quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Embora rejeitado, amou-nos até o fim!

                                                                  


Embora rejeitado, amou-nos até o fim!

Um Ventre o Pai lhe preparou com todo carinho,
Com a participação de Maria, tão maravilhosamente,
Por obra do Espírito, a Igreja ensina e eu creio.
Ela O acolheu, quando o SIM ao Anjo os lábios pronunciaram.

Porque muito antes em Seu coração de mulher,
Um coração de Mãe Deus imaculadamente preparou,
Para acolhida do Verbo que Se fez Carne e, entre
Nós, humildemente veio, fez morada, habitou.

Mas para nascer, dos homens, em Sua cidade,
Acolhida simples de um leito e quarto não encontrou;
Teve a Sagrada Família, de pôr-se a caminho,
E somente nos pobres morada humilde encontrou.

Primeira rejeição: o Verbo encontrou,
Embora criança, ainda sem falar,
Revela a indiferença e frieza
Que os Seus lhes preparou.

Segunda rejeição: contemplamos no início de Sua missão.
Não é Ele o Filho de Maria, de José, não conhecemos Seus irmãos?
Como pode um filho de carpinteiro, um de nós,
Tantos sinais e coisas tão profundas sair de Seu coração?

Terceira rejeição: contemplamos ao dizer para que veio,
No Templo, confirmando as Palavras do profeta Isaías:
O Espírito do Senhor sobre Ele repousa, para os pobres evangelizar,
Mas não acreditaram, logo puseram a expulsá-Lo de seu meio.

Tendo tomado a firme decisão de ir para Jerusalém
Consumar a obra redentora, culminar Sua divina missão,
Na Samaria não acolhido em hospedagem e ainda, tão mansamente,
Palavras de reprovação ao desejo dos Apóstolos em Sua destruição.

Mas são tão apenas prelúdios da rejeição definitiva
Que lhe alcançará o amargo prêmio: a Cruz.
Que lhe alcançará doce ventura: Ressuscitar,
Com o Pai e o Espírito por todo o sempre Reinar.

Ó crudelíssimas rejeições pelo Amado encontradas!
Uma certeza no coração tinha e isto O movia,
Sem jamais ter desistido de comunicar tão grande Amor,
Fidelidade e entrega total de Sua vida realizou.

Sabia do Amor e do Projeto Redentor do Pai;
Sabia da presença do Espírito que O assistia.
Tinha também ao Seu lado tão maravilhosa presença:
Sua Mãe, tão amável, tão serena, tão temente - Maria!

Amemo-Lo, com toda alma, força e entendimento.
Jamais O rejeitemos e haveremos de vencer!
Vida, paz, alegria, luz, glória, eternidade teremos.
Mergulhemos no Amor Trino da Divina Trindade.

Acolhamo-Lo, em nós, como Deus, e no  pobre, 
com quem Se identificou!
Acolhamo-Lo sempre, para que por Ele um dia sejamos acolhidos!
Acolhamo-Lo no Mistério da Paixão e Morte,
E com Ele, também, a Ressurreição alcançaremos. Amém.

“Fidelidade Constante”

                                                       

“Fidelidade Constante”

Na fidelidade a Ti, Jesus, felicidade encontrarei.
Na fidelidade a Ti, Jesus, para sempre eu viverei.

Fidelidade aos Mandamentos da Lei Divina,
Ao Projeto de Amor tão belo e imensurável,
À Missão por Jesus a Igreja confiada,
Com o Sopro do Espírito, indispensável.

Fidelidade ao anúncio do Evangelho,
Aos Mistérios a serem celebrados,
E na vida de conteúdo acompanhados,
Frutos de eternidade são garantidos.

Fidelidade na construção do Reino,
Como servos inúteis, mas por Deus queridos.
Incansáveis, corajosos, ardorosos,
Porque pelo Paráclito assistidos.

Fidelidade na busca de um novo céu,
De uma nova terra em que tudo se renovará;
Nem mais dor, luto e pranto.
Ó que alegria! Quem do coração a roubará?

Fidelidade constante em tudo e em todas as circunstâncias,
Dentro da Igreja e em todos os âmbitos da vida,
Em todos os espaços, atividades e promessas feitas,
em todos os compromissos, renovada,  vivida.

Fidelidade às promessas feitas
No Sacramento do Matrimônio diante do altar.
Fidelidade, amor e aliança para sempre,
Com tua força e sabedoria que não hão de faltar. 

Fidelidade às promessas feitas
Na ordenação de Seus eleitos
Que os sagrados compromissos se renovem,
Pastor e rebanho mais santos e perfeitos.

Assim são as coisas divinas:
Exigem de nós a “fidelidade constante”,
Sem a cruz renunciar, no amor a Deus,
Que será o nunca bastante.

Fidelidade a Ti, Jesus,
Felicidade encontrarei.
Fidelidade a Ti, Jesus,
Para sempre eu viverei.

Amém. Aleluia!

Passagens bíblicas: Mt 19,3-12; Mc 10,1-12

Em poucas palavras...

                                              


Supliquemos...

 

Ó Deus, “dai-nos força para resistir à tentação, paciência na tribulação, e sentimentos de gratidão na prosperidade” (1). Amém.

 

(1)Prece da Liturgia das Horas

 

Em poucas palavras...

                                                         

            Com Jesus, somos mais que vencedores 

“Pois não há, amadíssimos, atos de virtude sem a experiência das tentações, nem fé sem prova, nem combate sem inimigo, nem vitória sem batalha”. (1)

Cinjamos nossos rins com a verdade, revistamos a couraça da justiça e tenhamos os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz.

Tenhamos como proteção constante, o escudo da fé, coloquemos o capacete da Salvação e com a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, e tão somente assim, venceremos as propostas sedutoras do Maligno (cf. Ef 6,10-20).

 

 (1) Papa São Leão Magno – séc. V

 

Indefinibilidade do amor...

                             

Indefinibilidade do amor... 

Assim conclui a reflexão do Missal Cotidiano, quando se proclama o trecho da Carta de São Paulo aos Romanos (Rm 13,8-10):

“O amor não se define, vive-se. Importa amar para ver claro. E se quisermos que algum outro veja claro, a única estratégia eficiente é amá-lo sem condições, como a nós mesmos. Deus é Aquele que ama primeiro: ama-nos antes de nós mesmos...”

Lembramos as Palavras do Apóstolo aos Romanos: ”A caridade é a plenitude da lei” (Rm 13,10).

Também somos enriquecidos pelo seu memorável texto sobre o amor, que encontramos na Primeira Carta aos Coríntios 13.

Um texto indiscutivelmente inspirador de tantos outros, para cristãos ou não.

Remete-nos a Luís Vaz de Camões (1524-1580), grande poeta da língua portuguesa e sua ímpar poesia:

               “Amor é fogo que arde sem se ver;          
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?”


Lembramos “Monte Castelo”, do grupo Legião Urbana, que fez uma releitura musical dos textos acima!

Bíblia, poesia e música: que nossa alma se eleve para amar, sem procura de definições conceituais.

Amar na bela e plena medida como Cristo amou e nos ama...
Amor não se define, vive-se!

Contemplemos o amor que se concretiza
Em múltiplas expressões e relações.

Contemplemos o amor que se eterniza
Em versos, sonetos e belas canções.

Contemplemos o amor que nos eterniza,
Porque condição e meta do existir.

Contemplemos o amor, que nos nutre
E fortalece para tudo que há de vir!

Ah! indefinibilidade do amor!
Ah! inesgotabilidade do amor!

Sobretudo o amor de Nosso Senhor!
que possui o mais belo esplendor! Amém.

Em poucas palavras...

                                                           


 

Contemplemos o indizível Amor na Cruz de Cristo 

“Não aconteça que perante a Cruz de Cristo as pedras e os sepulcros sejam mais sensíveis que os vossos corações” (1)

 

 

(1) Papa São Leão Magno (séc. V)

A comunidade do Ressuscitado

                                             

A comunidade do Ressuscitado

Retomemos a passagem da Carta de Paulo aos Colossenses (Cl 1, 2b-6a ):

“A vós, graça e paz da parte de Deus nosso Pai. Damos graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, sempre rezando por vós, pois ouvimos acerca da vossa fé em Cristo Jesus e do amor que mostrais para com todos os santos, animados pela esperança na posse do céu. Disso já ouvistes falar no Evangelho, cuja Palavra de verdade chegou até vós. E como no mundo inteiro, assim também entre vós ela está produzindo frutos e se desenvolve”.

O Apóstolo saúda a comunidade com aquilo que é essencial em nossa vida: “graça e paz da parte de Deus nosso Pai”, para que vivamos nosso Batismo, irradiando a luz que nos foi acesa, sobretudo nas situações ou momentos mais obscuros e adversos.

A contínua oração do Apóstolo pela comunidade leva-nos a, também, intensificar nossas orações pelas comunidades que fazem parte de nossa história; comunidades por onde passamos e, sobretudo, aquelas em que estamos inseridos.

O Apóstolo ressalta as virtudes divinas que devem estar presentes em todas as comunidades: “a fé em Cristo Jesus”; “o amor que mostrais para com todos os santos”; “animados pela esperança na posse do céu”.

Por fim, a acolhida do Evangelho, como Palavra semeada nos corações dos ouvintes, deve produzir os frutos por Deus esperados, frutos abundantes e que permanecerão para sempre, pois, tão somente unidos a Jesus, e com a linfa vital do Espírito, estes frutos serão possíveis.

Firmemos nossos passos na caminhada de fé, como Igreja Missionária, enviada a proclamar a Boa-Nova do Evangelho de Jesus Cristo a todos os povos, em todos os lugares, sobretudo nos mais desafiadores e novos areópagos no mundo pós-moderno.

Quem sou eu

Minha foto
4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG