sábado, 16 de novembro de 2024

Mensagem do Santo Padre Francisco para o VIII Dia Mundial dos pobres (síntese)

 


Mensagem do Santo Padre Francisco para o VIII Dia Mundial dos pobres (síntese)

No dia 17 de novembro de 2024, celebraremos o VIII Dia Mundial dos pobres, e mais uma vez o Papa Francisco nos apresenta uma mensagem, que tem como inspiração bíblica o Livro de Sirac – “A oração do pobre eleva-se até Deus” ( cf. Sir 21,5), dentro do contexto do ano dedicado à oração, com vistas ao Jubileu Ordinário 2025.

No caminho para o Ano Santo, nos exorta para que todos sejamos  peregrinos da esperança, promovendo sinais concretos de um futuro melhor.

Neste sentido, o papa lembra que nossa oração chega à presença de Deus, mas não se trata de uma oração qualquer, mas a oração do pobre.

Convida-nos ao aprofundamento do livro de Ben-Sirá, o Livro do Eclesiástico, escrito no século II a. C, que não é muito conhecido e merece ser descoberto pela riqueza dos temas que aborda, sobretudo quando se refere à relação do homem com Deus e com o mundo.

O autor aborda os problemas nada fáceis da liberdade, do mal e da justiça divina, que hoje são de grande atualidade também para nós, e pretende transmitir a todos o caminho a seguir, para uma vida sábia e digna de ser vivida diante de Deus e dos irmãos.

Deste modo, um dos temas a que este autor sagrado dedica mais espaço é a oração, pois “a oração do humilde penetrará as nuvens, e não se consolará, enquanto ela não chegar até Deus. Ele não se afastará, enquanto o Altíssimo não olhar, não fizer justiça aos justos e restabelecer a equidade. O Senhor não tardará nem terá paciência com os opressões” (Sir 35,17-19)

E ainda – “A oração, por conseguinte, encontra o certificado da sua autenticidade na caridade que se transforma em encontro e proximidade. Se a oração não se traduz em ações concretas, é vã; efetivamente, «a fé sem obras está morta» (Tg 2, 26).”

O papa denuncia a violência causada pelas guerras e a consequência de novos pobres, vítimas inocentes produzidas por esta má política das armas, e não podemos recuar diante desta realidade.

Afirma o papa: “Neste ano dedicado à oração, precisamos de fazer nossa a oração dos pobres e rezar com eles. É um desafio que temos de aceitar e uma ação pastoral que precisa de ser alimentada. Com efeito, «a pior discriminação que sofrem os pobres é a falta de cuidado espiritual....”.

Portanto, o Dia Mundial dos Pobres tornou-se um compromisso na agenda de cada comunidade eclesial, e deve nos envolver a todos – “É uma oportunidade pastoral que não deve ser subestimada, porque desafia cada fiel a escutar a oração dos pobres, tomando consciência da sua presença e das suas necessidades. É uma ocasião propícia para realizar iniciativas que ajudem concretamente os pobres e, também, para reconhecer e apoiar os numerosos voluntários que se dedicam com paixão aos mais necessitados...”

Recorda dois grandes testemunhos de amor e compromisso com os pobres: Madre Teresa de Calcutá, e São Bento José Labre (1748-1783).

Finaliza exortando para que sejamos amigos dos pobres, seguindo os passos de Jesus, o primeiro a se solidarizar com os últimos, contando com a presença da Santa Mãe de Deus, Maria Santíssima, que nos sustenta neste caminho, ela que é modelo de confiança e solidariedade com os pobres.

 

PS: Se desejar, leia a mensagem na íntegra:

https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/poveri/documents/20240613-messaggio-viii-giornatamondiale-poveri-2024.html

Após o “suor”, o “soar” dos sinos...

                                                   

Após o “suor”, o “soar” dos sinos...

Eis aqui uma das belezas e dificuldades da Língua Portuguesa: os parônimos (são palavras semelhantes na escrita e/ou na pronúncia, mas com significados diferentes).

Entre tantos exemplos, fiquemos com “suar” e “soar”. Quão parecidos verbos e quantas vezes os empregamos indevidamente fazendo “suar frio” quem percebe a conjugação errada; outras vezes, porém, dando o desejo de fazer “soar os sinos” pela beleza da conjugação e concordância.

Que façamos “suar menos” pelo erro e “soar mais” os sinos pelo aprendizado ininterrupto desta inesgotável riqueza da nossa língua.

E assim, brincando com as palavras é mais uma brincadeira. Brincadeira? Muito mais que isto. Na verdade a poesia com os parônimos "suar" e "soar" pretende, de forma simples e descontraída, ajudar a evitar erros comumente observados, ao mesmo tempo em que nos leva a refletir a esperança daqueles que suam na luta sem jamais desistir.

Afinal, sem o suor do aprendizado, pouco a pouco, assimilado não haverá o soar dos sinos pelo que foi aprendido...

Sem o suor, na luta, cotidianamente derramado, não ouviremos o soar dos sinos na eternidade...

Suar e soar na perfeita sintonia,
Nisto consiste a verdadeira alegria,
Empenho até em aparentes lutas inglórias...
Após o suor, o soar dos sinos na vitória!

Mesmo que eu sue…

                                                     


Mesmo que eu sue…

Mesmo que eu sue,
Terá valido a pena suar.
Mesmo que os sinos não soem,
Valeu a pena ter esperado seu badalar.

Mesmo que não soe o sino a suar na luta,
Valeu a pena dela não fugir…

Os sinos soarão na eternidade para os que
Não hesitaram em suar, e até mesmo, se
Necessário for, como Cristo o fez,
Suor de sangue derramar…

Dobrem-se os sinos

                                                               


Dobrem-se os sinos
Um minuto para o meio-dia.
O sino vai tocar mais forte do que ontem,
Porque hoje preciso que assim seja,
Para me lembrar de que estamos adormecidos,
Em pleno sol sem a sombra que aparecerá,
A cada minuto até o seu poente.

Estamos adormecidos do que não se podia.
Estamos em letargia que a vida macula.
O que fazer, para que todos acordemos
De uma realidade marcada por terríveis pesadelos?
Arrebentar as correntes da alma,
Que nos aprisionam roubando perspectivas.

Agora são 12 horas.
Sinos invadem ouvidos e iluminam a mente.
Transformo pesadelos em salutares sonhos,
Calço as sandálias da coragem e prontidão,
Coloco o cinto para o combate da fé,
para não nos entregarmos ao aparentemente invencível.

Os sinos continuam a badalar, incessantemente,
Dobrem-se os sinos em toda a parte,
Até que todos acordemos, enquanto é tempo,
Não permitindo que a desolação de pandemias
Roubem nossas forças e a fina flor da esperança,
Para que inflamados da caridade, sejamos.

Não cessem os sinos, enquanto for necessário.
Escutemo-los, pois algo nos dizem:
Novo tempo há de surgir.
O medo não pode nos submergir.
Sinos por todo o mundo dobrados,
Até que todos acordemos.

"Portanto, não durmamos, a exemplo dos outros; 
mas vigiemos e sejamos sóbrios. 
Quem dorme, dorme de noite;
Nós, pelo contrário, que somos do dia,
sejamos sóbrios, revestidos da couraça da fé e da caridade,
e do capacete da esperança da Salvação" (1 Ts 5,6-8).


PS: Escrito em agosto de 2020

Em poucas palavras...

 


A luz da fé e a vigilância necessária

Positivamente, o combate contra o nosso eu, possessivo e dominador, consiste na vigilância, a sobriedade do coração. 

Quando Jesus insiste na vigilância, esta refere-se sempre a Ele, à sua vinda, no último dia e em cada dia: «hoje». O Esposo chega a meio da noite. A luz que não se deve extinguir é a da fé: «Diz-me o coração: "Procura a sua face"» (Sl 27, 8).” (1)

 

 

(1)        Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 2730

Enquanto o Senhor não vem... (Reflexão 2)

                                                      

Enquanto o Senhor não vem...

Assim falou o Bispo e Doutor da Igreja Santo Agostinho (séc. V): 

“São estes os sacrifícios mais aceitos por Deus: Misericórdia, humildade, louvor, paz, caridade. Ofereçamo-los com confiança e esperemos a vinda do juiz que julgará o orbe da terra com equidade, e os povos em sua verdade (Sl 95,13)”.

Reflitamos:

Cinco sacrifícios pelo Senhor mais aceitos,

Expressam verdade, justiça, liberdade, direito.

 

Cinco sacrifícios pelo Senhor mais aceitos,

Na vigilância, a serem vividos pelo povo eleito!

 

Cinco sacrifícios pelo Senhor mais aceitos,

Que bem vividos nos fazem mais perfeitos. 

Portanto: 

Enquanto o Senhor não vem...
Misericórdia há de se viver, nos convém!
 
Enquanto o Senhor não vem...
Humildade no relacionar, é que nos mantém!
 
Enquanto o Senhor não vem...
Paz, missão de todos, não apenas de alguém!
 
Enquanto o Senhor não vem...
Caridade, gestos que Mistério de Deus contém!
 
Enquanto o Senhor não vem...
Louvor à Trindade, Amém”
 
Maranatha!
Vem, Senhor Jesus!



(1) Apropriado para a passagem (2 Ts 3,6-10.16-18), na espera do Senhor que veio, vem e virá!

 

Enquanto o Senhor não vem! (Reflexão 3)

                                   



Enquanto o Senhor não vem!

Enquanto o Senhor não vem,
Misericórdia sempre. Amém!

Enquanto o Senhor não vem,
Humildade indispensável. Amém!

Enquanto o Senhor não vem,
Louvor agradável a Deus. Amém!

Enquanto o Senhor não vem,
Paz, plenitude de vida. Amém!

Enquanto o Senhor não vem,
Caridade inteligente. Amém!

Quem sou eu

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG