sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Preparar o Caminho do Senhor... (IIDTAA)
Que o Espírito do Senhor repouse sobre nós (IIDTAA)
“Curai, Senhor, nossa cegueira”
Senhor, renovai as nossas forças!
Superemos e afastemos toda a lentidão
Aperfeiçoamento espiritual constante
Na passagem da Carta aos Colossenses (Cl 1,9b-11), o apóstolo Paulo exorta a comunidade de Colossas e a nós, em todo o tempo, a fim de que tenhamos um aperfeiçoamento espiritual constante, vivamos uma vida agradável a Deus:
“Que chegueis a conhecer plenamente a vontade de Deus, com toda a sabedoria e com o discernimento da luz do Espírito. Pois deveis levar uma vida digna do Senhor, para lhe serdes agradáveis em tudo. Deveis produzir frutos em toda a boa obra e crescer no conhecimento de Deus, animados de muita força, pelo poder de Sua glória, de muita paciência e constância, com alegria.” (1)
O Apóstolo Paulo faz exortações imprescindíveis para a vida cristã:
- o conhecimento pleno da vontade de Deus;
- viver uma vida digna do Senhor para ser agradáveis a Ele em tudo;
- produzir frutos em toda a boa obra;
- crescer no conhecimento de Deus.
Completando a reflexão, assim lemos no Missal Cotidiano:
"A comunidade cristã procura em todas as coisas o que faz caminhar com Deus. Descobrir antes de tudo um encontro com Deus... contemplá-Lo também na face do irmão e restituir um rosto humano ao homem desfigurado. Sim o conhecimento é para o amor. Sem amor, de que vale o conhecimento de Deus. De que vale dar o próprio corpo às chamas?"(1)
Ressoem as palavras do Senhor, que ouvimos na passagem do Evangelho de Mateus:
“Assim brilhe a Vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus” (Mt 5,16)
Oremos:
Senhor Deus, ajudai-nos a conhecer plenamente a Vossa vontade, com toda a sabedoria e discernimento da luz do Espírito, e uma vez conhecida, com Vosso Espírito, a vivamos concretamente, dia a dia.
Ajudai-nos a levar uma vida digna, na fidelidade aos Vossos divinos mandamentos, para que, em tudo, sejamos agradáveis a Vós, irradiando a Vossa Luz a quantos precisarem, e sermos sal da terra e fermento na massa, a serviço do Vosso Reino.
Concedei-nos a graça de produzir frutos em toda boa obra, de modo especial os frutos do Espírito: caridade, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, lealdade, mansidão, continência (Gl 5,2).
Iluminai nossa mente e as entranhas mais profundas de nosso coração, para que ao Vos conhecermos, cada vez mais Vos amemos, até que um dia possamos contemplá-lo face a face, na glória da eternidade.
“Ensinai-me a Vos procurar e mostrai-Vos quando Vos procuro; pois não posso prourar-Vos se não me ensinais nem encontrar-Vos se não Vos mostrais. Que desejando eu Vos procure, procurando Vos deseje, amando Vos encontre, e encontrando Vos ame”. (2)
Dai-nos, Senhor Deus, a graça de crescermos no conhecimento de Vós, bem como no conhecimento pleno de Vossa vontade, para que a realizando, vivamos uma vida digna e que Vos agrade, sobrepondo sempre a Vossa à nossa, e tão somente assim produziremos frutos em toda a boa obra.
Ajudai-nos a levar muitos a Vos dar glória ao virem as obras que fazemos, resplandecendo a Vossa luz no mundo, e sendo sal da terra, vivendo assim a graça do batismo que recebemos, na fidelidade às Palavras de Vosso Filho, em comunhão com o Espírito Santo. Amém.
1) Comentário do Missal Cotidiano - Editora Paulus - pág. 1231
) Santo Anselmo – séc. XII
PS: Apropriado para reflexão da passagem da Carta de Paulo aos Colossenses (Cl, 1,9-14), proclamada na quinta-feira da 22ª Semana do Tempo Comum.
Jesus veio ao nosso encontro: a promessa de Deus se cumpriu
Jesus veio ao nosso encontro: a promessa de Deus se cumpriu
Sejamos enriquecidos pelo comentário dos Salmos escrito pelo bispo e doutor Santo Agostinho (séc. V).
“Deus estabeleceu não só um tempo para Suas promessas, como também um tempo para a realização do que prometera. O tempo das promessas vai dos profetas a João Batista. A partir dele começa o tempo de cumprir-se o prometido.
Deus, que Se fez nosso devedor, é fiel, nada recebendo de nós mas nos prometendo tão grandes bens. Pareceu-lhe pouco a simples promessa e, por isso, quis ainda comprometer-se por escrito, como que firmando conosco um contrato.
Desse modo, quando começasse a cumprir as coisas prometidas, veríamos em tal Escritura a ordem com que seriam realizadas. O tempo das profecias era o do anúncio das promessas, como já dissemos várias vezes.
Prometeu-nos a salvação eterna, a vida bem-aventurada e sem fim em companhia dos anjos, a herança imperecível, a glória eterna, a doçura da visão de seu rosto, a Sua morada santa nos céus e, pela ressurreição dos mortos, a exclusão total da morte.
É esta, de certo modo, a Sua promessa final, o objeto de toda nossa aspiração. Quando a tivermos alcançado, nada mais buscaremos, nada poderemos exigir. Não deixou também de revelar o caminho que nos havia de conduzir a esses últimos fins, mas o prometeu e anunciou.
Deus prometeu aos homens a divindade, aos mortais a imortalidade, aos pecadores a justificação, aos humilhados a glória.
Contudo, meus irmãos, parecia inacreditável aos homens que Deus prometesse tirá-los da sua condição mortal de corrupção, vergonha, fraqueza, pó e cinza, para torná-los semelhantes aos anjos.
Por isso, não só firmou com eles um contrato que os levasse a crer, mas constituiu ainda como mediador e garantia, não um príncipe, qualquer ou algum anjo ou arcanjo, mas Seu Filho único. Desse modo, mostrou-nos e ofereceu-nos, por meio de Seu próprio Filho, o caminho que nos levaria ao fim prometido.
Não bastou, porém, a Deus fazer Seu filho indicar o caminho; quis que Ele mesmo fosse o caminho, a fim de te deixares conduzir por Ele, caminhando sobre ele próprio.
Para isso, o Filho único de Deus deveria vir ao encontro dos homens e assumir a natureza humana. Tornando-Se homem, deveria morrer, ressuscitar, subir aos céus, sentar-Se à direita do Pai e realizar entre os povos o que prometera.
E, depois da realização de Suas promessas entre os povos, cumprirá também a de voltar para pedir contas de Seus dons, separando os que merecerão a Sua ira ou Sua misericórdia, tratando os ímpios como ameaçara e os justos como prometera.
Tudo isso devia ser profetizado, anunciando e recomendado, para que, ao suceder, não provocasse medo com uma vinda inesperada, mas ao contrário, sendo objeto da nossa fé, o fosse também por uma ardente esperança.”
O que fora promessa, na Encarnação de Jesus Cristo, a promessa que Deus fizera, como nos falaram os profetas, se cumpriu, como tão bem expressou o bispo:
“Prometeu-nos a salvação eterna, a vida bem-aventurada e sem fim em companhia dos anjos, a herança imperecível, a glória eterna, a doçura da visão de Seu rosto, a Sua morada santa nos céus e, pela ressurreição dos mortos, a exclusão total da morte.”
Vindo ao nosso encontro, como caminho, verdade e vida (cf. Jo 14,6), somos agraciados por estas maravilhas da intervenção divina:
“Deus prometeu aos homens a divindade, aos mortais a imortalidade, aos pecadores a justificação, aos humilhados a glória.”
Vivamos este Tempo do Advento, renovando a fé no Amor Trinitário, que age incansavelmente na história, preparando-nos, intensamente, para a celebração do Natal do Senhor Jesus: Aquele que veio, vem e virá. Amém.







