domingo, 17 de novembro de 2024

Em poucas palavras... (XXXIIIDTCB)

                                                            


A vinda do Senhor será como um relâmpago 

“Não podemos pretender conhecer o pensamento de Deus, os Seus desígnios: a vinda do Senhor será como um relâmpago, imprevisível e inesperada. A nós é pedida, desde já, a santidade da vida, a oferenda de uma vida livre em Cristo, a vigilância no louvor a Deus” (1). 

 

(1) Lecionário Comentado – Editora Paulus – Lisboa – 2011 – Vol. IV – p. 777

 

O Senhor virá nos julgar com equidade e verdade (XXXIIIDTCB)

                                            

O Senhor virá nos julgar com equidade e verdade

A Liturgia do 33º Domingo do Tempo Comum nos convida à vigilância na espera do Senhor que vem, permanecendo firmes na fé, e com sabedoria multiplicar os dons que foram confiados por Deus.

A Igreja nos oferece um dos comentários sobre os Salmos do Bispo Santo Agostinho (Séc. V), em que ele nos exorta a não oferecermos resistência à Sua primeira vinda para não termos de recear a segunda vinda gloriosa.

“Então todas as árvores das florestas exultarão diante da face do Senhor porque veio, veio julgar a terra (Sl 95,12-13). Veio primeiro e virá depois.

Esta Sua palavra ressoou pela primeira vez no Evangelho: Vereis sem demora o Filho do homem vir sobre as nuvens (Mt 26,64).

Que quer dizer: Sem demora? O Senhor não virá depois, quando os povos da terra se lamentarão? Veio primeiro em Seus pregadores e encheu o mundo inteiro. Não ofereçamos resistência à primeira vinda, para não termos de recear a segunda.

Que, então, devem fazer os cristãos? Usar do mundo; não servir ao mundo. Como é isto?

Possuindo, como quem não possui. O Apóstolo diz: De resto, irmãos, o tempo é breve; que os que têm esposa sejam como se não a tivessem; os que choram, como se não chorassem; os que se alegram, como se não se alegrassem; os que compram, como se não possuíssem; e os que usam do mundo, como se não usassem; pois passa a figura deste mundo. Eu vos quero sem inquietações (1Cor 7,29-32).

Quem não tem inquietações, aguarda com serenidade a vinda de Seu Senhor. Pois, que amor ao Cristo é esse que teme Sua chegada? Irmãos, não nos envergonhamos? Amamos e temos medo de Sua vinda. Será que amamos? Ou amamos muito mais nossos pecados?

Odiemos, portanto, estes mesmos pecados e amemos Aquele que virá castigar os pecados. Ele virá, quer queiramos, quer não. Se ainda não veio, não quer dizer que não virá. Virá em hora que não sabes; se te encontrar preparado, não haverá importância não saberes.

E exultarão todas as árvores das florestas. Veio primeiro; depois virá para julgar a terra; encontrará exultantes aqueles que creram em sua primeira vinda, porque veio.

Julgará com equidade o orbe da terra, e os povos em Sua verdade (Sl 95,13). Que significam equidade e verdade?

Reunirá junto a si Seus eleitos para o julgamento; aos outros separa-los-á dos primeiros; porá uns à direita, outros à esquerda.

Que de mais justo, de mais verdadeiro do que não esperarem misericórdia da parte do juiz, aqueles que não quiseram usar de misericórdia antes da vinda do juiz? Quem teve misericórdia, será julgado com misericórdia.

Os colocados à direita escutarão: Vinde, benditos de meu Pai, recebei o Reino que vos foi preparado desde a origem do mundo (Mt 25,34). E aponta-lhes as obras de misericórdia: Tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber etc. (Mt 25,34-46).

Por sua vez, que se aponta aos da esquerda? Sua falta de misericórdia. Para onde irão? Ide para o fogo eterno (Mt 25,41). Esta Palavra suscita grande gemido.

Que diz outro salmo? Será eterna a lembrança do justo; não temerá escutar palavra má (Sl 111,6-7).

Que quer dizer: escutar palavra má? Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25,4). Quem se alegra com a palavra boa, não temerá escutar a má. É esta a equidade, a verdade.

Porque és injusto, não será justo o juiz? Ou porque és mentiroso, não será veraz a verdade? Se queres, porém, encontrar o Misericordioso, sê tu misericordioso antes de Sua chegada: perdoa, se algo foi feito contra ti, dá daquilo de que tens em abundância. Donde vem aquilo que dás, não é d’Ele? Se desses do que é teu, seria liberalidade; quando dás do que é d’Ele, é devolução.

Que tens que não recebeste? (1Cor 4,7). São estes os sacrifícios mais aceitos por Deus: misericórdia, humildade, louvor, paz, caridade.

Ofereçamo-los e com confiança esperaremos a vinda do Juiz que julgará o orbe da terra com equidade, e os povos em Sua verdade (Sl 95,13).”

Assim, aguardemos a vinda gloriosa do Senhor. Enquanto Ele não vem, é tempo de multiplicarmos os talentos que nos foram confiados, a cada um conforme a capacidade, como o Senhor nos falou na Parábola dos talentos.

Não importa tanto a quantidade, porque nada nos falta. Antes, importa todo esforço para que eles sejam multiplicados, sem preguiça, medo, lentidão...

Um dia seremos julgados e haveremos de prestar contas dos bens que o Senhor nos confiou. Que possamos ouvir o que os dois primeiros ouviram da boca do patrão, que serão as próprias Palavras do Senhor aos que forem justos no tempo presente:

“Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração do tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria” (Mt 25, 21 e Mt 25, 23).

Agindo assim, seremos verdadeiramente filhos da luz, filhos do dia, na vigilante espera do Senhor que vem, e não sabemos nem o dia nem a hora, mas importa que estejamos vigilantes, atentos e os dons multiplicando até que mereçamos entrar na alegria celestial.

Oremos:

“Senhor nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em Vos servir de todo o coração, pois só teremos felicidade completa, servindo a Vós, o Criador de todas as coisas. Por N. S. J. C. Amém”.

A vigilância cristã (XXXIIIDTCB)

                                                


A vigilância cristã

Na quinta-feira da 21ª semana do Tempo Comum, ouvimos a passagem do Evangelho de Mateus (Mt 24,42-51), e refletimos o tema da vigilância necessária, como discípulos missionários do Senhor.

Assim lemos no Comentário do Missal Cotidiano:

“O tempo do cristão é o tempo da espera: espera de Deus e de Seu evento, vivido na disponibilidade interior da confiança e da esperança.

Faltando vigilância, falta uma importante dimensão da fé: a capacidade constante de passar de um estado de transitoriedade a outro.

Ainda hoje Jesus vem a nós, como o ladrão da noite. Sabemos quanto é difícil discernir seu apelo e sua presença nos acontecimentos do ‘hoje’ de Deus.

Dificilmente reconhecemos Jesus e O recebemos, se não nos preparamos de contínuo e não estamos prontos a cada instante.

Uma coisa sabemos pela fé: Deus está de tal modo ligado ao homem que onde quer que estivermos, lá está Ele, presente, ainda que não o saibamos.

É preciso romper as barreiras, saltar os muros, ser infatigáveis na busca da comunhão com todos. Então a espera será premiada”. (1)

A atitude de vigilância na espera do Senhor que vem, é elemento constitutivo de nossa fé, na esperança de um novo céu e uma nova terra, na prática concreta da caridade, pois tão somente a caridade nos impele para sagrados compromissos com o Reino (2 Cor 5,14) – “Pois a caridade de Cristo nos compele, quando consideramos que um só morreu por todos e que, por conseguinte, todos morreram”.

Vigilância em todo o tempo, lugar e âmbitos, que nos interpela para o testemunho da fé, ainda que situações adversas.

Vigilância nas palavras, pensamentos, ações bem como nas indesejáveis omissões na prática da caridade, que deve ser expressa pelo “...esforço interior de nos mantermos sempre na presença de Deus, a fim de que os nossos pensamentos, afetos, intenções e obras possam ser purificados por Aquele que é Santo por excelência, e que é capaz de tornar os Seus filhos fiéis ao bem recebido, em condições de trabalhar e de amar na espera d’Aquele que é o único que merece ser esperado”. (2)

Portanto, estarmos vigilantes e acordados não é uma atitude opcional para os cristãos, pois somos chamados a rezar, a trabalhar, a fazer o bem, mantendo viva a tensão para o Senhor que vem – “Se, todavia, esperar alguém na nossa experiência, em geral provoca sempre agitação e frustração, a vigilância cristã é estável e frutuosa. O cristão sabe que a sua identidade de filho amado não depende só de si próprio, mas está em relação direta com a atuação de Deus que age sempre em nosso favor.” (3)

Deste modo, é preciso que vivamos a vigilância:

- no cultivo da espiritualidade, com a assiduidade na participação da Santa Missa, bem como nos momentos de oração pessoal ou comunitária;

- na vivência dos demais Sacramentos;

- no cuidado da família: pais, filhos, irmãos...;

- na atividade pastoral e/ou ministério;

- na prática dos Mandamentos divinos, sem jamais separar o amor a Deus do amor ao próximo;

- no cuidado de nossa Casa Comum.

 

(1)         Missal Cotidiano – Editora Paulus – p.1207

(2)        Lecionário Comentado – Volume Tempo Comum I – p. 218

(3)        Idem – p.217


PS: Oportuno para o XXXIIIDTCB

Aceitai, Senhor!

                                                       

Aceitai, Senhor!
Quando se celebra mais um ano de vida,
É tempo de agradecer a Deus por todos os momentos,
Aqueles memoráveis, e aqueles nem tanto assim.

Temos para com Deus uma dívida de gratidão contraída,
Pois esteve conosco no decurso do ano em todos os momentos:
A cada dia e noite, de sol a sol e de lua a lua...

A cada novilúnio, e em toda fase lunar, conosco sempre estais.
Conheceis o ritmo da batida de nosso coração,
Com o pulsar ora lento ou acelerado por grande emoção.

Nesta data mais que comemorativa, celebrativa,
A possibilidade de rever caminhos, confirmá-los,
Ou refazê-los para que sejam edificantes.

Aceitai, Senhor, cada página de mais um ano vivido.
Se acertadas, alegremente Vos louvo e glorifico;
Se marcadas por rasuras, peço-Vos perdão, Senhor.

Acertadas quando pautadas pelas virtudes divinas:
Fé, esperança e caridade, em gestos que iluminam
Aqueles com quem convivemos e a vida partilhamos;

Acertadas quando a vida pautada pelo Vosso Evangelho,
Quando pelo Vosso Filho, coração terno, seduzido,
E pelo sopro do Espírito somos conduzidos.

Rasuras feitas quando pecamos
Por palavras, atos, pensamentos e omissão,
Não sendo, de Vós, presença luminosa para o irmão.

Rasuras feitas por uma palavra mal dita,
Por não acolher Vossa graça, triste oportunidade perdida,
Por amor não comunicado, com mãos não solidárias.

Aceitai, Senhor,
Meus acertos e possíveis rasuras.
Sou Vosso, sou Vossa amada criatura.

Aceitai, Senhor,
Ainda que nunca o bastante, a minha gratidão
Por mais um ano intensamente vivido.

Aceitai, Senhor...
Que mais um ano iniciando, mais acertos multiplique.
Que as rasuras próprias da existência
Sejam diminuídas, subtraídas.  Amém!

Permita-se...

                                                        

Permita-se...

Vida: dom e graça de Deus!

Viver exige permitir-se ao que é possível, tornando a vida mais bela e conforme a vontade de Deus, realizando o desígnio divino: a nossa felicidade!

É necessário olhar para o passado, que denominamos de História. Olhar para o futuro é contemplá-lo como mistério.

Viver o presente como dádiva de Deus, que não pode ser ignorado, esvaziado de conteúdo e sentido, vilipendiado...

Permita-se, olhar para o passado e reaprender com os mestres que te formaram: pais, professores, amigos, companheiros que se tornam verdadeiros mestres.

Permita-se, por algum instante, propiciar um voo sem passagens e passaportes...
                                       
Permita-se reler tua história, verá que ela não se reduz a datas apenas. História é vida, essencialmente.

Revisa tua trajetória, dando-se conta dos erros cometidos; evitando-os tanto quanto possível. Existirá outro objetivo maior da história, tanto pessoal como universal?

Permita-se rever teus conhecimentos de Aritmética adquiridos; jamais se esquecendo de que na relação entre as pessoas é melhor somar do que diminuir. Muito melhor, ainda, é multiplicar do que dividir.

Jamais esqueça que as brigas, rupturas, conflitos que surgem são como frações em nossas vidas, e muitas vezes desoladoras e devoradoras...

Não se esqueça de que todas as equações têm incógnitas, e que descobri-las, pacientemente e sabiamente, é imprescindível para a convivência com os outros e consigo mesmo.

Permita-se rever os conceitos de Geometria, não se esquecendo de como os polígonos têm muitos lados e que todos eles são muito importantes, pois bastaria a ausência de um dos lados para que deixasse de o ser. As pessoas hão de ser muito preciosas em tua vida! Ame-as. Valorize-as.

Permita-se, também, valorizar-se, sempre, mas na exata medida, nem empobrecedor narcisismos, ou deprimente falta de autoestima.

Permita-se transitar pelos conhecimentos da Geografia, sem jamais esquecer que as pessoas, como os países, têm suas fronteiras, e que é preciso respeitar as fronteiras emocionais de cada um, especialmente daqueles com quem convivemos.

Permita-se beber do néctar das Ciências e não esqueça que na vida familiar, bem como eclesial , o afeto faz o mesmo papel do oxigênio, imprescindível para que respiremos, e suspiros de alegria e emoção multipliquemos, saboreemos...

Permita-se retomar os conceitos da língua que aprendeste: a Língua Portuguesa. Não esqueça a conjugação de verbos que são vitais, e por excelência o verbo amar...

Conjugá-lo em voz alta, todos os dias, a qualquer hora, em todos os tempos. Se, na forma negativa, conjugado, para que seja desaprendido, jamais repetido...

Permita-se jamais ser relapso, para que não amargue indesejáveis recuperações, perdas e sofríveis danos.

Permita-se não esquecer as mais belas lições que aprendeu até aqui. Revê-las, reciclá-las, enraizá-las, amadurecê-las.

Permita-se continuar indo ao encontro da felicidade, acolhendo a vida como dom no presente e mistério no futuro. Mistério não é sinônimo de misterioso.

A beleza do viver jamais murcha, ofusca e perde encanto, quem por Deus, o coração em veras de paixão, permite-se deixar seduzir...

Permita-se libertar de todas as amarras e cadeias, para que reencontre a paz, alegria e serenidade...

Permita-se apenas uma coisa: ser prisioneiro do mais belo Amor, Cristo Jesus, então será verdadeiramente livre!

Cuidando do Jardim do Senhor...

                                             

                            Cuidando do Jardim do Senhor...

Celebrando mais um ano de vida, que os poetas me emprestem as palavras para dizer o que sinto a cada novo texto que ofereço a você, leitor, neste espaço, que me possibilita estender ainda mais o alcance da minha missão de evangelizar.

É meu desejo que cada reflexão seja como um punhado de sementes lançadas no jardim da mente de quem ler, para florir o mais belo no coração, para que, como as flores, exalem o odor de Cristo: odor de santidade e de amor.

O Senhor, com a Parábola da semente lançada em chãos férteis (e outros nem tanto assim); a primavera, com a beleza das flores saltando aos nossos olhos, exalando suavemente seu perfume para nos comunicar a grandiosidade da Obra de Deus, me inspiram de modo muitíssimo especial.

Quando se escreve não se junta apenas palavras, mas em sua perfeita articulação e conexão, há o anseio de despertar no leitor algo edificante.

Há textos que uma vez lidos são esquecidos. Há outros, porém, que guardamos com carinho, grafados em nosso coração, e voltamos a eles incontáveis vezes como se a primeira vez fosse.

Há reflexões que descartamos sem maiores dificuldades, porque não tocaram a alma e o coração. No entanto, há outras que o mesmo não conseguimos fazer, porque como que entrelaçando nossos pensamentos, entranhando em nosso coração, despertaram sentimentos, suscitaram o nascimento do novo, tornaram-se marcantes e nos acompanham, incorporadas em nossa vida, pensamento e ação.

Assim sinto que acontece com os meus escritos: sementes lançadas em canteiros diferenciados. Por esta razão, tenho sempre o cuidado da melhor semente lançar, desejando que o leitor consiga compreender o meu intuito, ou até mesmo transcendê-lo.

Viver é cuidar do próprio jardim, como acontece desde as primeiras páginas de Gênesis. Escrever é tornar-se um jardineiro do Jardim Divino, ajudando a tornar a vida mais bela e agradável aos olhos e ao coração.

Que o Senhor me conceda a graça de contribuir neste santo propósito.

“Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!”

                                                 

“Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!”
 
Ao celebrar mais um ano de vida, rezo com as palavras do Salmista, agradecendo a Deus pelo dom da vida, que Ele me concedeu por Sua infinita bondade.
 
Somos obras das mãos divinas, pensados e plasmados, e postos no mundo para uma missão.
 
“Senhor, Vós me sondais e conheceis,
sabeis quando me sento ou me levanto;
de longe penetrais meus pensamentos,
percebeis quando me deito e quando eu ando,
os meus caminhos vos são todos conhecidos.
 
Em que lugar me ocultarei de Vosso espírito?
E para onde fugirei de Vossa face?
Se eu subir até os céus, ali estais;
se eu descer até o abismo, estais presente.
 
Se a aurora me emprestar as suas asas,
para eu voar e habitar no fim dos mares;
mesmo lá vai me guiar a Vossa mão
e segurar-me com firmeza a Vossa destra.
 
Fostes Vós que me formastes as entranhas,
e no seio de minha mãe Vós me tecestes.
Eu Vos louvo e Vos dou graças, ó Senhor,
porque de modo admirável me formastes!
Que prodígio e maravilha as Vossas obras!”
 
Oremos:
 
Ó Deus da vida, que nos criastes e nos salvastes por amor, por meio da Paixão e Morte de Vosso Filho, concedei-me Vosso Espírito, para conduzir cada dia de minha vida, sempre de acordo com Vossos desígnios, edificando  a verdadeira felicidade, querida por Vós para todos nós, Suas amadas criaturas, a Vossa imagem e semelhança, criadas. Amém.
 
PS: Salmo 138,1-3.7-8. 9-10. 13-14ab (R. 24b)

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