sábado, 28 de setembro de 2024

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE PAPA FRANCISCO PARA O XCVIII DIA MUNDIAL DAS MISSÕES 2024 (síntese)

 


MENSAGEM DE SUA SANTIDADE PAPA FRANCISCO
PARA O XCVIII DIA MUNDIAL DAS MISSÕES 2024  (síntese)

Uma síntese da mensagem para o XCVIII Dia Mundial das Missões 2024, escrita pelo Papa Francisco, que tem como lema – Ide e convidai a todos para o banquete (cf. Mt 22, 9), a partir da parábola evangélica do banquete nupcial (cf. Mt 22, 1-14).

A mensagem está em sintonia com a realização do Sínodo em sua fase final com seu lema «Comunhão, participação, missão», deverá relançar na Igreja o seu empenho prioritário, isto é, o anúncio do Evangelho no mundo contemporâneo.

A mensagem é apresentada a partir de 3 tópicos:

1. «Ide e convidai»: a missão como ida incansável e convite para a festa do Senhor: na parábola destacam-se três verbos: “ide”, chamai e “convidai”.

A Igreja tem como missão incansável ir rumo a toda a humanidade para o convite à comunhão com Deus – “a Igreja continuará a ultrapassar todo e qualquer limite, sair incessantemente sem se cansar nem desanimar perante dificuldades e obstáculos, a fim de cumprir fielmente a missão recebida do Senhor.”;  e esta missão é de todos nós - «hoje o drama da Igreja é que Jesus continua a bater à porta, mas da parte de dentro, para que O deixemos sair! Muitas vezes acabamos por ser uma Igreja (…) que não deixa o Senhor sair, que O retém como “propriedade sua”, quando o Senhor veio para a missão e quer que sejamos missionários» (Discurso aos participantes no Congresso promovido pelo Dicastério para os leigos, a família e a vida, 18/II/2023).

O papa agradece aos missionários e missionárias que, respondendo ao chamamento de Cristo, deixaram tudo e partiram para longe da sua pátria a fim de levar a Boa Nova aonde o povo ainda não a recebera ou só recentemente é que a conheceu.

Exorta-nos a continuarmos a rezar e a gradecer pelas novas e numerosas vocações missionárias para esta obra de evangelização até os confins da terra.

Sendo a missão de todos nós, ela deve ser realizada com magnanimidade, benevolência, que são frutos do Espírito Santo neles (cf. Gl 5, 22); sem imposição, coerção nem proselitismo; mas com proximidade, compaixão e ternura, refletindo o modo de ser e agir de Deus.

2. «Para o banquete»: a perspectiva escatológica e eucarística da missão de Cristo e da Igreja.

Realizamos a missão entre o primeiro e o segundo advento do Senhor, por isto a missão tem a dimensão escatológica, de modo que o banquete que celebramos na Eucaristia reflete o banquete escatológico - «A atividade missionária desenrola-se entre o primeiro e o segundo advento do Senhor (…). Antes de o Senhor vir, tem de ser pregado o Evangelho a todos os povos» (Decr. Ad gentes, 9).

Citando o Papa Bento XVI – “em cada celebração eucarística realiza-se sacramentalmente a unificação escatológica do povo de Deus. Para nós, o banquete eucarístico é uma antecipação real do banquete final, preanunciado pelos profetas (cf. Is 25, 6-9) e descrito no Novo Testamento como “as núpcias do Cordeiro” (Ap 19, 7-9), que se hão de celebrar na comunhão dos santos» (Exortação Apostólica pós-sinodal Sacramentum caritais, 31).

Adverte o papa: – “...enquanto o mundo propõe os vários «banquetes» do consumismo, do bem-estar egoísta, da acumulação, do individualismo, o Evangelho chama a todos para o banquete divino onde reinam a alegria, a partilha, a justiça, a fraternidade, na comunhão com Deus e com os outros.”

Convida-nos a todos, neste Ano dedicado à oração, como preparação para o Jubileu de 2025, para intensificar, também e sobretudo, a participação na Missa e a oração pela missão evangelizadora da Igreja – “...a oração quotidiana e de modo particular a Eucaristia fazem de nós peregrinos-missionários da esperança, a caminho da vida sem fim em Deus, do banquete nupcial preparado por Deus para todos os seus filhos.

3. «Todos»: a missão universal dos discípulos de Cristo e a Igreja toda sinodal-missionária

Cada uma das nossas missões nasce do Coração de Cristo, para deixar que Ele atraia todos a Si» e é destinada a todos.

Deus que todos homens e mulheres sejam salvos (1 tm 2,4), portanto, nas nossas atividades missionárias, nunca nos esqueçamos que somos enviados a anunciar o Evangelho a todos, sem imposição «não como quem impõe uma nova obrigação, mas como quem partilha uma alegria, indica um horizonte estupendo, oferece um banquete apetecível» (Exort. Apostólica Evangelii Gaudium, 14, 14).

“A missão para todos requer o empenho de todos. Por isso é necessário continuar o caminho rumo a uma Igreja, toda ela, sinodal-missionária ao serviço do Evangelho,  De per si a sinodalidade é missionária e, :vice-versa, a missão é sempre sinodal.”, afirma o papa.

Como Igreja mais sinodal e missionária, nos motiva para que realizemos as coletas do Dia Mundial das Missões em todas as Igrejas Particulares,  destinadas inteiramente ao Fundo Universal de Solidariedade, que depois a Pontifícia Obra da Propagação da Fé distribui, em nome do Papa, para as necessidades de todas as missões da Igreja.

Conclui a mensagem convidando-nos a voltar nosso olhar a Maria, a Estrela da Evangelização, com seu júbilo e solicitude, contando com a sua intercessão materna para a missão evangelizadora dos discípulos de Cristo, a fim de que saiamos e levemos a todos o convite do Rei Salvador.

 

PS: Se desejar, leia a mensagem na íntegra:

https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/missions/documents/20240125-giornata-missionaria.html


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