quarta-feira, 14 de maio de 2025

O Senhor é a nossa luz! Não há porque temer

                                             

O Senhor é a nossa luz!  Não há porque temer

A Liturgia da Palavra da quarta-feira da 4ª Semana da Páscoa nos apresenta as seguintes Leituras: At 12,24-13,5a; Sl 66,2-3.5-8 e Jo 12,44-50.
  
Na passagem do Evangelho, Jesus Se apresenta como a luz do mundo, enviado pelo Pai. É esta luz que Barnabé e Saulo (primeira Leitura) foram escolhidos e enviados para anunciar.
  
Oportuna esta afirmação para aprofundarmos nossa reflexão:

“É nos pedido que acreditemos que Jesus está do nosso lado: Não vim condenar o mundo, mas para salvar o mundo” (Jo 12,47). Rejeitando esta âncora de Salvação, não podemos deixar de nos condenarmos a uma existência insatisfeita, autoexcluindo-nos da alegria.
  
Pode acontecer que a espessura das trevas (rancores, inimizades, falhanços, frustrações) torne mais pesada a nossa vida a ponto de nos tornar incapazes de pronunciar mesmo só a palavra ‘acredito’: acredito em Vós, Jesus.
  
Nestas circunstâncias conforta-nos a certeza de que o Amor de Deus é de tal modo tenaz que consegue projetar um forte feixe de luz através de uma pequena fresta.
  
Jesus apoiou sem dúvida a sincera confissão de um pai: ‘Senhor, eu creio, mas ajuda a minha falta de fé’ (Mc 9, 24).” (1)
  
O Tempo Pascal é marcado pelo intenso e profundo transbordamento da alegria, como rezamos nas Orações e, de modo especial, no Prefácio da Santa Missa.
  
A alegria transborda no coração daquele que crê e não ruma mais em direção ao túmulo, mas para a Mesa da Páscoa, para a Mesa do Banquete da Eucaristia e da Palavra, no desejo de um dia contemplar a Face de Deus no Banquete Eterno e Celestial (1Jo 3,2b).
  
Sentimos a presença de Jesus ao nosso lado, como quando estava com os discípulos de Emaús. Estamos moldando a nossa vida pelo Mistério da Palavra proclamada. A cada Missa acolhendo e afirmando nossa fé na “ancora da Salvação”, o Cristo Ressuscitado, na escuta e testemunho de Sua Palavra.
  
A Páscoa traz sempre novo gosto pela vida. Nossas forças são renovadas, nossa existência ganha em beleza, plenitude de graça e luz, é nos cumulada no coração, para que em pequenos ou grandes sinais possamos comunicar e transbordar esta alegria que ninguém pode nos roubar.

A “espessura das trevas”, ou seja, a somatória dos sofrimentos, desafios, dificuldades pelas quais possamos passar, não serão mais fortes que a força que nos vem do Cristo Glorioso, Vitorioso, Ressuscitado.
  
Cremos que o Amor de Deus é sempre surpreendente. Quando já não parece mais haver esperança, Deus a faz renascer.
  
Quando a chama do amor parece se apagar, é reacesa e inflamada com a Chama Eterna do Fogo do Espírito. Quando a fé parece esmorecer e diluir pelo Mistério de Paixão e Morte, ressuscita, renova, fortalece, substancia-se, enormemente, no mais profundo de nossa alma e coração.
  
Acolhamos no mais profundo de nós o Amor de Deus tão tenaz (persistente, inextinguível e vigoroso...).
  
Na menor fresta que Deus possa encontrar na janela de nossa alma, que Ele invada com a luz do Seu Espírito, para que vivamos a vida nova daqueles que no Ressuscitado creem.

Firmemos nossos passos acolhendo a “âncora de nossa Salvação”, Jesus. O céu é possível para quem n’Ele viver e crer. 

Creio, Senhor, mas aumentai a minha fé...


(1) Lecionário Comentado – Editora  Paulus – Lisboa - pág. 506-509. 

terça-feira, 13 de maio de 2025

Conduzidos pela voz do Bom Pastor

                                                       


Conduzidos pela voz do Bom Pastor

                                “Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30)

Na terça-feira da 4ª Semana do Tempo Pascal, ouvimos a passagem do Evangelho de João (Jo 10,22-30).

No inverno, por ocasião da festa da Dedicação do Templo, ao passear por ele, no pórtico de Salomão, Jesus foi interrogado pelos judeus sobre quem Ele seria: “Até quando nos deixarás em dúvida? Se Tu és o Messias, dize-nos abertamente” (Jo 10,24).

Com a reposta de Jesus, vemos que o seu conhecimento não se dará por esclarecimentos racionais por mais lógicos que o sejam, ou discursos bem elaborados, mas a partir da fé n’Ele.

Esta fé é dom de Deus para reconhecê-Lo, e ao Seu rebanho pertencer.

Deste modo, aqueles que ao rebanho de Jesus pertencem, sabem que as obras que Ele faz são feitas em nome do Pai e d’Ele dão testemunho: “As minhas ovelhas escutam a minha voz, Eu as conheço e elas me seguem” (Jo 10,27).

A estas ovelhas pelo Pai a Jesus concedidas, Ele concede a vida eterna, de modo que jamais se perderão, porque, como o próprio Jesus diz: “Eu e o Pai somos um”.

Vivendo o Tempo Pascal, renovemos a nossa fé em Jesus Cristo Ressuscitado, que está em nosso meio, conduzindo-nos para verdes prados e águas cristalinas, pois Ele é nosso Bom Pastor.

A Ele busquemos de coração sincero, e com Ele, em diálogo permanente, na sua mais bela expressão, a oração, solidifiquemos nossa comunhão, para vivermos a graça do discipulado como ovelhas de Seu rebanho, atentos à Sua voz que nos fala os segredos do Reino e do amor do Pai, por meio do Seu Espírito.

Concluímos com as palavras de Anselmo, Bispo e Doutor da Igreja (séc. XII): 

“Ensinai-me a Vos procurar e mostrai-Vos quando Vos procuro; não posso procurar-Vos se não me ensinais, nem encontrar-Vos se não Vos mostrais. Que desejando eu Vos procure, procurando Vos deseje, amando Vos encontre,  encontrando Vos ame”.

Síntese da mensagem do Santo Padre Francisco para o LXI Dia Mundial de Oração pelas Vocações (2024)

 


Síntese da mensagem do Santo Padre Francisco para o
LXI Dia Mundial de Oração pelas Vocações
 
O LXI Dia Mundial de Oração pelas Vocações 2024, celebrado no quarto domingo de Páscoa, tem como o tema “Chamados a semear a esperança e a construir a paz”, com as marcas da sinodalidade: há muitos carismas e somos chamados a nos escutar reciprocamente e caminhar juntos para descobrir discernindo aquilo a que nos chama o Espírito para o bem de todos - “...no momento histórico presente, o caminho comum conduz-nos para o Ano Jubilar de 2025.
 
Caminhamos como peregrinos de esperança rumo ao Ano Santo, para, na descoberta da própria vocação e pondo em relação os diversos dons do Espírito, podermos ser no mundo portadores e testemunhas do sonho de Jesus: formar uma só família, unida no amor de Deus e interligada pelo vínculo da caridade, da partilha e da fraternidade.”
 
Em sua mensagem, o Papa Francisco nos convida a considerar o precioso dom da chamada que o Senhor dirige a cada um de nós, Seu povo fiel a caminho, pois dá-nos a possibilidade de tomar parte no Seu projeto de amor e encarnar a beleza do Evangelho nos diferentes estados de vida.
 
Dia favorável para recordar, com gratidão, diante do Senhor o compromisso fiel, cotidiano e muitas vezes escondido daqueles que abraçaram uma vocação que envolve toda a sua vida:
 
- mães e pais que não olham primeiro para si mesmos, nem seguem a tendência de um estilo superficial, mas organizam a sua existência cuidando das relações com amor e gratuidade, abrindo-se ao dom da vida e pondo-se ao serviço dos filhos e seu crescimento;
 
- aqueles que realizam, dedicadamente e em espírito de colaboração, o seu trabalho;
 
- aqueles que, em diferentes campos e de vários modos, se empenham por construir um mundo mais justo, uma economia mais solidária, uma política mais equitativa, uma sociedade mais humana, isto é, em todos os homens e mulheres de boa vontade que se dedicam ao bem comum;
 
- pessoas consagradas, que oferecem a sua existência ao Senhor quer no silêncio da oração quer na atividade apostólica, às vezes na linha de vanguarda e sem poupar energias, servindo com criatividade o seu carisma e colocando-o à disposição de quantos encontram;
 
- aqueles que acolheram a chamada ao sacerdócio ordenado, se dedicam ao anúncio do Evangelho, repartem a sua vida – juntamente com o Pão Eucarístico – pelos irmãos, semeiam esperança e mostram a todos a beleza do Reino de Deus;
 
- aos jovens, especialmente a quantos se sentem distantes ou olham a Igreja com desconfiança, exorta para que se deixem fascinar por Jesus Cristo.
 
Dia especial para elevar orações implorando ao Pai o dom de santas vocações para a edificação do Seu Reino: «Rogai ao dono da messe que mande trabalhadores para a Sua messe» (Lc 10, 2).
 
Pôr-se a caminho como peregrinos da esperança, cientes de que “...o  nosso caminho sobre esta terra nunca se reduz a uma labuta sem objetivo nem a um vaguear sem meta; pelo contrário, cada dia, respondendo à nossa chamada, procuramos realizar os passos possíveis rumo a um mundo novo, onde se viva em paz, na justiça e no amor. Somos peregrinos de esperança, porque tendemos para um futuro melhor e empenhamo-nos na sua construção ao longo do caminho.
 
Esta é a finalidade de cada vocação: “tornar-se homens e mulheres de esperança. Como indivíduos e como comunidade, na variedade dos carismas e ministérios, todos somos chamados a «dar corpo e coração» à esperança do Evangelho neste mundo marcado por desafios epocais: o avanço ameaçador duma terceira guerra mundial aos pedaços, as multidões de migrantes que fogem da sua terra à procura dum futuro melhor, o aumento constante dos pobres, o perigo de comprometer irreversivelmente a saúde do nosso planeta...”
 
Por isso, é decisivo “para nós cristãos, cultivar um olhar cheio de esperança no nosso tempo, para podermos trabalhar frutuosamente respondendo à vocação que nos foi dada ao serviço do Reino de Deus, Reino do amor, de justiça e de paz. Esta esperança – assegura-nos São Paulo – «não engana» (Rm 5, 5)
 
Como peregrinos da esperança e construtores de paz, fundar a própria existência sobre a rocha da ressurreição de Cristo, sabendo que todos os nossos compromissos, na vocação que abraçamos e levamos por diante, não caiem no vazio, com a necessária coragem de se envolver, despertados do sono e saindo da indiferença.
 
Concluo com as palavras do Papa Francisco - “Levantemo-nos, pois, e ponhamo-nos a caminho como peregrinos de esperança, para que também nós, como fez Maria com Santa Isabel, possamos comunicar boas-novas de alegria, gerar vida nova e ser artesãos de fraternidade e de paz.”

Quando o Coração de Jesus foi trespassado

                                                                

Quando o Coração de Jesus foi trespassado

Acolhamos o Sermão de São Pedro Crisólogo, Bispo (Séc. V), sobre a misericórdia de Deus, que alcançamos por meio do Coração trespassado de Jesus.

“Pela misericórdia de Deus, eu vos exorto, irmãos (Rm 12,1). Paulo exorta, ou melhor, é Deus que por intermédio de Paulo nos exorta, pois deseja ser mais amado que temido. Deus exorta-nos, porque quer ser mais Pai do que Senhor. Deus exorta-nos, pela Sua misericórdia, para não ter de nos castigar com o Seu rigor. 

Ouve como o Senhor exorta: Vede, vede em mim o vosso corpo, os vossos membros, o vosso coração, os vossos ossos, o vosso sangue. E se temeis o que é de Deus, por que não amais o que também é vosso? Se fugis do Senhor, por que não recorreis ao Pai?

Talvez vos perturbe a enormidade de meus sofrimentos causados por vós. Não tenhais medo. Esta Cruz não me feriu a mim, mas feriu a morte. Estes cravos não me provocam dor, mas cravam mais profundamente em mim o amor por vós. Estas Chagas não me fazem soltar gemidos, mas vos introduzem ainda mais intimamente em meu Coração.

O meu Corpo, ao ser estirado na Cruz, não aumenta o meu sofrimento, mas dilata os espaços do Coração para vos acolher. Meu Sangue não é uma perda para mim, mas é o preço do vosso resgate.

Vinde, pois, convertei-vos e pelo menos assim experimentareis a bondade do Pai, que paga os males com o bem, as injúrias com amor, tão grandes Chagas com tamanha caridade.

Ouçamos, porém, a insistência do Apóstolo: Eu vos exorto a vos oferecerdes em sacrifício vivo (Rm 12,1). Pedindo deste modo, o Apóstolo ergueu todos os seres humanos à dignidade sacerdotala vos oferecerdes em sacrifício vivo.

Ó inaudito mistério do sacerdócio cristão, em que o ser humano é para si mesmo vítima e sacerdote! O ser humano não precisa ir buscar fora de si a vítima que deve oferecer a Deus; traz consigo e em si o que irá sacrificar a Deus. Permanecem intactos tanto a vítima como o sacerdote; a vítima é imolada, mas continua viva, e o sacerdote que oferece o sacrifício não pode matar a vítima. 

Admirável sacrifício em que o corpo é oferecido sem imolação e o sangue sem derramamento! Pela misericórdia de Deus eu vos exorto a vos oferecerdes em sacrifício vivo.

Irmãos, este sacrifício é imagem do sacrifício de Cristo que, para dar a vida ao mundo, imolou o Seu corpo, permanecendo vivo; na verdade, Ele fez de Seu corpo um sacrifício vivo, porque tendo morrido, continua vivo. Num sacrifício como este, a morte teve a sua parte, mas a vítima permanece; a vítima vive, enquanto a morte é castigada.

Por isso, os mártires nascem com a morte, no fim da vida é que começam a vivê-la; com a sua imolação revivem e brilham agora nos céus os que na terra eram tidos como mortos.

Pela misericórdia de Deus, eu vos exorto, irmãos, a vos oferecerdes em sacrifício  vivo, santoÉ o que também cantava o Profeta: Tu não quiseste nem vítima nem oferenda, mas formaste-me um corpo (cf. Sl 39,7; Hb 10,5). (1)

Ó homem, sê tu sacrifício e sacerdote de Deus; não percas aquilo que te foi dado pelo poder do Senhor. Reveste-te com a túnica da santidade, cinge-te com o cíngulo da castidade; seja Cristo o véu de proteção da tua cabeça; que a cruz permaneça em tua fronte como defesa.

Grava em teu peito o sinal da divina ciência; eleva continuamente a tua oração como perfume de incenso; empunha a espada do Espírito; faze de teu coração um altar. E assim, com toda confiança, oferece teu corpo como vítima a Deus.

Deus não quer a morte, mas a fé; Ele não tem sede do teu sangue, mas do teu sacrifício; não se aplaca com a morte violenta, mas com a vontade generosa”.

Este Sermão marca profundamente nossa espiritualidade e nos desafia a corresponder ao Amor de Deus mais intensamente. 

Deus espera tão apenas esta contínua e decidida resposta de amor! Não há outro modo de melhor acompanhar nossos cantos e hinos de louvor!

Contemplemos a morte redentora do Senhor. Esta incrível História de Amor, de tal modo que nossos pensamentos não podem compreender, pois ultrapassa as medidas e capacidades humanas, bem como todas as categorias filosóficas, antropológicas etc.

Num mundo marcado pela crueldade e violação da vida, o Mistério de Amor foi jorrado, quando a lança atravessou-lhe o Coração!

Extasiemo-nos diante deste Amor sem medida, um Amor que por Amor nos amou, para que todos tivéssemos vida!

Viver é nada mais, nada menos do que ao Amor de Deus se abrir e corresponder, e vida nova, vida plena, tão somente assim, haveremos de ter, expressão no amor, doação e serviço.

Quando o Coração de Jesus foi trespassado,
Tudo foi redimido, tudo foi renovado,
Em Seu coração fomos mergulhados.
Amém!   


(1) Liturgia das Horas - Volume Quaresma/Páscoa - pág. 695-696    

segunda-feira, 12 de maio de 2025

Oração a Nossa Senhora Aparecida (Papa Bento XVI)

 


Oração a Nossa Senhora Aparecida (Papa Bento XVI)

"Mãe nossa, protegei a família brasileira e latino-americana!

Amparai, sob o vosso manto protetor, os filhos dessa Pátria querida que nos acolhe,

Vós que sois a Advogada junto ao vosso Filho Jesus, dai ao Povo brasileiro paz constante e prosperidade completa,

Concedei aos nossos irmãos de toda a geografia latino-americana um verdadeiro ardor missionário irradiador de fé e de esperança,

Fazei que o vosso clamor de Fátima pela conversão dos pecadores, seja realidade, e transforme a vida da nossa sociedade,

E vós que, do Santuário de Guadalupe, intercedeis pelo povo do Continente da esperança, abençoai as suas terras e os seus lares. Amém". (1)

 

(1) Oração à Nossa Senhora Aparecida rezada pelo Papa Bento XVI em 2007, quando da sua visita ao Brasil.

Sejamos conduzidos pelo Bom Pastor

                                                        

Sejamos conduzidos pelo Bom Pastor

Na segunda-feira da quarta Semana da Páscoa, ouvimos a passagem do Evangelho de João (Jo 10,1-10), em que Jesus é nos apresentado como o Bom Pastor que conduz a humanidade às pastagens verdejantes e às fontes cristalinas de onde brota vida em plenitude.

A imagem do Bom Pastor nos remete ao Livro do Profeta Ezequiel (Ez 34), e nos traz uma mensagem catequética de que a promessa de Deus se cumpriu em Jesus Cristo. O Bom Pastor, esperado e prometido por Deus, agora encontra-Se presente no meio da humanidade.

Esta presença é recusada pelas autoridades de Seu tempo (cf. Jo 9), quando Jesus cura o cego de nascença.

As autoridades religiosas não somente preferiram continuar nas trevas da autossuficiência, como também impediram o Povo que lhes foi confiado de descobrir a luz libertadora que Jesus tinha para oferecer:

“Jesus não usa meias Palavras: os dirigentes judeus são ladrões e bandidos (cf. Jo 10,1), que se servem das suas prerrogativas para explorar o Povo (ladrões) e usam a violência para o manter sob a sua escravidão (bandidos).

Aproximam-se do Povo de Deus de forma abusiva e ilegítima, porque Deus não lhes confiou essa missão (“não entram pela porta”): foram eles que a usurparam. O seu objetivo não é o bem das “ovelhas”, mas o seu próprio interesse”. (1)

Diferentemente, Jesus estabelece com as pessoas uma relação pessoal de Amor e proximidade. Suas ovelhas reconhecem a Sua voz e O seguem, porque encontram segurança, liberdade e vida definitiva.

Jesus não somente caminha diante das ovelhas, mas Se fez o próprio Caminho (Jo 14, 6), estabelecendo uma relação de respeito à dignidade de cada um, à sua individualidade.

Relaciona-Se de forma humana, tolerante, amorosa e que também deve ser vivida pelo Seu rebanho, no cumprimento do Mandamento do Amor a Deus e ao próximo, de tal modo que se possa dizer: “tal Cristo, tal Pastor...”, numa coerência entre o crer, pregar e viver.

O rebanho reconhece a Sua voz e não se deixa seduzir pelo “canto da sereia”.

Jesus também diz que Ele é a “Porta”, e quem por ela entrar será salvo. Passar por esta Porta é encontrar a liberdade desejada e a vida em plenitude, numa total e incondicional adesão a Ele e seguimento até o fim, acolhendo e vivendo a Sua proposta, numa vida marcada pela doação, entrega e serviço por amor.

Renovemos a alegria de pertencermos ao rebanho do Senhor, com maior solicitude e fidelidade à Sua Voz para que nos empenhemos no caminho da santidade a serviço no mundo e na Igreja.

Oremos:

“Deus eterno e Todo-Poderoso, conduzi-nos à comunhão das alegrias celestes, para que o rebanho possa atingir, apesar de sua fraqueza, a fortaleza do Pastor. Por N. S. J. C. Amém”.


Mãe, O Senhor esteja contigo (Bênção)

                                          

Mãe, O Senhor esteja contigo

“O Senhor esteja diante de ti, para te mostrar o reto caminho.
O Senhor esteja ao teu lado, para te dar o braço e te apoiar.
O Senhor esteja atrás de ti, para te guardar das ciladas do mal.

O Senhor esteja debaixo de ti, para te segurar, quando caíres.
O Senhor esteja em ti, para te consolar, quando estiveres triste.
O Senhor esteja ao teu redor, para te defender, quando te atacarem.

O Senhor esteja sobre ti, para te abençoar.
Que o bom Deus te abençoe”. (1) 

(1) Sedulius Caelius, monge e poeta, século III.

Quem sou eu

Minha foto
4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG