“Um santo...”
“Um santo é um pecador de quem Deus teve misericórdia” (1)
(1)Essa frase é frequentemente atribuída a Santo Agostinho.
“Um santo...”
“Um santo é um pecador de quem Deus teve misericórdia” (1)
(1)Essa frase é frequentemente atribuída a Santo Agostinho.
“Presença universal”
Ao celebramos a Solenidade de todos os Santos, ouvimos a passagem do Evangelho de Mateus (Mt 5,1-12a), em que Jesus nos apresenta as Bem-Aventuranças, no alto da montanha.
Para reflexão e aprofundamento, e para bem celebrarmos, sejamos enriquecidos por este “Salmo” de Benjamin Gonzáles Buelta:
“Presença universal
Te anuncias na Palavra
e apareces no silêncio.
Manifestas Teu amor no dom da vida,
esgotas Tua entrega no dom de Tua morte.
És deslumbrante no prodígio do dia,
nos fascinas no mistério da noite.
O cume de Tua criação são os homens mais santos,
e de Tua fidelidade, os homens mais perversos.
Expressão de Tua força libertadora, os oprimidos,
e de Tua paciência e respeito os opressores.
Inesgotável artista em todo o belo,
presença calada e forte no disforme.
Tuas possibilidades sem fim nos assinalam os gênios,
Teu questionamento solidário os homens quebrados.
Só nos revelarás Tua obra quando haja girado toda a história, / mas já podes iluminar de plenitude a fugacidade do instante.
Tu nos chamas sem fim desde o horizonte,
nos enches de Tua presença em cada canto do caminho.
Nunca Te agarrarei na cobiça da perfeição,
mas já transbordas de luz e futuro todo o meu limite.” (1)
(1) Benjamin González Buelta - “Salmos para sentir e saborear as coisas internamente”
A Ressurreição
de Cristo
“A Ressurreição de Cristo não foi um regresso à vida terrena, como no caso das ressurreições que Ele tinha realizado antes da Páscoa: a filha de Jairo, o jovem de Naim e Lázaro.
Esses fatos eram acontecimentos milagrosos, mas as pessoas miraculadas
reencontravam, pelo poder de Jesus, uma vida terrena «normal»: em dado momento,
voltariam a morrer.
A Ressurreição de Cristo é essencialmente diferente. No seu corpo ressuscitado, Ele passa do estado de morte a uma outra vida, para além do tempo e do espaço.
O corpo de
Cristo é, na ressurreição, cheio do poder do Espírito Santo; participa da vida
divina no estado da sua glória, de tal modo que São Paulo pode dizer de Cristo
que Ele é o «homem celeste» (1 Cor 15,35-50).”(1)
(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 646
Povo santo e pecador
“«Enquanto que Cristo, santo e inocente, sem mancha, não conheceu o pecado, mas veio somente expiar os pecados do povo, a Igreja, que no seu próprio seio encerra pecadores, é simultaneamente santa e chamada a purificar-se, prosseguindo constantemente no seu esforço de penitência e renovação» (Lumen Gentium n.8).
Todos os membros da Igreja, inclusive os seus ministros, devem reconhecer-se pecadores (1Jo 1,8-10). Em todos eles, o joio do pecado encontra-se ainda misturado com a boa semente do Evangelho até ao fim dos tempos (Mt 13,24-30).
A Igreja reúne, pois, em si, pecadores abrangidos pela salvação de Cristo, mas ainda a caminho da santificação:
A Igreja «é santa, não obstante compreender no seu seio pecadores, porque ela não possui em si outra vida senão a da graça: é vivendo da sua vida que os seus membros se santificam; e é subtraindo-se à sua vida que eles caem em pecado e nas desordens que impedem a irradiação da sua santidade.
É por isso que ela sofre e faz penitência por estas faltas, tendo o poder de curar delas os seus filhos, pelo Sangue de Cristo e pelo dom do Espírito Santo» (São Paulo VI).” (1)
(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 827