domingo, 21 de dezembro de 2025
Maria e José: confiança plena em Deus (IVDTAA)
Cremos na concepção virginal de Maria (IVDTAA)
Cremos na concepção virginal de Maria
Na passagem do Evangelho de Mateus (Mt 1,18-24), que nos apresenta a origem de Jesus Cristo.
A título de aprofundamento, retomemos um parágrafo do Catecismo da Igreja Católica:
“Tem, por vezes, causado impressão o silêncio do Evangelho de São Marcos e das epístolas do Novo Testamento sobre a conceição virginal de Maria. Também foi questionado, se não se trataria aqui de lendas ou construções teológicas fora do âmbito da historicidade.
A isto há que responder: a fé na conceição virginal de Jesus encontrou viva oposição, troça ou incompreensão por parte dos não-crentes, judeus e pagãos (São Justino, Orígenes, Sacrosanctum Concilium n. 132, 270); mas não tinha origem na mitologia pagã, nem era motivada por qualquer adaptação às ideias do tempo.
O sentido deste acontecimento só é acessível à fé. que o vê no «nexo que liga os mistérios entre si» (Vaticano I), no conjunto dos mistérios de Cristo, da Encarnação até à Páscoa.
Já Santo Inácio de Antioquia fala deste nexo: «O príncipe deste mundo não teve conhecimento da virgindade de Maria e do seu parto, tal como da morte do Senhor: três mistérios extraordinários, que se efetuaram no silêncio de Deus».” (1)
Concluamos professando nossa fé com o Credo Niceno constantinopolitano:
Creio em um só Deus,
Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra,
de todas as coisas visíveis e invisíveis.
Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,
Filho Unigênito de Deus,
nascido do Pai
antes de todos os séculos:
Deus de Deus,
Luz da luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro,
gerado, não criado,
consubstancial Pai.
Por Ele todas as coisas foram feitas.
E, por nós, homens,
e para a nossa salvação,
desceu dos Céus.
E encarnou pelo Espírito Santo,
no seio da Virgem Maria,
e se fez homem.
Também por nós foi crucificado
sob Pôncio Pilatos;
padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia,
conforme as Escrituras;
E subiu aos Céus,
onde está sentado à direita de Deus Pai.
De novo há de vir, em sua glória,
para julgar os vivos e os mortos;
e o Seu reino não terá fim.
Creio no Espírito Santo,
Senhor que dá a vida,
procede do Pai e do Filho;
e com o Pai e o Filho
é adorado e glorificado:
Ele que falou pelos profetas.
Creio na Igreja
Una, Santa, Católica e Apostólica.
Professo um só batismo
para remissão dos pecados.
Espero a ressurreição dos mortos;
E a vida do mundo que há de vir.
Amém.
(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 498
Contemplemos o Mistério da Encarnação do Verbo (IVDTAA)
Natal: a luz do Menino Deus brilhará mais forte (IVDTAA)
Natal: a luz do Menino Deus brilhará mais forte
Reflexão à luz da passagem do Evangelho de Mateus (Mt 1,18-24).
Trata-se de um texto catequético, em que nos é apresentado Jesus, o Deus conosco, que, ao Se encarnar, traz à humanidade um Projeto de vida e salvação, e para tanto, Deus quis contar com a colaboração humana (Maria e José).
Temos a descrição cuidadosa da mensagem do Anjo, e da revelação de quem é Jesus:
- Ele vem de Deus, com origem divina, pois Maria está grávida por obra do Espírito Santo;
- Sua missão é a Salvação de toda a humanidade, como indica o Seu nome;
- Ele é o Messias de Deus, da descendência de Davi, como por séculos fora anunciado (aqui o papel preponderante de José, com a paternidade adotiva).
Vivamos o Tempo do Advento como a graça do encontro com Jesus e a acolhida de Sua Pessoa, Palavra e Projeto, que transforma a nossa vida, a fim de que celebremos e vivamos o verdadeiro Natal do Senhor, e que jamais seja o natal do consumismo, de troca de presentes apenas, ou refeições mais enriquecidas.
Mais que comemorar o Natal, celebremos o Natal do Senhor, aprendendo com Maria e José, que acolheram o Verbo e permitiram que Ele crescesse em tamanho, sabedoria e graça diante de Deus.
Que o sim de Maria e de José leve-nos a refletir sobre os “sins” que Deus espera de todos nós para que o Seu Projeto de amor, vida, luz e paz, chegue a todas as pessoas.
O verdadeiro Natal ocorrerá em nossa vida quando formos totalmente sim para Deus e Sua vontade, e se preciso for, rever nossos caminhos e projetos pessoais, colocando os Seus desígnios e vontade acima de nossas próprias vontades e caprichos.
Natal é a Luz de Deus que vem iluminar nossos caminhos obscuros, sobretudo quando vemos noticiários cotidianos em que a mentira, a maldade, o roubo, o desmando, a corrupção parecem prevalecer sobre as atitudes e pessoas de boa vontade.
Advento: rejuvenescidos no Amor de Deus (IVDTAA)
Advento: rejuvenescidos no Amor de Deus
Reflexão à luz da passagem do Evangelho de Mateus (Mt 1,18-24), em que somos convidados a intensificar a preparação desta Festa do Natal do Senhor, com conversão, renovação e fortalecimento de nossa fidelidade ao Senhor.
Urge a purificação de indesejáveis alianças com falsos deuses que não nos alcançam a verdadeira alegria, somente assim teremos a possibilidade de um Natal bem celebrado, como tão bem nos exortam os Profetas bíblicos.
É imperativo a eliminação destas alianças, pois a verdadeira alegria só pode vir da Fonte das fontes, a Fonte da plena alegria, Cristo Jesus. Não percamos tempo em renovar nossa aliança de amor e fidelidade com Deus. Ele toma a iniciativa e espera nossa resposta.
Na passagem do Evangelho vemos como Deus gera Seu Filho, pelo orvalho do Espírito, no ventre de Maria. Uma vez gerado, acolhido, concebido, em vida doada no amor extremo de Cruz, e exaltado por Sua gloriosa Ressurreição, nos reconciliará com Deus, fazendo-nos novas criaturas.
Assim é o Amor de Deus: gera a Fonte de amor - Jesus. Recria cada um de nós no Amor do Filho, por isto somos, d’Ele, amadas e preciosas criaturas... Em nós, faz morada pelo Espírito.
Cremos que não há Mistério mais belo e profundo a ser contemplado na Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus.
Como é belo o Natal quando não esvaziamos o seu conteúdo Pascal; quando não o reduzimos a um fato do passado, a imóveis imagens num presépio...
Contemplemos duas figuras exemplares do Evangelho: Maria e José. Por trás da aparente singeleza da narrativa do sim de ambos, evidencia-se a dramaticidade vivida, a angústia, o temor... Não marcados pela ausência divina, ao contrário, uma proximidade que arranca de Seus corações expressão de total confiança, um salto no escuro exigido pela fé para o reencontro com o esplendor da luz e da verdade. Entregam-se plenamente nas mãos de Deus, acolhem Seus desígnios que ultrapassam os limites humanos.
Maria e José, ainda que não compreendam os Mistérios e desígnios de Deus, confiam e não se contrapõem ao mesmo, exemplarmente mergulham na obscuridade do Mistério de Deus. E este é o grande convite de Deus para nós neste Natal: aceitar participar do Seu Plano de Salvação, não por nossos méritos, mas por Sua misericórdia.
A Salvação de Deus é possível, mas não dispensa nossa liberdade de resposta e participação.
Na escola de Maria e José aprendemos, a Deus, entregar todo nosso ser, nossa corporeidade, mente, espírito, tempo, fragilidade e nossa força na acolhida no mais profundo de nós, no presépio, mais ainda, na manjedoura de nosso coração Aquele que veio, vem e virá!
As atitudes e testemunhos de Maria e José convidam-nos a refletir sobre quantas vezes titubeamos, tememos, oscilamos... A tibieza nos acompanha e ofuscamos o verdadeiro sentido do Natal, esvaziando-o de autêntico conteúdo, sobretudo quando marcado pelo consumismo, ceias que nada expressam, presentes que não são acompanhados de verdadeiro amor e carinho; cartões grafados sem a tinta imprescindível do Espírito; a tinta do amor...
Eis o que nos levará a uma autêntica devoção a Nossa Senhora e a seu justo e corajoso esposo José, aquele que tão bem soube cuidar da Fonte da Vida!
Que o Advento seja Tempo favorável de nos rejuvenescermos no amor de Deus, e assim no Natal saborearmos a alegria de nos doarmos aos irmãos, como tão bem fizeram Maria e José.
Deus vem ao nosso encontro... Abracemos com alegria esta proposta de Salvação. Fecharmo-nos a Deus, eclipsando-O de nossas vidas e negarmos Cristo, fará desaparecer o sentido e o valor da vida. A esperança dará lugar ao desespero, bem como a alegria sucumbirá dando lugar à depressão; afundaremos no lodaçal do pecado, da escuridão, do desamor, do rancor, da injustiça, da solidão... Desintegração pessoal, humano-afetiva, espacial e cósmica que trará funestas consequências, instaurando o caos indesejável, afastando-nos do sonho e desejo de Deus: o Reino, o reencontro do paraíso em passos firmes e certos para a plenitude do Seu amor – céu...
Diante do presépio, coloquemo-nos em adoração extática, e uma vez extasiados pela singeleza do mesmo, renovemos nossa fidelidade a Deus, revigoremo-nos no Banquete da Eucaristia; deixemo-nos iluminar pela Luz Divina que a Palavra resplandece...
Com Maria e José, aprendamos que a promessa da vinda do Salvador não foi uma promessa inócua, jamais realizada; aprendamos com eles que Deus promete, Deus cumpre, pois é próprio do amor de Deus cumprir Suas promessas.
Com eles, busquemos a Salvação que se destina a todos, não por imposição, mas acolhida com amor e liberdade, maturidade e fidelidade. Depende do quanto, a ela, nos abrimos na acolhida do Verbo que em nós mais uma vez quer fazer morada...
Urge a preparação de um lugar digno para a presença do Deus Menino, no mais profundo de nós, do que nós de nós mesmos. Afinal, é próprio do amor de Deus querer habitar no coração daqueles que Ele ama!
Promessa, realização e participação (IVDTAC)
Promessa, realização e participação
Promessa, realização e participação,
Contemplo na Liturgia do Advento
Quando o quarto Domingo celebramos.
O Profeta Miqueias anuncia a vinda da nossa Paz,
Esta é o próprio Jesus, nosso Salvador,
Que nasceria em Belém de Éfrata.
A promessa d’Aquele que dominaria Israel
E o povo jamais sentir-se-ia abandonado
Apascentaria com a força do amor.
Seu Reino de amor, verdade, justiça,
Fraternidade, liberdade, eterno e universal
Por toda a Terra se estenderia.
Promessa feita, que assim se cumpriu
Como nos diz o autor da Epístola aos Hebreus:
Eis que Ele veio para fazer a vontade de Deus.
Com a oferenda e sacrifício de Sua Vida
Nos resgatou, reconciliou e redimiu;
Por sua vontade livremente, santificados fomos.
Sacrifício realizado uma vez por todas,
Cuja Memória, em cada Eucaristia celebramos,
E deste Banquete de Vida Eterna participamos.
Mas para que a promessa se tornasse realidade
Deus quis contar com a nossa participação
De modo notável, Maria sem comparação.
Com Seu sim, o Espírito nela agiu silenciosamente
E o Verbo em seu ventre concebeu divinamente:
A Luz do mundo, a Divina fonte da Vida da Humanidade.
Promessa, realização e necessária participação
Contemplemos a visita de Maria, em sua visitação
Levando a sua prima, a alegria do Santo Espírito.
Trocam palavras de exultação que ressoam nos tempos
Com as crianças em seus ventres presentes:
Um o precursor, o outro o esperado Salvador.
Promessa, realização e participação:
Cada tempo estas palavras ganham conteúdo e forma.
Hoje é a nossa resposta que Deus espera.
Promessa, realização e participação
Tempo do Advento: tempo da vigilância,
Da conversão, da alegria, e de nossa prontidão.
Como Maria aprendamos, sem demora,
Prontamente nos pormos a caminho
Em santa viagem de amor, serviço e doação.
Dentro de poucas horas, nos reuniremos
Para celebrar inaudito acontecimento:
O Amor de Deus por nós, ainda que sem merecimento.
Liturgia do quarto domingo do Advento (ano C)
Mq 5,1-4a; Hb 10,5-10; Lc 1,39-45
PS: Apropriado para a Festa da Natividade d e Nossa Senhora
Ele está chegando... Alegremo-nos! (IVDTAC)
Este Profeta vindo do meio campesino era conhecedor dos problemas dos pequenos agricultores, vítimas de latifundiários sem escrúpulos.







