.

Que esta Luz ilumine teus caminhos, ainda que obscuros sejam, com suas dificuldades e provações a serem superadas e vencidas.

Mãe, seja Cristo, por Sua Ressurreição, a Palavra de Vida, assim como pela voz de Moisés, Deus no Monte Sinai se manifestou e deu os preceitos para orientar e guiar o Seu Povo por novos caminhos.

Que esta Palavra também oriente e guie teus passos, para viver a sagrada e indescritível missão de ser mãe, sobretudo de semear a semente da Palavra divina no coração dos filhos.

Mãe, seja Cristo, por Sua Ressurreição, o Pão da Vida, assim como Deus alimentou seu povo peregrino com o maná no deserto.

Que este Pão da Vida sacie tua fome de amor, vida, alegria e paz, e revigorada, carregue com coragem e fidelidade a cruz de cada dia, até que um dia possas a glória do céu alcançar.

Mãe, que Cristo, por Sua Ressurreição, te conceda o Espírito que dá vida, assim como a água do rochedo que Deus deu de beber ao Seu povo no deserto.

Que o Espírito que dá Vida, te acompanhe todos os dias, enriquecendo-a com os sete dons: Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Temor e Piedade.

Mãe, como é bom tê-la como mãe, assistida cotidianamente pelo Espírito que vem para salvar, curar, ensinar, aconselhar, fortalecer, consolar, iluminar.

Não te digo parabéns, mas digo-te muito mais: te amo, Mãe, e receba cada palavra acima como uma pérola de um grande colar a te enfeitar. Amém.

PS: fonte inspiradora – Laudes da sexta-feira da quarta semana da Páscoa

Com você, mãe...

 


Com você, mãe...

Com você, descubro que a vida é como o mar,
Com coragem, aprendi em cada mergulho,
Que quanto mais profundo, mais novas descobertas.
 
Com você, aprendi que é preciso sabedoria,
Para fazer sábias escolhas,
e não cair em abismos irreversíveis.
 
Com você, superei  e venci desafios,
Que aparentemente pareciam montanhas
De subidas impossíveis, cume inalcançáveis.
 
Com você, em todo o tempo, a cada estação,
Contemplo em cada uma delas sua beleza,
Vivo cada momento, com fé, na alegria ou na tristeza.
 
Com você, aprendi a não ter medo do “escuro”,
Na certeza de que, no auge da escuridão,
Com Deus, sempre há  a luz de novo amanhecer.
 
Com você, enfrentei a aridez de desertos,
E aprendi que há sempre oásis na travessia,
De modo especialíssimo, a Santa Eucaristia.
 
Com você, caminho para a eternidade,
Crendo que o céu para quem crê é possível,
Se pela Palavra divina me deixar conduzir. Amém.
 

Mães nos dão suporte e segurança

                                                   


 

Mães nos dão suporte e segurança


Diante do altar, um vaso com belas flores,
E era que se podia ver, porque notável,
Mas havia algo que quase imperceptível:
 
Com o olhar poético, contemplei os pés dos vasos.
Um deles, era uma pedra suporte
Dando ao vaso equilíbrio e sustentação.
 
A pedra silenciosa e ocultamente ali, diante dos olhares,
Assim acontece, por vezes, com nossas mães:
No cotidiano, imperceptíveis, e silenciosas...
 
Nos garante em muitos momentos e situações
Equilíbrio e sustentação de nossos sonhos e projetos,
E de seus lábios ouvimos: “coragem, você vai conseguir”.
 
Naquela manhã, quando parecia eternizar um problema,
Que pareceria para sempre um imenso pesadelo,
Dela ouvimos: “o pesadelo há de passar, não deixe de sonhar.”
 
E em tantos outros momentos em nossa vida,
Ali se encontra, se reinventando e dando suporte,
Porque, muitas vezes, como vasos sem os pés nos sentimos.
 
Ser mãe, no silêncio, oculta aos olhares,
Mas com o olhar que não se fecha,
Às angústias e dores de um filho.
 
Mãe é como uma “pedra que dá suporte”
A um vaso quebrado, que por vezes o somos,
Ali sempre presente, nosso carinho e gratidão. Amém. 

Em poucas palavras... (IVDTPC)

                                                               


Fraqueza do rebanho, fortaleza do Pastor, Jesus.

 Oremos: 

“Deus eterno e Todo-Poderoso, conduzi-nos à comunhão das alegrias celestes, para que a fragilidade do rebanho chegue onde a precedeu a fortaleza do Pastor, Jesus Cristo. Ele que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém”.

 

 

(1) Oração do dia na Missa do quarto domingo da Páscoa

Ele reina, Ele vive... De que mais precisamos? (IVDTPC)

                                                           

Ele reina, Ele vive...
De que mais precisamos?

A Liturgia da Palavra do quarto Domingo de Páscoa (ano C), sobretudo a segunda Leitura (Ap 7, 9.14b-17) nos convida a refletir sobre a vitória do Cordeiro Imolado, Vencedor, Juiz e Senhor da História: Jesus Cristo, Aquele que o Seu Sangue derramou pela nossa redenção.

Sangue no qual os mártires, os Santos, vitoriosos, com palmas nas mãos, de roupa branca estão, porque alvejaram suas vestes no Sangue do Cordeiro. São com Ele mais que vitoriosos, porque assumiram o bom combate da fé, completaram a corrida, ofereceram a vida em libação (Tm 4, 6,), hoje se alegram copiosamente diante d’Aquele que é o Princípio e o Fim, que reina sobre tudo e sobre todos: Jesus Ressuscitado, Glorioso, ao lado do Pai, em comunhão com o Santo Espírito.

Glorificamos a Deus em Cristo, que Se fez Cordeiro para ser imolado e lavar-nos com Seu Sangue. Ainda mais, Se faz Pão para nutrir-nos, enquanto caminhamos para a graça de um dia vermos a verdadeira Face de Deus Pai, e para tanto contamos com a força do Espírito Santo.

Assim é Deus que nos ama, nos acompanha e nos fortalece. Oportunas são as palavras do Comentário do Missal deste Domingo do Bom Pastor:

“Imaginamos Deus rico e poderoso, e certamente o é, mas não do modo como pensamos; Sua riqueza não consiste em possuir, mas em dar, em empobrecer-Se; e não usa de Seu poder para impor-Se, mas para Se fazer aceitar.

A liberalidade do Filho manifesta como é o Pai, pobre por excesso de riqueza, transbordante de uma vida que não procura ter para Si, mas que derrama, com liberalidade e sem medida, sobre nós, através de Cristo; de fato, Ele dá Seu espírito sem medida (Jo 3,34).

Como exemplo desta generosidade, diz Paulo: Ele, que não poupou Seu próprio Filho, mas o sacrificou por todos nós, como poderá deixar de nos dar, com Ele, tudo mais? (Rm 8, 32).

Se Deus não recusa sacrificar aquilo que tem de mais caro, o próprio Filho, devemos compreender que Ele não Se poupa a Si mesmo, que, por nós, Se despoja do próprio ser e da própria vida, que Se dá a nós enquanto nos dá Seu filho.” (J. Moingt.)

Continuemos refletindo e contemplando o Ressuscitado, que é o Senhor da História, e cabe a Ele abrir o Livro dos sete selos, livro onde, simbolicamente, se encontra escrita a história humana, como nos fala o Livro do Apocalipse:

“Vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos e ouvi um dos quatro seres viventes dizendo, como se fosse voz de trovão: Vem! Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer. (Ap 6, 1-2)

Enriquece-nos conhecer o simbolismo destes selos, que nos fortalecem na fidelidade ao Senhor, no testemunho da fé.

1.o selo – O cavaleiro branco – é Cristo vitorioso, continuamente em combate contra tudo o que escraviza e destrói a humanidade.

2.o selo – O cavaleiro vermelho – simboliza a guerra e o sangue.

3.o selo – O cavaleiro negro – a fome e a miséria.

4.o selo – O cavaleiro esverdeado – a morte, a doença e a decomposição.

5.o selo – O fundo do quadro retrata os mártires que sofrem perseguições por causa de sua fé, e que continuamente clamam a Deus por justiça.

6.o selo – É o grande dia da ira em que se anuncia a intervenção de Deus na história para a destruição do mal.

7.o selo – O Dia do Senhor – a intervenção de Deus acontecida é garantia de libertação definitiva e vida em plenitude.

A Deus todo louvor, toda glória, pois o Ressuscitado está sentado no Trono, é o Pastor que nos conduz para as fontes de água viva, para a posse da plenitude dos bens definitivos, alcance da vida plena e felicidade eterna. Amém. Aleluia!

O Senhor nos conduz aos céus (IVDTPC)

                                                    

O Senhor nos conduz aos céus

Aprofundando a Liturgia do 4º Domingo da Páscoa (ano C) e, também, da terça-feira da 4ª semana da Páscoa, apresento sete verbos, como que uma escada de sete degraus que devemos subir para alcançar o céu, o mais belo anseio que devemos nutrir.

Cremos que nosso destino é o céu, o encontro definitivo com Deus, quando O veremos face a face, como nos falou o Apóstolo João em sua Epístola (1 Jo 3,1-3). No entanto, este destino nos coloca diante de irrenunciáveis e intransferíveis compromissos sagrados, desde o dia de nosso Batismo, sobretudo porque somos ovelhas do rebanho do Senhor, Jesus Cristo, o Bom Pastor.

Estas ações exprimem a relação entre o Divino pastor e Suas ovelhas que somos, cuja segurança é garantida pelo Pai, com quem o Senhor é um – “Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30).

1 -  “Escutar” – O degrau da escuta da voz divina:

A vida cristã pressupõe uma atenta escuta da voz de Deus que nos fala em todos os momentos. A Sagrada Escritura nos apresenta inúmeras passagens em que somos interpelados a ouvir a voz de Deus.

A escuta atenta à Sua voz, que nos fala no mais profundo da alma, é o colocar em prática; é certeza de vida plena e feliz, e um degrau indispensável rumo à eternidade.

De outro lado, a não escuta à voz de Deus, ou mesmo a escuta de “outras vozes” que o mundo multiplica, leva-nos a perda da felicidade e do sentido da vida. Absolutamente nada prospera ou frutifica, quando não ouvimos a voz de Deus e Sua vontade, que haveremos de colocar em prática, acima de tudo.

2 – “Conhecer” – O degrau da intimidade que devemos manter com Deus:

O Senhor nos conhece profundamente: conhece nossas alegrias e tristezas, forças e fragilidades, pensamentos. O Salmista bem expressou este conhecimento que Deus tem a nosso respeito. Nada sobre nós é indiferente a Ele (Sl 138). Se há algo que não podemos lamentar é a indiferença de Deus para conosco. Célebre passagem também encontramos no Livro do Êxodo (3, 1-15).

3 – “Seguir” – O degrau do seguimento carregando nossa cruz de cada dia:

Seguir o Bom Pastor, porque Ele também é, ao mesmo tempo, o Caminho, a Verdade e a Vida. Não só conduz, mas Se fez o próprio Caminho. Não somente nos fala da verdade que nos liberta, mas é a própria Verdade que orienta nossos passos. Somente O seguindo é que não nos perderemos pelos caminhos e descaminhos que a vida nos oferece. Segui-Lo por amor, com fidelidade permanente, com renúncias necessárias, tomando a nossa cruz, sem vacilar na fé, esmorecer na esperança e esfriar na caridade.

4 – “Doar a vida” – O degrau da doação da vida expressa em serviço, numa entrega alegre e confiante de si mesmo:

Ao contrário de mercenários, que fogem quando as ovelhas estão em apuro, ou até mesmo exploram as ovelhas (Ez 34), Jesus é o Bom Pastor que dá a vida pelo Seu rebanho, vida plena, feliz e eterna. Doa-Se amando, acolhendo, perdoando, curando, redimindo, libertando, partilhando, fazendo o que preciso for para o que o rebanho não fique fragilizado e inseguro. Doamos a vida na certeza de que o grão de trigo morre para não ficar só, mas que morrendo produz muitos frutos (Jo 12, 24).

5 – “Anunciar” – É o degrau do anúncio da Palavra, que ilumina e orienta a nossa vida. Palavra que também é Pão que alimenta nossa fé:

Não tem como pertencer ao rebanho do Senhor e não sentir-se comprometido em anunciar ao mundo a Palavra deste Bom Pastor, que uma vez encontrado, muda nossa vida, dá um novo sentido e alarga nossos horizontes. Pertencentes a este rebanho, temos a graça e o dever de anunciar a Palavra de Deus, para que mais pessoas venham a pertencer a este rebanho e também subir os mesmos degraus aos quais nos propusemos (At 13,14.43-52).

6 – “Lavar”  - O degrau do corajoso testemunho da fé, da vivência de nosso batismo como profetas, sacerdotes, rei e pastor:

Na passagem do Livro do Apocalipse (Ap 9,14-17), o autor sagrado nos fala de uma visão: uma multidão vestida de branco, com palmas nas mãos diante do Cordeiro, que é o próprio Jesus.

É uma sumária e bela apresentação do céu, sem fome e sede, onde nem o sol ou o vento ardente cai sobre eles, e são conduzidos às fontes de água viva e todas as lágrimas dos olhos são enxugadas.

Esta multidão incontável, de pé (vitoriosos) diante do trono e na presença do Cordeiro, são os que vieram da grande tribulação, lavaram e branquearam suas vestes no Sangue do Cordeiro. Numa palavra: deram corajoso testemunho da fé, alguns até mesmo passando pelo ápice do testemunho: o martírio, o derramamento do sangue.

7 – “Entrar” – O degrau do céu, nosso desejo e destino: plenitude de luz, paz, amor, alegria...:

Deus nos criou por amor, para vivermos em relação profunda e intensa de amor com Ele no tempo presente. Inseridos na comunhão do amor Trinitário, darmos passos silenciosos e sucessivos rumo ao encontro definitivo com Ele e com todos os que nos antecederam na glória dos céus.

É nosso último degrau, aonde alguns já chegaram e com eles estamos unidos em permanente oração, pela comunhão dos santos que cremos e rezamos.

Jamais desistamos de subir esta escada, ainda que exigente seja. Pois, tão somente assim, o amor a Deus, o primeiro na ordem dos Preceitos, andará de mãos dadas com o amor ao próximo, o primeiro como cumprimento, como tão bem expressou Santo Agostinho:

“Esses dois Preceitos devem ser sempre lembrados, meditados, conservados na memória, praticados, cumpridos. O amor de Deus ocupa o primeiro lugar na ordem dos Preceitos, mas o amor do próximo ocupa o primeiro lugar na ordem da execução. Pois, quem te deu esse duplo preceito do amor não podia ordenar-te amar primeiro ao próximo e depois a Deus, mas primeiramente a Deus e depois ao próximo”. 

Em Antioquia, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos (At 11,19-26). Cristãos, de fato, sejamos subindo escada que nos leva aos céus, mas que não nos exime de sagrados compromissos com a vida da humanidade e do planeta, nossa casa comum, como nos falou também o Papa Francisco em sua Encíclica “Laudato Si”.

Sejamos cristãos, de fato, com palavras e atos, sempre iluminados pela Palavra, que é Pão e Luz; que nos sacia e nos ilumina, sempre revigorados e nutridos pelo salutar Pão de Eternidade, o Pão da Eucaristia.

Fidelidade ao Bom Pastor (IVDTPC)

                                                                    


Fidelidade ao Bom Pastor 

“As minhas ovelhas escutam a minha voz,
Eu as conheço e elas me seguem” (Jo 10,27) 

Ó Deus de amor, como discípulos missionários do Bom Pastor, o Vosso Amado Filho, queremos escutar e pôr em prática a Palavra divina, contando com a presença e ação do Espírito Santo.

Firmai-nos na fidelidade nos passos do Mestre, Vosso Amado Filho, para segui-Lo, sem jamais desviar do Caminho, Verdade e Vida que é Ele próprio, nutridos pela Seiva do Amor do Santo Espírito.

Ajudai-nos, para que vivamos os dois rostos inseparáveis da fidelidade, que consiste no escutar e seguir, como assim ela se fez presente na Comunhão Trinitária de Amor.

Consolidai-nos na fé, com coragem e firmeza necessárias, sobretudo nos momentos adversos que vivemos, ou de perseguições que possam ocorrer, dando razão da esperança e vivendo, acima de tudo, a caridade. Amém.

 

Fontes inspiradoras:
- Passagem do Evangelho de São João (Jo 10,22-30)
- Lecionário Comentado – volume Quaresma/Páscoa, Editora Paulus, 2011 - p.505

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