sexta-feira, 18 de abril de 2025
Com os olhos fixos no Senhor
A Morte de Cruz: aparência de fracasso, sinal de vitória
O primeiro pelo Vosso aniquilamento, esvaziamento de tudo, à mansão dos mortos descendo; o segundo por nos ter amado incondicionalmente, em indizível Amor.
Ajudai-nos para que nos mantenhamos fiéis ao Projeto Divino, mesmo à custa da própria vida, tão somente assim o fracasso receberá o nome de fidelidade, e a impotência chamar-se-á liberdade.
Senhor, assim não apenas repetiremos a Oração que Vós nos ensinastes, mas dela faremos dela o mais belo e revolucionário Projeto de Vida que nos alcance a eternidade: "Pai Nosso que estais nos céus...".
O ilimitado amor de Deus por nós
Ó admirável poder da Cruz Redentora
Ó inefável glória da Paixão, que no Mistério da morte do Filho Amado na Cruz, em fidelidade total a Deus Pai, nos revelou quão infinita é a misericórdia de Deus para conosco.
Amém!
Supremo Amor
No alto, corpo cravado, suspenso numa Cruz, inerte;
Agonia, dor, sofrimento, abandono, desolação...
Quem, por nós pecadores, suportaria tanta humilhação?
Somente um Coração pleno de ternura e Amor
Encontra força para Palavras ternas balbuciar,
Expressando a incompreensível Misericórdia Divina:
“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”;
“Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso”
“Pai, em Tuas mãos entrego o meu Espírito”.
Na primeira Palavra Se revela mais uma vez
Como Divina Fonte de todo Amor e perdão,
Suplicante e intercessor nosso junto do Pai.
Na segunda nos revela novamente a face do Pai,
Que pronto sempre está para o perdão comunicar,
Desde que de nossos pecados nos arrependamos.
Na terceira a confiança no Pai que não O abandona,
Ali está livre plenamente, em total adesão ao Pai,
Realizando o Plano de Salvação que passa pela Cruz.
Três palavras o Evangelista da misericórdia escreveu,
Tão sabiamente, para que, em nossas almas sequiosas,
Fossem impressas, no coração gravadas e eternizadas.
Silenciemo-nos diante da Cruz Redentora.
Quem não se enleva diante deste Sinal,
Por uma amatividade tão incompreensível?
Como a Trindade Santa não adorar com imaculado amor?
Como também nosso coração a Deus não entregar?
Como não por n’Ela toda nossa confiança e esperança?
Como não nos abrirmos para esta Divina Fonte,
Envolvidos por Sua misericórdia, enternecidos,
Transformados pelo Amor para também amarmos?
Que lições tão belas, eternas e profundas
Do Divino Mestre, no alto da Cruz redentora,
Sejam, pela humanidade, aprendidas, vividas...
Súplicas ao Senhor, como Igreja, elevemos:
“Não aconteça que perante a Vossa Cruz, Senhor,
As pedras e os sepulcros sejam mais sensíveis”.
Seja nosso coração um Altar para Vós,
Para que possais nele suavemente reclinar,
Nunca, jamais uma cruz para Vos ofertar.
Contemplando Vossas Chagas dolorosas,
Multiplicadas em tantos que no mundo sofrem,
Sem covardia ou omissão, o olhar não desviemos.
As Chagas dolorosas no irmão, identificadas,
Sejam apelos de compromissos e de solidariedade,
Eis a devoção mais bela a ser vivenciada.
Somente assim as Vossas Chagas Gloriosas,
Um dia, na eternidade, a graça, então, tenhamos
De vê-las, tão vencedoras, tão maravilhosas! Amém.
Em poucas palavras...
Humilhação, tristeza e dor
Na Celebração da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, o sacerdote e os ministros dirigem-se para o altar em silêncio, sem canto:
“O sacerdote e os ministros, feita a reverência ao altar, prostram-se: esta prostração, que é um rito próprio deste dia, seja conservada diligentemente, pois significa não só a humilhação do “homem terreno”, mas também a tristeza e a dor da Igreja.” (1)
(1) Congregação para o culto divino carta circular «Paschalis Sollemnitatis » A preparação e celebração das festas pascais 16 de janeiro de 1988
Em poucas palavras...
O Mistério da Cruz em nossa vida
“Em Jeremias, como em Cristo, há um aspecto trágico: o conhecimento do destino que lhe preparam os inimigos, sem possibilidade de evitá-lo. Não pode fazer outra coisa senão pôr-se nas mãos de Deus e esperar que este venha salvá-lo no cumprimento deste destino...
Deus, porém, mesmo em seu Mistério fulgurante, não esmaga a liberdade do homem; dar-se-á somente àquele que tiver o direito de cativá-lo. Aqui está a razão de ser da obediência de Cristo na cruz, que a Eucaristia nos convida a alcançar.” (1)
(1) Comentário Missal Cotidiano – Editora Paulus – pág. 280, sobre as passagens: Jr 11,18-20; Jo 7,40-53.







