segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

"Deus nos ama e nós cremos no amor"

“Deus nos ama e nós cremos no amor”

Para aprofundamento da Liturgia do 10º Domingo do Tempo Comum, transcrevo uma reflexão do Frei Raniero Cantalamessa, que reconstrói este processo do amor de Deus por nós em quatro etapas:

- A primeira etapa: somos transportados para antes do tempo e da história, na mesma eternidade de Deus – “Deus é amor” (1 Jo 4,8):

“É amor em si mesmo, antes de a criatura tomar consciência disso. Aparentemente nós estamos ausentes desta primeira etapa: Deus só tem que amar a Si mesmo. Sabemos, porém, que Deus, embora sendo único, não é solitário também nesta primeira fase que precede a criação.

Tem consigo, com efeito, Seu Filho, Sua imagem perfeita que ama e por quem é amado com um amor tão forte que chega a constituir uma terceira Pessoa, o Espírito Santo. Há, portanto, já, o amor de Deus, mas um amor não criado, trinitário, inacessível...

Estávamos já contidos e contemplados em Seu coração como criaturas ainda ocultas no seio e no pensamento de quem as gerou, e se espera que venham à luz”.

- A segunda etapa: é a criação, a revelação do amor oculto:

“É um gesto fundamental do amor de Deus pelas criaturas, aquele que lhe confere o ser e as faz existir... A criação é um ato de amor... este amor de Deus encontra em Seus Profetas Seus cantores insuperáveis. Deus deu a alguns homens (como Isaías, Jeremias, Oseias) um coração grande, cheio de capacidades, sensível a todo espécie de amor, para que revelassem aos homens algo de Seu insondável amor. Os Profetas fizeram o máximo...”.

- A terceira etapa: abrange as anteriores e esta etapa se chama Jesus Cristo:

“Jesus é amor de Deus feito carne; Ele é a manifestação tangível do amor do Pai – Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em nos ter enviado ao mundo o Seu Filho único, para que vivamos por Ele (1 Jo 4,9)...

Em Jesus, o amor de Deus se adequou à nossa condição humana, que tem necessidade de ver, de sentir, de tocar, de dialogar... O amor de Jesus pelos homens é forte, viril, terno, constante, até a prova suprema da vida.

Porque ninguém tem amor maior do quem dá a vida pela pessoa amada (cf. Jo 5,13). E Ele deu a vida! Amor cheio de delicadeza e de calor humano: como ama as mulheres, com que delicadeza se abaixa sobre sua humilhação, sem, todavia, condescender minimamente ao mal!

Como ama os discípulos; como ama as crianças, os doentes, os pobres, os intocáveis da época... Amado, Ele muda, faz renascer, liberta (a Samaritana. Madalena). Diante do túmulo de Lázaro, disseram d’Ele: ‘Vede como Ele o amava’”.

A quarta etapa: é aquela que se estende até os dias de hoje e que se chama Espírito Santo:

“O amor de Deus que se manifestou em Cristo Jesus permanece entre os homens e vivifica a Igreja através do Espírito Santo.

O que é afinal o Espírito Santo? É o amor recíproco entre Pai e Filho que, depois da Ressurreição, se difundiu sobre os crentes, como perfume que jorra do vaso de alabastro quebrado e enche a casa: o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5,5); nisso é que conhecemos que estamos n’Ele e Ele em nós, por Ele nos ter dado o Seu Espírito (1 Jo 4,13)...

Não se trata de um amor subjetivo, isto é, de um sentimento fugaz; é algo de soberanamente objetivo e concreto. Chega a ser até uma pessoa. No Novo testamento é apresentado como O Consolador, que dá paz, força, coragem, alívio. É ‘Espírito de amor’. É chamado também ‘coração novo’, o ‘coração de carne’, porque Sua presença nos torna não só amados, mas também capazes de amar (amar de modo novo a Deus e aos irmãos). Ele é agora Aquele que realiza a impossível fidelidade do homem; tendo-O presente, com efeito, o crente pode observar os Mandamentos, pode ‘corresponder’ ao amor de Deus, o que não era possível antes de Cristo”.

De fato, assim falou o Evangelista São João: “Deus amou tanto o mundo, que deu Seu Filho Unigênito, para que não morra todo o que n’Ele crer, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16).

O amor de Deus é o centro de toda a Sagrada Escritura, revelado numa sucessão de gestos, de manifestações, que chamamos de “História da Salvação”.

Frei Raniero Cantalamessa finaliza nos falando da dificuldade que temos de crer no amor, considerando numerosas traições e decepções: “quem foi traído ou ferido uma vez, tem medo de amar e de ser amado, porque sabe quanto é dolorido ser enganado...”

No entanto, o cristão deve se libertar deste medo, pois esta é a sua vocação: amar, pois o amor de Deus foi derramado em nossos corações no batismo, e é preciso descobri-lo dentro de nós mesmos, na Igreja e ao mundo testemunhá-lo: 

“É o momento decisivo na História da Salvação, Aquele em que um homem, ou antes, uma comunidade movida pelo Espírito Santo, diz, como fazemos nós agora: ‘Deus nos ama e nós cremos no amor’”.

Oremos:

“Deus bom e fiel, que jamais Vos cansais de chamar os errantes a uma verdadeira conversão e no Vosso Filho levantado na Cruz nos curais das mordeduras do Maligno, concedei-nos a riqueza da Vossa Graça, para que, renovados no Espírito, possamos corresponder ao Vosso amor eterno e infinito”. (2)


(1)  O Verbo Se faz Carne – Raniero Cantalamessa - Editora Ave Maria - 2013 
(2) Lecionário Comentado – Volume Quaresma-Páscoa Ed. Paulus – 2011 Lisboa – p. 184

PS: Reflexão apropriada para a 13ª Sexta-feira do Tempo Comum

A Evangelização: lançar as redes em águas mais profundas

 


A Evangelização: lançar as redes em águas mais profundas
 
“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6)
 
Um Planejamento Pastoral deve ser fruto do trabalho conjunto de muitas mãos, mentes e corações, que possibilita a continuidade da ação evangelizadora.
 
Um valioso instrumento que ajuda a lançar as redes em águas mais profundas (Lc 5,1-11), pois a evangelização prima pela superação da superficialidade e ativismo inconsequente; provoca-nos para respostas comunitárias, sem ações individualizadas, mas inseridas na Pastoral de Conjunto.
 
Precisamos buscar respostas evangélicas para os grandes desafios que enfrentamos na realidade urbana e pós-moderna:
 
- A realidade urbana: desafios e respostas;
- A evangelização da família;
- O resgate da pessoa humana no exercício de sua cidadania;
- O aprimoramento das atitudes de acolhida e fortalecimento dos vínculos de comunhão fraterna;
- O desafio da evangelização da juventude;
- Um projeto missionário que expresse a dimensão missionária de toda a Igreja;
- Presença evangelizadora nas escolas e universidades;
- A necessidade de uma linguagem comum para os Sacramentos;
- Formação bíblica e espiritualidade do agente de pastoral;
- Maior cuidado com os momentos litúrgicos, para que sejam momentos fortes de oração;
- Evangelizar através dos Meios de comunicação social contando com a sóbria utilização dos recursos da inteligência artificial;
- Fortalecimento das pastorais sociais na promoção da dignidade da vida e o cuidado da Casa Comum.
 
Deste modo, é necessário que as vocações cristãs leigas, alimentadas pela Palavra e Eucaristia, atuem em sintonia com padres, Bispo, religiosos e religiosas, em diversas estruturas, organismos e pastorais.
 
Urge que no espírito sinodal, comunhão e participação, e na evangélica opção preferencial pelos pobres, participemos da construção de uma sociedade justa, fraterna e mais solidária, a caminho do Reino definitivo.
 
Tenhamos sempre em mente que o Protagonista da evangelização é o Espírito Santo, de modo que a diversidade de carismas, dons e ministérios devem ser compartilhados, garantia de êxito na evangelização (1 Cor 12-30), na fidelidade a Jesus, o Caminho, a Verdade e a Vida (cf. Jo 14,6), e tão somente assim evangelizaremos e avançaremos para as águas mais profundas.

Em poucas palavras...

                                             


“O homem que descia é Adão...”

“O homem que descia é Adão, Jerusalém é o paraíso, Jericó, o mundo; os ladrões são os poderes inimigos, o sacerdote é a lei, o levita são os profetas, o samaritano é Cristo; as feridas são a desobediência; o jumento, o corpo de Cristo; a hospedaria que acolhe a todos os que querem entrar é a Igreja; os dois denários são o Pai e o Filho; o dono da hospedagem é o pastor da Igreja a quem é confiada a cura; o fato de que o samaritano promete voltar lembra a segunda vinda do Salvador” (1)

 

 

(1) Orígenes, Hom. In Lc. 34) – séc III - sobre a passagem Lc 10,25-37

O Reino de Deus germina silenciosamente (XIDTCB)

                                                   

O Reino de Deus germina silenciosamente

No 11º Domingo do Tempo Comum (Ano B), a Liturgia da Palavra nos convida a renovar a alegria de trabalhar pelo Reino de Deus, fiéis à Aliança que Ele faz conosco, da qual jamais se esquece.

A passagem da primeira Leitura (Ez 17,22-24) retrata o tempo do exílio, e o Profeta procura manter acesa a chama da esperança do povo pela fidelidade de Deus e Sua Aliança. É preciso afastar todo medo e pessimismo.

O Profeta tem a árdua missão de destruir as falsas esperanças, denunciar as infidelidades, levando o povo a confiar plenamente em Javé, pois somente com Ele construirá uma nova história.

Aparentemente nosso trabalho parece ser insignificante, desprezível, mas não o é aos olhos de Deus que tem sempre um Projeto de Vida para a humanidade.

Deus chama quem bem quer para a construção deste Projeto, o que não necessariamente corresponde à lógica dos homens. Tudo pode cair, tudo pode falhar, mas somente Deus não falha. Deus ama Seu povo e quer salvá-lo.

É preciso corresponder à vontade amorosa de Deus com nossa humilde disponibilidade e acolhida dos Seus apelos e desafios.

Na passagem da segunda Leitura (2Cor 5,6-10), o Apóstolo Paulo anuncia que somos  peregrinos no tempo,  vocacionados para a eternidade, à vida definitiva. 

Não podemos nos curvar diante da cultura do provisório, do que é fácil e efêmero, mas caminhar com passos firmes para a eternidade, procurar o que é duradouro e nos assegure a vida definitiva.

Pela vida e palavras dos Apóstolos vemos que não é fácil seguir e servir o Senhor. A grandeza da missão comporta riscos, mas tem compensações sem medida.

Na passagem do Evangelho de São Marcos (Mc 4,26-34) encontramos duas Parábolas de Jesus sobre o Reino de Deus.

A Parábola é uma forma de linguagem que Jesus Se utiliza, acessível, viva, questionadora, concreta, desafiadora, evocadora e pedagógica, para semear a Palavra no coração e na mente dos Seus ouvintes. Fala coisas tão belas e profundas a partir de coisas simples do cotidiano.

Elas criam controvérsias, diálogo, questionamentos, num primeiro momento, depois se tornam provocadoras para novas atitudes e compromissos, mexendo com seus ouvintes.

Finalmente levam o ouvinte a tirar as consequências para a vida, pois ajuda a pensar e rever as atitudes, a própria vida, o compromisso com Jesus e o Reino.

“A primeira Parábola (da semente) afirma que o Reino de Deus é algo que uma vez semeado no coração da pessoa, germina e cresce por si só: tem uma força intrínseca (vv. 26-29). A segunda (do grão de mostarda) diz que o Reino de Deus é pequeno e aparentemente insignificante, mas crescerá até se tornar muito grande (vv. 30-32).” (1)

A grande mensagem destas duas Parábolas é que o Reino de Deus é uma iniciativa divina, e para que ele aconteça a comunidade precisa manter a serenidade, a confiança e a paciência. Importa lançar a Semente da Palavra do Reino no coração da humanidade.

A Parábola da semente tem sua mensagem própria: a nós cabe lançar a semente. Assim acontece o Reino, inaugurado e realizado na atitude da necessária paciência evangélica.

Deus não falha e no Seu tempo dará os frutos esperados, de modo que podemos afirmar categoricamente que o tempo d'Ele não é o nosso.

A Parábola da semente de mostarda, que se torna uma grande árvore, revela quão grande e belo é o Reino, que se inicia com pequenos gestos, daquilo que é aparentemente insignificante e desprezível.

Nos fatos aparentemente irrelevantes, na simplicidade e no transcorrer normal de cada dia, na insignificância e limites dos meios de que dispomos na evangelização, esconde-se o dinamismo divino que atua na história oferecendo e possibilitando à humanidade caminhos novos de vida plena e salvação.

“Jesus não é um homem de sucesso, de ibope. Ele lança uma sementinha, nada mais. E de repente, a sementinha brota. O que parecia nada, torna-se fecundo, árvore frondosa” (2)

Digamos sempre: “Como é bom trabalhar na construção do Reino como Igreja que somos!”

Tenhamos a paciência evangélica para continuarmos com alegria, como Igreja, lançando sementes no coração da humanidade, para que possam florir na alegre presença do Reino que já está em nosso meio com a Pessoa e a Palavra de Jesus, que vemos e acolhemos em cada Eucaristia, quando a Palavra é proclamada, acolhida e vivida, e o Pão é comungado e o cotidiano Eucaristizado!

Urge que Palavra de Deus caia em nosso coração, germine, floresça e frutifique, na confiança, esperança, humildade e paciência, como a mais bela expressão de uma frutuosa relação de amor com Deus. 


Oremos:

Venha, Senhor, o Vosso Reino, rezamos.
Venha, Senhor, o Vosso Reino, anunciamos.
Venha, Senhor, o Vosso Reino, testemunhamos.

(1) Lecionário Comentado - Volume Tempo Comum I - Editora Paulus - pág.518

(2) Liturgia Dominical - Mistério de Cristo formação dos fiéis (anos ABC) - pág.290


“Cala-te, sai deste homem!”

                                                     

“Cala-te, sai deste homem!”

 

“De um só homem é lançada a legião e envida a dois mil porcos,
o que nos permite ver que é precioso o que se salva e de pouco valor o que se perde.”


Sejamos enriquecidos pelo Comentário de São Jerônimo, Bispo da Igreja (séc. V), sobre a passagem do Evangelho de São Marcos (Mc 5,1-20) proclamada na quarta segunda-feira do Tempo Comum (ano B)

“E Jesus ameaçou: Cala-te e sai deste homem. A verdade não necessita de testemunho da mentira. Não vim para ser reconhecido pelo teu testemunho, mas para precipitar-te de minha criatura.

Não é belo o louvor na boca do pecador. Não necessito do testemunho daquele ao qual quero atormentar. Cala-te. Teu silêncio seja o meu louvor. Não quero que a tua voz me louve, mas os teus tormentos: tua pena é meu louvor.

Não me é agradável que me louves, mas que se retire. Cala-te e sai deste homem. Como se dissesse: sai de minha casa, o que fazes em minha morada? Eu desejo entrar: Cala-te e sai deste homem.

Deste homem, ou seja, deste animal racional. Sai deste homem: abandona esta morada preparada para mim. O Senhor deseja a sua casa: sai deste homem, deste animal racional.

Sai deste homem, disse também em outro lugar a uma legião de demônios para que saíssem de um homem e entrassem nos porcos.

Vede quão preciosa é a alma humana. Isto contradiz àqueles que creem que nós e os animais temos uma mesma alma e trazemos um mesmo espírito.

De um só homem é lançada a legião e envida a dois mil porcos, o que nos permite ver que é precioso o que se salva e de pouco valor o que se perde.

Sai deste homem e vai-te para os porcos, vai-te para os animais, vai-te para onde queiras, vai-te aos abismos. Abandona ao homem, ou seja, abandona uma propriedade particularmente minha.

Sai deste homem: não quero que tu possuas ao homem; para mim é uma injúria que habites no homem, sendo eu o que habita nele.

Eu assumi o corpo humano, eu habito no homem. Essa carne que possuis é parte de minha carne, portanto, sai deste homem.

E o espírito imundo, agitando-o violentamente... Com estes sinais mostrou sua dor, agitando-o violentamente.

Aquele demônio, ao sair, como não podia causar dano à alma, o fez ao corpo, e, como não podia fazer-se compreender por outro meio, manifesta com sinais corporais que saiu.

E o espírito imundo, agitando-o violentamente... Porque ali estava o espírito impuro que foge do espírito puro. E dando um grito, saiu dele. Com o clamor da voz e a agitação do corpo manifestou que saía.” (1)

Contemplemos a ação libertadora de Jesus, ontem, hoje e sempre em Sua Igreja.

Quão preciosos somos aos olhos de Deus, e nada pode roubar nossa liberdade, tão pouco violar a sacralidade de nossa existência.

Acolhamos com fé a Palavra do Senhor, que nos liberta de toda possessão, e faz luminosos nossos caminhos.

Experimentemos, cotidianamente, a força da Palavra de Deus, e dela nos saciemos incessantemente, renovando nossas forças no bom combate da fé.

 

(1)Lecionário Patrístico Dominical – Editora Vozes – 2013 – pág. 379-380

Em poucas palavras...

                                              


Jamais a desventura de não aceitar o Senhor

“... há muitos modos de dizer ‘não a Deus’, e todos se voltam contra nós: recusar a luz é ficar na escuridão, recusar o calor é permanecer no frio, recusar o alegre anúncio é tristeza.

Contudo, luz, calor, alegre anúncio irão para os outros que os acolherão. Cristo é a ‘Salvação’: não aceitá-Lo é desventura.” (1)

 

 

(1)             Comentário do Missal  Cotidiano, sobre a passagem do Evangelho de Marcos (Mc 12,1-12)  

Editora Paulus – pág. 846

O crepitar da chama em nossos corações

 


O crepitar da chama em nossos corações

Livrai-nos, Senhor, da tentação das propostas de um messianismo fácil e triunfalista, pois não foi assim que Vos apresentastes como o Verdadeiro Messias.

Renovai em nós o amor, zelo e ardor da missão evangelizadora, com coragem para as renúncias e melhor segui-Lo e servi-Lo na pessoa de nosso próximo, carregando, com ousadia e fidelidade, nossa cruz de cada dia.

Ajudai-nos a viver a graça da fé em Vós, que vivestes plena fidelidade ao Pai na comunhão com o Santo Espírito, até o fim na missão redentora da humanidade, fazendo crepitar a chama do amor em nossos corações.

Concedei-nos a sabedoria para cultivar e manter viva a esperança da chegada do Vosso Reino, já presente entre nós, lançando as sementes fecundadoras de novos tempos, recriando o paraíso, não como uma vil saudade, mas compromisso inadiável sempre.

Inflamai-nos com o fogo do Santo Espírito, para que vivamos a caridade como a plenitude da Lei, como vivestes e nos ensinastes a viver (cf. Rm 13,10), enriquecidos pelos sete dons, e assim, produzirmos os sagrados frutos do Espírito (Gl 5,22). Amém.

 

PS: Passagem do Evangelho de Marcos (Mc 12,35-37)


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