“E o Verbo Se fez carne,
e habitou entre nós” (Jo 1,14)
Com o olhar voltado para o ano novo, a fim de que evitemos novos erros, multiplicar os acertos, em nossa árdua missão evangelizadora.
São oportunas, neste sentido, as palavras do Papa Francisco em sua Exortação Apostólica:
“Convido todo o cristão, em qualquer lugar e situação que se encontre, a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos a tomar a decisão de se deixar encontrar por Ele, de procurá-Lo dia a dia sem cessar. Não há motivo para alguém poder pensar que este convite não lhe diz respeito, já que ‘da alegria trazida pelo Senhor ninguém é excluído’” (Evangelii Gaudium n.3).
Momento propício para este encontro e renovação, foi para nós, o Tempo do Advento, em que nos preparamos para a celebração do acontecimento que mudou o rumo da História da humanidade: a Encarnação do Verbo: “E o Verbo Se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1,14).
Além da espiritualidade própria da Liturgia do Advento, tivemos a graça das Novenas de Natal, acompanhada do indispensável e fecundo Sacramento da Penitência, para bem celebrar o nascimento do Senhor no mais profundo de nós, que veio uma vez mais ao nosso encontro, com o desejo de que O acolhêssemos.
Vivendo a alegria do Natal celebrado, urge multiplicar gestos de amor, partilha, reconciliação, fraternidade, solidariedade e paz, afastando-nos de todo o mal, procurando viver com equilíbrio, justiça e piedade, como nos falou a segunda Leitura da Missa da Noite de Natal (Tt 2,11-14).
Urge que nos empenhemos, para que a Noite de Natal jamais fique reduzida a ceias, amigos secretos e trocas de presentes, o que levaria ao esvaziamento do seu verdadeiro sentido, que é a celebração do Nascimento do Menino Jesus, Aquele que cresceu em tamanho, sabedoria e graça diante de Deus, e deu Sua vida por todos nós, para que fôssemos redimidos e salvos, mas que antes nos comunicou a Boa-Nova do Reino.
Celebramos o Natal com gosto de Páscoa, renovando os sagrados compromissos na espera de um novo céu e uma nova terra, alegres e solícitos, pois Jesus, é a própria Misericórdia Divina que se encarnou para conosco caminhar, de modo que, parafraseando o Evangelista afirmamos: “O Verbo Se fez Misericórdia e encarnou entre nós e nós vimos a Sua Glória” (cf. Jo 1,14).
Iniciamos mais um ano tendo feito este encontro e acolhida do Verbo, deixando-nos envolver pelo Seu amor e ternura, iluminados por Sua Luz, que nunca se apaga, e nos acompanha em todos os instantes.
Deste modo, conduzidos pelo Divino Espírito, sejamos misericordiosos como o Pai, firmando os nossos passos, para que tenhamos uma vida plena e feliz, empenhados na construção de um mundo justo e fraterno, como sinal do Reino de Deus por Jesus inaugurado.
Que a Luz Divina, que veio ao nosso encontro ilumine todos os dias do novo ano iniciado.
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