quinta-feira, 2 de maio de 2024

Em poucas palavras...

 


Amar a Deus é resposta a um dom

“Parece um paradoxo, mas é verdade profunda: para o homem, amar a Deus significa antes de tudo deixar-se amar por Ele, porque amar a Deus nunca é iniciativa do homem, mas sempre resposta a um dom.” (1)

 

(1)Missal Cotidiano - Editora Paulus - pág. 440

 

 

"Amor, obediência e alegria" (22/05)

                                                                

"Amor, obediência e alegria"

O Missal Cotidiano daria este título à passagem do Evangelho de João (Jo 15,9-11), conforme o comentário: "Amor, obediência e alegria".

Antes de tudo, é necessário o amor de Jesus por nós; Ele que por sua vez, é amado pelo Pai.

Este amor de Jesus pede nossa resposta: “Permanecei no meu amor”, que corresponde ao convite – “Permanecei em mim”.

Este amor é notável na observância dos mandamentos de Jesus, que dá o exemplo, caminhando ao encontro da morte em obediência ao Pai.

Este amor vivido na obediência, tem como fruto a plena alegria.

Deste modo, para amar a Deus, pressupõe, antes de tudo, que é preciso deixar-se amar por Ele, porque amar a Deus nunca é iniciativa nossa, mas sempre uma resposta do dom que nos vem de Deus, que nos comunica o Seu infinito amor.

Oremos:

Concedei-nos, ó Deus, a graça de viver esta tríplice relação de amor, obediência e alegria, no seguimento de Jesus Cristo, Vosso Filho, em comunhão com o Espírito Santo. Amém.


PS: Missal Cotidiano – Editora Paulus – p. 440

Assistidos e conduzidos pelo Espírito

                                                     

Assistidos e conduzidos pelo Espírito

Não estamos sozinhos na caminhada cristã, o Senhor nos acompanha, com a presença e a ação do Espírito Santo, possibilitando-nos a atenção aos apelos da realidade na qual nos inserimos.

A passagem dos Atos dos Apóstolos (At 15,1-32), retratando o “Concílio de Jerusalém”, nos fala a ação do Espírito Santo, presente para o discernimento do que é, de fato, essencial ou acessório na caminhada da Igreja. Foi o primeiro grande conflito enfrentado pela Igreja.

A entrada dos pagãos ao cristianismo fez surgir uma polêmica questão: impor ou não aos pagãos a Lei de Moisés. A Salvação vem da circuncisão e pela observância da Lei judaica ou unicamente por meio de Cristo. Conclui-se que, é pela Graça do Senhor que se chega à Salvação.

Aprende-se com a assistência do Espírito o que deve ser mantido ou superado na Igreja. É o Espírito que age, ilumina e fortalece. Deste modo, a Igreja não pode perder a audácia, a imaginação, a liberdade, o desprendimento necessário e a vigilante escuta do Espírito, no enfrentamento dos desafios que o mundo apresenta.

Invoquemos sempre a presença e a ação do Espírito, que nos conduz e assiste com os sete dons: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, temor de Deus e piedade.

Oração a Nossa Senhora da Alegria Pascal

                                                               

Oração a Nossa Senhora da Alegria Pascal

Ó Mãe da Alegria Pascal, corajosamente,
Soubestes viver os Mistérios da Paixão,
E alcançastes a glória da Ressurreição.
Fostes Assunta ao céu e estais junto de vosso Filho,
Coroada, porque sois Rainha do mundo.

Peço vossa intercessão, junto a Deus, por todos nós,
De modo especial pelas nossas famílias.

Que Ele nos livre de toda adversidade e de todo mal:
Doenças, desemprego, perigos de tantos nomes,
Desunião, pela falta do diálogo e compreensão.

Ajudai-nos a sermos bons seguidores do vosso adorado Filho,
Lendo e refletindo a Palavra Sagrada,
D’Ele nos alimentando na Eucaristia,
E participando ativamente de nossa comunidade,
Procurando fazer tudo o que Ele nos diz.

De modo especial, amarmos como Ele nos amou,
Orientando a nossa vida pela justiça e verdade
Participando da construção da paz e da fraternidade.
Amém!

A Sagrada Eucaristia nos alimenta, vivifica e nos santifica

                                                        

A Sagrada Eucaristia nos alimenta, vivifica e nos santifica
 
À luz dos Tratados escrito pelo Bispo São Gaudêncio de Bréscia (séc. IV), reflitamos sobre a Eucaristia, que é a Páscoa do Senhor.
 
“Um só morreu por todos. É Ele mesmo que em todas as Igrejas do mundo, pelo mistério do pão e do vinho, imolado, nos alimenta, acreditado, nos vivifica e, consagrado, santifica os que o consagram.
 
Esta é a Carne e este é o Sangue do Cordeiro. É o mesmo Pão descido do céu que diz: O pão que Eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo (Jo 6,51). Também o Seu sangue está expresso sob a espécie do vinho.
 
Ele mesmo afirma no Evangelho: Eu sou a videira verdadeira (Jo 15,1), manifestando com toda clareza que é Seu sangue todo vinho oferecido como sacramento da paixão. O grande patriarca Jacó já profetizara acerca de Cristo, ao dizer: Lavará no vinho a Sua túnica e no sangue da uva o Seu manto (Gn 49,11). Na verdade, haveria de lavar no Seu próprio sangue a túnica do nosso corpo, que tomara sobre Si como uma veste.
 
O Criador e Senhor da natureza, que produz o pão da terra, também transforma o pão no Seu próprio Corpo (porque pode fazê-lo e assim havia prometido); do mesmo modo, Aquele que transformou a água em vinho, transforma o vinho no Seu sangue.
 
Diz a Escritura: É a páscoa do Senhor (Ex 12,11), isto é, a passagem do Senhor. Por isso não julguemos terrestres os elementos que se tornaram celestes, porque o Senhor ‘passou’ para essas realidades terrestres e transformou-as no Seu Corpo e no Seu Sangue.
 
O que recebes é o Corpo d’Aquele Pão do Céu, e o Sangue é d’Aquela videira sagrada. Porque, ao dar o pão e o vinho consagrados a Seus discípulos, disse-lhes: Isto é o meu corpo. Isto é o meu sangue (Mt 26,26.28). Acreditemos, portanto, n’Aquele em quem pusemos a nossa confiança: a Verdade não sabe mentir.
 
Quando Jesus falava sobre a necessidade de comer Seu Corpo e de beber Seu Sangue, a multidão, desconcertada, murmurava: Esta palavra é dura! Quem consegue escutá-la? (Jo 6,60). Querendo purificar com o fogo celeste tais pensamentos – que deveis evitar, como já vos disse – ele acrescentou: O Espírito é que dá vida, a carne não adianta nada. As palavras que vos falei são espírito e vida (Jo 6,63)”.
 
Cremos que Ele é a nossa Páscoa, a passagem da morte para a vida, que por Sua a morte, morre por todos nós, a fim de que vivamos para sempre.
 
Cremos em Jesus, que em todas as Igrejas do mundo, se faz presente no Pão e no Vinho, Mistério do Seu Corpo e Sangue.
 
Cremos na Eucaristia, Corpo e Sangue do Senhor, que consagrado, santifica os que O consagram; o Corpo e Sangue do Senhor, que imolado, nos alimenta; e acreditado, nos vivifica e nos santifica, comprometendo-nos a serviço da vida plena e definitiva para todos.


Cremos na divindade e humanidade de Jesus

Cremos na divindade e humanidade de Jesus

No dia dois de maio, celebramos a Memória de Santo Atanásio (séc. IV), Bispo, que acompanhou o Bispo Alexandre, a quem sucedeu no episcopado.

Combateu corajosamente contra os arianos, e, consequentemente, enfrentou sofrimentos, sendo várias vezes condenado ao exílio.
Este Sermão é um dos seus escritos na defesa da verdadeira fé, sobre a Encarnação do Verbo.

“O Verbo de Deus, incorpóreo, incorruptível e imaterial, veio habitar no meio de nós, se bem que antes não estivesse ausente. De fato, nenhuma região do mundo jamais esteve privada de Sua presença, porque, pela união com Seu Pai, Ele estava em todas as coisas e em todo lugar.

Por amor de nós, veio a este mundo, isto é, mostrou-Se a nós de modo sensível. Compadecido da fraqueza do gênero humano, comovido pelo nosso estado de corrupção, não suportando ver-nos dominados pela morte, tomou um corpo semelhante ao nosso.

Assim fez para que não perecesse o que fora criado nem se tornasse inútil a obra de Seu Pai e Sua ao criar o homem. Ele não quis apenas habitar num corpo ou somente tornar-Se visível. Se quisesse apenas tornar-Se visível, teria certamente assumido um corpo mais excelente; mas assumiu o nosso corpo.

Construiu no seio da Virgem um templo para Si, isto é, um corpo; habitando nele, fê-lo instrumento mediante o qual se daria a conhecer. Assim, pois, assumindo um corpo semelhante ao nosso, e porque toda a humanidade estava sujeita à corrupção da morte, Ele, no Seu imenso amor por nós, ofereceu-o ao Pai, aceitando morrer por todos os homens.

Deste modo, a lei da morte, promulgada contra a humanidade inteira, ficou anulada para aqueles que morrem em comunhão com Ele. Tendo ferido o corpo do Senhor, a morte perdeu a possibilidade de fazer mal aos outros homens, seus semelhantes. Além disso, reconduziu o gênero humano da corrupção para a incorruptibilidade, da morte para a vida, fazendo desaparecer a morte – como a palha é consumida pelo fogo – por meio do corpo que assumira e pelo poder da Ressurreição.

Assumiu, portanto, um corpo mortal, para que esse corpo, unido ao Verbo que está acima de tudo, pudesse morrer por todos. E porque era habitação do Verbo, o corpo assumido tornou-se imortal e, pelo poder da Ressurreição, remédio de imortalidade para toda a humanidade. Entregando à morte o corpo que tinha assumido, Ele o ofereceu como sacrifício e vítima puríssima, libertando assim da morte todos os seus semelhantes; pois o ofereceu em sacrifício por todos.

O Verbo de Deus, que é superior a todas as coisas, entregando e oferecendo em sacrifício o Seu corpo, templo e instrumento da divindade, pagou com a Sua morte a dívida que todos tínhamos contraído. Deste modo, o Filho incorruptível de Deus, tornando-Se solidário com todos os homens por um corpo semelhante ao seu, tornou a todos participantes da Sua imortalidade, a título de justiça com a promessa da imortalidade. Por conseguinte, a corrupção da morte já não tem poder algum sobre os homens, por causa do Verbo que por meio do Seu corpo habita neles”.

Jesus, tendo Se encarnado, assumiu nossa condição corpórea, fazendo-Se igual a nós, exceto no pecado, para nos redimir:

“Construiu no seio da Virgem um templo para si, isto é, um corpo; habitando nele, fê-lo instrumento mediante o qual se daria a conhecer. Assim, pois, assumindo um corpo semelhante ao nosso, e porque toda a humanidade estava sujeita à corrupção da morte, ele, no seu imenso amor por nós, ofereceu-o ao Pai, aceitando morrer por todos os homens”.

Oremos:
“Deus eterno e todo-poderoso, que nos destes em Santo Atanásio um exímio defensor da divindade de Vosso Filho, concedei-nos, por sua doutrina e proteção, crescer continuamente no Vosso conhecimento e no Vosso amor. Por N. S. J. C. Amém”.

quarta-feira, 1 de maio de 2024

Em poucas palavras...

 


Jesus, o “Pantocrátor”

“Jesus cumpriu perfeitamente a obra do Pai e a sua oração, como o seu sacrifício estende-se até à consumação do tempo. A oração da «Hora» preenche os últimos tempos e leva-os à sua consumação. Jesus, o Filho a Quem o Pai tudo deu, entrega-Se todo ao Pai; e, ao mesmo tempo, exprime-Se com uma liberdade soberana (Jo 17,11.13.19.24), segundo o poder que o Pai Lhe deu sobre toda a carne. O Filho, que Se fez Servo, é o Senhor, o Pantocrátor. O nosso Sumo-Sacerdote que ora por nós é também Aquele que em nós ora e o Deus que nos atende.” (1)

 

 

(1)  Catecismo da Igreja Católica - parágrafo n. 2749

 


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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG