- pelos que já combateram o bom combate da fé, como pastores do rebanho, e que hoje se encontram na glória de Deus.
domingo, 11 de maio de 2025
Servos do Bom Pastor (IVDTP)
- pelos que já combateram o bom combate da fé, como pastores do rebanho, e que hoje se encontram na glória de Deus.
Presbíteros nos passos de Cristo Bom Pastor
pois a messe é grande, e poucos são os operários" (Lc 10,2).
Mensagem do Papa Francisco para o 59º Dia Mundial de Oração pelas Vocações - síntese
Mensagem do Papa
Francisco para o 59º Dia Mundial de Oração pelas Vocações - síntese
Em
um contexto atual marcado pelos ventos gélidos da guerra e da opressão e
fenômenos de polarização, e enquanto Igreja vivencia o processo Sinodal, com
a urgente necessidade de caminhar juntos, cultivando as dimensões da escuta,
participação e partilha, no 4º Domingo da Páscoa, o Domingo do Bom Pastor, o
Papa Francisco nos agracia com mais uma oportuna mensagem para o Dia Mundial de
oração pelas vocações, com o tema: “Chamados para construir a família humana”.
Ele
reflete sobre o significado da vocação no contexto de uma Igreja sinodal que se
coloca na escuta de Deus e do mundo, pois todos somos chamados a ser
protagonistas da missão, pois “A sinodalidade,
o caminhar junto é uma vocação fundamental para a Igreja, pois toda a Igreja é
comunidade evangelizadora e, só neste horizonte, é possível descobrir e
valorizar as diversas vocações, carismas e ministérios.”
Viver
a vocação é nos sentirmos criaturas amadas de Deus, que por sua vez nos faz guardiões
uns dos outros, construindo laços de concórdia e partilha e curando as feridas
da criação. Cada um de nós somos criaturas queridas e amadas de Deus, chamados
a acolher o olhar de Deus, que nos olha com amor, assim como olhou para a
Virgem de Nazaré, Simão, Levi, Paulo, para que vivamos a vocação e a santidade:
“As seguintes palavras são
atribuídas a Miguel Ângelo Buonarroti: «No interior de cada bloco de pedra, há
uma estátua, cabendo ao escultor a tarefa de a descobrir». Se tal pode ser o
olhar do artista, com muito mais razão assim nos vê Deus: naquela jovem de
Nazaré, viu a Mãe de Deus; no pescador Simão, filho de Jonas, viu Pedro, a
rocha sobre a qual podia construir a sua Igreja; no publicano Levi, entreviu o
apóstolo e o evangelista Mateus; em Saulo, cruel perseguidor dos cristãos, viu
Paulo, o apóstolo dos gentios. O Seu olhar de amor sempre nos alcança, toca,
liberta e transforma, fazendo com que nos tornemos pessoas novas”.
Enriquecedora
a citação do provérbio do Extremo Oriente, para que compreendamos o olhar de
Deus para cada um de nós: «Um
sábio, ao olhar o ovo, sabe ver a águia; ao olhar a semente, vislumbra uma
grande árvore; ao olhar um pecador, sabe entrever um santo».
Deus
nos olha e, em cada um de nós, vê potencialidades, às vezes ignoradas por nós
mesmos, e atua incansavelmente ao longo da nossa vida, a fim de as podermos
colocar ao serviço do bem comum, e neste sentido, é preciso que saibamos
escutar a Sua Palavra.
Diferentes
são as vocações na resposta ao olhar de amor de Deus:
- a vocação ao sacerdócio ordenado, ser instrumento da graça e da misericórdia de
Cristo;
-
na vocação à vida consagrada, ser louvor de Deus e profecia de nova humanidade;
-
na vocação ao matrimônio, ser dom mútuo e geradores e educadores da vida;
-
e em cada vocação e ministério na Igreja, em geral, que nos chama a olhar os
outros e o mundo com os olhos de Deus, servir o bem e difundir o amor com as
obras e as palavras.
A
propósito, ele mencionar a experiência do Dr. José Gregório Hernández Cisneros.
Quando trabalhava como médico em Caracas, na Venezuela, quis tornar-se irmão
terceiro franciscano. Mais tarde, pensou em tornar-se monge e sacerdote, mas a
saúde não lhe permitiu. Compreendeu então que a sua vocação era precisamente a
profissão médica, na qual se prodigalizou especialmente a favor dos pobres. E,
sem reservas, dedicou-se aos doentes atingidos pela epidemia de gripe chamada
«espanhola», que então alastrava pelo mundo. Morreu atropelado por um carro, ao
sair duma farmácia onde fora buscar remédios para uma idosa, sua paciente.
Testemunha exemplar do que significa acolher a vocação do Senhor aderindo
plenamente à mesma, foi beatificado há um ano.
Cada
pessoa chamada é interpelada e convocada pessoalmente a viver a sua vocação – “Somos como os ladrilhos dum mosaico,
belos já quando vistos um a um, mas só juntos é que formam uma imagem.
Brilhamos, cada um e cada uma de nós, como uma estrela no coração de Deus e no
firmamento do universo, mas somos chamados a compor constelações que orientem e
iluminem o caminho da humanidade, a partir do ambiente onde vivemos...Para
isso, a Igreja deve tornar-se cada vez mais sinodal: capaz de caminhar unida na
harmonia das diversidades, onde todos têm a sua própria contribuição para dar e
podem participar ativamente.”
Viver
a vocação é participar da realização do sonho de Deus, um projeto de harmonia
dos dons, caminhando e trabalhando juntos, como testemunhas de uma grande
família humana unida no amor.
Conclui convidando-nos a rezar, para que o Povo de Deus, no meio
das dramáticas adversidades da história, corresponda cada vez mais a esta
vocação, com a luz do Espírito Santo, e que todos possamos encontrar o
respectivo lugar e dar o melhor de si neste grande desígnio divino.
Desejando conferir a mensagem na integra, acesse:
http://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/communications/documents/20220124-messaggio-comunicazioni-sociali.html
A fraqueza do rebanho e a fortaleza do Pastor (IVDTPA)
sábado, 10 de maio de 2025
Com Maria, aprendemos a peregrinar na esperança
Com Maria, aprendemos a peregrinar na
esperança
Com a passagem do Evangelho de São
Lucas (cf. Lc 1,39-56), contemplamos a visita de Maria que vai ao encontro de
Isabel, saúda-a e fica com ela como mensageira da Paz, uma peregrina da
esperança, e com ela há muito a aprender.
Maria foi primeira portadora da Glória
de Deus, da Boa Notícia de Sua Presença, levando em seu ventre Jesus, e a sua fé
lhe torna uma alegre mensageira do Verbo, da Palavra que se fez Carne e habitou
entre nós (cf. Jo 1,14).
No encontro inusitado, contemplamos a
palavra, a voz de Maria, que transforma as pessoas e suscita a alegria dos
últimos tempos.
Deste modo, por acolher a Palavra e
crer nela, Maria proclama o Magnificat,
que é o canto de alegria, confiança e esperança dos pobres em espírito, que se
abrem aos projetos, à vontade e aos desígnios divinos.
O Magnificat
fala de um acontecimento passado com futuro, e Maria não apenas o canta, mas
vive cada palavra de suas linhas e entrelinhas.
Maria profetiza a subversão messiânica
de todos os valores: uma inversão em todos os planos.
Proclama que Deus cumpriu a tríplice
derrubada de situações humanas falsas, restaurando a humanidade na
salvação: no campo religioso, a derrubada da autossuficiência
humana, da soberba; no campo político, a derrubada dos poderosos e a exaltação
dos humildes; no campo social, a despedida dos ricos e a promoção da verdadeira
partilha, solidariedade e fraternidade.
Vivendo o Ano Jubilar,
como peregrinos da esperança, contemplemos e louvemos Maria, e com ela
edifiquemos uma Igreja decididamente missionária, a serviço do Reino, como
alegres e convictos mensageiros da Paz, Jesus, Seu Amantíssimo Filho e Redentor
de toda a humanidade.
Em poucas palavras...
Trigo de
Deus
“Sou trigo de Deus,
serei triturado pelos
dentes das feras
para tornar-me o puro
pão de Cristo.
Rogai a Cristo por mim,
para que por este meio
me torne sacrifício
para Deus”. (1)
(1)Santo Inácio de Antioquia (séc .I)