quarta-feira, 14 de maio de 2025

Em poucas palavras...

                                               


Amar a Deus é resposta a um dom

“Parece um paradoxo, mas é verdade profunda: para o homem, amar a Deus significa antes de tudo deixar-se amar por Ele, porque amar a Deus nunca é iniciativa do homem, mas sempre resposta a um dom.” (1)

 

(1)Missal Cotidiano - Editora Paulus - pág. 440

 

 

Em poucas palavras...

                                                            


As virtudes divinas

“Por estas (Cartas Paulinas), se as lerdes com atenção, sereis edificados na fé que vos foi dada. Ela é a mãe de todos nós (Gl 4,26), seguida pela esperança, precedida pela caridade em Deus, em Cristo e no próximo. Quem estiver envolvido por elas, cumpre o mandamento da justiça; pois quem tem a caridade mantém longe de si o pecado.” (1)

 

(1)       Bispo e Doutor da Igreja,  Santo Agostinho (séc. V)

Em poucas palavras...

 


Os sete dons do Espírito Santo

“Os sete dons do Espírito Santo são: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus. Pertencem em plenitude a Cristo, filho de David (Is 11,1-2). Completam e levam à perfeição as virtudes de quem os recebe. Tornam os fiéis dóceis, na obediência pronta, às inspirações divinas.

«Que o vosso espírito de bondade me conduza pelo caminho reto» (Sl 143, 10). «Todos aqueles que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus […]; se somos filhos, também somos herdeiros: herdeiros de Deus, coerdeiros de Cristo» (Rm 8, 14.17).” (1)


 

(1)              Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 1831

Em poucas palavras...

 


A virtude da esperança

“A virtude da esperança corresponde ao desejo de felicidade que Deus colocou no coração de todo o homem; assume as esperanças que inspiram as atividades dos homens, purifica-as e ordena-as para o Reino dos céus; protege contra o desânimo; sustenta no abatimento; dilata o coração na expectativa da bem-aventurança eterna. O ânimo que a esperança dá preserva do egoísmo e conduz à felicidade da caridade.” (1)

 

(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 1818

Em poucas palavras...

                                                           


A caridade: virtude teologal

“A caridade é a virtude teologal pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas por Ele mesmo, e ao próximo como a nós mesmos, por amor de Deus”. (1)

 

(1)Catecismo da Igreja Católica – n. 1822

São Matias: testemunha viva da Ressurreição do Senhor

                                                      

São Matias: testemunha viva da Ressurreição do Senhor

Na Missa da Festa de São Matias, no dia 14 de maio, ouvimos a passagem do Evangelho de João ( Jo 15,9-17), que assim se inicia - Naquele tempo, disse Jesus aos Seus discípulos: ‘Assim como o Pai me amou, também Eu vos amei’” (Jo 15,9); e concluída com as palavras de Jesus – Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros” (Jo 15,17).

Mais uma vez, voltamos ao essencial na vida dos discípulos missionário do Senhor: O Novo mandamento do Amor que Ele nos deu.

Sejamos enriquecidos pelo Comentário do Missal Quotidiano e Dominical:

“Amar e ser amado: é o desejo mais profundo, a necessidade mais vital do homem e da mulher, desde a sua mais tenra idade e em todas as épocas da sua vida.

Mas o que é o amor? Já se deram muitas respostas – ou, mais exatamente, muitas tentativas de resposta – sem, no entanto, se ter chegado a nenhuma que satisfizesse por completo.

O amor, como a vida escapa a todo o esforço de definição que pretenda exprimir plenamente a sua natureza própria, irredutível a qualquer outra. Por outro lado, a palavra ‘amor’ é uma das mais conspurcadas; a busca de amor pode, inclusivamente, levar por caminhos que conduzem à depravação e, até, ao crime”. (1)

De fato, amar e ser amado consiste no desejo mais profundo de todos nós, e por isto o Mandamento do Senhor haveremos de cumprir, pois podemos amar, pois Ele nos amou primeiro.

Fomos por Deus amados para amar, como nos falou João em sua Carta – “Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele que nos amou e nos enviou o Seu Filho como vítima de reparação pelos nossos pecados” (1 Jo 4,10), e ainda: “Nós amamos porque Ele nos amou primeiro”(1 Jo 4,19).

Esta é a lógica do amor cristão, que tem em sua origem a gratuidade de Deus, que nos ama sem limites, livre e obstinadamente, e esta expressão maior se deu na Cruz.

O amor que o Senhor viveu e nos deu como Mandamento, é um amor chamado a se tornar comunhão, solidariedade, partilha:

“Trata-se de um amor recíproco na linha da fidelidade obstinada e sem arrependimentos, um amor que faz com que a pessoa exista enquanto participante do mesmo amor de Deus. Então o amor fraterno é já lugar de salvação, é já experiência de Deus, é o caminho que subtrai o homem à solidão e à morte. O amor basta-se a si mesmo” (2).

Viver esta lógica é viver o amor até à Cruz, como o Senhor viveu, a lógica do dom de Si sem medida, dom incondicional: um amor que não fala, simplesmente ama.

Uma frase atribuída a Santo Agostinho que sintetiza bem o que se disse: “A medida do amor é amar sem medida”

Concluindo, voltemos mais uma vez ao diálogo do mestre com seu discípulo, escrito pelos padres do deserto, sobre o amor:

“Perguntaram-lhe a um grande mestre:
Quando o amor é verdadeiro? 
Quando é fiel – foi a resposta.

E quando é profundo? 
Quando é sofredor – foi a resposta.

E como fala o amor? 
A resposta foi:
O amor não fala.
O amor ama”. (3)
     

(1) Missal Quotidiano e Dominical – Editora Paulus – Lisboa – 2012 – p.771
(2) Lecionário Comentado – volume Quaresma / Páscoa – Ed. Paulus – 2011 – p. 560.
(3) Teologia da Ternura – “Um Evangelho a descobrir” – Ed. Paulus – 2002 – p.72

São Matias, testemunha do amor autêntico

                                                                    

São Matias, testemunha do amor autêntico

Na Festa de São Matias, ouviremos a passagem do Evangelho de João (Jo 15,9-17), e mais uma vez contemplamos o Amor de Deus, manifestado na Pessoa, Palavras e gestos de Jesus, o Novo Mandamento que Ele nos deu.

Nossa comunidade é convidada a viver o essencial: o Mandamento do Amor; constituindo-se como a comunidade do amor e que vive do amor, anunciando, dialogando, servindo e testemunhando a Salvação de Deus que se destina a todos os povos.

O testemunho de amor vivido pela comunidade tornará convincente e plausível o anúncio do Evangelho. A caridade vivida, dia após dia, aceitando e enfrentando as contradições da vida, com a determinação de superação, conscientes de que somente o amor está em condições de dar sentido e significado, a cada fato, a cada momento.

A passagem do Evangelho está num contexto de despedida, em que Jesus dá as coordenadas finais aos Seus discípulos: o Mandamento do Amor. Quer assegurar Sua eterna presença, encorajando e enchendo o coração dos discípulos de esperança.

O caminho do discípulo é a união com Jesus e o Pai, com a Seiva do Amor que nos vem pelo Espírito. Ser discípulo de Jesus é estabelecer com Ele uma relação sincera, profunda de amor-amizade, que tem semente de eternidade.

Os discípulos, portanto, vivem no amor que os faz homens novos; empenham-se pela libertação própria e do outro. 

São, por natureza, alegres e entusiasmados. É preciso que nos sintamos amados por Deus, que é a fonte inesgotável de Amor, como discípulos missionários, amigos de Jesus.

Quando amamos e guardamos o Mandamento de Deus, Ele permanece em nós e nós n’Ele.

Reflitamos:
- Sentimos a presença de Deus em nosso meio?
- Levamos a sério o Mandamento do Amor?

- Sentimo-nos amigos de Jesus?
- Somos homens novos?

- Qual é a verdade de nossa alegria, entusiasmo e paixão pelo Senhor e o Reino por Ele inaugurado?
- Estamos verdadeiramente comprometidos com a busca e a construção de um mundo novo?

- Por amor a Jesus, nos comprometemos com a vida da humanidade, em todos os âmbitos e espaços?
- Empenhamo-nos, com entusiasmo, como amigos de Jesus?

- Amamo-nos como membros vivos da comunidade?
- Somos uma comunidade que testemunha e faz transparecer o Amor de Deus?

Concluindo, a comunidade deve ter um rosto, deve ser como um "cartaz vivo" do Amor de Deus, um amor em sua expressão máxima: o amor de Cruz, da Cruz, pela Cruz, na Cruz.

Muito mais que uma humanidade que anseia por Deus, é Deus que anseia pela humanidade, em compaixão Se encontrando naquela Cruz. 

Não é a humanidade que procura e ama a Deus, mas é, antes, e desde sempre, Deus quem procura apaixonadamente a humanidade, vai ao seu encontro, descendo ao abismo da mansão dos mortos para nos resgatar. O Amor de Deus tudo suporta.

Amor pela Fonte de Amor, Jesus, que em Amor incondicional, incrível, extremo, não fugiu da Cruz (doação, entrega, fidelidade, redenção...), a mais bela de todas as lições que devemos aprender, permanentemente. 

Fonte: www.Dehonianos.org/portal

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG