domingo, 27 de abril de 2025

A prática fecunda das Obras de Misericórdia (IIDTP)

                                                 


A prática fecunda das Obras de Misericórdia

Através da Bula “Misericordiae Vultus”, o Papa Francisco proclamou o Ano Santo Extraordinário da Misericórdia.

No parágrafo 15 da Bula – “O rosto da misericórdia” ­– o Papa nos convida a fazer a experiência de abrir o coração àqueles que vivem nas mais variadas periferias existenciais, que muitas vezes o mundo contemporâneo cria de forma dramática.

Fala das muitas feridas gravadas na carne daqueles que já não têm voz, porque o seu grito foi esmorecendo e se apagou por causa da indiferença dos povos ricos.

Exorta a Igreja para cuidar destas feridas, aliviando-as com o óleo da consolação, e enfaixando-as com a misericórdia, tratando-as com a solidariedade e atenção.

É preciso que não caiamos na indiferença que humilha, na habituação que anestesia o espírito e impede de descobrir a novidade, no cinismo que destrói.

Por fim, nos convida a refletir sobre as Obras de Misericórdia Corporais e Espirituais acordando nossa consciência, muitas vezes adormecida perante o drama da pobreza, entrando, de fato, no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina.

Na fidelidade a Jesus e ao Evangelho, é preciso redescobrir as Obras de Misericórdia Corporais (dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, dar assistência aos enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos), que por sua vez não se separam das Obras de Misericórdia Espirituais (aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as fraquezas do próximo, rezar a Deus pelos vivos e defuntos).

Praticando as Obras de Misericórdia, reconhecendo Jesus presente nos “mais pequeninos”, a Sua carne se torna de novo visível como corpo martirizado, chagado, flagelado, desnutrido, em fuga... Citando São João da Cruz, nos fala do julgamento final: “Ao entardecer desta vida, examinar-nos-ão no amor”, logo, o quanto vivenciamos Obras de Misericórdia Corporais e Espirituais”.

Completo a reflexão apresentando algumas passagens bíblicas que fundamentam ou explicitam a prática da misericórdia: Mt 25, 31-46; 1 Pd 3,8; Rm 12,8-15; 2 Cor 7,15; Fl 1,8; Fl 2,1; Cl 3,12; Hb 13,3). 

São Bento apresenta uma lista das obras que chamou de “instrumentos das boas obras” com um acréscimo: “Nunca desesperar da misericórdia divina” (Regra de São Bento IV, 74).

O Cardeal Walter Kasper nos adverte para um fato significativo: “as Obras de Misericórdia corporais nem, em especial, as espirituais têm a ver com a transgressão de preceitos divinos explícitos. Da mesma forma que no discurso de Jesus sobre o Juízo, aqui não se condena nenhum pecador que tenha assassinado, cometido adultério, mentido ou defraudado os outros. A condenação de Jesus não afeta contravenções dos Mandamentos de Deus, mas a omissão do bem” (1).

Sendo assim, o pecado pode ser cometido não somente como na violação dos Mandamentos de Deus, mas também pela omissão da prática do bem, o que permite afirmar que a misericórdia é algo mais do que a justiça, e é preciso que se faça a superação da autorreferência, que nos torna apáticos e nos cega para as necessidades corporais e espirituais dos outros, e com isto, a necessidade de vencer a dureza de coração perante o chamamento de Deus, que nos chega através do encontro com a necessidade dos demais. (2)

Finalizando, o Cardeal adverte que as Obras de Misericórdia Corporais e Espirituais não são ingênuas nem tão pouco caprichosas, porque interpelam frente a quatro classes de pobreza:

1)    Pobreza física ou econômica: é a de mais fácil compreensão, pois se trata de não ter um teto nem nada na panela com que saciar a fome e a sede. É carecer de roupa e de abrigo para a proteção das inclemências do tempo. Além do desemprego, as enfermidades, incapacidades graves no tratamento e cuidados médicos adequados;

2)  Pobreza cultural: analfabetismo; ausência ou escassez de oportunidades de formação; carência de oportunidades de futuro e exclusão da vida social e cultural;

3) Pobreza relacional que considera a pessoa com um ser social: manifestada na solidão e introversão; morte do cônjuge. Falecimento de familiares ou amigos. Dificuldades de comunicação; exclusão da comunicação social (por culpa própria ou por imposição externa); discriminação e marginalização até ao isolamento por encarceramento ou desterro;

4) Pobreza espiritual ou anímica: desorientação; vazio interior. Desconsolo e falta de esperança; desespero no que se refere ao sentido da própria existência; confusão moral e espiritual até chegar ao abandono da alma. (3)

Com esta exposição, compreendemos melhor as Obras de Misericórdia Corporais e Espirituais, e no progresso contínuo de praticá-las, empenhando-nos para sermos misericordiosos como o Pai (Lc 6, 36). Somente a prática da misericórdia fará puro nosso coração, e assim poderemos, um dia, ver a face de Deus, como Ele nos falou no Sermão da Montanha:

“Bem-Aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia... Bem-aventurados os puros de coração porque verão a Deus” (Mt 5, 7-8).

Obras de Misericórdia Corporais e Espirituais, compreendidas e vividas, nos apresentam o caminho para a construção de um novo céu e uma nova terra, porque não nos acomoda, e assim, nos sentimos incomodados e interpelados pelos clamores dos pequeninos, com os quais o Senhor Se identificou e Se solidarizou, na mais bela página de misericórdia da história da humanidade.


(1) Cf. “A misericórdia" - Cardeal Walter kasper - Ed. Loyola - pp. 177-178.
(2) Idem - p. 178

(3) Idem - pp. 178-179.

PS: O Ano Santo da Misericórdia, proclamado pelo Papa Francisco, teve início em 08 de dezembro de 2015 e foi concluído no dia 20 de novembro de 2016, com a Solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo.

Oportuno para a Liturgia do dia de Finados quando se proclamar a passagem do Evangelho de Mateus (Mt 25,31-46).

A incredulidade de Tomé e a nossa, curai, Senhor (IIDTP)

 


A incredulidade de Tomé e a nossa, curai, Senhor

“Bem-aventurados os que creram sem terem visto”

Sejamos enriquecidos pelo Comentário sobre o Evangelho de São João Escrito por São Cirilo de Alexandria (séc. V): 

“Tomé, resistindo a crer em um primeiro momento, foi pronto na confissão, e em um instante foi curado de sua incredulidade. De fato, haviam transcorrido somente oito dias, e Cristo removeu os obstáculos da incredulidade ao mostrar-lhe as cicatrizes dos cravos e Seu lado aberto.

Após ter entrado milagrosamente através das portas fechadas - milagrosamente, já que todo corpo terreno e extenso busca uma entrada adequada ao mesmo, e para entrar requer um espaço em proporção à sua magnitude -, nosso Senhor Jesus Cristo com toda a espontaneidade descobriu Seu lado para Tomé e lhe mostrou as chagas impressas em Sua carne, confirmando, a propósito de Tomé, a fé de todos os crentes.

Somente de Tomé se diz que afirmou: Se não vejo em Suas mãos o sinal dos cravos, se não meto o dedo no furo dos cravos, e não meto a mão em Seu lado, não crerei. Porém, o pecado da incredulidade era, de certo modo, comum a todos, e sabemos que o entendimento dos demais discípulos não esteve livre de dúvidas, apesar de afirmarem a Tomé: Vimos o Senhor.

E como não acabavam de crer pela alegria, e continuavam atônitos, Cristo lhes disse: Tendes aqui algo para comer? Eles lhe ofereceram um pedaço de peixe assado e um pouco de mel. Ele o tomou e comeu diante deles. Vês como a dúvida da incredulidade não fez unicamente presa em Tomé, mas que este vírus atacou também o entusiasmo dos demais discípulos?

Portanto, a admiração tornava os discípulos lentos na fé. Mas, na realidade, para quem observa e vê, não existe desculpa alguma de incredulidade; por isso Tomé fez uma correta confissão quando disse: Meu Senhor e meu Deus!

Jesus lhe disse: Tomé, creste porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto. Esta expressão do Salvador está cheia de uma singular providência e pode ser-nos de grande utilidade. Realmente, também nesta ocasião Cristo visava o bem de nossas almas, porque Ele é bom e quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade, conforme está escrito. Tudo isso é digno de admiração.

Portanto, era mister tolerar com paciência as reservas de Tomé e aos outros discípulos que acreditavam que Ele era um espírito ou um fantasma, e, para oferecer ao mundo inteiro a credibilidade da fé, mostrar os sinais dos cravos e a chaga do lado e, também, se alimentar fora do que estava acostumado e sem necessidade nenhuma, a fim de eliminar completamente todo motivo de incredulidade naqueles que buscavam provas para sua própria utilidade.

Mas aquele que aceita o que não vê e crê ser verdade o que o doutor lhe comunica, este demonstra uma adesão fervorosa ao pregador. Por isso se declara bem-aventurado a todo aquele que assente com a fé mediante a pregação dos Apóstolos que, ao dizer de Lucas, foram testemunhas oculares das obras e ministros da palavra. A eles nós devemos obedecer, isto se realmente aspiramos à vida eterna e estimamos o que realmente vale habitar nas moradas eternas.” (1)

Vivendo o Tempo Pascal, temos a graça de renovar a nossa fé no Cristo Ressuscitado, presente e caminhando conosco, embora não O vejamos.

Com a ação e presença do Espírito Santo, seja renovada a alegria de sermos discípulos missionários do Senhor, caminhando na esperança de que um dia possamos contemplar a face de Deus, e de Seu Filho, Jesus Cristo Ressuscitado, sentado à Sua direita, e virá para julgar os vivos e os mortos, como professa a nossa fé

 

(1) Lecionário Patrístico Dominical - Editora Vozes - 2013 - pp. 346-347

Crer no Ressuscitado é certeza de paz! (IIDTP)

Crer no Ressuscitado é certeza de paz!

A Liturgia do 2º Domingo da Páscoa nos apresenta temas riquíssimos:

- Eucaristia;
- Domingo como dia do Senhor;
- A presença de Jesus é a certeza da plenitude da paz;  
- Missão dos seguidores do Ressuscitado;
- A presença do Espírito na vida e missão da Igreja.

Crer no Ressuscitado é ser apóstolo da paz, mensageiro da alegria.

A paz verdadeira brota de relações de amor que os seres humanos estabelecem em tríplice harmonia: com Deus, nas relações mútuas e finalmente com seu próprio corpo e cosmos.

A Paz é uma totalidade de luz, que para ser alcançada é um imperativo a constante reaprendizagem do amor, de modo que, a recusa do amor é impedimento para a paz, a paz é encontro e amadurecimento.

É semeadura e cuidado permanente da semente para que frutos de harmonia, serenidade, tranquilidade, confiança, alegria, enfim, todo bem se multiplique.

As Chagas do Ressuscitado nos comprometem com as chagas dos crucificados de hoje.

Para que realizemos o Projeto de Jesus é preciso superar todo medo, enfrentar toda perseguição, pois ela é o selo da autenticidade de nossa fé e fidelidade ao Senhor e Sua proposta.

Somos chamados a renovar nossa confiança na presença do Ressuscitado e na esperança de ver sinais de morte se transformando em sinais de vida.

A comunidade dos que se encontram ao redor da Palavra e da Eucaristia é o lugar privilegiado da presença e do encontro com Jesus Vivo e Ressuscitado.

Três distintivos de uma comunidade pascal e eucarística: a unidade, a partilha e a atividade (prolongamento da ação do Ressuscitado).

A centralidade de Jesus na vida da Igreja, e de todos nós que N’Ele cremos, é certeza de que frutos abundantes serão produzidos.

A presença do Ressuscitado traz o sopro do Espírito, e com Ele a missão, o envio, o perdão, o compromisso com o Reino..

Vemos ao longo do Evangelho que nada pode impedir a ação do Ressuscitado, nada pode impedir a ação da Igreja!

Reflitamos:

- Como dou testemunho de Jesus Vivo e Ressuscitado?
- Que lugar o Ressuscitado ocupa em minha vida?

- Que lugar Ele ocupa na Vida da comunidade que participo?
- O que significa a Eucaristia em minha vida?

- Domingo é, de fato, o Dia do Senhor para mim?

Que a presença, a paz e a alegria do Ressuscitado
transbordem em nosso coração!
Aleluia!

“Vimos o Senhor!” (IIDTP)


“Vimos o Senhor!”

Contemplamos a experiência de quem
crê e vê a presença do Ressuscitado
agindo ao longo da História.

Celebramos o Tempo Pascal e o transbordamento da alegria que nos vem da vitória do Ressuscitado, que padeceu o suplício da Paixão, viveu o ápice da agonia da alma e do corpo (no Getsêmani e no carregar da Cruz, uma página cruenta por nós conhecida de flagelo, agonia e dor), culminando com Sua morte no calvário.

Com a Ressurreição de Jesus, a confirmação de que o Amor de Deus tem sempre a última palavra: a vida venceu a morte! O Amor por Ele vivido desatou todas as amarras do ódio, da maldade.

Sua ternura e bondade se sobrepuseram a todos os sinais de morte. Não é em vão, e não morre para sempre quem faz de sua vida total entrega, amor e doação.

Os discípulos, após o acontecimento da morte de Jesus, estavam de portas fechadas por medo dos judeus. Mas a presença do Ressuscitado, entrando mesmo com portas fechadas, colocando-Se no centro da comunidade, comunica o “Shalom”, a paz, sopra sobre eles o Espírito Santo e os envia em missão para serem instrumentos do amor e do perdão, para gerar um mundo novo, uma vida nova que somente o Ressuscitado pode oferecer (Jo 20, 19-31).

E, é neste contexto de Alegria Pascal que contemplamos a experiência de quem crê e vê a presença do Ressuscitado agindo ao longo da História, dentro e fora da Igreja, pois o Espírito de Deus é como o vento e sopra onde quer. Como os Apóstolos, dizemos: “Vimos o Senhor” (Jo 20,25)

Vimos a ação do Ressuscitado na piedosa, ativa e frutuosa celebração da Semana Santa, e os primeiros passos do início do Itinerário Pascal que culminará na Festa de Pentecostes.

Mas é preciso continuar a ver o Ressuscitado que se revela a cada de um de nós, desde que nos proponhamos a fazer a árdua travessia até a margem da eternidade, multiplicando sagrados compromissos sociopolíticos, ecológicos, humanos, filantrópicos, sempre defendendo a dignidade e a beleza da vida.

Haveremos de ver e reconhecer o Ressuscitado em cada Eucaristia celebrada, no Pão partilhado que nos impele para a missão, como discípulos missionários para que o Reino de Deus aconteça, e as relações entre nós sejam mais humanas, justas, solidárias e fraternas.

Veremos a ação e dinamismo da vida nova do Ressuscitado meditando e vivendo a “Alegria do Evangelho”, anunciando a Boa Nova do Reino na realidade atual, sem nos curvarmos diante de eventuais dificuldades e provações, com renovados compromissos batismais a serem vividos.

Que repitamos as palavras dos Apóstolos com mais coragem, alegria, confiança e esperança, em convicto e frutuoso anúncio e testemunho, com marcas de diálogo com o outro, no respeito às diferenças, dando à existência matizes pascais de amor e serviço, pois nisto consistiu a vida d’Aquele que não conseguiram calar a voz, Jesus. Sua Palavra e voz continuam fazendo arder nosso coração e Sua presença é reconhecida em cada gesto de amor e partilha.

“Vimos o Senhor” na exata medida em que Ele disse a Tomé: “Porque viste, creste. Felizes os que não viram e creram!” (Jo 20,28).

Cremos e caminhamos com o Senhor Ressuscitado (IIDTPA)

Cremos e caminhamos com o Senhor Ressuscitado

Na quarta-feira de cinzas, iniciamos o itinerário quaresmal, em que fomos convidados à prática dos exercícios quaresmais (oração, jejum e esmola), a fim de vivermos o Tempo Quaresmal, como tempo de graça e reconciliação com Deus e com os irmãos.

No dia de jejum, no Brasil, iniciamos a Campanha da Fraternidade, a cada ano, com um o Tema e lema.

No primeiro Domingo da Quaresma (ano A), fomos com Jesus ao deserto, e com Ele aprender e revigorar nossas forças para vencermos as tentações fundamentais da existência humana (ter, ser e poder – acúmulo, privilégios e dominação, respectivamente): aprendemos que nem só de pão vive o homem, mas de toda Palavra que sai da boca de Deus; que somente Deus pode ser adorado.

No Domingo seguinte, subimos com Jesus ao Monte Tabor, e com Pedro, João e Tiago, vimos a manifestação antecipada de Sua glória, diante das testemunhas credíveis (Moisés e Elias), pois Jesus é o pleno cumprimento da Lei e dos Profetas, nestes dois mencionados. Deu esta graça da contemplação de Sua glória, para afastar o escândalo do iminente e aparente fracasso da cruz. Não há Glória sem o mistério da Paixão, morte e Cruz.

Dando mais um passo, aprendemos com a samaritana, naquele diálogo com Jesus à beira do poço de Jacó, que somente Ele, Jesus, tem a água que mata nossa sede, a sede de toda humanidade: sede de amor, alegria, dignidade, vida e paz. E, saciados pelo Senhor, nos tornamos missionários, anunciadores e testemunhas d’Ele, conduzindo muitos outros ao mesmo encontro e graça.

No quarto Domingo, Jesus cura o cego de nascença se revelando como a luz da humanidade. Somente Ele pode curar “nossas cegueiras”, nos introduzir na luminosidade divina. Somente pode nos comunicar o Seu Espírito, colírio para a nossa fé. Bem expressou o Bispo Santo Agostinho: “Os nossos olhos, irmãos, são agora iluminados pelo colírio da fé”.

No quinto Domingo da Quaresma, Jesus ressuscita seu amigo Lázaro, revelando-se como aquele que tem poder sobre a morte: “Eu sou a Ressurreição e a vida. Quem crer em mim, ainda que esteja morto, viverá” (Jo 11,25). Somente Jesus pode nos desatar nossas ataduras, nos fazer verdadeiramente livres, nos tirando dos “sepulcros” de tantos nomes, e nos conduzir devolver a vida e a liberdade.

Iniciando a Semana Santa, no Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, acolhemos Jesus em Jerusalém, com cantos, alegria, exultação. Acolhemos o Filho de Davi que veio inaugurar um novo Reino, mas de forma diferente: um rei pobre, despojado de tudo. Com ramos e cantos O acolhemos depositando n’Ele toda a nossa confiança, nossa entrega e fidelidade.

Com a Quinta-feira Santa, pela manhã, celebra-se, de modo especial neste dia, a Missa dos Santos Óleos (batismo, enfermo, crisma), com a renovação das promessas do Ministério Presbiteral diante do Bispo (em alguns lugares pode ser feita em outro dia, atendendo as necessidades e realidades de cada Diocese).

Neste mesmo dia, à noite, com iniciamos com a Santa Missa, o Tríduo Pascal. Celebramos na Missa a instituição da Eucaristia, o Novo Mandamento do Amor que o Senhor nos deu e o rito do lava-pés, aquele gesto que o Senhor fez naquela última ceia, como sinal de humildade, doação e serviço, que todos somos chamados a viver no dia-a-dia.

Na Sexta-Feira Santa, celebramos, às quinze horas, Sua Paixão e Morte: ouvindo a Palavra proclamada, adorando a Cruz e nos alimentando com a Eucaristia, consagrada na Missa da noite anterior, pois neste dia não celebramos a Missa.

É profundo recolhimento acompanhado de oração, jejum e penitência. Também temos encenações, Sermões, teatros que representam a Paixão do Senhor.

No dia seguinte, o Sábado Santo, em que não celebramos nenhum Sacramento, pois estamos esperando o anoitecer para celebrar a Vigília Pascal, a mãe de todas as vígilias, a antiquíssima vigília, como bem nos falou Santo Agostinho. 

Nesta Vigília temos a Bênção do fogo novo, o acender do Círio Pascal, sinal do Cristo Ressuscitado, a “Luz do Mundo”; a proclamação da Páscoa seguida da riqueza da proclamação da Palavra de Deus (7 leituras, Salmos respectivos, uma epístola e o Evangelho); a renovação batismal e a Liturgia Eucarística.

Quem desta Vigília participa, sente a escuridão ser invadida pela luz, a tristeza da morte do Senhor sendo superada com a alegria de Sua Ressurreição, alegria que transborda no coração e transparece no olhar de todos.

Ao amanhecer, temos o Domingo de Páscoa, e no Evangelho da amanhã, vemos Maria Madalena indo ao túmulo e não encontrando o corpo de Jesus, mas a pedra retirada do túmulo. Sai correndo ao encontro dos discípulos e comunica o que viu. Em seguida Pedro e o discípulo que Jesus amava vão também ao túmulo e confirmam que Jesus está vivo – “De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual Ele devia ressuscitar dos mortos” (Jo 20,9).

Com a riqueza da Palavra deste dia, podemos sintetizar em sete verbos a serem conjugados e vividos: amar, correr, ver, acreditar, anunciar, testemunhar e buscar. Quem ama corre ao encontro do Senhor; vê os sinais de Sua presença e Ressurreição, acredita piamente; e como discípulo missionário, anuncia e testemunha Sua Palavra, a Boa-Nova do Reino, buscando as coisas do alto, onde Deus habita, os valores sagrados do Reino, que devem orientar e iluminar nossa vida, para que tenhamos, agora, vida plena e feliz, e, um dia, a glória da eternidade.

Na Missa do entardecer deste mesmo dia, pode ser proclamado a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 24,13-35), sobre a caminhada de Jesus com os discípulos de Emaús: Jesus caminha com os discípulos que retornavam derrotados para Emaús, explica-lhes as Escrituras, fazendo arder seus corações. Atendendo ao pedido de ambos, pois já entardecia, fica com eles, parte o Pão com eles, e enfim é reconhecido como a presença Viva do Ressuscitado: corações que ardem, olhos que se abrem! Assim se dá em cada Eucaristia que celebramos.

No segundo Domingo da Páscoa temos o “Domingo da Misericórdia”, em que Jesus se manifesta Ressuscitado, entrando pelas portas fechadas, por medo dos judeus; coloca-se no centro da comunidade reunida e lhes comunica a paz; confia continuidade da missão a esta, e também temos a profissão de fé que Tomé faz ao ver e tocar as chagas gloriosas do Ressuscitado.

Estamos apenas no início. Continuemos nosso itinerário Pascal,  contemplando as maravilhas que o Senhor fez e faz em nosso favor.

PS: Ano 2023

A comunidade do Ressuscitado (IIDTPB)

A comunidade do Ressuscitado

Com a Liturgia do 2º Domingo da Páscoa (ano B), também chamado de “Domingo da Misericórdia”, à luz da Palavra de Deus, refletimos sobre o papel da comunidade cristã como o lugar privilegiado do encontro com Jesus Cristo Ressuscitado: na Palavra proclamada, no pão partilhado, no amor vivido e no corajoso testemunho dado.

A comunidade de homens novos, que nasce da Cruz e da Ressurreição de Jesus, a Igreja, continuará a missão do Senhor: comunicar a vida nova que brota de Sua Ressurreição.

Na primeira leitura, ouvimos a passagem do Livro dos Atos dos Apóstolos (At 4,32-35), na qual encontramos um retrato da comunidade no início da Igreja, na fidelidade da missão confiada pelo Ressuscitado.

A comunidade é marcada, portanto, pela diversidade, unidade e caridade, tendo como centro o próprio Jesus Cristo Ressuscitado.

A comunidade é formada por diversas pessoas, mas tem uma só fé e vive num só coração e numa só alma, assim manifestado em gestos concretos de partilha.

Deve, portanto, superar todo tipo de egoísmo, autossuficiência, fechamento em si mesma, para que possa dar testemunho da vida e presença do Ressuscitado.

A segunda leitura é uma passagem da Carta de São João (1Jo 5,1-6), em que exorta a comunidade que crê, a amar a Deus e aderir totalmente a Jesus Cristo, para ser realmente uma família de Deus.

A comunidade deve ficar atenta, para não se desviar pelos profetas da mentira, a fim de que tenham autenticidade na vida cristã.

Deste modo, a comunidade formada pelos verdadeiros crentes, é aquela que ama a Deus e ama a Jesus Cristo, que nasceu de Deus; cumpre os seus mandamentos e vive nesta dinâmica de amor, a fim de derrotar toda forma de egoísmo, ódio e injustiça, que marcam a dinâmica do mundo.

Nisto consiste a vida nova que ela deve viver, crendo no Ressuscitado:

“Esta vida nova que permite aos crentes vencer o mundo é oferecida através de Jesus Cristo. A vida nova que Jesus veio oferecer chega aos homens pela ‘água’ (Batismo – isto é, pela adesão a Cristo e à Sua proposta) e pelo seu ‘sangue’ (alusão à vida de Jesus, feita dom na cruz por amor). O Espírito Santo atesta a validade e a verdade dessa proposta trazida por Jesus Cristo, por mandato de Deus Pai.

Quando o homem responde positivamente ao desafio que Deus lhe faz (Batismo) oferece a sua vida como um dom de amor para os irmãos (a exemplo de Cristo) e cumpre os mandamentos de Deus, vence o mundo, torna-se filho de Deus e membro da família de Deus” (1).

Na passagem do Evangelho (Jo 20,19-31), Jesus Se manifesta, vivo e Ressuscitado, e Se apresenta como o centro da comunidade cristã, comunicando: a paz  (plenitude de bens) e o Espírito, para que os Apóstolos continuem a Sua missão.

A mensagem explicita a centralidade de Cristo na comunidade e esta, por sua vez, é a testemunha credível da vida do Ressuscitado no encontro com o amor fraterno, com o perdão dos irmãos, com a Palavra proclamada, com o Pão de Jesus partilhado e os compromissos com a justiça e a vida nova.

O Ressuscitado, rompendo as portas fechadas, onde os Apóstolos se encontravam por medo dos judeus, disse-lhes: “A paz esteja convosco”. Nada mais pode impedir a ação do Ressuscitado.

É o primeiro dia da semana, é o tempo da nova criação alcançada pelo Ressuscitado, por isto guardamos o Domingo como o Dia do Senhor, para adorá-Lo e encontrá-Lo, de modo especial na comunidade: Cristo presente na comunidade de modo especialíssimo na Palavra e na Eucaristia.

Na primeira parte, Jesus saúda com o “shalom”: harmonia, serenidade, tranquilidade, confiança, plenitude dos dons à comunidade, de modo que a ela nada falta, pois o Ressuscitado Se faz presente.

E a comunidade será portadora desta Boa-Nova, empenhada na tríplice harmonia dos seres humanos com o Criador, com a própria criatura e com o cosmos.

Os Apóstolos são instrumentos da paz, da vida nova, da comunhão a ser vivida com Deus e com o próximo: shalom!

Quando reaprende a amar, a comunidade capacita-se para a missão de paz, e então se torna sal da terra, luz do mundo e fermento na massa.

A não vivência ou a recusa do amor impede que a paz aconteça... Paz que nos é dada como dom divino, compromisso humano inadiável.

Acolhendo o “sopro da misericórdia divina”, a comunidade não terá o que temer, porque não é enviada sozinha, mas com a força e a vida nova que nos vem do Santo Espírito – “E Jesus soprou sobre eles e disse-lhes: recebei o Espírito Santo”.

A segunda parte, é o itinerário feito por Tomé, ausente na primeira vez em que Jesus apareceu aos Apóstolos, e depois, quando presente, fez a grande profissão de fé: ”Meu Senhor e meu Deus”.

Tomé é proclamado bem-aventurado porque viu e tocou as Chagas gloriosas do Ressuscitado, e Jesus nos diz que felizes são aqueles que creram sem nunca terem visto, nem tocado.

Tomé toca exatamente onde nascemos e nos nutrimos: no coração transpassado de Jesus, do qual jorrou Água e Sangue: Batismo e Eucaristia.

Esta é uma mensagem essencialmente catequética, que nos convida a renovar hoje e sempre a nossa fé: somos felizes porque cremos sem nunca termos visto nem tocado.

A experiência vivida por Tomé não foi exclusiva das primeiras testemunhas do Ressuscitado, e pode ser vivida por todos os cristãos de todos os tempos. Hoje, somos convidados a fazer esta mesma experiência.

Reflitamos:

- Creio na presença de Jesus Ressuscitado na vida da Igreja?
- Sinto a presença e ação do Ressuscitado em minha vida?

- Jesus Ressuscitado possui centralidade em minha vida?
- Jesus Ressuscitado ocupa o lugar central em minha comunidade?

- Como vivo a missão, por Ele, a mim confiada?
- Tenho acolhido o sopro do Espírito na missão vivida?

- O que tenho feito para que a paz, mais que sonho e desejo, se torne realidade?

- O Domingo é, de fato, para mim o Dia do Senhor, do encontro com o Ressuscitado, para escutá-Lo na comunidade, reconhecê-Lo e comungá-Lo quando Ele Se dá no Pão partilhado, na Eucaristia?

- Como tenho prolongado, em minha vida cotidiana, a ação e vida do Ressuscitado, a Eucaristia celebrada? 

Urge que a fé na Ressurreição do Senhor faça transbordar de alegria nosso coração.

Oremos:

“Ó Pai, que no Dia do Senhor reunis o Vosso Povo para celebrar
Aquele que é o Primeiro e o Último, o Vivente que venceu a morte,
Dai-nos a força do Vosso Espírito, para que, quebrados os vínculos do mal, Vos tributemos o livre serviço da nossa obediência e do nosso amor, para reinarmos com Cristo na glória eterna.
Amém. Aleluia!”

“A paz esteja convosco!”
 Ninguém pode impedir a ação do Ressuscitado! 
Alegremo-nos! Aleluia!



(1) www.dehonianos.org/portal

“A fé que se torna missão” (IIDTPA)

                                               

“A fé que se torna missão”

Com a Liturgia do 2º Domingo da Páscoa (ano A), também chamado de “Domingo da Misericórdia”, à luz da Palavra de Deus, refletimos sobre o papel da comunidade cristã como lugar privilegiado do encontro com Jesus Cristo Ressuscitado: na Palavra proclamada, no pão partilhado, no amor vivido e no corajoso testemunho dado.

A comunidade de homens novos, que nasce da Cruz e da Ressurreição de Jesus, a Igreja, continuará a missão do Senhor: comunicar a vida nova que brota de Sua Ressurreição.

Na passagem da primeira leitura (At 2, 42-47), Lucas retrata os primeiros passos da comunidade cristã, assídua nos Ensinamentos dos Apóstolos, na Comunhão Fraterna, na Partilha do Pão e na Oração - quatro pilares básicos de uma autêntica comunidade, para que ela seja viva e frutuosa, na doação e serviço em favor dos irmãos, anunciando ao mundo a Salvação que Jesus veio trazer.

Nesta passagem, é como se Lucas nos oferecesse um “Raio-X” de nossas comunidades, percebendo sua estrutura, o que precisa ser reforçado, para que este retrato da comunidade não seja apenas saudosismo, mas um desafiador projeto a ser realizado, numa autêntica evangelização, no anúncio da Boa-Nova aos pobres, em empenho sincero de sua libertação, fazendo acontecer o urgente Ano da Graça do Senhor, como nos exorta o Evangelista Lucas (Lc 4, 16-21).

A comunidade precisa perseverar e cuidar destes pilares:

Ensinamentos dos Apóstolos:
Formação bíblica, teológica, doutrinal, Documentos da Igreja, Escola de Ministérios, subsídios diversos disponíveis, livros dos grupos de reflexão, plano de pastoral, e tantos outros meios pelos quais hoje podemos favorecer a formação doutrinal, aprofundamento da Palavra de Deus.

Comunhão Fraterna:
É muito mais que um abraço, um canto de paz na Missa ou culto dominical, é a solidariedade concreta com os empobrecidos, através de diversas Pastorais e Serviços dentro e fora das comunidades, como tão bem nos é proposto nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora no Brasil – CNBB (2019-2023).

Eucaristia ou Fração do Pão:
A Celebração Dominical na qual Deus Se faz nosso Alimento e nos fortalece pela Sua Palavra. Quando celebramos nossa vida, com suas alegrias e tristezas, angústias e esperanças, em busca de novos horizontes para que o Reino de Deus aconteça.
A Eucaristia é, verdadeiramente, o ponto alto e a fonte de toda a nossa vida. A Eucaristia edifica a Igreja e a Igreja faz a Eucaristia, como nos falou o Papa São João Paulo II.

Oração:
Individual, familiar e comunitária. Trinta minutos, ao menos por dia, como nos exortou um grande Bispo da Igreja do Brasil (D. Pedro Casaldáliga).

A Oração muito mais do que uma reza sistemática, rotineira, é um diálogo profundo com o Eterno que habita em cada um de nós. É colocar-se no colo de Deus, ser beijado e acariciado pelo mesmo e, se preciso, levar um “puxão de orelha” para nossa orientação… A Oração é diálogo no aparente silêncio de Deus.

Reflitamos:

- Como vivenciamos as dimensões acima apresentadas?
- Eucaristia celebrada e na vida prolongada. Como relacionamos a Eucaristia que celebramos com o nosso cotidiano?

A segunda leitura é uma passagem da Carta de São Pedro (1Pd 1,3-9), dirigida aos cristãos das cinco províncias romanas da Ásia menor.

A Carta tem como objetivo ajudar a manter firme a fé, esperança e a caridade. É preciso viver na solidariedade, alegria, coerência e fidelidade à adesão feita ao Cristo Ressuscitado: identificarmo-nos com Jesus, Aquele a quem amamos, sem O termos visto, pois Ele é o Cristo, que por amor se entregou ao Pai em favor de todos nós. Se assim também o fizermos, chegaremos, com Ele, à Ressurreição.

É preciso nas contrariedades manter a esperança, confiando no amor de Deus, que nos envolve e nos impulsiona, para que jamais recuemos no testemunho da fé, no revigoramento da caridade, nas virtudes divinas, que nos movem permanentemente.

Na passagem do Evangelho (Jo 20,19-31), Jesus Se manifesta vivo e ressuscitado, e Se apresenta como o centro da comunidade cristã, comunicando:  a paz  (plenitude de bens) e o Espírito, para que os Apóstolos continuem a Sua missão.

A mensagem explicita a centralidade de Cristo na comunidade e esta, por sua vez, é a testemunha credível da vida do Ressuscitado no encontro com o amor fraterno, com o perdão dos irmãos, com a Palavra proclamada, com o Pão de Jesus partilhado e os compromissos com a justiça e a vida nova.

O Ressuscitado, rompendo as portas fechadas, onde os Apóstolos se encontram por medo dos judeus, disse-lhes: “A paz esteja convosco”. Nada mais pode impedir a ação do Ressuscitado.

É o primeiro dia da semana, é o tempo da nova criação alcançada pelo Ressuscitado, por isto guardamos o Domingo como o Dia do Senhor, para adorá-Lo e encontrá-Lo, de modo especial na comunidade: Cristo presente na comunidade de modo especialíssimo na Palavra e na Eucaristia.

Na primeira parte, Jesus saúda com o “shalom”: harmonia, serenidade, tranquilidade, confiança, plenitude dos dons à comunidade, de modo que a ela nada falta, pois o Ressuscitado Se faz presente.

E a comunidade será portadora desta Boa-Nova, empenhada na tríplice harmonia dos seres humanos com o Criador, com a própria criatura e com o cosmos.

Os Apóstolos são instrumentos da paz, da vida nova, da comunhão a ser vivida com Deus e com o próximo: shalom!

Quando reaprende a amar, a comunidade capacita-se para a missão de paz, e então se torna sal da terra, luz do mundo e fermento na massa.

A não vivência ou a recusa do amor impede que a paz aconteça... Paz que nos é dada como dom divino, compromisso humano inadiável.

Acolhendo o “sopro da misericórdia divina”, a comunidade não terá o que temer, porque não é enviada sozinha, mas com a força e a vida nova que nos vem do Santo Espírito – “E Jesus soprou sobre eles e disse-lhes: recebei o Espírito Santo”

A segunda parte, é o itinerário feito por Tomé, ausente na primeira vez em que Jesus apareceu aos Apóstolos, e depois, quando presente, faz a grande profissão de fé: ”Meu Senhor e meu Deus”.

Tomé é proclamado bem-aventurado porque viu e tocou as Chagas gloriosas do Ressuscitado, e Jesus nos diz que felizes são aqueles que creram sem nunca terem visto, nem tocado (Jo, 20,29).

Tomé toca exatamente onde nascemos e nos nutrimos: no coração de Jesus, do qual jorrou Água e Sangue: Batismo e Eucaristia.

Esta é uma mensagem essencialmente catequética, que nos convida a renovar hoje e sempre a nossa fé: somos felizes porque cremos sem nunca termos visto nem tocado.

A experiência vivida por Tomé não foi exclusiva das primeiras testemunhas do Ressuscitado, e pode ser vivida por todos os cristãos de todos os tempos. Hoje, somos convidados a fazer esta mesma experiência.

Reflitamos:

- Creio na presença de Jesus Ressuscitado na vida da Igreja?
- Sinto a presença e ação do Ressuscitado em minha vida?

- Jesus Ressuscitado possui centralidade em minha vida?
- Jesus Ressuscitado ocupa o lugar central em minha comunidade?

- Como vivo a missão, por Ele, a mim confiada?
- Tenho acolhido o sopro do Espírito na missão vivida?

- O que tenho feito para que a paz, mais que sonho e desejo, se torne realidade?

- O Domingo é, de fato, para mim o Dia do Senhor, do encontro com o Ressuscitado, para escutá-Lo na comunidade, reconhecê-Lo e comungá-Lo quando Ele Se dá no Pão partilhado, na Eucaristia?

- Como tenho prolongado, em minha vida cotidiana, a ação e vida do Ressuscitado, a Eucaristia celebrada? 

Urge que a fé na Ressurreição do Senhor, faça transbordar de alegria nosso coração.

Oremos:

“Ó Pai, que no Dia do Senhor reunis o Vosso Povo para celebrar
Aquele que é o Primeiro e o Último, o Vivente que venceu a morte,
Dai-nos a força do Vosso Espírito, para que, quebrados os vínculos do mal, Vos tributemos o livre serviço da nossa obediência e do nosso amor, para reinarmos com Cristo na glória eterna.
Amém. Aleluia!”

“A paz esteja convosco!”
Ninguém pode impedir a ação do Ressuscitado!
Alegremo-nos! 
Aleluia!


Fonte de pesquisa: www.Dehonianos.org/portal

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