O caminho da fé
Reflexão à luz da passagem do Evangelho de São
Lucas (Lc 9,7-9), em que Herodes manifesta o desejo de ver Jesus – “‘Quem
é esse, portanto, de quem ouço tais coisas?’ E queria vê-Lo” (v.9).
Assim, lemos no Lecionário Comentado:
“Aquilo que se diz que Ele faz e prega precisa de
uma explicação. Por isso Herodes deseja vê-Lo, para ficar com uma ideia acerca
d’Ele. Mas, para compreender quem é Jesus não basta falar com Ele ou ver as
Suas obras, sem que isso dê em discussão. O único meio para O conhecer é o da
fé.” (1)
De fato, o único caminho para conhecermos
Jesus é o caminho da fé, que nos leva, necessariamente, a uma comunidade
concreta, a Sua Igreja, onde Ele Se deixa encontrar. E, de fato, não era este o propósito de Herodes.
Deste modo, o caminho da fé:
- Nos faz participantes de uma
comunidade, onde amadurecemos na prática da caridade, reavivamos a esperança de
um novo céu e uma nova terra;
- Autenticamente vivenciado, é
imprescindível, para que sejamos uma Igreja Sinodal, caminhando juntos, na
alegria e na tristeza, na angústia e esperança, em plena fidelidade a Jesus,
fortalecendo os vínculos de comunhão fraterna, participação ativa, afetiva e
consciente, na expressão da missão assumida com alegria e ardor;
- Não se separa da celebração
da Eucaristia, porque da Mesa da Palavra participamos, para ouvi-la e colocá-la
em prática no dia a dia, nutridos e fortalecidos pelo Pão da Eucaristia, e da
segunda mesa, que não se separa, nutridos pelo Corpo e Sangue de Cristo, verdadeira
Comida, verdadeira Bebida;
- Alarga o horizonte de
compromissos com a vida, desde sua concepção até seu declínio natural, e com a
nossa Casa Comum, a fim de que todos tenham vida, e a tenham plenamente (Jo
10,10).
Na espera do Senhor Jesus, que
virá em Sua glória nos julgar a todos nós, sejamos conduzidos e iluminados
pelas Bem-Aventuranças (Mt 5,1-12) na prática da misericórdia (Mt 25,31-46),
bem como nos falou São João da Cruz (séc. XVI): “No entardecer de nossa
vida seremos julgados pelo amor”.
(1)Lecionário
Comentado – Tempo Comum – Volume II - Editora Paulus – Lisboa – 2011 – p.421
Nenhum comentário:
Postar um comentário