sábado, 22 de novembro de 2025

A missão cristã no mundo

                                                   

A missão cristã no mundo

No que consiste a missão do cristão no mundo, segundo J. Mouroux:

"O cristão não se caracteriza pela fuga; é, ao contrário, alguém comprometido como pessoa no incremento, no bom êxito, na salvação do mundo.

Sabe que o universo inteiro tem um só princípio de consistência, de movimento, de fim: Cristo; porque por meio d’Ele todas as coisas foram feitas e n’Ele todas subsistem (Cl 1,16-18).

Cristo é, deste modo, Aquele que congrega, trabalhando no íntimo das almas e das coisas para tudo santificar, tudo unir, tudo consagrar para a glória de Deus.

O cristão se engaja voluntariamente neste gigantesco empreendimento, no seu lugar, no seu tempo, com seus recursos.

Não trabalha sozinho: colabora… Trabalha com coragem, porque a luta é dura; com fé, porque a tarefa é misteriosa e sem proporção com as forças humanas; trabalha para fazer crescer o universo e despontar a nova criação através da luta caótica e dolorosa, cheia de esperança e de preocupações, luta que não é, porém, a de uma agonia e sim a de um parto". (1)

O Cristão é um peregrino nesta terra. Não é “cidadão” do mundo, porque exilado, marcha para a verdadeira Pátria.

Cidadãos dos céus sem jamais nos omitirmos na construção de realidades humanas mais justas, fraternas e solidárias. Assim entendiam os primeiros cristãos e assim o é: “O que a alma é no corpo devem ser os cristãos no mundo“ (Carta a Diogneto 6).

Ainda no Comentário do Missal Dominical, vemos que em certo sentido depois de Cristo tudo está feito, nada mais esperamos substancialmente novo, no entanto, não deixa de ser verdade que resta tudo por fazer.

Mas, absolutamente nada deve ser feito sem Ele. Tudo deve ser feito com Ele, por Ele e para Ele. A Ele toda honra, glória, louvor e poder por toda a eternidade. Amém!


PS: Missal Dominical - Editora Paulus - p. 1076

Em poucas palavras...

                                                       


A vocação cristã

“«Os cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade» (Lumen Gentium 40). Todos são chamados à santidade: «Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito» (Mt 5, 48):

«Para alcançar esta perfeição, empreguem os fiéis as forças recebidas segundo a medida em que Cristo as dá, a fim de que […] obedecendo em tudo à vontade do Pai, se consagrem com toda a alma à glória do Senhor e ao serviço do próximo.

Assim crescerá em frutos abundantes a santidade do povo de Deus, como patentemente se manifesta na história da Igreja, com a vida de tantos santos» (Lumen Gentium 40)”.(1)

 

(1)Catecismo da Igreja Católica – parágrafo 2013

Em poucas palavras...

                                                     


Santidade

“«Na terra, a Igreja está revestida duma verdadeira, ainda que imperfeita, santidade» (Lumen Gentium n.48).

Nos seus membros, a santidade perfeita é ainda algo a adquirir: «Munidos de tantos e tão grandes meios de salvação, todos os fiéis, seja qual for a sua condição ou estado, são chamados pelo Senhor à perfeição do Pai, cada um pelo seu caminho» (Lumen Gentium n. 11).” (1)

(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 825

 

Cremos em um só Deus

                                             

Cremos em um só Deus

Cremos em um só Deus, princípio sem princípio, incriado, ingênito, que não perece, imortal, eterno, ilimitado, inapreensível, indefinível, onipotente, simples, não composto, incorpóreo, imóvel, impassível, imutável, invisível.

Cremos em Deus, fonte de todo bem e de toda justiça, luz inteligível e nunca acendida; poder que não pode medir-se com medida alguma a não ser sua própria vontade, porque pode fazer tudo quanto quer.

Cremos em Deus, Criador de todas as criaturas visíveis e invisíveis, de todas tem cuidado e as conserva; tem o poder sobre todas as coisas, as quais dirige e governa com um reino que não tem fim e é imortal.

Cremos em Deus, que nada pode opor-se a Ele, tudo preenche, nada pode abarcá-Lo, ao contrário, Ele abarca todas as coisas, as contém e zela por elas.

Cremos em Deus, que penetra todas as substâncias de maneira puríssima e em todas repousa; que Se eleva sobre toda substância como o mais sublime; e sobre tudo o que existe, como o mais excelente, e a tudo transborda.

Cremos em Deus que estabelece os principados e ordens, e encontra-Se acima de toda ordem e principado, acima da substância, da vida, palavra e pensamento.

Cremos em Deus, Ele é a própria luz, bondade, vida e essência, já que não recebeu de outro nem o ser nem qualquer uma das Suas propriedades.

Cremos em Deus, que é a fonte de todos os seres, a vida dos viventes; e participam de Seu Verbo as criaturas racionais; é a causa de todos os bens; vê todas as coisas antes que existam.

Cremos em Deus, reconhecido por todo ser racional e O reconhece e O adora com uma só adoração, e crê e venera a única substância, divindade, vontade, operação, autoridade.

Cremos em Deus, único princípio, poder, senhorio, reinado; em três hipóstases perfeitas, porque estas estão unidas sem confusão, e são distintas em separação: um só Deus em três Pessoas.

Cremos no único Pai, princípio e causa de todos os seres; não gerado por ninguém; o único que existe incausado e não gerado, o Criador de todas as coisas.

Cremos no Pai único por natureza de Seu Unigênito Filho, o Senhor Deus e Salvador, Nosso Jesus Cristo, do qual procede o Santíssimo Espírito. 

Cremos em Deus; portanto, no Pai e no Filho e no Espírito Santo, nos quais fomos batizados; porque assim ordenou o Senhor aos Apóstolos que batizassem, ao dizer-lhes: Batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.



Livre adaptação da “Exposição da Fé ortodoxa”, de São João Damasceno (séc. VIII), Doutor e Presbítero da Igreja, in Lecionário Patrístico Dominical – Editora Vozes – 2013 – pp.515-516

Em poucas palavras...

                                                      


“Em Cristo nós temos tudo...”

“Em Cristo nós temos tudo. Aproxime-se a Ele toda alma, tanto a que está maculada com pecados carnais como a que ainda está cravada com os cravos da avareza e como a que por entregar-se à meditação assídua está no caminho da perfeição e, finalmente, aquela que já é perfeita com muitas virtudes.

O Senhor é imensamente rico. Cristo é tudo para nós: se desejas curar uma ferida, Ele é médico; se te abrasa o ardor da febre, Ele é fonte; se te vês oprimido pela iniquidade, Ele é santidade; se necessitas de auxílio; é fortaleza; se tens fome, é alimento. Degustai e vede, como é bom Javé; bem-aventurado o homem que se abriga n’Ele.” (1)

 

(1) Do Tratado sobre a virgindade cap.15-16 ou livro 3 - Santo Ambrósio, Bispo e Doutor da Igreja (séc. IV).


Em poucas palavras...

                                                  


A luz de Cristo, única luz da Igreja

“«A luz dos povos é Cristo: por isso, este sagrado Concílio, reunido no Espírito Santo, deseja ardentemente iluminar todos os homens com a sua luz que resplandece no rosto da Igreja, anunciando o Evangelho a toda a criatura» (Lumen Gentium n.1).

É com estas palavras que começa a «Constituição Dogmática sobre a Igreja» do II Concilio do Vaticano. Desse modo, o Concílio mostra que o artigo de fé sobre a Igreja depende inteiramente dos artigos relativos a Jesus Cristo.

A Igreja não tem outra luz senão a de Cristo. Ela é, segundo uma imagem cara aos Padres da Igreja, comparável à lua, cuja luz é toda reflexo da do sol.” (1)

 

(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 748

Espírito Santo: “Fogo Devorador”

                                                         

Espírito Santo: “Fogo Devorador”

Contemplo-Te, Espírito Santo, que subvertes os planos humanos, como o fizestes em relação aos planos do Apóstolo Paulo, que deu tudo de si a serviço do Evangelho, a fim de que Jesus Ressuscitado fosse conhecido, amado e acreditado em todas as nações.

Contemplo-Te, “Fogo devorador”, que entras na vida de cada um de nós e não deixas para nós nenhum ângulo ou qualquer dobra do nosso espírito sem o esplendor de Tua Luz Divina, que ilumina e nos conduz em passos mais firmes e seguros em meio às obscuridades da vida.

Contemplo-Te e Te adoro, porque me transpassas pelo Teu Fogo que jamais se apaga, e me purifica, tornando-me transparente à Palavra Encarnada, Jesus Cristo, em plena fidelidade no testemunho do Reino de amor e vida do Pai, que a todos cria e recria por amor.

Contemplo e Te adoro presente na Eucaristia, o Pão da Eternidade, Pão Vivo descido do céu, pão de imortalidade, antídoto para que não morramos, destruindo nossos pecados, enriquecendo-nos com todas as virtudes, e enriquecendo nossa alma com todos os dons (1).

Contemplo e Te adoro, presente na Eucaristia, que é verdadeiramente um pedaço do céu que se abre, e os raios de glória da Jerusalém Celeste atravessam as nuvens da história e vem iluminar nossos caminhos (2), e assim as trevas se tornam claras como a luz do dia. Amém.

Fonte Atos dos Apóstolos (At 22,30; 23,6-11)
(1) Santo Tomás de Aquino
(2) Papa São João Paulo II

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG