A força da fé, a graça da Oração
Reflitamos sobre a necessidade e a força da Oração em todos os momentos de nossa vida, uns pelos outros.
Agrada a Jesus que rezemos pelas outras pessoas, como nos ensina o Bispo São João Crisóstomo (séc. V):
“A necessidade obriga-nos a rogar por nós mesmos, e a caridade fraterna a pedir pelos outros; mas é mais aceitável a Deus a Oração recomendada pela caridade do que aquela que é motivada pela necessidade”.
Entretanto, temos de pedir a Deus com fé. Santo Agostinho nos ensina: “A própria fé faz brotar a Oração, e a Oração, logo que brota, alcança a firmeza da fé” - ambas estão intimamente unidas. E ele mesmo nos dirá algum tempo depois em suas Confissões: “Se eu não pereci no erro, foi devido às lágrimas cotidianas, cheias de fé de minha mãe” (Confissões, 3, 12, 21).
E ainda, mais recentemente, o Papa São João Paulo II falou da necessária inter-relação da fé e a razão: “A fé e a razão (fides et ratio) constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade. Foi Deus quem colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade, e em última análise, de conhecer a ele, para que conhecendo-o e amando-o, possa chegar à verdade plena sobre si próprio” (Carta Encíclica Fides et Ratio, preliminar).
A atitude de fé jamais nos dispensará de colaborar, agir, participar, interagir, dons a serviço colocar.
Viver é dar conteúdo substancial a cada página que Deus nos concede a cada dia. Ao escrevê-la, sobretudo a história da fé, nem sempre poderemos corresponder ao esperado por Deus, mas como Ele não nos criou para uma história de linhas tortas, porque tudo que fez, viu que era bom, se a linha de nossa história, pelas vicissitudes e limitações de nossa existência, não for exatamente como o Seu desígnio, Ele nos ajudará a reencontrá-la. E se algo aparentemente parecer o fim, para Deus será apenas o começo.
Nisto consiste Sua onipotência e bondade. Deus nunca perde, e com Ele sempre ganhamos, n’Ele somos mais que vencedores, como o próprio Paulo falou na Carta aos Romanos no capitulo 8.
Aqui voltamos à necessidade da fé que se concretiza na prática da Oração. Voltar-se para Ele, de coração confiante, humildade, em Oração persistente. E Sua misericórdia em resposta de amor se realizará, muito mais do que possamos conceber ou que eu possa aqui escrever e dizer.
Assim é Deus, assim é o Seu Amor!
Nenhum comentário:
Postar um comentário