Quaresma: Tempo de Graça e Salvação
No Tempo da Quaresma, somos convidados a viver em atitude penitencial, intensificando a Oração, o jejum e a esmola.
Como Igreja, acolheremos as exortações do Apóstolo Paulo, abertos ao Mistério da misericórdia divina:
“Como colaboradores de Cristo, nós vos exortamos a não receberdes em vão a graça de Deus, pois Ele diz: ‘No momento favorável, Eu te ouvi e no dia da salvação, Eu te socorri’ É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação” (2 Cor 6,1-2).
De fato, Quaresma é tempo favorável de Graça e Salvação para toda a Igreja, para que seja presença luminosa no coração do mundo, e ao mesmo tempo pessoas reais, com suas histórias, que se tornam a presença do mundo no coração da Igreja, de modo que nada que diz respeito ao homem e à mulher, pode se tornar indiferente à Igreja, como nos lembram as primeiras palavras da Constituição “Gaudium Et Spes”, em que se acentua a íntima união da Igreja com toda a família humana:
“As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração” (GS 1).
A Igreja se une a todas as pessoas de boa vontade, colocando nas mãos de Deus nossas limitações e fraquezas, para que através delas, paradoxalmente, o Senhor manifeste a Sua força, fortalecendo nosso coração no amor e cuidado do outro, nosso irmão e irmã.
Não podemos ficar surdos e indiferentes a este clamor de milhões que sobe aos céus, pois seria o mesmo que nos fecharmos aos apelos de conversão que Deus nos propõe.
Deste modo, iniciaremos as primeiras reflexões sobre a Campanha da Fraternidade 2025, com o tema: “FRATERNIDADE E ECOLOGIA INTEGRAL", e o lema: “Deus viu que tudo era muito bom" (Gn 1,31).
Importantes e necessários serão os momentos de oração que a comunidade oferecerá: Vias Sacras, encontros de reflexão sobre a Campanha da Fraternidade e, de modo especialíssimo, as celebrações das Missas e o Sacramento da Penitência (Confissão), além da Oração pessoal e familiar, que deve ser cultivada em todo tempo.
Como Igreja, haveremos de empenhar esforços de conversão, para que se fortaleçam os vínculos fraternos dentro da comunidade, chegando a todos os âmbitos em que vivemos, em gestos multiplicados de amor, partilha e solidariedade, para que alcancemos uma vida nova, envolvidos e renovados pela misericórdia divina que nos faz novas criaturas.
Que o roxo, a cor litúrgica da Quaresma, seja a expressão do nosso empenho para que morra o pecado em nosso coração e no mundo. Somente assim, lavados dos pecados, mergulhados no Mistério da Paixão e Morte do Senhor, com Ele Ressuscitaremos na tão esperada madrugada, quando celebraremos, com exultação e alegria, a Páscoa de nosso Redentor.
Será o mais belo e radiante Aleluia, que não sairá apenas de nossos lábios, mas de nosso coração, onde Deus habita, onde Se fez nosso mais belo Hóspede.
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