sábado, 22 de novembro de 2025

Cristificar, eis a nossa missão! (Cristo Rei)

                                                            


Cristificar, eis a nossa missão!

Cristificar, mais que um
verbo a conjugar, pelo Verbo viver…

Ser cristão é "Cristificar".

Mas, este verbo não existe, dirão, devaneios da mente, loucura, algo sem absoluto sentido…

Cristificar é um neologismo, não procure no dicionário. Importa, porém, que nos leva a pensar...

Não nos percamos no secundário, procuremos na realidade que nos cerca significados para “cristificar”:

Cristificar é em primeiro momento tornar-se Cristo, a tal ponto que possamos dizer como o Apóstolo Paulo: Já não sou quem vivo, é Cristo quem vive em mim (cf. Gl 2,20).

Tornando-se Cristo, e Ele vivendo em nós, ser sinal de Sua presença no mundo. Torná-Lo visível, crível, tocável, presente, solidário, deve ser nossa missão permanente.

Cristificar é deixar-se conduzir pela Sua Palavra, pelo Seu ensinamento, acolher e viver a Boa Nova do Evangelho (Cf. Lc 4,16-21).

Cristificar é tornar-se semelhante a Ele, configurar-se a Ele, tendo d’Ele mesmos sentimentos (cf. Fl 2,5).

Cristificar é completar em nossa carne o que falta a Sua Paixão por amor a Sua Igreja (cf. Cl 1,24).

Cristificar é ser misericordioso como o Pai (Lc 6,36).

Cristificamos quando prolongamos no dia a dia a Eucaristia que celebramos e o Cristo que comungamos.

Cristificamos quando o Mistério no Altar Celebrado, crido, adorado, sem medo, por absoluto amor, nas mais diversas situações testemunhado.

Cristificamos quando o Pão no Altar for, por todos, partilhado, renova-se o compromisso com a paz e justiça, aurora de um mundo transformado.

Cristificamos quando assumimos nossa condição de fermento na massa levedando o mundo, para que acorde numa nova aurora de esperança.

Cristificamos quando assumimos a missão de ser sal para dar sabor à vida, gosto de Deus à humanidade, construindo laços de amizade/fraternidade.

Cristificamos quando não deixamos apagar a Luz de Deus que em nós habita, numa fé que não esmorece diante das provações da vida.

Cristificar solidificando a família, tendo Jesus como rocha, pedra fundamental sobre a qual se edifica a Igreja doméstica, onde o amor, lei maior, jamais pode faltar (cf. Mt 7).

Cristificar cultivando o jardim de Deus, não com saudades do paraíso, mas como um alegre, incansável e inadiável compromisso.

Cristificar não erigindo a torre de Babel para chegar aos céus, mas na cruz cotidiana carregada fortalecer laços de partilha e comunhão, no amor a Deus e a toda Sua criação.

Cristificar não permite o furtar-se de compromissos em todos os âmbitos de nossa vida.

Cristificar não nos permite da luta fugir; lutando sempre na ousadia e teimosia de quem sabe pela defesa da sagrada vida resistir.

Cristificar não nos permite indiferenças, acomodações, discriminações, alienações. Não nos permite braços cruzar, na espera de um amanhã melhor, como se Deus de nós não quisesse precisar. Não nos é permitido das responsabilidades múltiplas, esquivar, renunciar.

Cristificar é ser outro Cristo para tantos outros Cristos que nos rodeiam: famintos, analfabetos, idosos, desamados, desesperançados, abandonados, encarcerados, mutilados, nos porões da humanidade condenados…

Cristificar, repito, é tornar-se outro Cristo! Fácil? Absolutamente não! Mas, o verdadeiro cristão sabe que não encontrará facilidades; sabe que o verdadeiro cristianismo não se vive sem o Mistério da Cruz, pela qual o Amor veio e entrou no mundo.

Cristificar é, enfim, renunciar a si mesmo, tomar a sua cruz de cada dia, e seguir o Senhor. A vida consumir, numa alegre e esperançosa entrega da glória eterna. A cruz é inevitavelmente, em sua exata medida, instrumento de libertação, quer para o tempo presente, quer para a glória dos céus.

Em todo tempo, inclusive na pós-modernidade em que estamos inseridos, é preciso aprender a conjugar o verbo cristificar.

Cristificar, mais que um verbo a conjugar, pelo Verbo viver…



PS: Apropriado para a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo; bem como quando na Liturgia se proclama a passagem do Livro do Gênesis (Gn 11,1-9) sobre a torre de Babel

Jesus, um Rei diferente (Cristo Rei)

                        

Jesus, um Rei diferente

Reflitamos a passagem do Evangelho (Lc 23, 35-43) proclamado na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo (ano C).

Voltamos ao tema da conversão, que é tão importante para a teologia de Lucas, e que sobressai tão fortemente na narração da Paixão do Senhor.

A narração da Paixão não é para que tenhamos pena de Jesus, tão pouco compaixão pelas Suas dores. Somente isto não basta:

"A melhor atitude é ter consciência dos próprios pecados, arrepender-se deles e tirar da Cruz de Jesus, a coragem e a força para mudar de vida” (1).

Isto é o que aprendemos com um dos crucificados ao lado de Jesus (Lc 23,40-42) ao se dirigir ao outro crucificado: 

“'Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação. Para nós é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas Ele não fez nada de mal’. E acrescentou: ‘Jesus lembra-Te de mim quando entrares no Teu reinado’”.

Oremos:

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Rei e Senhor!
Ontem, hoje e sempre, porque sois verdadeiramente Homem e Deus e Reina possibilitando-nos a graça da conversão;

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Rei e Senhor!
Ontem, hoje e sempre, porque sois verdadeiramente Homem e Deus e Reina salvando-nos e o céu abrindo-nos.

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Rei e Senhor!
Ontem, hoje e sempre, porque sois verdadeiramente Homem e Deus e Reina amando-nos.

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Rei e Senhor!
Ontem, hoje e sempre, porque sois verdadeiramente Deus e Reina, e pela causa deste Reino, a morte de cruz vivendo, gloriosamente Ressuscitando.

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Rei e Senhor!
Ontem, hoje e sempre, porque sois verdadeiramente Deus e Reina no consumando amor até o fim no Trono Glorioso da Cruz.

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Rei e Senhor!
Ontem, hoje e sempre, porque sois verdadeiramente Homem e Deus e Reina dando-Se a Si mesmo.

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Rei e Senhor!
Ontem, hoje e sempre, porque sois verdadeiramente Homem e Deus e Reina “perdendo” a Sua vida para que o mundo possa viver.

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Rei e Senhor!
Ontem, hoje e sempre, porque sois verdadeiramente Homem e Deus e inverte a lógica do ter, poder e ser, vivendo a partilha, o serviço e a humildade.

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Rei e Senhor!
Ontem, hoje e sempre. Amém.

  
(1)         Lecionário Comentado – Ed Paulus – Lisboa -2010 - p.863

Cristo Reina quando nosso coração se inflama de amor (Cristo Rei)

                                                                   

Cristo Reina quando nosso coração se inflama de amor

Chegando ao final de mais um Ano Litúrgico, celebramos, com toda a Igreja, a Solenidade de Cristo Rei do Universo, proclamando ao mundo que Ele é o Senhor de nossa vida.

Com júbilo, renovamos nosso compromisso de discípulos missionários do Senhor, amando como Ele ama. Um amor incondicional que ama até o fim e, de modo especial, os mais empobrecidos com os quais se identifica.

Reinar com Jesus é fazer d’Ele e de sua Palavra o centro de nossa vida, pautar nossa existência, todo nosso pensar, sentir e agir à luz de Seus ensinamentos. 

Trilhando o caminho da fé, ancorados pela esperança e inflamados pelo fogo da caridade, seremos iluminados pela verdade, teremos a vida plena prometida abundantemente. É preciso ter coragem de carregar o trono de Jesus, que aos olhos do mundo nada tem de encantador, ao contrário. Carregar o trono onde Ele foi entronizado e coroado: a Cruz! Expressão que nos inquieta: a Cruz é o trono do Senhor!

Um longo caminho percorremos e reinamos com o Senhor no realizar de  cada pequeno gesto, sempre acompanhado de muito amor e que, portanto, aos olhos de Deus tornam-se grandes.

Coroamos o Senhor como servos inúteis que somos com o nosso trabalho, portanto, não podemos ser econômicos em descobrir modos e expressões efetivas e afetivas para coroá-Lo; amando a Deus sobre todas as coisas, com nossa alma, força, mente e entendimento e ao nosso próximo como Ele nos amou. 

Quem a Deus ama, reina com o Senhor servindo alegremente. Que continuemos coroando o Senhor, resistindo às tentações que nos acompanham a todo instante, sem jamais sucumbir a elas, vigilantes e pacientes nas tribulações e adversidades, pois tudo podemos n’Aquele que nos fortalece e, na mais bela expressão de gratidão e gratuidade.

A Ele todo o louvor e glória. Tão somente assim O coroamos e O proclamamos Rei do Universo e  Senhor de nossa vida.

A Cruz é o Trono do Senhor! (Cristo Rei)

                                                                 


A Cruz é o Trono do Senhor!
Carreguemos o Seu Trono cotidianamente!

"Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga.” (Lucas 9,23).


Jesus, o Rei que amamos, é diferente!

Nu, despido, desprotegido, por alguns traído,
Por outros abandonado, solidão desoladora,
O auge das trevas e extrema escuridão,
Iluminada na madrugada da Ressurreição!

Jesus, Seu Trono é a Cruz!

No alto da Cruz, amor vivido,
Num trono por nós incompreendido,
Ele testemunhou a força desarmada do amor.
Amor universal, que chega até aos inimigos.

Reinar com Jesus é, portanto:
Não renunciar a cruz, que temos com ousadia e coragem carregar. Sendo luz com Ele, rompendo o véu da mediocridade, irrompendo a luz na madrugada da desejada Ressurreição, alegria para a profundeza da triste e indesejada, dos mortos, mansão.

Reinar com Jesus é viver a força desarmada do Seu Amor!

Ó incrível Amor do Senhor que na Cruz contemplamos! 
Solitário, amando até o extremo! Do Seu lado trespassado Água e Sangue jorraram, d’Ele nascemos, nos alimentamos... 

Somos revitalizados sempre por este Amor que a tudo e a todos pode vencer!

Amor testemunhado no ato extremo e último da Morte de Cruz.
Amor que ama até o fim!

Amor, incrível amor, a se viver corajosamente em situações favoráveis e adversas.

O amor é a força que nos move, revigora... 

Amor que não nos permite perder o encantamento pela busca do último horizonte: a eternidade - céu.

Que sejamos, no Amor e pelo Amor, sempre fortalecidos
 no bom combate da fé, no carregar de nossa cruz!

Venha a nós, Senhor, o Vosso Reino de Amor!
Amém.

Somar com quem o bem sabe multiplicar (Cristo Rei)

                                                


Somar com quem o bem sabe multiplicar

Uma fé pascal faz do
fim um eterno recomeço...

Coroamos solenemente Cristo Rei e Senhor da História,
Aquele que possui o Reino eterno e universal,
Ele que é a testemunha fiel, primogênito dos mortos,
O soberano de todos os príncipes, alfa e ômega.

A Ele toda honra, glória, poder e louvor, elevemos,
Compromissos renovados, atitudes sinceras multiplicadas,
Sem o que nossa coroação abominável seria,
Como todo culto sem a prática do direito e da justiça.

Coroar o Senhor é olhar para o fim da história,
Sem desespero e sem sombras de medo para o presente,
Vivendo intensamente com confiança, alegria e sabedoria,
Em vigilância permanente até que Ele venha gloriosamente.

É a Ele oferecer-se de modo total e decididamente,
Pois é Ele nosso ponto de referência numa adesão incondicional.
A Ele entregamos nossas limitações, fraquezas, sofrimentos,
Alegrias, conquistas, avanços, sonhos, santas procuras.

É fazer bom uso do tempo presente que é tão fugaz,
Tão finito, que não nos permite perdas irrecuperáveis;
Viver intensamente cada segundo sob o Seu olhar,
Numa relação de amor, vocacionada, a eternizar.

Assim há que se olhar para o fim e destino da História,
Certos de que o fim é iminente e inexorável,
Por isto requer sempre uma renascida postura,
Cada gesto, cada instante um eterno recomeço.

Por isto é preciso aumentar o cortejo da vida,
Somar com aqueles que não se perdem e se consomem
Em discursos verborrágicos, sem germe da novidade,
Porque acompanhados de palavreados esvaziados.

Somar com os que não se prestam a se tornarem
Profetas do mau agouro, da desesperança, da agonia,
Do medo que nada constrói, porque prescinde
Da autêntica fé e confiança n’Aquele que conosco caminha.

Somar com os que não deixam morrer em si a confiança
De que um novo mundo é mais do que possível, desejável;
Não deixam morrer e matar dentro de si a profética alegria,
De quem pauta sua vida sem jamais prescindir da sabedoria.

Somar com os que não plantam sementes da maldade,
Mas que em cada Mesa da Palavra e da Eucarística
Com participação ativa, frutuosa e piedosa como há de ser
Conscientes da sagrada missão que renovam em Oração.

Somar com os que não dão ouvidos aos cantos enganadores
Das “sereias” de cada tempo, com suas terríveis seduções,
Que nos afastam da verdadeira felicidade desejada,
Que somente encontra quem a Deus ama e serve com alegria.

Somar com tantas pessoas de boa vontade,
Que até mesmo fé diferente professam,
Mas que têm um denominador comum:
Amantes do Deus da Vida e da vida o são.

Somar com quem não se curva ao relativismo
Das verdades que duram não mais que alguns instantes.
Somar com aqueles que, por serem da verdade,
A Voz da Verdade escutam: o Rei Eterno, Jesus.

Somar é preciso
Com quem somar?
Quero somar contigo
Que ora lê e comigo crê...

Que sem omissão não cruza os braços,
Que as mãos generosamente abre,
Porque antes o coração se abriu,
Dando a Deus e ao próximo o melhor de si.

É com estes que quero somar:
Com quem dá de sua pobreza com amor,
Tornando, portanto, para Deus riqueza,
Como tão bem nos ensinou a viúva do Evangelho

Somar com quem dá sua pobreza com e por amor:
Sua juventude, capacidade, vigor, tempo,
Testemunho de fé, capital precioso,
Que podemos investir em favor do próximo.

Há aqueles com quem se há de somar.
Você é uma destas pessoas...
Com quem mais haveremos de somar
Para melhor a Deus e ao próximo amar?

Em poucas palavras... (Cristo Rei)

 


«Sacerdote, profeta e rei»

“Jesus Cristo é Aquele que o Pai ungiu com o Espírito Santo e constituiu «sacerdote, profeta e rei». Todo o povo de Deus participa destas três funções de Cristo, com as responsabilidades de missão e de serviço que delas resultam (Papa São João Paulo II).” (1)

 

(1)               Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 783

Sejamos configurados ao Senhor (Cristo Rei)

                                                       


Sejamos configurados ao Senhor

Ao celebrar a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, retomemos as palavras do Apóstolo Paulo.

Ele faz um apelo simples e forte no texto da Carta aos Filipenses: “Tende entre vós mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus”  (Fl 2,5).

Para participar do reinado do Senhor, ou seja, para ser um cristão autêntico, somente percorrendo um caminho concreto, avançando no mesmo sentido indicado pelo Mestre, identificando-se com Ele, tornando-se uma imagem Sua, para as pessoas que encontramos.

É preciso que sejamos totalmente configurados ao Senhor, de modo que nossos pensamentos e sentimentos se tornem orientados e iluminados pelos mesmos d’Ele. Pensamentos e sentimentos, de fato, não na teoria e intenções apenas.

Tão somente assim viveremos atitudes mais profundas que revelarão a fé que professamos, e que o Cristo que cremos é uma Pessoa que um dia encontramos e marcou para sempre todo o nosso ser e nosso viver.

Reinar com Jesus é ter d’Ele mesmos ‘sentimentos’, mas segundo a antropologia de Paulo, não são as ‘emoções’ que as diferentes circunstâncias provocam em nós, são, antes, os ‘motivos’, as ‘convicções’ do mais íntimo da pessoa que a levam a agir num sentido específico.

O ‘sentimento’ bíblico envolve toda a pessoa: mente e coração; mãos e pés, e a disposição permanente para com um comportamento específico, acompanhado de uma permanente conversão dos sentimentos e dos pensamentos.

Reinar com Jesus, é conhecê-Lo verdadeiramente, a partir do interior: o Seu agir; as Suas preocupações; o Seu critério na avaliação das pessoas e das circunstâncias; as Suas opções de vida, a Sua relação pessoal com o Pai; a Sua disposição para com os outros.

Reinar com o Senhor é conhecer Seus sentimentos, e isto se dá na leitura atenta do Evangelho (Leitura Orante), na Oração confiante, na celebração sincera dos Sacramentos, na vida da comunidade cristã, na partilha da fé em grupo, porque não se vive a fé isoladamente.

Ter d’Ele mesmos pensamentos e sentimentos suscita em nós um intenso desejo de viver em comunhão com o outro, no perdão dado e recebido, na comunhão fraterna, na alegria do encontro e da solidariedade.

A fé n’Ele professada se faz cultura, ou seja, determina todo o nosso existir, nosso modo de ser e agir.

O Apóstolo nos apresenta sentimentos que Jesus viveu em profundidade, e nos exorta o mesmo fazer: a fortaleza perante a prova; a compaixão perante as necessidades alheias; a humildade; a obediência à vontade do Pai (cf. Fl 5, 6-8).

Tudo isto bem vivido se torna como que ‘motores’ da vida de Cristo, que O conduziram aos acontecimentos salvíficos, passando pela crudelíssima Morte, precedida pelo sofrimento, paixão, dor, lágrimas,  para alcançar a gloriosa Ressurreição.

Jesus reina glorioso à direita do Pai (Ap 5, 1-10), na plenitude da alegria celestial, Aquele que na terra também verteu lágrimas de compaixão e solidariedade para com o mundo, como na passagem do Evangelho (Lc 19, 41-44), diante do fechamento e não acolhida em Jerusalém.

Reinar com Jesus é ser cristão; discípulo missionário d’Ele, fazendo progressos espirituais na vivência da fortaleza da fé, na compaixão que dá sentido à esperança, na humildade e na obediência a Deus, como expressão de um amor que nos inflama e nos impele, sem jamais esquecer o primeiro amor (Ap 1,1-4;2,1-5a).

Concluindo, que a Solenidade, liturgicamente celebrada em nossas Igrejas e Altares, seja acompanhada de fatos, gestos solidários, transformação de nosso ser, para gerar e formar Cristo em nós e nos outros.

Que o mundo veja nos cristãos e na comunidade a presença de Jesus Cristo, e digam como diziam ao ver os cristãos no princípio do cristianismo: “vejam como se amam” (Tertuliano).


PS: Livre adaptação do Lecionário Comentado - Editora Paulus - pp.436-437.  

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