domingo, 6 de outubro de 2024

Aprendizes da linguagem do Espírito


Aprendizes da linguagem do Espírito

Neste mês, de modo especial dedicado à temática das Missões, revigoremos o ardor de nossa missão de evangelizadores, para que como discípulos e missionários de Jesus Cristo, nos empenhos para que n’Ele nossos povos tenham vida.

Como Igreja, somos desafiados à criatividade para que em cada realidade, busquemos caminhos para o verdadeiro discipulado e missionariedade.

Fomos desafiados pela Conferência de Aparecida (2007) a uma grande missão continental, que não conhece ocaso, porque a missão do Senhor desabrocha na aurora da eternidade...

Não estamos sozinhos neste desafio, pois somos enriquecidos por preciosos e maravilhosos dons de Deus, como disse o Papa São Clemente no século I:

“... Vida na imortalidade, esplendor na justiça,
verdade na liberdade, fé na confiança,
temperança na santidade...”

Numa palavra, o dom maior do Espírito Santo que acompanha e ilumina os passos da Igreja.

A vida das primeiras comunidades é e será sempre um projeto a ser construído. Como aprendizes da linguagem do Espírito, precisamos voltar ao primeiro amor das Comunidades, não como saudosismo inconsequente, mas como compromisso evangélico:

“Eles mostravam-se assíduos ao ensinamento dos apóstolos, a comunhão fraterna, a fração do pão e às Orações” (At 2,42).

Urge intensificar a vivência comunitária aprofundada e enraizada na Comunhão da Santíssima Trindade, modelo da verdadeira comunidade, nutrindo-se do Pão da Palavra e do Pão da Eucaristia, expressa na comunhão e participação.

Construamos comunidades, como espaço privilegiado, onde se viva:

- A acolhida amorosa, dando ao seu membro o sentido de pertença, superando o anonimato e individualismo;

- A experiência concreta de Cristo e Sua Igreja;
- O amadurecimento no enfrentamento das crises diversas por que se passa;

- O fortalecimento espiritual (fé/esperança/caridade);
- A abertura e fortalecimento dos diversos ministérios;

- A solidariedade, fazendo da comunidade uma escola da paz, justiça e amor;
- A formação permanente para o discipulado nos mais diversos aspectos (bíblico-teológico, humano/afetivo, espiritual, compromisso sócio político...); 

- O revigoramento e irradiação missionária que garanta ao cristão leigo (a) uma sadia inserção no mundo, logo ela deve ser como um Centro de formação permanente:

- A união de esforços entre as paróquias na formação permanente;
- A valorização da formação em nível diocesano e em outros níveis (Escola de Ministérios, Encontros Diocesanos, outros espaços formativos) etc.

Que a caridade e a luz do Espírito inspirem nossa mente e nosso coração, para que continuemos trilhando o caminho da evangelização, realizando a vocação que Deus nos predestinou: a santidade.

“Vinde Espírito Santo, enchei o coração dos Vossos fiéis.
E acendei neles o fogo do Vosso amor...”

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG