quarta-feira, 5 de março de 2025

Síntese da Mensagem para a Quaresma 2018

Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2018

“Porque se multiplicará a iniquidade,
vai resfriar o amor de muitos” (Mt 24, 12)

Retomemos uma síntese da da “Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2018”, que tem como inspiração bíblica um versículo do Evangelho de Mateus –“Porque se multiplicará a iniquidade, vai resfriar o amor de muitos” (Mt 24, 12).

“Esta frase situa-se no discurso que trata do fim dos tempos, pronunciado em Jerusalém, no Monte das Oliveiras, precisamente onde terá início a paixão do Senhor. Dando resposta a uma pergunta dos discípulos, Jesus anuncia uma grande tribulação e descreve a situação em que poderia encontrar-se a comunidade dos crentes: à vista de fenômenos espaventosos, alguns falsos profetas enganarão a muitos, a ponto de ameaçar apagar-se, nos corações, o amor que é o centro de todo o Evangelho”.

É preciso que fiquemos atentos aos “falsos profetas”, que se assemelham a “encantadores de serpentes”, e também aos “charlatães”.

Os primeiros “aproveitam-se das emoções humanas para escravizar as pessoas e levá-las para onde eles querem. Quantos filhos de Deus acabam encandeados pelas adulações dum prazer de poucos instantes que se confunde com a felicidade! Quantos homens e mulheres vivem fascinados pela ilusão do dinheiro, quando este, na realidade, os torna escravos do lucro ou de interesses mesquinhos! Quantos vivem pensando que se bastam a si mesmos e caem vítimas da solidão!”

Os “charlatães” são, por sua vez, os que “oferecem soluções simples e imediatas para todas as aflições, mas são remédios que se mostram completamente ineficazes: a quantos jovens se oferece o falso remédio da droga, de relações passageiras, de lucros fáceis, mas desonestos! Quantos acabam enredados numa vida completamente virtual, onde as relações parecem mais simples e ágeis, mas depois revelam-se dramaticamente sem sentido! ...  Por isso, cada um de nós é chamado a discernir, no seu coração, e verificar se está ameaçado pelas mentiras destes falsos profetas. É preciso aprender a não se deter no nível imediato, superficial, mas reconhecer o que deixa dentro de nós um rasto bom e mais duradouro, porque vem de Deus e visa verdadeiramente o nosso bem”.

Em seguida, fala-nos do resfriamento da caridade e como ele se dá, e um dos sinais evidente é, “antes de mais nada, a ganância do dinheiro, “raiz de todos os males” (1 Tm 6, 10); depois dela, vem a recusa de Deus e, consequentemente, de encontrar consolação n’Ele, preferindo a nossa desolação ao conforto da sua Palavra e dos Sacramentos”.

Vítimas disto são: o bebê nascituro, o idoso doente, o hóspede de passagem, o estrangeiro, mas também o próximo que não corresponde às nossas expectativas.

Também a criação sofre as consequências deste resfriamento do amor: “a terra está envenenada por resíduos lançados por negligência e por interesses; os mares, também eles poluídos, devem infelizmente guardar os despojos de tantos náufragos das migrações forçadas; os céus – que, nos desígnios de Deus, cantam a sua glória – são sulcados por máquinas que fazem chover instrumentos de morte”.

Também nossas comunidades sofrem como consequência do resfriamento do amor, como ressaltou na Exortação apostólica Evangelii Gaudium, expresso nos sinais: da acédia egoísta, do pessimismo estéril, da tentação de se isolar empenhando-se em contínuas guerras fratricidas, da mentalidade mundana que induz a ocupar-se apenas do que dá nas vistas, reduzindo assim o ardor missionário.

Apresenta-nos o caminho a ser feito nesta Quaresma, a partir do remédio doce da oração, da esmola e do jejum.

Finalmente, convida-nos a refletir sobre o “fogo da Páscoa”, que será a consumação de um caminho quaresmal feito com ardor, apoiado nos remédios da oração, jejum e esmola.

“Se por vezes parece apagar-se em muitos corações o amor, este não se apaga no coração de Deus! Ele sempre nos dá novas ocasiões, para podermos recomeçar a amar”.

Como em anos anteriores, motiva-nos à realização, das “24 horas para o Senhor”, dias 09 e 10 de março, com a Celebração do Sacramento da Reconciliação num contexto de Adoração Eucarística, inspirados nas palavras do Salmo 130: “Em Ti, encontramos o perdão” (v. 4).

Orienta que, em cada diocese, pelo menos uma igreja fique aberta durante 24 horas consecutivas, oferecendo a possibilidade de Adoração e da Confissão Sacramental.

Acena para a Noite de Páscoa, em que a Luz acesa do Círio Pascal seja sinal do dissipar das trevas do coração e do espírito, crendo na vitória do Ressuscitado, “...para que todos possamos reviver a experiência dos discípulos de Emaús: ouvir a Palavra do Senhor e alimentar-nos do Pão Eucarístico permitirá que o nosso coração volte a inflamar-se de fé, esperança e amor”.

Finaliza a Mensagem concedendo-nos as bênçãos de Deus, assegurando orações por nós e pedindo que rezemos por ele.



Se desejar, confira a mensagem na íntegra: 

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