sexta-feira, 25 de abril de 2025

Em poucas palavras...

                                                       



"A verdadeira videira é Cristo"

“A Igreja é a agricultura ou o campo de Deus (1 Cor 3,9). Nesse campo cresce a oliveira antiga de que os patriarcas foram a raiz santa e na qual se realizou e realizará a reconciliação de judeus e gentios (Rm 11, 13-26).

Ela foi plantada pelo Celeste agricultor como uma vinha eleita (Mt 21, 33-43 par.; Is 5,1 ss.). A verdadeira videira é Cristo que dá vida e fecundidade aos sarmentos, isto é, a nós que pela Igreja permanecemos n'Ele, sem O qual nada podemos fazer (Jo 15, 1-5).” (1)

 

(1)        Vaticano II - Lumen Gentium n.6


O encontro que mudou a nossa vida

O encontro que mudou a nossa vida

O encontro pessoal com Jesus Cristo leva-nos à necessária decisão de deixar-se encontrar por Ele, procurando-O dia a dia, sem cessar, como nos falou o Papa Bento XVI:

- “Ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo”.

Este encontro com o Senhor leva-nos a amar com obras e verdade (1Jo 3, 18-24), e envolvidos pelo amor de Deus, encontramos a paz, a serenidade; encontramos o repouso e a força, porque experimentamos a Sua misericórdia, que é bem maior do que o nosso coração (1 Jo 3, 20).

Como discípulos do Senhor, temos como Mandamento amar como Ele nos amou, para que se torne possível o encontro com Deus, a tantos irmãos e irmãs, que se encontram longe deste amor.

Deste modo, nossas comunidades, mais do que nunca, precisam testemunhar o amor de Deus, que não conhece limites, e tão pouco admite interrupções. E isto somente acontecerá se aderirmos totalmente ao Senhor, à Sua Pessoa, Palavra e Projeto do Pai, que Ele veio realizar, com a graça, luz, força e presença do Santo Espírito.

Uma vez tendo encontrado o Senhor, com Ele queremos sempre permanecer, para frutos abundantes produzirmos, na prática dos Mandamentos divinos, que se fundem em dois Mandamentos que não se separam: o amor a Deus e ao próximo. Portanto, devemos amar como Jesus nos amou. Amém.

Uma Igreja a serviço da vida plena

Uma Igreja a serviço da vida plena

Na passagem da primeira Carta de Pedro (1 Pd 2,4-9), nos é apresentado o fundamento, a Pedra  Angular, a Pedra principal da Igreja que é Jesus Cristo, no qual os cristãos são pedras vivas.

Como Igreja se constitui um povo sacerdotal, com a missão de viver uma obediência incondicional aos Planos do Pai, no amor aos irmãos, e nisto consiste o verdadeiro culto agradável a Deus.

Deste modo, a Igreja precisa crescer na fé para alcançar a Salvação, vencendo todas as dificuldades, hostilidades, incompreensões e perseguições, consciente de sua missão no testemunho do Ressuscitado, com a força vivificante do Espírito Santo, infundida no coração dos discípulos.

Como comunidade da Nova Aliança, a Igreja precisa oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus e, como Povo de Sacerdotes, ofertar uma vida santa, vivida na entrega a Deus e no dom da vida aos irmãos, com amor total e incondicional, superando todo medo, em total fidelidade e confiança em Deus.

A comunidade não pode se contentar com um verniz cristão que a torne indiferente a todos os problemas que cercam a vida humana.

Sendo Cristo o fundamento da Igreja, e o amor o distintivo dos cristãos, a missão da Igreja será colocar-se em todos os âmbitos, profeticamente, como instrumento da vida plena e definitiva.

Em poucas palavras...

 


Os montes das Santas Escrituras

“Não vos extravieis no meio do nevoeiro, antes escutai a voz do pastor. Retirai-vos para os montes das Santas Escrituras; ali encontrareis as delícias do vosso coração e não achareis nada que vos possa envenenar ou fazer mal, pois ricas são as pastagens que ali se encontram.” (1)

 

 

(1) Santo Agostinho, Sermão 46 sobre os pastores

Volta para o Pai e fica para sempre conosco!

Volta para o Pai e fica para sempre conosco!

"Em verdade, em verdade vos digo: quem acredita em mim fará
as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas.
Pois Eu vou para o Pai"  (Jo 14,12)


Na passagem do Evangelho (Jo 14,6-14), Jesus está prestes a concluir a missão para a qual foi enviado pelo Pai, e sabe que a Sua presença histórica no meio dos homens está perto do fim.

Ele sabe que precisa iniciar a preparação dos Apóstolos para que reconheçam a Sua nova forma de ser presença na vida das pessoas, assim como para receberem o Espírito Santo e serem conduzidos por Ele na sua missão evangelizadora, como se dera na Sua manifestação gloriosa, quando estavam reunidos com as portas fechadas por medo dos judeus, logo após a Sua Morte.

É neste contexto que devemos refletir a passagem: ontem e hoje os discípulos missionários do Senhor precisam da convicção e certeza de que Ele jamais nos abandonará.

Continuamos aqui a Sua Missão, com a força vivificante do Seu Espírito prometido e enviado.

Jesus sabe que parte para junto do Pai, e se apresenta como o Caminho, a Verdade e a Vida para chegar até Ele.

Sabe também que não chegará à glória eterna, à comunhão com o Pai, sem passar pelo Mistério da Paixão e Morte, testemunhando Amor e fidelidade até o fim.

Com Sua Morte e Ressurreição, prepara um lugar para onde Ele mesmo conduzirá todas as pessoas que ama, a fim de conviverem eternamente com Ele, enviando do Pai, o Espírito Santo Paráclito.

Voltando para o Pai, Jesus fica na mais perfeita comunhão de Amor para sempre, e assim bem perto de nós, com a doce e vivificante presença do Espírito Santo!

A linfa vital

                                                               

A linfa vital

Quanto mais sinto correr em mim Vossa linfa vital...

Senhor, sinto correr em mim a Vossa linfa vital,
Que me fortalece em qualquer circunstância,
Pois sinto mais do que perto Vossa presença, 
Saciando a minha alma de amor, eterna ânsia.

Quanto mais sinto correr em mim Vossa linfa vital,
Mais sinto o Vosso Amor, carinho, ternura, bondade.
Mais sinto que as barreiras podem ser rompidas
Dando-me vida presente, acenando à eternidade.

Quanto mais sinto correr em mim Vossa linfa vital,
Mais fome de Vossa Palavra, lida, meditada, contemplada,
Maior compromisso com a Boa Nova do Vosso Reino
Pela Palavra vivida, anunciada e,  com ardor, testemunhada.

Quanto mais sinto correr em mim Vossa linfa vital,
Mais fome do Pão da Eucaristia, do Cálice da eternidade,
Porque sois Pão da vida, descido do céu, Pão que a alma  sacia,
Antídoto contra o pecado, remédio de imortalidade.

Quanto mais sinto correr em mim Vossa linfa vital,
Mais intensa se torna por Vós minha paixão e amor,
Menos possibilidade do rancor, orgulho, vaidade.
Sois meu tudo, eu Vosso nada ainda, Amado Senhor!

Quanto mais sinto correr em mim Vossa linfa vital,
Em minhas noites escuras sinto Vossa luz resplandecer.
Ó Senhor, não anda nas trevas quem convosco caminha,
Desde aquela Notícia que Maria Madalena anunciou ao amanhecer.

Quanto mais sinto correr em mim Vossa linfa vital,
Maior desejo de permanecer em Vós, fidelidade até o fim.
Mais coragem tenho para as necessárias “podas”,
Para que não me afaste de Vós, porque Vós nunca de mim!

Quanto mais sinto correr em mim Vossa linfa vital,
Mais impressos no coração ficam Vossos Mandamentos.
Com a força e presença do Vosso Santo Espírito,
Ajudai-me a dar o pleno e desejável cumprimento.

Quanto mais sinto correr em mim Vossa linfa vital, Sangue divinal.
Mais sede e fome de Vós e, como os discípulos, ponho-me a suplicar:
“fica comigo, Senhor, pois já é tarde, o dia declina, sentai comigo, Senhor. Fazei arder meu coração, abra meus olhos para Vossa presença contemplar!”

Quanto mais sinto correr em mim Vossa linfa vital...

Para sempre me seduziste, Senhor

 


                        Para sempre me seduziste, Senhor

Numa tarde, à  beira do mar da minha existência,

Teu olhar se fixou em meus olhos, sem nada dizer.

E ao mesmo tempo, falou para sempre em minh’alma.

Deixei tudo e me pus para sempre a seguir-Te

 

Tuas mãos me foram suavemente estendidas,

Levantou-me da poeira da miséria que sozinho seria,

E em todo o tempo, Tuas mãos seguram as minhas,

Para que, sempre abertas, abençoem e se solidarizem.

 

.Meus pés foram curados para me por sempre a caminho,

Me deste as sandálias para suportar eventuais pedras,

Das quais quem Te segue não está isento, jamais livre

Mas protegido, firmado, seguindo firme seu destino.

 

Em meus lábios estão Tuas Palavras, que antes colocastes,

Nas entranhas do meu coração, para serem proclamadas

Palavras que ora exortam, animam, corrigem, reorientam,

Palavra que, se acolhida e crida, frutos abundantes concedes.

 

Ressoou para sempre Teu doce e suave convite:

“Vinde a mim, vós que estais cansados e fatigados,

Pois meu fardo é leve e meu jugo é suave” (Mt 11,28-30)

Em teu peito reclinamos, como teu amado discípulo.

 

Teu olhar, Teu convite, Tuas Palavras, sedução divina

Tão humano, tão divino, quero ser uma resposta

A Ti que, por misericórdia, desceste ao nosso encontro,

E nós, em nossa infinita miséria, caímos, mas em Ti confiamos. Amém.

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG