segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Santidade e Templo

                                                                      

Santidade e Templo 

Reflexão sobre a purificação do templo pelo Senhor e  a indissociável relação entre santidade e templo. 

Santidade precisa ser vivida, como assim desejou e nos exortou o Senhor: “Sejam perfeitos como é perfeito seu Pai, que está nos céus” (Mt 5,48). 

Santidade que se destina a todas as pessoas, como tão bem expressou a “Lumen Gentium”“Todos, pois, na Igreja, quer pertençam à hierarquia ou sejam por ela conduzidos, são chamados à santidade, conforme a palavra do Apóstolo: ‘A vontade de Deus é que sejam santos’ (1Ts 4,3, Ef 1,4). 

A santidade da Igreja se manifesta de direito e de fato nos muitos variados frutos da graça, que o Espírito faz brotar nos fiéis, quando tendem para a perfeição do amor em suas vidas” (n.39). 

Na purificação do templo (Jo 2,13-25), Jesus Se apresentou como o Templo de Deus, que é o Seu próprio corpo, e todo aquele que n’Ele for batizado, viver e crer, faz parte deste Templo, pois Ele quis fazer de cada pessoa uma morada Sua, em quem podemos encontrá-Lo (Mt 25, 31-46). 

A santidade implica em sentir-se pertencente a este Templo, colocando toda a existência a serviço por amor ao próximo, como expressão máxima da adoração e amor a Deus sobre todas as coisas, com toda a alma, força, coração e entendimento. 

Amando a Deus, cumpriremos o primeiro Mandamento na ordem do preceito, e, amando ao próximo, estaremos cumprindo o primeiro na ordem da execução, como nos falou o Bispo Santo Agostinho. 

Neste sentido, encontramos inspiração nos testemunhos de tantos Santos e Santas, que viveram a santidade, alimentando-se no Templo do Senhor, mas prolongando a sua espiritualidade Eucarística na vivência da Palavra proclamada, no serviço ao outro. 

Santidade também implica em não fecharmos nossos olhos e ouvidos para o mundo no qual estamos inseridos, na completa realidade social, de modo que uma fé autêntica não se omite diante das questões sociais. 

Urge participar dos diversos espaços de expressão de cidadania, a fim de que aqueles que detêm o poder coloquem em prática a política na sua máxima expressão e grandeza: a promoção do bem comum. 

A santidade é fragilizada, manchada, quando não nos comprometemos para que a política cuide de cada cidadão, respeitando e promovendo a sua dignidade, da concepção ao seu declínio natural. 

Quando a santidade anda de mãos dadas com a sacralidade do Templo, vemos no outro um templo sagrado, e tornamos nossa fé ativa, nossa caridade esforçada e mais firme, sólida e frutuosa a nossa esperança (cf. 1 Ts 1, 3). 

Membros da Igreja, pedras vivas e escolhidas que somos, temos que ser no mundo sinal de santidade, pautando nossa vida pelos valores da verdade, justiça, liberdade, fraternidade e impelidos pelas virtudes divinas, sendo a mais importante, a virtude divina do amor, porque é eterna (cf. 1Cor 13, 8). 

Urge, no empenho constante no crescimento da santidade, cuidando do Templo e dos templos, que os Agentes das diversas Pastorais, Movimentos e Serviços, com a luz do Santo Espírito, façam a revisão do caminho trilhado na evangelização; avaliem com serenidade, à luz da Palavra de Deus e da Exortação do Papa “Evangelii Gaudium”, os objetivos, métodos e estratégias, para que sejamos uma Igreja que não fica confortavelmente dentro das paredes do Templo, mas, como Igreja em saída, vá ao encontro dos templos que clamam por uma Palavra de amor, vida, alegria e paz. 

Amando a Deus e ao próximo, vivamos a santidade em estreita e inseparável relação com o Templo e os templos.

O tempo

                                                             

O tempo
“Tudo tem seu tempo.
 Há um momento oportuno
para cada coisa debaixo do céu” (Ecl 3,1)

Tempo bom e ruim.
Tempo desocupado ou sobrecarregado.
Tempo que se foi, o agora, o vindouro.

Tempo no pretérito, presente e futuro.
Tempo mudado ou a mudar.
Tempo bem empregado ou desperdiçado.

Tempo de esterilidade ou fecundidade da alma.
Tempo de semear e outro para colher.
Tempo propício ou não favorável.

Tempo de marés favoráveis ou adversas.
Tempo para atravessar o deserto árido do melhor a se alcançar.
Tempo para não submergir na travessia do mar da obscuridade.

Tempo do silêncio fecundo e aprendizado.
Tempo do recolhimento necessário e de reaprender o indispensável.
Tempo do isolamento, quando necessário.

Há tempo que o vento parece apagar a chama das velas acesas dos sonhos.
Há tempo que o mesmo vento parece soprar contrariamente ao destino desejado.
Há o tempo da sensibilidade à flor da pele, outro da insana insensibilidade.

Há o tempo em que somos desafiados ao testemunho da fé, ainda que nas contrariedades.
Há tempo em que os ventos, suavemente soprados, vêm reacender a chama da esperança.
Há tempo em que os ventos que assopram fazem crepitar a chama do amor.

Tempo da vigilância e espera do Senhor que vem: Advento – “Vem, Senhor Jesus!”.
Tempo de graça, favorável para conversão e reconciliação: Quaresma.
Tempo do transbordamento da alegria da Ressurreição: Páscoa do Senhor. Aleluia!

Vive e caminha conosco, quem tanto amamos

                                               


         Vive e caminha conosco, quem tanto amamos
 
Voltávamos, trocando passos lentos com a solidão,
Cabisbaixos, abraçados com a dor da decepção.
Em quem depositávamos toda a nossa esperança,
No corpo cravado na cruz, pelas dolorosas chagas,
com Ele, para sempre mortas, nada mais a esperar.
 
Restava-nos esperar dias e noites - eternas noites escuras,
Ainda que o sol nascesse, não mais luzes teríamos,
No caminho pedras, obstáculos, fragilidade eternizada,
Tampouco o brilho da lua tornaria encantada a noite,
Nem com o brilho de todas as estrelas multiplicadas.
 
Mas Alguém conosco se pôs a caminho,
Suportando a lentidão de nossa mente,
Para compreender a novidade da Ressurreição.
Suas divinas palavras, arderam em nosso coração,
Nossos olhos descerraram no partir do Pão.
 
Solícito, atendeu ao nosso insistente convite:
“Fica conosco, pois já é tarde e o dia está declinando’!”(1)
Súplica que ora também fazemos, confiantes,
Peregrinos da esperança para viver a graça da missão:
Amar, crer, e n’Ele sempre esperar.
 
Amar, como distintivo de discípulos Seus em todo tempo.
Amar como Ele ama: amor de cruz, que ama até o fim,
Até a última gota de sangue, com gestos de  serviço e doação.
Compromissos batismais com a Boa Nova do Reino,
Como Igreja, juntos caminhando, sempre a caminho. 
 
Crer n’Ele, o Caminho, Verdade e Vida, (2)
Crer n’Ele, o Caminho que nos leva ao Pai;
Crer n’Ele, a Verdade que ilumina os povos;
Crer n’Ele, a Vida que renova o mundo.
Ele, princípio e fim de nossa vida: Alfa e Ômega. (3)
 
Esperar n’Ele e com Ele, com plena confiança,
Porque o amor de Deus foi derramado, pelo Espírito,
Em nossos corações, e a esperança não decepciona.
Memoráveis palavras do Apóstolo ressoem (4)
Para sempre ao longo do árduo caminho. Amém.
 
  
(1)             Lc 24,29
(2)             Jo 14,6
(3)             Ap 22,13
(4)             
Rm 5,5

Acolhamos a Palavra do Senhor, com humildade e afeição íntima

                                                   


Acolhamos a Palavra do Senhor, com humildade e afeição íntima

Sejamos enriquecidos com um texto do Livro da Imitação de Cristo (séc XV):

“Ouve, filho, minhas palavras suavíssimas, que superam toda a ciência dos filósofos e sábios deste mundo. Minhas palavras são espírito e vida (cf. Jo 6,63), não ponderáveis por humanas inteligências. 

Não devem ser puxadas para a vã complacência, mas escutadas em silêncio, acolhidas com total humildade e afeição íntima. 

Eu disse: Feliz a quem instruis, Senhor, e lhe ensinas tua lei para que o alivies nos dias maus (Sl 93,12-13) e para que não se sinta abandonado na terra. 

Eu, diz o Senhor, ensinei no início aos profetas e até hoje não cesso de falar a todos. Porém muitos, à minha voz, são surdos e endurecidos. 

Muitos se comprazem em atender ao mundo mais que a Deus; com maior facilidade seguem os apetites de sua carne do que a vontade de Deus. 

O mundo promete coisas temporárias e pequeninas e é servido com imensas cobiças. Eu prometo bens sublimes e eternos e se entorpecem os corações dos mortais. 

Quem me serve e obedece com tanto empenho em todas as coisas, quanto se serve ao mundo e aos seus senhores?

Cora de vergonha, servo preguiçoso e descontente, porque aqueles estão mais prontos para se perderem do que tu para viveres.

Mais se alegram aqueles com a vaidade do que tu com a verdade. 

E, no entanto, por vezes se frustra sua esperança, ao passo que jamais falha a alguém minha promessa, nem sai de mãos vazias quem em mim confia. 

O que prometi, darei; o que falei, cumprirei. 

Sou eu o remunerador dos bons e inabalável acolhedor de todos os fiéis. 

Escreve minhas palavras em teu coração e rumina-as com cuidado; serão muito necessárias no tempo da tentação.

O que não entendes ao ler, entenderás quando te visitar. 

Costumo visitar de dois modos meus eleitos: pela tentação e pela consolação. 

E lhes leio diariamente duas lições: uma, arguindo seus vícios; outra, exortando a progredir na virtude. 

Quem tem minhas palavras e delas faz pouco caso, terá quem o julgue no último dia (cf. Jo 12,48).”

Intensifiquemos e aprofundemos a oração, com a Sagrada Escritura, e seja a Leitura Orante (leitura, meditação, oração e contemplação) um modo privilegiado para que nossa oração nos ajude a viver mais configurados a Jesus Cristo (Fl 2,1-11).

Que a Palavra de Deus seja para nós, como foi para todos os profetas, como assim o foi para Jeremias:

“Quando encontrei tuas palavras, alimentei-me; elas se tornaram para mim uma delícia e a alegria do coração, o modo como invocar eu nome sobre mim, Senhor Deus dos exércitos” (Jr 15,16).

Lembra-te, catequista

                                                    


Lembra-te, catequista

“Irmãos, se, pois, com tua boca confessares Jesus como Senhor e, no teu coração, creres que Deus O ressuscitou dos mortos, serás salvo” (Rm 10,9)

Catequista, lembra-te sempre: creia no coração e professa com os lábios e com tua vida:

- Tens a missão de anunciar em comunhão com os ensinamentos da Igreja que “Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado, ao terceiro dia, foi ressuscitado, segundo as Escrituras; e apareceu a Cefas e, depois aos doze” (1Cor 15,3-5);

- Professa a fé no Mistério da Páscoa, o coração da fé da Igreja, pois como nos falou o Apóstolo Paulo – “Se Cristo não ressuscitou, vã é a nossa pregação, e vã nossa fé” (1 Cor 15,14);

- Viva a comunhão com Jesus Cristo, morto e ressuscitado, vivo e sempre presente, finalidade última de toda a ação eclesial, e, portanto, da catequese, sendo assim, de todo/a catequista.

Catequista, lembra-te sempre: creia no coração e professa com os lábios e com tua vida:

- Que és mensageiro de esperança que brota da fé na Ressurreição do Senhor, pois “se é só para esta vida que pusemos a nossa esperança em Cristo, somos dentre todos os homens, os mais dignos de compaixão”,  como também nos falou o Apóstolo Paulo, Doutor das Nações (1 Cor 15,19);

Que tendo feito o encontro dos encontros, com o Ressuscitado, és chamado a sair de si, indo ao encontro do outro, para comunicar a Sua Divina Presença que mudou a tua vida, dando a ela novo sentido, bem como alargou os seus horizontes, porque é próprio de quem ama, deleitar-se no encontro com o Amado, alegre e perseverante caminho de santificação;

Que és um servo inútil, de modo que Ele cresça e nós desapareçamos, pois Ele, Jesus Cristo, é o Alfa e Ômega, a chave de toda a história, e acompanha toda pessoa, para que revele o indizível e imensurável amor de Deus que nos criou à Sua imagem e semelhança, nos redimiu pelo Sangue Redentor de Seu Filho, e derramou o Seu amor em nossos corações por meio do Espírito Santo (Rm 5,5).

Catequista, lembra-te sempre: creia no coração e professa com os lábios e com tua vida:

Que “do lado do Senhor saiu Sangue e Água (Jo 19,34), e contempla sempre este significado místico e profundo: Água e Sangue, símbolos do Batismo e da Eucaristia;

-  Que “foi destes Sacramentos que nasceu a santa Igreja, pelo banho da regeneração e pela renovação no Espírito Santo, isto é, pelo Batismo e pela Eucaristia que brotaram do lado de Cristo. Pois Cristo formou a Igreja de Seu lado trespassado, assim como do lado de Adão foi formada Eva, sua esposa” (1);

E medita sempre no que falou, com propriedade, um santo da Igreja -“Talvez vos perturbe a enormidade de meus sofrimentos por vós. Não tenhais medo. Estes cravos não me provocam dor, mas cravam mais profundamente em mim o amor por vós.  Estas Chagas não me fazem soltar gemidos, mas vos introduzem ainda mais intimamente em meu coração. O meu corpo, ao ser estirado na Cruz, não aumenta o meu sofrimento, mas dilata espaços do coração para vos acolher. Meu Sangue não é uma perda para mim, mas é o preço do vosso resgate” (2).

Catequista, lembra-te sempre: creia no coração e professa com os lábios e com tua vida:

- Que contas com o protagonista da Evangelização, o Paráclito, o Espírito Santo, e podes com Ele contar, pois “Branda e suave é a Sua aproximação; benigna e agradá­vel é a Sua presença; levíssimo é o Seu jugo! A Sua chegada é precedida por esplêndidos raios de luz e ciência. Ele vem com o amor entranhado de um irmão mais velho: vem para salvar, curar, ensinar, aconselhar, fortalecer, consolar, ilu­minar a alma de quem o recebe, e, depois, por meio desse, a alma dos outros.” (3);

- Que és um arauto da Boa Nova de Jesus, e não és um pregador de si mesmo, tão pouco das ideias que passam, pois não duram mais que um amanhecer, e que murcham antes do entardecer, ou como as gotas do orvalho que secam pelos primeiros raios do sol, mas pregas a Palavra que não passa, Palavra de Vida Eterna, a nós comunicada pelo Sol Nascente que nos veio visitar, Jesus; 

- Deves pautar o trabalho catequético, tendo nas mãos e na mente as orientações dos Diretórios, Diretrizes e sábios ensinamentos da Igreja, com sua longa e rica tradição, e assim jamais te perdes no labirinto dos pensamentos e sentimentos, e tão somente assim não deixas se perder  alegria e paixão pela vida, encanto e ternura e ressignifica toda a existência própria e daqueles e daquelas a quem te foram confiados, catequizandos/as. 

Catequista, lembra-te sempre: creia no coração e professa com os lábios e com tua vida:

- Que vivendo a graça do batismo, e como Igreja participas de sua alegre missão, contando com Maria, a Mãe do Senhor, que resplandece dócil à ação do Espírito Santo, porque soube escutar e acolher em si a Palavra de Deus, tornando-se a “Realização mais pura da fé” (4); catequista por excelência, exemplar e pedagoga da evangelização, modelo para a transmissão da fé;

- És eterno aprendiz de Maria, a mais perfeita dos discípulos do Senhor, por sua humildade, ternura, contemplação, carinho e cuidado com os outros, ao educar Seu Amado Filho Jesus, o Verbo feito Carne, em atitudes de fidelidade à justiça e obediência à vontade de Deus Pai, muitas vezes no recolhimento e silêncio no mais profundo de seu coração, em permanente atitude de oração.

Assim como Maria Santíssima, a Mãe da Igreja Sinodal, povo de Deus que caminha juntos, presidiu com a sua oração o início da evangelização, sob a ação do Espírito Santo, sabes que podes com ela contar, pois ela continua intercedendo em todo o tempo para que todas as pessoas encontrem a Cristo, por meio da fé n’Ele, a fim de que sejam salvas, recebendo em plenitude a vida dos filhos de Deus. Amém.

 

 

(1)       São João Crisóstomo (séc. IV)

(2)      São Pedro Crisólogo (séc. V)

(3)      São Cirilo de Jerusalém (séc. IV)

(4)      Catecismo da Igreja Católica parágrafo n.149

PS: Inspirado nos parágrafos 427-428 – do Diretório para a Catequese–  Documento da Igreja – n.61

 

Resquiescat in pace - Descanse em paz!

                                          


Resquiescat in pace  - Descanse em paz!

O sol escondido sob as nuvens, dia sombrio, como ficaram os dias sem você, desde quando partiu, e meus olhos nadam em lágrimas vertentes.

Hoje, uma lembrança com misto de tristeza suave e dilacerante me consome, e volto meus olhos para o passado, procurando preencher o vácuo que você deixou, que por vezes parece impreenchível.

Não fosse a fé na ressurreição da carne, ficaria apenas a sombra do túmulo, eterna sombra da morte; eterno descanso; ocaso sem esperança; derradeira pulsação da vida, sem desabrochar na outra margem.

Não fosse a fé na ressurreição da carne, aquele momento supremo da vida, seria um eterno sábado; o véu da morte ficaria para sempre posto, e não reconheceríamos os sinais do Ressuscitado, “os panos dobrados e colocados à parte” desde aquela memorável madrugada (cf. Jo 20, 7).

Mas creio na ressurreição da carne, e a morte é o descansar no regaço do Senhor; o dormir o sono da noite, sem horas após o último suspiro e o cerrar dos olhos à luz; o sentimento do frio pelas asas da morte a roçar a fronte; o fugir dos últimos lampejos da vida.

RIP – Resquiescat in pace – Descanse em paz amigo/a. Que o Senhor se compadeça de sua alma e o tenha para sempre em Sua glória, até que um dia também faça a necessária e derradeira passagem e viveremos o epílogo da eternidade e comunhão na glória dos céus, com os anjos e santos. Assim creio. Assim espero. 

Tenho que seguir em frente, lembrando com carinho de cada momento que vivemos; cada sorriso compartilhado; cada lágrima enxugada; cada dificuldade superada...

Descanse em paz! O brilho do Sol nascente vem nos iluminar, até que um dia possamos nos céus nos encontrar. Amém.

Oração de Santo Tomás de Aquino (após a Comunhão na Santa Missa)

                                                            


Oração de Santo Tomás de Aquino

“Eu vos dou graças,
ó Senhor, Pai Santo, Deus eterno e todo poderoso,
porque, sem mérito algum de minha parte,
mas somente pela condescendência de vossa misericórdia,
Vos dignastes saciar-me, a mim pecador,
vosso indigno servo,
com o Sagrado Corpo e o Precioso Sangue de Vosso Filho,
nosso Senhor Jesus Cristo.


Eu peço que esta Santa Comunhão
não me seja motivo de castigo,
mas salutar garantia de perdão.

Seja para mim armadura da fé, escudo de boa vontade
e libertação dos meus vícios.


Extinga em mim a concupiscência e os maus desejos,
aumente a caridade a paciência,
a humildade e a obediência,
e todas as virtudes.


Defenda-me eficazmente contra as ciladas dos inimigos,
tanto visíveis como invisíveis.

Pacifique inteiramente todas as minhas paixões,
unindo-me firmemente a vós, Deus uno e verdadeiro,
feliz consumação de meu destino.

 

E peço que vos digneis conduzir a mim pecador
aquele inefável convívio em que vós,
com vosso Filho e o Espírito Santo,
sois para os vossos Santos a luz verdadeira,
a plena saciedade e a eterna alegria,
a ventura completa e a felicidade perfeita.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém.” (1)

 

(1)             Oração para a Ação de Graças depois da Missa escrita pelo Presbítero Santo Tomás de Aquino (séc. XII), Presbítero e Doutor da Igreja – Missal Romano – pág. 1248

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