domingo, 10 de novembro de 2024
Cremos na Ressurreição da carne e na vida eterna (XXXIIDTCC)
Esperamos Vossa vinda gloriosa (XXXIIDTCA)
Esperamos Vossa
vinda gloriosa
Para aprofundamento
da Liturgia do 32º Domingo do Tempo Comum (ano A), sejamos enriquecidos por
dois parágrafos do Catecismo da Igreja Católica:
“As
afirmações da Sagrada Escritura e os ensinamentos da Igreja a respeito do Inferno
são um apelo ao sentido de responsabilidade com que o homem deve usar da sua
liberdade, tendo em vista o destino eterno.
Constituem,
ao mesmo tempo, um apelo urgente à conversão: «Entrai pela porta estreita, pois
larga é a porta e espaçoso o caminho que levam à perdição e muitos são os que
seguem por eles. Que estreita é a porta e apertado o caminho que levam à vida e
como são poucos aqueles que os encontram!» (Mt 7, 13-14):
‘Como
não sabemos o dia nem a hora, é preciso que, segundo a recomendação do Senhor,
vigiemos continuamente, a fim de que, no termo da nossa vida terrena, que é só
uma, mereçamos entrar com Ele para o banquete de núpcias e ser contados entre
os benditos, e não sejamos lançados, como servos maus e preguiçosos, no fogo
eterno, nas trevas exteriores, onde «haverá choro e ranger de dentes’»’” (Lumen
Gentium n.48)”. (1)
Vejamos segundo
parágrafo:
“Em
Jesus, «o Reino de Deus está perto». Ele apela à conversão e à fé, mas também à
vigilância. Na oração (Mc 1, 15), o discípulo vela, atento Aquele que é e que
vem, na memória da sua primeira vinda na humildade da Carne e na esperança da
sua segunda vinda na Glória (Mc 13; Lc 21,34-36). Em comunhão com o Mestre,
a oração dos discípulos é um combate; é vigiando na oração que não se cai na tentação
(Lc 22,40.46)”. (2)
Caminhando para o
final de mais um ano Litúrgico, é sempre tempo oportuno, como discípulos
missionários do Senhor, avaliarmos o modo como vivemos a missão que Ele nos
confia.
Reflitamos:
- Como
vivemos a vigilância na espera do Senhor que virá gloriosamente?
-
Quais são os momentos de oração e a qualidade destes na espera no Senhor que
veio, vem e virá?
-
Quais são as tentações que nos afastam do Senhor, Sua Pessoa, Palavra e Projeto
do Reino?
- Como
vivemos a liberdade e responsabilidade em nossas escolhas na espera do Senhor?
- Tem
sido a nossa vida (pensamentos, palavras e ações) conduzida pela Sabedoria
Divina do Santo Espírito que nos assistes e nos ilumina?
Oremos:
Concedei-nos, ó Deus, viver uma fé vigilante e
inquebrantável; uma esperança ativa e comprometida, a fim de que sejamos sinais
e instrumentos da caridade que jamais passará, em plena comunhão com Vosso
Amado Filho, que veio na humildade da carne e virá gloriosamente no final dos
tempos, e animados pelo Vosso Espírito. Amém.
(1)
- Catecismo da Igreja Católica – n.1036
(2)
- Idem n.2612
PS: Oportuno para o 34º sábado do Tempo Comum, em que ouvimos a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 21,34-36) e 1º Domingo do Advento (ano C)
Fé, vigilância e sabedoria (XXXIIDTCA)
Vigilantes para um fecundo testemunho (XXXIIDTCA)
Permaneçamos vigilantes (XXXIIDTCA)
(1) (2) (3) (4): www.Dehonianos.org/portal
sábado, 9 de novembro de 2024
A boa morte: a passagem de tudo!
mas os benefícios da boa passagem te alegrem.
Pois, que é a morte a não ser
o despertar das virtudes?”
Batismo: desposados pelo Senhor
Batismo:
desposados pelo Senhor
Sejamos
enriquecidos pela Catequese batismal do Bispo e Doutor da Igreja, São João
Crisóstomo (séc. V):
“Hoje é o último dia
da catequese, por isso eu, o último de todos, também cheguei ao último dia,
porém chego ao final com o anúncio de que o esposo virá dentro de dois dias.
Mas levantai-vos,
acendei as vossas lâmpadas e recebei com luz resplandecente o rei dos céus!
E de fato, este é o
costume do cortejo nupcial: que as esposas sejam entregues aos esposos ao
anoitecer. Porém, não vos façais de surdos ao escutar a voz de que chega o
esposo, porque é uma voz realmente potente, e está cheia de bondade.
Não ordenou que na
natureza dos homens fosse para Ele, mas Ele pessoalmente veio junto a nós, e
acontece que, na realidade, a lei de núpcias é esta: que o esposo venha à esposa, mesmo que ele seja riquíssimo e ela, por outro lado, pobre e
menosprezada.
Entretanto, nada há
de estranho que isso aconteça entre os homens. Na realidade, se em questão de
mérito a diferença pode ser muita, a diferença de natureza, porém, é nula: por rico
que seja o esposo, e por indigente e pobre que seja a esposa, ambos são,
contudo, da mesma natureza.
Porém, tratando-se
de Cristo e da Igreja, a maravilha está em que Ele, apesar de ser Deus e
possuir aquela bem-aventurada e puríssima substância – e sabeis quanto se
diferencia dos homens! -, dignou-Se descer a nossa natureza e, deixando a Sua
casa paterna, correu para a Esposa, não com um simples deslocamento, mas pela
ação da Encarnação.
Conhecedor,
portanto, disto, e admirado do excesso de solicitude e de estima, o próprio
bem-aventurado Paulo proclamava dizendo: ‘Por isto o homem deixará ao seu pai e
a sua mãe e se unirá a sua mulher: este mistério é grande, mas me refiro a
Cristo e à Igreja’.
E o que tem de
admirável que tenha vindo à esposa, quando nem sequer se negou a dar a sua vida
por ela?
Contudo, nenhum
esposo dispõe sua vida por sua esposa, e acontece que ninguém, nenhum
enamorado, por louco que esteja, abra-se tanto no amor de sua amada, como Deus
se consome pela Salvação de nossas almas:
‘Mesmo que tenha que
ser cuspido – diz -, ser espancado e subir à própria cruz, não me negarei a ser
crucificado, contanto que possa acolher a esposa’”. (1)
Roguemos
a Deus para que nos conceda Sabedoria para vivermos o Batismo que é dom, graça e
missão.
Urge que nos coloquemos como Igreja, num caminho sinodal,
mergulhando no mar da proximidade, compaixão, solidariedade fortalecendo os
vínculos da comunhão caridade, na vivência das virtudes divinas que nos movem:
fé, esperança e caridade.
(1)
Lecionário Patrístico Dominical – Editora Vozes – 2013- pág.
249-250