sexta-feira, 18 de abril de 2025

Em poucas palavras...

                                                  


A mais bela História do Amor de Deus

 

O Evangelista São João convida a contemplar o Amor plenamente revelado por meio de Jesus, como o próprio exclama :

 

“Deus amou tanto o mundo que nos deu o Seu Filho para que quem n’Ele crê não morra, mas tenha a vida eterna”  (Jo 3,16). 

 

Contemplemos e fiquemos abismados diante da mais bela História do Amor de Deus por nós: Jesus Cristo, 0 Filho Amado do Pai.

Em poucas palavras...

                                                    


Sexta-feira Santa: Celebração da Paixão do Senhor

“Neste dia, em que ‘Cristo nossa Páscoa foi imolado’, torna-se clara realidade o que desde há muito havia sido prenunciado em figura e mistério: a ovelha verdadeira substitui a ovelha figurativa, e mediante um único sacrifício realiza-se plenamente o que a variedade das antigas vítimas significava...

Pelas três horas da tarde, salvo se razão pastoral leve a escolher hora mais tardia, celebra-se a paixão do Senhor que consta de três partes: liturgia da Palavra, adoração da Cruz e Sagrada Comunhão.

O altar deve estar completamente desnudado, sem cruz, sem castiçais, sem toalhas.”   (1)

 

(1) Cerimonial dos Bispos – Cerimonial da Igreja – Editora Paulus - – n.312-314

Em poucas palavras...

 

“Olhai com amor...” 

“Olhai com amor, ó Pai, esta vossa família, pela qual nosso Senhor Jesus Cristo livremente se entregou às mãos dos inimigos e sofreu o suplício da cruz. 

Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.”   (1)

 
  

(1) oração das “Laudes” da Sexta-Feira da Paixão

 

O divino suor do Redentor...

O divino suor do Redentor...

O suor dos pobres, derramado muitas vezes por trabalhos em condições sub-humanas, leva-nos a refletir sobre os momentos de agonia do Senhor no Horto das Oliveiras, na fidelidade ao Pai e extremo Amor pela humanidade.

O suor por Ele derramado não foi como o que derramamos, mas suor de angústia, da consciência da missão assumida, e dela jamais fugitivo... Suor de Sangue que d’Ele exalou, o mesmo que, na Cruz, derramou pela nossa redenção.

Há suor e suor... 
Divino suor do Redentor por Amor, e que Amor!
Por isto os sinos soam nas Igrejas, em tempo oportuno, expressando ora a dor e a agonia, ora a alegria, a exultação, a glorificação, o esplendor...

Os sinos quando soam, comunicam que alguém que tenha suado, não mais soa... Soam para proclamar o suor do Redentor, a agonia vivida e missão cumprida, no ápice do amor.

Com Seu Sangue jorrado, com água, vida nova e Eucaristia, o mundo reencontrou o seu mais desejado sentido: fomos recriados, reconciliados, amados, nutridos...

Soem os sinos... Suemos na luta, sem jamais desistir. Suemos pelos poros e na alma sempre, para que o soar dos sinos seja acompanhado do mais belo conteúdo, sobretudo por um amor divino, mais que conhecido, no cotidiano vivido.

Suemos incansavelmente! Que para outrem os sinos dobrem...
Pois, não faz sentido soar o sino para si próprio, ao contrário, somos suor derramado para regar preciosas sementes de um mundo novo, sem desculpas, sem hesitações...

Pelo Suor Sagrado fomos também acolhidos, contemplados... 
Pelo mesmo Sangue, que fora derramado, banhados, renovados, reconciliados, alimentados...

Sem suar, jamais entenderemos o porquê do soar dos sinos. Amém. 

O mais belo Coração foi trespassado por amor de nós

                                                          

O mais belo Coração foi trespassado por amor de nós

Meus olhos se voltaram para o calvário, que me remeteu à Sagrada Montanha.

Vi correr quatro rios, um para cada um dos pontos cardeais e colaterais.

E continuo a ver, pois emana de fonte inesgotável.
Jorra daquele coração que mais tarde seria trespassado.
Água cristalina para que nela renascêssemos.
Vi também correr, misturada com o vermelho do Sangue,
Que também do Coração mais tarde jorraria.

“Mas um dos soldados abriu-Lhe o lado com uma lança e,
imediatamente, saiu Sangue e Água”  (1)

Ressoem em nosso coração as palavras da Igreja:

“Estando Jesus já morto e ainda pregado na Cruz, 
diz o Evangelista, um soldado aproximou-se, 
feriu-Lhe o lado com uma lança,
e imediatamente saiu Água e Sangue: 
a Água, como símbolo do Batismo; 
o Sangue, como símbolo da Eucaristia” (2)

Não pode ser feito sem maiores exigências em nossa vida,
Quem desta água sacia a sede; deste divino alimente se nutre.
Desta mesma Montanha, emanaram dos lábios do divino Redentor
O programa de vida a ser vivido na planície do cotidiano,
O mais belo Sermão, o Sermão da Montanha:

“Bem aventurados os pobres em espírito,
Porque deles é o Reino dos céus.
Bem-aventurados os que choram,
pois eles serão consolados.
Bem-aventurados os mansos,
pois eles herdarão a terra.

Bem-aventurados os que têm fome e sede da justiça,
Pois eles serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos,
Pois eles alcançarão misericórdia.

Bem-aventurados os puros de coração,
Pois eles verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz,
Pois eles serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça,
Pois deles é o Reino dos Céus.

Bem-aventurados sois vós,
Quando vos injuriarem e perseguirem e,
Mentindo disserem todo mal por causa de mim.
Alegrai-vos e exultai, porque grande é
A vossa recompensa nos céus;
Pois deste modo perseguiram os profetas que vos precederam” (3)

Bebamos desta fonte.
Vivamos as Bem-Aventuranças,
Palavra que sacia nossa sede,
Alimento que nos fortalece para a missão,
Para que discípulos missionários do Senhor,
Sal da terra e luz sejamos (4).

Subamos à Montanha,
Bebamos da Divina Fonte...
Os rios jamais secarão,
Porque quem poderá impedir o amor de Deus por nós?
Ele continua nos lavando nas águas batismais,
E nos alimentando com Pão e Bebida Celestiais. Amém.


(1)          Jo 19,34
(2)         São João Crisóstomo – Bispo e Doutor da Igreja – séc. IV
(3)        Mt 5,1-12
(4)         Cf. Mt 5, 13-16

Os Sofrimentos de Cristo, os sofrimentos do cristão...

                                                                               


Os Sofrimentos de Cristo, os sofrimentos do cristão...


"Procuro completar na minha carne 
o que falta das tribulações de Cristo" (Cl 1,24).

O Comentário do Bispo Santo Agostinho  (séc. V), nos ajuda na compreensão dos sofrimentos do cristão e os sofrimentos de Cristo.

“Jesus Cristo é um só Homem, com Sua cabeça e Seu corpo: Salvador do corpo e membros do corpo são dois numa só carne, numa só voz, numa só Paixão; e quando passar o tempo da iniquidade, num só descanso.

Por isso, os Sofrimentos de Cristo não são apenas de Cristo, ou melhor, os Sofrimentos de Cristo não são senão de Cristo. Se pensas em Cristo como cabeça e corpo, os Sofrimentos de Cristo são apenas de Cristo; se, porém, pensas em Cristo só como cabeça, os Sofrimentos de Cristo não são apenas de Cristo.

Com efeito, se os Sofrimentos de Cristo só atingem a Cristo, isto é, apenas a cabeça, como pode dizer um de Seus membros, o Apóstolo Paulo: Procuro completar na minha carne o que falta das tribulações de Cristo? (Cl 1,24).

Se, pois, és membro de Cristo – quem quer que sejas tu que ouves estas palavras, ou mesmo que não as ouça (no entanto ouves se és membro de Cristo) – tudo quanto sofreres por parte daqueles que não são membros de Cristo, é o que faltava às tribulações de Cristo.

Por isso se diz que faltava. Tu vens encher a medida, mas não a fazes transbordar. Tu sofres apenas o que faltava da tua parte na Paixão total de Cristo, que sofreu como nossa cabeça e sofre ainda em Seus membros, quer dizer em nós mesmos.

Assim como numa sociedade civil, ou 'república', cada um paga conforme as suas posses o que lhe compete, também cada um de nós contribui para esta comunidade, na medida de suas possibilidades, com uma espécie de quota de sofrimentos.

A liquidação total dos sofrimentos de todos só se dará quando chegar o fim do mundo. Portanto, irmãos, não julgueis que todos os justos que sofreram perseguições dos iníquos, mesmo aqueles que foram enviados antes da vinda do Senhor para anunciar Sua chegada, não pertenciam aos membros de Cristo.

Longe de vós pensar que não pertença aos membros de Cristo quem faz parte da cidade que tem Cristo como Rei. Pois toda esta cidade fala, desde o sangue do justo Abel até o sangue de Zacarias.

E a partir de então, desde o sangue de João Batista, é uma só cidade que fala através do sangue dos Apóstolos, do sangue dos mártires, do sangue dos fiéis em Cristo”. 

Deixemos ressoar estas afirmações:

- “Tu sofres apenas o que faltava da tua parte na Paixão total de Cristo, que sofreu como nossa cabeça e sofre ainda em Seus membros, quer dizer em nós mesmos”;

- “A liquidação total dos sofrimentos de todos só se dará quando chegar o fim do mundo.”

Somos remetidos às palavras do Apóstolo Paulo:

“Agora me alegro nos sofrimentos suportados por vós. O que falta às tribulações de Cristo, completo na minha carne, por Seu corpo que é a Igreja”  (Cl 1,24).

Sofrimentos...
Ainda que não gostemos, eles existem!
Sofrimentos, quem não os têm?
Sofrimentos, quem deles está imune?
Sofrimentos, como assumi-los?

Façamos uma súplica por todos os que sofrem:

Que o Espírito Santo,  o Paráclito, 
o Advogado, Defensor, o Consolador 
venha sempre ao nosso encontro e, 
de modo especial, de todos os que sofrem...
Vinde Espírito Santo enchei os corações
dos Vossos fiéis...

PS: Liturgia das Horas - Vol. II - páginas: 1574 e 1575. 

Minh’alma seja ferida de amor

                                      

Minh’alma seja ferida de amor


“Fez de minha boca uma espada afiada, protegeu-me
à sombra de sua mãe, fez de mim como uma seta
escondida e em Sua aljava me escondeu”
 (Is 49,2)

Contemplo-Vos, ó Deus, que sois a plena comunhão de amor com o Vosso Filho e o Espírito Santo, a comunhão de três amores eternos.

Adoro-Vos, ó Deus, e o Vosso Filho Jesus Cristo, que lançam “setas” em nossos corações para os ferirem de amor, e assim ficarem inflamados de amor pelo Fogo do Espírito.

Glorifico-Vos, ó Deus, por Vosso Filho Jesus que é “seta de amor” que sai da Vossa aljava, porque tanto amastes o mundo que no-Lo destes, para que todo aquele crer, não morra, mas tenha a vida eterna (Jo 3,16).

Suplico-Vos, ó Deus, que feridos por esta “seta de amor”, renovemos os sagrados compromissos com o Vosso Reino, seguindo o Vosso Filho Jesus Cristo – “Caminho, Verdade e Vida”, Caminho que a Vós nos conduz; Verdade que nos ilumina e Vida que renova todos os dias. Amém.


Fonte inspiradora: Segundo Cântico do Servo Sofredor - Livro do Profeta Isaías (Is 49,2)

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG