sexta-feira, 28 de junho de 2024

A graça divina da missão

A graça divina da missão

Discípulos missionários do Senhor, somos,
Pela graça do Batismo, um dia recebido.
De modo que possamos dizer como o Apóstolo:
Para nós o viver é Cristo, morrer é lucro (Fl 1,21).
Que graça maior, poderíamos ter recebido?

Vivemos, mas não nós, como disse o Apóstolo:
“Eu vivo, mas não eu: é Cristo que vive em mim.
Minha vida atual na carne, eu a vivo na fé,
Crendo no Filho de Deus, que me amou
E se entregou por mim” (Gl 2,20)

Sendo assim, seus passos haveremos de seguir,
Com renúncias, a cruz quotidiana carregar,
Revelando Sua presença e Suas marcas,
Como no selo, no coração, indelevelmente marcar:
Humildade, mansidão, fé, amor e esperança.

Em todo lugar, Sua luz divina irradiar;
Por lugares onde normalmente circulamos,
E em novos areópagos que nos desafiam,
Usar de todos os meios, inclusive os mais modernos,
Para o Seu Amor, Pessoa e Projeto, testemunhar.

Verdadeiramente servos por amor,
D’Aquele que Se fez servo humilde e obediente,
Que de tudo Se esvaziou para nos enriquecer.
Que nada reivindicou para Si,
Mas viveu em constante atenção ao próximo.

Discípulos missionários de Jesus, sejamos em todo o tempo;
D’Ele que está presente no Pão da Palavra e Pão da Eucaristia,
Expressão máxima da caridade que recria e renova,
Na constante atenção e solidariedade com o próximo,
Bom Samaritano da misericórdia, mansidão e paciência. Amém.


Fonte inspiradora: Mt 12,14-21

Em poucas palavras...

                                           


A mortificação voluntária...

“A mortificação, voluntária ou aquela que nos aparece sem a termos procurado, não é uma simples privação, mas manifestação de amor, pois ‘padecer necessidade é coisa que pode acontecer a qualquer pessoa, mas saber padecêla é próprio das almas grandes’ (Santo Agostinho) das almas que amam muito.” (1)

 

(1) https://www.hablarcondios.org/pt/meditacaodiaria.aspx

 

 

Em poucas palavras...

                                                  


“Negócio de poucos”

“Desprezar a comida, a bebida e a cama macia, pode não custar um grande trabalho a muitos... Mas suportar uma injúria, sofrer um prejuízo ou não ripostar a uma palavra implicante... não é negócio de muitos, mas de poucos”(1)

 

(1) São João Crisóstomo, Sobre o sacerdócio, 3, 13

Oração para depois da Santa Missa

 


Oração para depois da Santa Missa
  
Oremos:
 
“Meu Deus, eu creio em Vós, mas fortificai a minha fé;
espero em Vós, mas tornai mais confiante a minha esperança;
eu Vos amo, mas afervorai o meu amor;
arrependo-me de ter pecado, mas aumentai o meu arrependimento.
 
Eu Vos adoro como primeiro princípio,
eu Vos desejo como fim último;
eu Vos louvo como benfeitor perpétuo,
eu Vos invoco como benévolo defensor.
 
Que Vossa sabedoria me dirija,
Vossa justiça me contenha,
Vossa clemência me console,
Vosso poder me proteja.
 
Meu Deus, eu Vos ofereço
meus pensamentos, para que só pense em Vós;
minhas palavras, para que só fale em Vós;
minhas ações, para que sejam do Vosso agrado;
meus sofrimentos, para que sejam por Vosso amor.
 
Quero o que quiserdes,
porque o que quereis
como o quereis,
e enquanto o quereis.
 
Senhor, eu Vos peço:
iluminai minha inteligência,
inflamai minha vontade,
purificai meu coração
e santificai minha alma.
 
Dai-me chorar os pecados passados,
repelir as tentações futuras,
corrigir as más inclinações
e praticar as virtudes do meu estado.
 
Concedei-me ó Deus de bondade,
ardente amor por Vós e aversão por meus defeitos,
zelo pelo próximo e desapego do mundo.
 
Que eu me esforce para obedecer aos meus superiores,
auxiliar os que dependem de mim,
dedicar-me aos amigos e perdoar os inimigos.
 
Que eu vença a sensualidade pela austeridade,
a avareza pela generosidade,
a cólera pela mansidão e a tibieza pelo fervor.
 
Tornai-me prudente nas decisões,
corajoso nos perigos,
paciente nas adversidades
e humilde na prosperidade.
 
Fazei, Senhor, que eu seja atento na oração,
sóbrio nos alimentos,
diligente no trabalho
e firme nas resoluções.
 
Que eu procure possuir
pureza de coração e modéstia de costumes,
um procedimento exemplar e uma vida reta.
 
Que eu me aplique sempre em vencer a natureza,
colaborar com a graça,
guardar os Mandamentos
e merecer a salvação.
 
Aprenda de Vós como é pequeno o que é da terra,
como é grande o que é divino,
breve o que é desta vida
e duradouro o que é eterno.
 
Dai-me preparar-me para a morte,
temer o dia do juízo,
fugir do inferno
e alcançar o paraíso.
Por Cristo Nosso Senhor. Amém”.
 
 
Fonte:  Após a Missa o Missal Romano nos apresenta a oração atribuída ao Papa São Clemente XI (1649-1721) - Missal Romano – pp.1250-1252

 

“Jesus: Sublime Mestre, Divino Salvador”

                                                      

“Jesus: Sublime Mestre, Divino Salvador”

Na reflexão da passagem do Evangelho de Mateus (Mt 8,1-4), proclamado na sexta-feira da 12ª Semana do Tempo Comum, encontramos esta afirmação do Missal Quotidiano:

“No monte, Jesus é o Mestre Sublime; na planície onde vivem os homens despedaçados pela dor e pelo pecado, é o Salvador...” (pág. 952). 

De fato, na passagem do Evangelho de Mateus (Mt 5,1-12), encontramos o Sermão de Jesus, o Sermão da Montanha.

No alto do monte Ele é verdadeiramente um Sublime Mestre, que nos ensina um novo modo de ser e viver.

Oferece-nos novos princípios e nos desafia a novas atitudes, desdobradas nos capítulos 6 e 7, e ainda encontramos a graça de aprendermos a rezar como Ele nos ensinou: “Pai nosso que estais nos céus...”

Não temos mais belo e sublime Mestre do que Jesus e nem programa de vida mais amplo, revolucionário que o programa das Bem-Aventuranças.

Se de um lado, na montanha Jesus é o Sublime Mestre, na planície da existência humana (a partir do capítulo 8 de Mateus), no chão da história, para toda a humanidade é o Divino Salvador. 

Com sua Vida vivida no amor que ama até o fim, amor sem limites, amor que ama até as últimas consequências. Pelo Sangue, por amor derramado, é que nos vem a Salvação.

Antes de consumar em ato extremo de amor, amor que muitas vezes é incompreendido que nos dá “vertigem”, porque ultrapassa nossa compreensão, limitações e medidas, e todo o parâmetro, a todos Se apresentou, mais ainda foi e é para todo o sempre o Divino Salvador, por isto a Ele toda honra, glória, poder e louvor.

Oremos:

Ó Sublime Mestre da montanha,
Divino Salvador de nossa planície!

Ó Divino que viestes do Pai, viestes do Alto,
Elevai-nos um dia para junto de Vós,
Que à direita do Pai, glorioso estais!


Divino Salvador, como não amá-Lo e segui-Lo?
Divino Salvador, como não ter de Vós os mesmos pensamentos e sentimentos?                                                                                              
Divino Salvador que cura, liberta, ensina, anima, acolhe, perdoa, e salva.
Divino Salvador que a fome sacia, que a tristeza transforma em alegria...
Divino Salvador que a escuridão faz clara como a luz de um belo dia...

Divino Salvador, Vós sois o Caminho que nos conduz ao Pai.
Divino Salvador, Vós sois a verdade que ilumina os povos.
Divino Salvador, Vós sois a vida que renova o mundo!

Divino Salvador, que fortalece nossa fé,
Divino Salvador, que revigora nossa esperança,
Divino Salvador, que a chama de nosso amor inflama!

Nós vos suplicamos sem nenhum merecimento:
Purificai-nos de tudo aquilo que fere a nossa dignidade,
Afastai tudo que crie divisões e desigualdades.
Acalmai-nos e protegei-nos nas mais impetuosas tempestades!

Na montanha, quão belas lições,
Na planície, quão belas ações...
Nós vos amamos,  Sublime Mestre,
Nós vos adoramos, Divino Salvador! 
Amém.


Em poucas palavras...

                                                   


"A glória de Deus..." 

“Pois a glória de Deus é o homem vivo, e a vida do homem é a visão de Deus. Com efeito, se a manifestação de Deus, através da criação dá a vida a todos os seres da terra, muito mais a manifestação do Pai, por meio do Verbo, dá a vida a todos os que veem a Deus”.(1)

  

(1) Bispo Santo Irineu (séc. II)

quinta-feira, 27 de junho de 2024

Alegria transbordante, credibilidade cristã fortalecida

Alegria transbordante, credibilidade cristã fortalecida

Como discípulos missionários de Jesus, vemos que n’Ele tudo se renova sem dispensar nossa participação, com irrenunciáveis sacrifícios.

De Deus emergem constantes apelos, a fim de que novas atitudes brotem em nós, sem demora, preguiça, indiferença, omissão ou adiamentos.

Em todo tempo, a misericórdia de Deus nos renova para o aprendizado indispensável da língua do Espírito, marcado pela humildade, pobreza, obediência e paciência, como nos ensina Santo Antônio.

Nutridos da Palavra e da Eucaristia, somos constantemente interpelados à prática da caridade ativa, avançando sempre para águas mais profundas, para que nasça uma sociedade justa e fraterna que garanta saúde para todos, como vimos na Campanha da Fraternidade deste ano.

Na passagem dos Atos dos Apóstolos (At 8,26-40), quando o eunuco foi batizado por Filipe depois de ter ouvido a Palavra, e manifestado o desejo de conversão, começou a viver a vida nova de todo batizado e tomado de grande alegria seguiu sua jornada.

Um cristão triste contradiz a fé que professa. A alegria deve ser uma marca de quem crê em Jesus Ressuscitado. Não uma alegria marcada pela esterilidade, muito pelo contrário, pois n’Ele e com Ele, Jesus, produzimos muitos frutos, sendo o amor a expressão visível da fé, alavancada sempre pela chama da esperança que nos move até que Ele venha definitivamente.

O Documento da Conferência de Aparecida nos diz que quando cresce no cristão a consciência de que pertence a Cristo, em razão da gratuidade e da alegria que produz, cresce também o ímpeto de comunicar a todos o dom deste Encontro.

Portanto, não limita sua missão a um programa ou a um projeto transitório, mas compartilha a experiência do acontecimento e do Encontro com Cristo, testemunhando e anunciando a Sua Pessoa e o Seu Projeto a todos os confins do mundo e até o fim dos tempos.

A missão e o discipulado tornam-se como duas faces de uma mesma moeda. Apaixonado por Cristo não pode deixar de anunciar ao mundo que só Ele nos salva, pois sem Ele não há luz, não há esperança, não há amor e não há futuro, como nos disse o Papa Bento XVI.

Renovemos a alegria e o testemunho, para que cresça e fortaleça a credibilidade de nossa vivência cristã.

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG