(criam comunhão e identidade);
sábado, 8 de novembro de 2025
As quatro portas do Templo
(criam comunhão e identidade);
Em poucas palavras...
Templo: lugar do encontro com Deus
Jesus
subiu ao templo como quem sobe ao lugar privilegiado de encontro com Deus.
O templo é
para Ele a casa do seu Pai, uma casa de oração, e indigna-Se com o fato de o
átrio exterior se ter tornado lugar de negócio (Mt 21,13).
Se expulsa
os vendilhões do templo é pelo amor zeloso a seu Pai: «Não façais da casa do
meu Pai casa de comércio». «Os discípulos recordaram-se de que estava escrito:
"O zelo pela tua casa devorar-me-á" (Sl 69, 10)» (Jo 2,
16-17).
Depois da
ressurreição, os Apóstolos guardaram para com o templo um respeito religioso (At
2,46; 3.1; 5,20-21; etc).” (1)
(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 584
Em poucas palavras...
“Cristo é o verdadeiro Templo de Deus”
“Cristo é
o verdadeiro Templo de Deus, «o lugar em que reside a sua glória»; pela graça
de Deus, também os cristãos se tornam templos do Espírito Santo, pedras vivas
com que se constrói a Igreja.” (1)
(1)
Catecismo da Igreja
Católica – parágrafo n. 1197
Comunidades em permanente conversão
Comunidades em permanente conversão
Na passagem da
Carta de Paulo aos Coríntios, (1 Cor 3,9c11.16-17), o Apóstolo Paulo afirma
que os cristãos são o templo de Deus onde reside o Espírito, e assim precisam
viver uma nova dinâmica.
Em Corinto, cidade
nova e muito próspera, servida por dois portos de mar, com característica de
cidades marítimas, com população de todas as raças e religiões, também tinha
comportamentos inapropriados.
É neste contexto
que temos a comunidade de Corinto, uma comunidade viva e fervorosa, mas não
livre destas influências, com a necessidade de aprofundar a sua vivência na
lógica de Deus, sem partidos, divisões, competições, e incoerências, dando
melhor testemunho de Deus, vivendo a sabedoria de Deus que consiste na “loucura
da Cruz”.
Como Edifício de
Deus, animadas pelo Espírito, precisa fortalecer os vínculos de fraternidade e
unidade, vivendo uma dinâmica nova, seguindo Jesus no caminho do amor, da
partilha, do serviço, da obediência a Deus em favor dos irmãos, num autêntico
testemunho.
Urge que nossas
comunidades cresçam em fraternidade, solidariedade, para o testemunho da
“loucura da Cruz”, com gestos concretos de amor, de partilha, de doação, de
serviço, evitando todo tipo de fragmentação, divisão, contradições, e jamais
sobrepor os interesses e vaidades pessoais.
Vivendo a
“sabedoria de Deus”, não rompam as relações de fraternidade na busca do poder;
a tentação do prestígio e reconhecimento social; discernindo quais são os bens
perecíveis e secundários.
Deste modo, em
permanente atitude de conversão, serão sinal e luz diante da “sabedoria” do
mundo, irradiando a verdadeira e eterna luz divina.
Que nosso coração seja puro e luminoso
“Celebramos hoje, irmãos diletos, com exultação jubilosa e com a Bênção de Cristo, o natalício deste templo. Nós, porém, é que temos de ser o verdadeiro templo vivo de Deus. Todavia é com muita razão que os povos cristãos observam com fé a solenidade da Igreja-mãe, por quem reconhecem ter nascido espiritualmente. Pois pelo primeiro nascimento éramos vasos da ira de Deus; pelo segundo, foi-nos dado ser vasos da Sua misericórdia. O primeiro nascimento lançou-nos na morte; e o segundo, chamou-nos de novo à vida.
A festa, que a princípio era celebrada apenas em Roma, passou a ser festa universal no rito romano, em honra dessa Igreja chamada 'Mãe e Cabeça de todas as Igrejas de Roma e de todo o mundo' (Urbis et orbis), como sinal de amor e de unidade para com a Cátedra de São Pedro. A história desta Basílica evoca a chegada à fé de milhares de pessoas que ali receberam o Batismo”.
Tomemos consciência de nossa condição pecadora e na acolhida da misericórdia e luz divinas que nos purificam e nos iluminam, e também para que nos tornemos menos impuros para acolhida de Deus em nós, uma vez que o Batismo nos torna templos de Deus.
Acompanhe-nos, todos os dias, a Oração, a vigilância, a conversão e a penitência para que sejamos pedras vivas na Igreja, tendo Cristo como a Pedra principal, e os Apóstolos como seus fundamentos.
Em poucas palavras...
Igreja: templo do Espírito Santo
“A Igreja é o Templo do Espírito
Santo. O Espírito é como que a alma do Corpo Místico, princípio da sua vida, da
unidade na diversidade e da riqueza dos seus dons e carismas.” (1)
(1)
Catecismo da Igreja Católica
– parágrafo n. 809
Rezando com os Salmos - Sl 73 (74)
Deus
jamais nos decepciona e escuta nossos lamentos
“–1 Ó Senhor, por
que razão nos rejeitastes para sempre
e Vos irais contra as ovelhas do rebanho que guiais?
=2 Recordai-Vos deste povo que outrora adquiristes,
desta tribo que remistes para ser a Vossa herança,
e do monte de Sião que escolhestes por morada!
–3 Dirigi-Vos até lá para ver quanta ruína:
no santuário o inimigo destruiu todas as coisas;
–4 e, rugindo como feras, no local das grandes festas,
lá puseram suas bandeiras os ímpios inimigos.
–5 Pareciam lenhadores derrubando uma floresta,
6 ao quebrarem suas portas com martelos e com malhos.
–7 Ó Senhor, puseram fogo mesmo em Vosso santuário!
Rebaixaram, profanaram o lugar onde habitais!
–8 Entre si eles diziam: 'Destruamos de uma vez!'
E os templos desta terra incendiaram totalmente.
–9 Já não vemos mais prodígios, já não temos mais profetas,
ninguém sabe, entre nós, até quando isto será!
–10 Até quando, Senhor Deus, vai blasfemar o inimigo?
Porventura ultrajará eternamente o Vosso nome?
–11 Por que motivo retirais a Vossa mão que nos ajuda?
Por que retendes escondido Vosso braço poderoso?
–12 No entanto, fostes Vós o nosso Rei desde o princípio,
e só Vós realizais a salvação por toda a terra.
–13 Com Vossa força poderosa dividistes vastos mares
e quebrastes as cabeças dos dragões nos oceanos.
–14 Fostes Vós que ao Leviatã esmagastes as cabeças
e o jogastes como pasto para os monstros do oceano.
–15 Vós fizestes irromper fontes de águas e torrentes
e fizestes que secassem grandes rios caudalosos.
–16 Só a Vós pertence o dia, só a vós pertence a noite;
Vós criastes sol e lua, e os fixastes lá nos céus.
–17 Vós marcastes para a terra o lugar de seus limites,
Vós formastes o verão, vós criastes o inverno.
–18 Recordai-Vos, ó Senhor, das blasfêmias do inimigo
e de um povo insensato que maldiz o Vosso nome!
–19 Não entregueis ao gavião a Vossa ave indefesa,
não esqueçais até o fim a humilhação dos Vossos pobres!
–20 Recordai Vossa Aliança! A medida transbordou,
porque nos antros desta terra só existe violência!
–21Que não se escondam envergonhados o humilde e o pequeno,
mas glorifiquem Vosso nome o infeliz e o indigente!
–22 Levantai-Vos, Senhor Deus, e defendei a Vossa causa!
Recordai-Vos do insensato que blasfema o dia todo!
–23 Escutai o vozerio dos que gritam contra Vós,
e o clamor sempre crescente dos rebeldes contra Vós!”
O Salmo 73(74) é uma profunda lamentação sobre o templo
devastado:
“Depois
da destruição do Templo e da Cidade Santa (586 a.C.), o povo eleito está
prostrado. Mas a recordação das maravilhas de Deus na Criação e na História faz
crer que Deus não esquecerá seu povo.” (1)
Também podemos viver situações desoladoras, tanto pessoal como
social. No entanto é preciso manter viva a fé, dando razão de nossa esperança, perseverando
na prática da caridade, e contanto com a intervenção e manifestação da
onipotência do amor de Deus que jamais nos abandona ou nos decepciona.
(1)
Comentário da Bíblia Edições CNBB – pág. 788

.jpg)



.jpg)

