Maria, Mãe de Deus
“Maria ficará para sempre ‘mãe’,
Mãe do homem Jesus Cristo e Mãe do Altíssimo.”
Tanto nas Igrejas do Oriente como do ocidente dão, unanimemente, a Maria o nome de “Mãe de Deus”; é através deste título que a Ela recorrem na Oração Eucarística e nas celebrações do Natal do Senhor, invocando a sua intercessão, e não poderia ser chamada de outro modo porque Seu Filho é o Filho do Altíssimo.
O Concílio Ecumênico em Éfeso, no ano de 431, a declarou solenemente Mãe de Deus, contra os que rejeitavam este apelativo.
Por isso, a proclamação do magistério provocou na cidade um regozijo popular indescritível, porque o povo cristão já havia assim compreendido antes da afirmação do Dogma.
Em Roma, o Papa Sisto III (432-440) mandou restaurar imediatamente e consagrou à Virgem Maria a antiga basílica, que, desde o século IV, se erguia no Monte Esquilino, hoje conhecida com o nome de Santa Maria Maior (mais velha ou mais antiga), porque foi a primeira Igreja dedicada à Mãe de Deus no Ocidente.
A Virgem Maria é nossa mãe por ter trazido ao mundo Aquele que é nosso Irmão e Senhor, e muito nos enriquecemos ao contemplá-La em sua humildade como ‘escrava do Senhor’, ‘a bendita entre todas as mulheres’ que correspondeu com fé e humildade plena à sua vocação, e por isto ela se tornou a Mãe da Igreja e modelo mais perfeito para todo o discípulo missionário que pretende ser fiel na escuta prática da Palavra do Senhor.
Por isto a Igreja afirma que Ela é a "Rainha de todos os Santos", porque nela a graça desenvolveu-se sem encontrar o menor obstáculo e está intimamente associada à obra da Redenção, realizada por Seu Filho, intercedendo junto d’Ele por nós, ‘pecadores’, agora e na hora de nossa morte, como Mãe e Medianeira nossa.
Nada sabemos sobre o que o Ano Novo trará para nós e para o mundo inteiro, mesmo quando saudamos e desejamos um "Ano Novo cheio de felicidades".
Mas não há sombra de dúvida que, aconteça o que acontecer, podemos contar sempre com a graça constante de Deus e com a intercessão de Maria, que jamais nos desampara.
Silenciemo-nos e contemplemos a singeleza de um presépio, lá está Maria silenciosa ao lado de José: ela um pouco retirada no estábulo em que deu à luz ao Salvador, como que dizendo a todos nós: “Amados filhos, somente n’Ele, neste Menino que é Deus, deve centrar toda a atenção, e só por Ele dar glória e louvor a Deus, e façam tudo o que Ele disser a vocês, sem medo, sem reservas, com coragem e fidelidade, e alegria, felicidade e paz encontrarão".
É deste modo que contemplamos a presença de Maria na Igreja: intensamente presente, mas em segundo plano em relação a Jesus, Aquele que é único que nos Salva, porque é Verdadeiramente Homem, Verdadeiramente Deus.
Concluindo, “Maria ficará para sempre ‘mãe’, Mãe do homem Jesus Cristo e Mãe do Altíssimo. O seu seio é o lugar onde se encontram a imensidão de Deus e a pequenez e fragilidade da criatura humana. É esta a ‘admirável permuta’ que muda o nosso destino, porque agora também a mais pobre carne humana encerra o tesouro de uma semente de humanidade.” (1)
“Por Ele, realiza-se hoje o maravilhoso encontro que nos dá vida nova em plenitude. No momento em que Vosso Filho assume nossa fraqueza, a natureza humana recebe uma incomparável dignidade: Ao tornar-se ele um de nós, nós nos tornarmos eternos.” (2)
Contemplemos Jesus, a Fonte da Divina Graça, Maria, plena da graça divina, José, fidelidade incondicional à graça divina. Enfim, imitemos a Sagrada Família na terra, para viver com Ela no céu.
(1) Lecionário Comentado – p.292
(2) Missal Romano p. 412
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