domingo, 11 de maio de 2025

Amemos Cristo, o Bom Pastor, ponhamo-nos a caminho! (IVDTPC)

                                                                         


Amemos Cristo, o Bom Pastor, ponhamo-nos a caminho! 

         “Eu sou o Bom Pastor; conheço minhas ovelhas

e as minhas ovelhas me conhecem” (Jo 10,14) 

 

Sejamos enriquecidos à luz da reflexão escrita pelo Papa São Gregório Magno (séc. VI) sobre Jesus Cristo, o Bom Pastor.

 

“Eu sou o Bom Pastor. Conheço minhas ovelhas, isto é, Eu as amo, e minhas ovelhas me conhecem (Jo 10,14). 

É como se quisesse dizer francamente: Elas correspondem ao Amor d'Aquele que as ama. Quem não ama a verdade, é porque ainda não conhece perfeitamente. 

Depois de terdes ouvido, irmãos caríssimos, qual é o perigo que corremos, considerai também, por estas palavras do Senhor, o perigo que vós também correis. 

Vede se sois Suas ovelhas, vede se O conheceis, vede se conheceis a luz da verdade. Se O conheceis, quero dizer, não só pelo que credes, mas também pelas obras. 

O mesmo evangelista João de quem são estas palavras, afirma ainda: ‘Quem diz: Eu conheço Deus, mas não guarda Seus Mandamentos é mentiroso’ (1Jo 2,4). 

Por isso, nesta passagem do Evangelho, o Senhor acrescenta imediatamente:

‘Assim como o Pai me conhece, eu também conheço o Pai e dou minha vida por minhas ovelhas’ (Jo 10,15). 

Como se dissesse explicitamente: a prova de que Eu conheço o Pai e sou por Ele conhecido, é que dou minha vida por minhas ovelhas; por outras palavras, este amor que me leva a morrer por minhas ovelhas, mostra o quanto Eu amo o Pai. 

Continuando a falar de Suas ovelhas, diz ainda: Minhas ovelhas escutam a minha voz, Eu as conheço e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna (Jo 10,27-28). 

É a respeito delas que fala um pouco acima: Quem entrar por mim será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem (Jo 10,9). 

Entrará, efetivamente, abrindo-se à fé, sairá passando da fé à visão e à contemplação, e encontrará pastagem no banquete eterno. 

Suas ovelhas encontram pastagem, pois todo aquele que O segue na simplicidade de coração é nutrido por pastagens sempre verdes. 

Quais são afinal as pastagens dessas ovelhas, senão as profundas alegrias de um paraíso sempre verdejante? 

Sim, o Alimento dos eleitos é o rosto de Deus sempre presente. Ao contemplá-Lo sem cessar, a alma sacia-se eternamente com o alimento da vida. 

Procuremos, portanto, irmãos caríssimos, alcançar estas pastagens, onde nos alegraremos na companhia dos cidadãos do céu. Que a própria alegria dos bem-aventurados nos estimule. 

Corações ao alto, meus irmãos! Que a nossa fé se afervore nas verdades em que acreditamos; inflame-se o nosso desejo pelas coisas do céu. Amar assim já é pôr-se a caminho. 

Nenhuma contrariedade nos afaste da alegria desta solenidade interior. Se alguém, com efeito, pretende chegar a um determinado lugar, não há obstáculo algum no caminho que o faça desistir de chegar aonde deseja. 

Nenhuma prosperidade sedutora nos iluda. Insensato seria o viajante que, contemplando a beleza da paisagem, se esquece de continuar sua viagem até o fim”. (1)

Amemos Cristo, o Bom Pastor, ponhamo-nos a caminho!

Não ouçamos outras vozes que nos desviem da verdadeira felicidade, pois somente Ele é a porta da verdadeira realização de nossos sonhos e projetos, fonte da plenitude de alegria que celebramos na Páscoa, um Mistério de transbordamento de alegria. 

Amemos Cristo, o Bom Pastor, ponhamo-nos a caminho!

Não nos separemos do rebanho d’Ele, porque a Ele pertencemos, e não haverá ninguém e nada que possa nos fazer encontrar saciedade para nossa sede e fome de amor, vida e paz. 

Amemos Cristo, o Bom Pastor, ponhamo-nos a caminho!

Como família, multiplicando todo esforço necessário para santificá-la e edificá-la na solidez da Palavra ouvida e vivida, Lei maior do Amor, que por todos deve ser acolhida, pois o Mandamento do Amor, a Lei Divina vivida é a plenitude da caridade. 

Que a família seja uma escola de eternidade, onde se aprende a viver na terra o que esperamos encontrar nos céus: diálogo, comunhão, alegria, verdade, liberdade, sinceridade, transparência, luz, vigor de quem aprendeu na concretude das relações, o vigor e a saúde que brotam do perdão, da reconciliação. 

Amemos Cristo, o Bom Pastor, ponhamo-nos a caminho!

Fortalecendo nossos laços fraternos na comunidade, revigorando-nos na Mesa da Eucaristia, com mais sólidos e sinceros compromissos pastorais na participação da construção do Reino. 

Amemos Cristo, o Bom Pastor, ponhamo-nos a caminho!

Não há outro caminho. Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.

Ele é o Bom Pastor! A porta que se abre para nos introduzir nos céus, em verdes pastagens... Quem nelas não quer passear? Quem das Águas Cristalinas não quer beber? Quem do Banquete da Eternidade não quer se saciar? 

Inflamemos o nosso desejo pelas coisas do céu. 

Renovemos a alegria de pertencermos ao rebanho do Senhor. 

Coloquemo-nos diante da ternura, da acolhida, do amor, da voz do Bom Pastor, que nos interpela a novas atitudes, novos compromissos, imitando-O nos mais diversos pastoreios que Deus nos confia, tanto dentro como fora da Igreja: 

Na fidelidade ao Cristo Bom Pastor,
Sejamos conduzidos às verdes pastagens:
Da vida em abundância, da paz, do amor, da alegria,
Na fidelidade no carregar da Cruz a cada dia!

 
Seja inflamado nosso desejo pelas coisas do céu,
Procurando torná-las visíveis, possíveis aqui na terra...
Tão somente assim, o paraíso não será saudade de algo perdido,
Mas, de fato, um projeto, uma meta, um sonho a ser construído! 

Amemos Cristo, o Bom Pastor, ponhamo-nos a caminho, sem demora!  

 

 

(1) Liturgia das Horas – Volume Quaresma/Páscoa – Volume II - pág. 679-680  

 


Às Mães sedentas de Deus

                                                       

Às Mães sedentas de Deus

Mãe, seja Cristo, por Sua Ressurreição, a Luz de tua vida, assim como Deus iluminou pela coluna de fogo o Povo de Deus no deserto, na memorável libertação da escravidão do Egito.

Que esta Luz ilumine teus caminhos, ainda que obscuros sejam, com suas dificuldades e provações a serem superadas e vencidas.

Mãe, seja Cristo, por Sua Ressurreição, a Palavra de Vida, assim como pela voz de Moisés, Deus no Monte Sinai se manifestou e deu os preceitos para orientar e guiar o Seu Povo por novos caminhos.

Que esta Palavra também oriente e guie teus passos, para viver a sagrada e indescritível missão de ser mãe, sobretudo de semear a semente da Palavra divina no coração dos filhos.

Mãe, seja Cristo, por Sua Ressurreição, o Pão da Vida, assim como Deus alimentou seu povo peregrino com o maná no deserto.

Que este Pão da Vida sacie tua fome de amor, vida, alegria e paz, e revigorada, carregue com coragem e fidelidade a cruz de cada dia, até que um dia possas a glória do céu alcançar.

Mãe, que Cristo, por Sua Ressurreição, te conceda o Espírito que dá vida, assim como a água do rochedo que Deus deu de beber ao Seu povo no deserto.

Que o Espírito que dá Vida, te acompanhe todos os dias, enriquecendo-a com os sete dons: Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Temor e Piedade.

Mãe, como é bom tê-la como mãe, assistida cotidianamente pelo Espírito que vem para salvar, curar, ensinar, aconselhar, fortalecer, consolar, iluminar.

Não te digo parabéns, mas digo-te muito mais: te amo, Mãe, e receba cada palavra acima como uma pérola de um grande colar a te enfeitar. Amém.

PS: fonte inspiradora – Laudes da sexta-feira da quarta semana da Páscoa

Com você, mãe...

 


Com você, mãe...

Com você, descubro que a vida é como o mar,
Com coragem, aprendi em cada mergulho,
Que quanto mais profundo, mais novas descobertas.
 
Com você, aprendi que é preciso sabedoria,
Para fazer sábias escolhas,
e não cair em abismos irreversíveis.
 
Com você, superei  e venci desafios,
Que aparentemente pareciam montanhas
De subidas impossíveis, cume inalcançáveis.
 
Com você, em todo o tempo, a cada estação,
Contemplo em cada uma delas sua beleza,
Vivo cada momento, com fé, na alegria ou na tristeza.
 
Com você, aprendi a não ter medo do “escuro”,
Na certeza de que, no auge da escuridão,
Com Deus, sempre há  a luz de novo amanhecer.
 
Com você, enfrentei a aridez de desertos,
E aprendi que há sempre oásis na travessia,
De modo especialíssimo, a Santa Eucaristia.
 
Com você, caminho para a eternidade,
Crendo que o céu para quem crê é possível,
Se pela Palavra divina me deixar conduzir. Amém.
 

Mães nos dão suporte e segurança

                                                   


 

Mães nos dão suporte e segurança


Diante do altar, um vaso com belas flores,
E era que se podia ver, porque notável,
Mas havia algo que quase imperceptível:
 
Com o olhar poético, contemplei os pés dos vasos.
Um deles, era uma pedra suporte
Dando ao vaso equilíbrio e sustentação.
 
A pedra silenciosa e ocultamente ali, diante dos olhares,
Assim acontece, por vezes, com nossas mães:
No cotidiano, imperceptíveis, e silenciosas...
 
Nos garante em muitos momentos e situações
Equilíbrio e sustentação de nossos sonhos e projetos,
E de seus lábios ouvimos: “coragem, você vai conseguir”.
 
Naquela manhã, quando parecia eternizar um problema,
Que pareceria para sempre um imenso pesadelo,
Dela ouvimos: “o pesadelo há de passar, não deixe de sonhar.”
 
E em tantos outros momentos em nossa vida,
Ali se encontra, se reinventando e dando suporte,
Porque, muitas vezes, como vasos sem os pés nos sentimos.
 
Ser mãe, no silêncio, oculta aos olhares,
Mas com o olhar que não se fecha,
Às angústias e dores de um filho.
 
Mãe é como uma “pedra que dá suporte”
A um vaso quebrado, que por vezes o somos,
Ali sempre presente, nosso carinho e gratidão. Amém. 

Em poucas palavras... (IVDTPC)

                                                               


Fraqueza do rebanho, fortaleza do Pastor, Jesus.

 Oremos: 

“Deus eterno e Todo-Poderoso, conduzi-nos à comunhão das alegrias celestes, para que a fragilidade do rebanho chegue onde a precedeu a fortaleza do Pastor, Jesus Cristo. Ele que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém”.

 

 

(1) Oração do dia na Missa do quarto domingo da Páscoa

Ele reina, Ele vive... De que mais precisamos? (IVDTPC)

                                                           

Ele reina, Ele vive...
De que mais precisamos?

A Liturgia da Palavra do quarto Domingo de Páscoa (ano C), sobretudo a segunda Leitura (Ap 7, 9.14b-17) nos convida a refletir sobre a vitória do Cordeiro Imolado, Vencedor, Juiz e Senhor da História: Jesus Cristo, Aquele que o Seu Sangue derramou pela nossa redenção.

Sangue no qual os mártires, os Santos, vitoriosos, com palmas nas mãos, de roupa branca estão, porque alvejaram suas vestes no Sangue do Cordeiro. São com Ele mais que vitoriosos, porque assumiram o bom combate da fé, completaram a corrida, ofereceram a vida em libação (Tm 4, 6,), hoje se alegram copiosamente diante d’Aquele que é o Princípio e o Fim, que reina sobre tudo e sobre todos: Jesus Ressuscitado, Glorioso, ao lado do Pai, em comunhão com o Santo Espírito.

Glorificamos a Deus em Cristo, que Se fez Cordeiro para ser imolado e lavar-nos com Seu Sangue. Ainda mais, Se faz Pão para nutrir-nos, enquanto caminhamos para a graça de um dia vermos a verdadeira Face de Deus Pai, e para tanto contamos com a força do Espírito Santo.

Assim é Deus que nos ama, nos acompanha e nos fortalece. Oportunas são as palavras do Comentário do Missal deste Domingo do Bom Pastor:

“Imaginamos Deus rico e poderoso, e certamente o é, mas não do modo como pensamos; Sua riqueza não consiste em possuir, mas em dar, em empobrecer-Se; e não usa de Seu poder para impor-Se, mas para Se fazer aceitar.

A liberalidade do Filho manifesta como é o Pai, pobre por excesso de riqueza, transbordante de uma vida que não procura ter para Si, mas que derrama, com liberalidade e sem medida, sobre nós, através de Cristo; de fato, Ele dá Seu espírito sem medida (Jo 3,34).

Como exemplo desta generosidade, diz Paulo: Ele, que não poupou Seu próprio Filho, mas o sacrificou por todos nós, como poderá deixar de nos dar, com Ele, tudo mais? (Rm 8, 32).

Se Deus não recusa sacrificar aquilo que tem de mais caro, o próprio Filho, devemos compreender que Ele não Se poupa a Si mesmo, que, por nós, Se despoja do próprio ser e da própria vida, que Se dá a nós enquanto nos dá Seu filho.” (J. Moingt.)

Continuemos refletindo e contemplando o Ressuscitado, que é o Senhor da História, e cabe a Ele abrir o Livro dos sete selos, livro onde, simbolicamente, se encontra escrita a história humana, como nos fala o Livro do Apocalipse:

“Vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos e ouvi um dos quatro seres viventes dizendo, como se fosse voz de trovão: Vem! Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer. (Ap 6, 1-2)

Enriquece-nos conhecer o simbolismo destes selos, que nos fortalecem na fidelidade ao Senhor, no testemunho da fé.

1.o selo – O cavaleiro branco – é Cristo vitorioso, continuamente em combate contra tudo o que escraviza e destrói a humanidade.

2.o selo – O cavaleiro vermelho – simboliza a guerra e o sangue.

3.o selo – O cavaleiro negro – a fome e a miséria.

4.o selo – O cavaleiro esverdeado – a morte, a doença e a decomposição.

5.o selo – O fundo do quadro retrata os mártires que sofrem perseguições por causa de sua fé, e que continuamente clamam a Deus por justiça.

6.o selo – É o grande dia da ira em que se anuncia a intervenção de Deus na história para a destruição do mal.

7.o selo – O Dia do Senhor – a intervenção de Deus acontecida é garantia de libertação definitiva e vida em plenitude.

A Deus todo louvor, toda glória, pois o Ressuscitado está sentado no Trono, é o Pastor que nos conduz para as fontes de água viva, para a posse da plenitude dos bens definitivos, alcance da vida plena e felicidade eterna. Amém. Aleluia!

Fidelidade ao Bom Pastor (IVDTPC)

                                                                    


Fidelidade ao Bom Pastor 

“As minhas ovelhas escutam a minha voz,
Eu as conheço e elas me seguem” (Jo 10,27) 

Ó Deus de amor, como discípulos missionários do Bom Pastor, o Vosso Amado Filho, queremos escutar e pôr em prática a Palavra divina, contando com a presença e ação do Espírito Santo.

Firmai-nos na fidelidade nos passos do Mestre, Vosso Amado Filho, para segui-Lo, sem jamais desviar do Caminho, Verdade e Vida que é Ele próprio, nutridos pela Seiva do Amor do Santo Espírito.

Ajudai-nos, para que vivamos os dois rostos inseparáveis da fidelidade, que consiste no escutar e seguir, como assim ela se fez presente na Comunhão Trinitária de Amor.

Consolidai-nos na fé, com coragem e firmeza necessárias, sobretudo nos momentos adversos que vivemos, ou de perseguições que possam ocorrer, dando razão da esperança e vivendo, acima de tudo, a caridade. Amém.

 

Fontes inspiradoras:
- Passagem do Evangelho de São João (Jo 10,22-30)
- Lecionário Comentado – volume Quaresma/Páscoa, Editora Paulus, 2011 - p.505

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