domingo, 4 de maio de 2025

Testemunhar a vida nova do Ressuscitado (IIIDTPC)

Testemunhar a vida nova do Ressuscitado 

“Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?”
“Simão, filho de João, tu me amas?”
“Simão, filho de João tu me amas?”
“Apascenta minhas ovelhas.”
“Segue-me”. 

A Liturgia da Palavra do 3º Domingo da Páscoa (ano C) nos convida à reflexão sobre a presença e ação do Ressuscitado no seio da comunidade, que dá coragem, confiança e garante a esperança vitoriosa e a pesca frutuosa, plena de êxito. 

A missão da comunidade dos que creem, é testemunhar e concretizar a missão de Jesus Ressuscitado, que tem garantia de êxito, pois conta com a Sua presença, Palavra e Pão em cada Eucaristia celebrada. 

A passagem da primeira Leitura (At 5, 27b-32.40b-41) nos apresenta o testemunho da comunidade de Jerusalém. Testemunhar a Vida Nova do Ressuscitado é pôr-se em obediência primeira e incondicional a Deus. 

Impressiona-nos a coragem e o testemunho de Pedro, enfrentando a mesma oposição enfrentada por Jesus. São lapidares as palavras de Pedro: – “deve obedecer-se antes a Deus do que aos homens” (At 5,29). 

Animados pelo Espírito, devemos manter a fidelidade ao Senhor no caminho, enfrentando os opositores. De fato, a proposta de Jesus não é um caminho fácil, pois passa pela cruz. Não é um caminho marcado pela facilidade de glórias, aplausos, confetes, honras, popularidade. 

Sua proposta não faz pacto com esquemas egoístas, injustos e opressores. Sua mensagem, em todo tempo, é questionante, transformadora, revolucionária, pois coloca em causa tudo o que gera injustiça, opressão, sofrimento e morte. 

Na segunda Leitura (Ap 5,11-14), o autor do Apocalipse nos apresenta Jesus como o “Cordeiro imolado”, que venceu a morte e trouxe para nós a libertação definitiva. 

A comunidade, vivendo em contexto de perseguição, martírio, sofrimento, deve se manter fiel e confiante na esperança da vitória. Ela testemunha o Cordeiro vitorioso que é Cristo Jesus. O Cordeiro imolado é vencedor da morte. 

A mensagem pode ser resumida numa frase: – “Não tenhais medo, pois a vossa libertação está para chegar”. Uma mensagem para revigoramento da fé, renovação da esperança e fortalecimento da capacidade de lutar contra toda e qualquer forma de injustiça, egoísmo, sofrimento e pecado. 

A comunidade eleva louvores e expressa sua gratidão pelo dom do Ressuscitado, Sua centralidade, Sua vitória, pois n’Ele está a nossa vitória! 

Com a passagem do Evangelho (Jo 21,1-19), vemos os discípulos em missão e a exigência para levar adiante esta missão.   

A tríplice confissão de amor pedida a Pedro, condição para cumprir com fidelidade a missão pelo Ressuscitado confiada. 

Para presidir a comunidade é imprescindível o amor, a lógica da doação e do serviço. 

Crer em Sua presença é escrever uma história de amor em nosso cotidiano, para além de nossas debilidades e fraquezas, como assim nos falou o Papa São João XXIII -  “Não basta ser iluminados pela fé e inflamados pelo desejo do bem para impregnar de princípios sadios uma civilização... é necessário inserir-se em suas instituições” (Pacem in Terris, 148). 

Quanto mais amarmos, mais revigorados seremos e mais a luz do Ressuscitado resplandecerá. 

Esta presença somente é reconhecida por quem ama, fazendo de sua vida doação e serviço, assim como fez Jesus. Presença que nos faz passar da noite do fracasso para o amanhecer do êxito da vitória. 

A escuridão da noite e da morte foi iluminada na madrugada da Ressurreição. As aparentes derrotas preanunciaram a vitória! Com Jesus nossa pesca será abundante!

Aprofundando a riquíssima linguagem simbólica do Evangelho, vemos que, em três grandes partes, João nos apresenta a terceira aparição do Ressuscitado: a pesca, a refeição e a investidura de Pedro. 

Os sete Apóstolos voltam à sua atividade cotidiana: 

Sete indica totalidade – uma Igreja toda em missão. 

Pescar revela a missão da Igreja – pescar aqueles que se encontram mergulhados no mar do sofrimento e da escravidão. 

Noite sem nada pescar – noite como tempo das trevas, da escuridão, da ausência de Jesus. Sem Jesus tudo é um fracasso irremediável - “Sem mim, nada podeis fazer” (Jo, 15,5). 

Êxito da pesca – garantida pela presença do Ressuscitado e confiança em Sua Palavra. 

Rede com 153 peixes – número marcado pelo simbolismo – resultado da soma dos 17 primeiros algarismos – 10 + 7 = totalidade, todos os peixes conhecidos. Significa a plenitude e a universalidade da Salvação. 

O discípulo amado reconhece Jesus, o Ressuscitado – amar é condição para reconhecer Sua presença. 

Comer com os discípulos – prefigura-se a Eucaristia – “Os pães com que Jesus acolhe os discípulos em terra são um sinal do Amor, do serviço, da solicitude de Jesus pela Sua comunidade em missão no mundo: deve haver aqui uma alusão à Eucaristia, ao Pão que Jesus oferece, à vida com que Ele continua a alimentar a comunidade em missão” (1). 

Reflitamos: 

- De que modo estamos realizando a missão do Ressuscitado a nós confiada no dia de nosso Batismo?

- Quais são os sinais da presença do Ressuscitado em nossa comunidade? 

- Quais são as dificuldades, oposições que enfrentamos no testemunho do Cristo Ressuscitado?

- De que modo somos “pescadores de homens do mar do sofrimento e da escravidão”? 

- Ontem a Pedro, hoje a nós: Amamos o Senhor a ponto de entregar a nossa vida por Ele?

- O que somos capazes de sofrer por amor a Jesus e a Sua Igreja? 

- Quais são as forças que renovam e nutrem a nossa esperança? 

- De que modo vivemos a caridade, como expressão de que somos discípulos missionários d’Aquele que é a Epifania do Amor de Deus pela humanidade, Jesus? 

Concluindo, somos enviados ao mundo para o resgate de humanidade, do mar do sofrimento e da escravidão. Nisto consiste “sermos pescadores de homens”. 

É Páscoa! Ele está em nosso meio.
“Alegremo-nos e n’Ele exultemos”. 
Pelo Senhor, fomos escolhidos, amados, enviados.
Por Ele assistidos, acompanhados, nutridos. 
A Ele toda fidelidade, entrega, amor e doação.
Com Ele, servir, testemunhar, nossa missão. 
Amar o Amado sempre, em fidelidade ao Pai,
que nos enviou o Santo Espírito de Amor.
Amém. Aleluia!
 

 

(1) Fonte: www.dehonianos.org

Rezando com os Salmos - Sl 38 (39)

 


                            Nossa fragilidade nas mãos do Senhor

“–2 Disse comigo: ‘Vigiarei minhas palavras,
a fim de não pecar com minha língua;
– haverei de pôr um freio em minha boca
enquanto o ímpio estiver em minha frente’.

=3 Eu fiquei silencioso como um mudo,
mas de nada me valeu o meu silêncio,
pois minha dor recrudesceu ainda mais.

=4 Meu coração se abrasou dentro de mim,
um fogo se ateou ao pensar nisso,
5 e minha língua então falou desabafando:

= ‘Revelai-me, ó Senhor, qual o meu fim,
qual é o número e a medida dos meus dias,
para que eu veja quanto é frágil minha vida!

–6 De poucos palmos vós fizestes os meus dias;
perante vós a minha vida é quase nada.

–7 O homem, mesmo em pé, é como um sopro,
ele passa como a sombra que se esvai;
– ele se agita e se preocupa inutilmente,
junta riquezas sem saber quem vai usá-las’.

–8 E agora, meu Senhor, que mais espero?
Só em vós eu coloquei minha esperança!
–9 De todo meu pecado libertai-me;
não me entregueis às zombarias dos estultos!

–10 Eu me calei e já não abro mais a boca,
porque vós mesmo, ó Senhor, assim agistes.
–11 Afastai longe de mim vossos flagelos;
desfaleço ao rigor de vossa mão!

=12 Punis o homem, corrigindo as suas faltas;
como a traça, destruís sua beleza:
todo homem não é mais do que um sopro.

=13 Ó Senhor, prestai ouvido à minha prece,
escutai-me quando grito por socorro,
não fiqueis surdo aos lamentos do meu pranto!

– Sou um hóspede somente em vossa casa,
um peregrino como todos os meus pais.
–14 Desviai o vosso olhar, que eu tome alento,
antes que parta e que deixe de existir!”

O Salmo 38(39) é a prece de um enfermo e o reconhecimento de que somos apenas um sopro; assim como a própria criação tem suas limitações, como lemos na passagem do Apóstolo Paulo aos Romanos - A criação ficou sujeita à vaidade. por sua dependência daquele que a sujeitou; esperando ser libertada (cf.Rm 8,20):

“Que pode esperar o homem que é simplesmente um nada? É preciso olhar de frente a realidade da vida terrena, para só em Deus colocarmos nossa esperança e não vivermos na ilusão.” (1)

Reconheçamos nossa finitude e limitada condição humana diante da onipotência divina.

Superemos toda e qualquer forma de presunção ou pretensão de uma  existência sem Deus, num mundo que, por vezes. proclama a Sua morte ou, pior ainda, Sua desnecessária existência.

Urge que a tenhamos a humildade necessária para nos despirmos de toda petulância e arrogância diante do criador. E, mais próximos de suas criaturas, criemos pontes de fraternidade, derrubando todos os muros que criem divisões e distanciamentos fraternos.


(1) Comentário da Bíblia Edições CNBB – pág. 759

Em poucas palavras...(IIIDTPC)

                                                               


Domingo da Santa Ressurreição

“Quando meditamos, ó Cristo, nas maravilhas que tiveram lugar neste dia de Domingo da Tua Santa Ressurreição, dizemos: Bendito o dia de Domingo, porque nele teve início a criação […] a Salvação do mundo […] a renovação do gênero humano […]. 

Foi nesse dia que o céu e a terra se congratularam e que todo o universo se encheu de luz. Bendito o dia de Domingo, porque nele foram abertas as portas do paraíso, para que Adão e todos os deportados nele entrassem sem temor”. (1)

 

(1)Fanqîth, Ofício sírio-antioqueno – Vol. 6, 1ª parte do verão, p.193b.– citado no Catecismo da Igreja Católica n. 1167

 

Domingo: Dia do Senhor e da Celebração da Eucaristia... (IIIDTP)

                                                            

Domingo: Dia do Senhor e da Celebração da Eucaristia...

São Justino, mártir (Séc. II), escreveu a Primeira Apologia a favor dos cristãos, sobre a Celebração da Eucaristia, a Missa como hoje como conhecemos, a importância do Domingo, como o Dia do Senhor!

“A ninguém é permitido participar da Eucaristia, a não ser àquele que, admitindo como verdadeiros os nossos ensinamentos e tendo sido purificado pelo batismo para a remissão dos pecados e a regeneração, leve uma vida como Cristo ensinou.

Pois não é pão ou vinho comum o que recebemos. Com efeito, do mesmo modo como Jesus Cristo, nosso salvador, Se fez homem pela Palavra de Deus e assumiu a carne e o sangue para a nossa salvação, também nos foi ensinado que o Alimento sobre o qual foi pronunciada a ação de graças com as mesmas palavras de Cristo e, depois de transformado, nutre nossa carne e nosso sangue, é a própria Carne e o Sangue de Jesus que se encarnou.

Os Apóstolos, em suas memórias que chamamos Evangelhos, nos transmitiram a recomendação que Jesus lhes fizera.
Tendo Ele tomado o pão e dado graças, disse:
Fazei isto em memória de mim.

Isto é o meu Corpo (Lc 22,19; Mc 14,22);
e tomando igualmente o cálice e dando graças, disse:
Este é o meu Sangue (Mc 14,24), e os deu somente a eles.
Desde então, nunca mais deixamos de recordar estas coisas entre nós. Com o que possuímos, socorremos a todos os necessitados e estamos sempre unidos uns aos outros. E por todas as coisas com que nos alimentamos, bendizemos o Criador do universo, por Seu Filho Jesus Cristo e pelo Espírito Santo.

No chamado dia do Sol, reúnem-se em um mesmo lugar todos os que moram nas cidades ou nos campos. Leem-se as memórias dos apóstolos ou os escritos dos profetas, na medida em que o tempo permite.

Terminada a leitura, aquele que preside, toma a palavra para aconselhar e exortar os presentes à imitação de tão sublimes ensinamentos.

Depois, levantamo-nos todos juntos e elevamos as nossas preces; como já dissemos acima, ao acabarmos de rezar, apresentam-se pão, vinho e água. Então o que preside eleva ao céu, com todo o seu fervor, preces e ações de graças, e o povo aclama: Amém.

Em seguida, faz-se entre os presentes a distribuição e a partilha dos alimentos que foram eucaristizados, que são também enviados aos ausentes por meio dos diáconos.

Os que possuem muitos bens dão livremente o que lhes agrada. O que se recolhe é colocado à disposição do que preside. Este socorre os órfãos, as viúvas e os que, por doença ou qualquer outro motivo se acham em dificuldade, bem como os prisioneiros e os hóspedes que chegam de viagem; numa palavra, ele assume o encargo de todos os necessitados.

Reunimo-nos todos no dia do Sol, não só porque foi o primeiro dia em que Deus, transformando as trevas e a matéria, criou o mundo, mas também porque neste mesmo dia Jesus Cristo, nosso salvador, ressuscitou dos mortos.

Crucificaram-no na véspera do dia de Saturno; e no dia seguinte a este, ou seja, no dia do Sol, aparecendo aos Seus Apóstolos e discípulos, ensinou-lhes tudo o que também nós vos propusemos como digno de consideração”.

Todos nós precisamos deste espaço, intervalo, para nos refazermos, para melhor desempenho em todas as atividades que muitas vezes nos consomem.

Redescubramos o valor sagrado do domingo, como dia de descanso, recolhimento, oração, revigoramento para a jornada cotidiana.


Redescubramos, também,  as origens, as genuínas raízes do que muitas vezes fazemos ao celebrar, tomando consciência da longa tradição que nos acompanha, e do seu valioso e inestimável sentido e conteúdo!

Num mundo globalizado, em que o secularismo leva muitas vezes à perda do sagrado, reavaliemos a importância do culto, da celebração, do louvor, do encontro com Deus.

Não permitamos que a pós-modernidade seja o sepultamento da indispensável e vital busca de Deus, pois sem Ele a humanidade construirá um mundo que se voltará contra si mesma.

Não reduzamos o Domingo apenas ao nada fazer, ou ao fazer o que na semana não foi possível, dado volume de atividades que se multiplicam. Vivamos o terceiro Mandamento do Decálogo.

Não empobreçamos o Domingo para atividades banais, mas seja para o aprofundamento e intimidade com o Senhor, acolhendo Sua Palavra, Seus ensinamentos...

Façamos do Domingo o "Dia do Senhor”.
A Ele, a honra, a glória, o louvor
pelos séculos dos séculos.
Amém. Aleluia!

A terceira aparição do Ressuscitado (IIIDTPC)

                                                                

A terceira aparição do Ressuscitado

Reflexão à luz da passagem do Evangelho de João (Jo 21,1-14) sobre a terceira aparição do Ressuscitado.

Sua presença e ação seio da comunidade, que dá coragem, confiança e garante a esperança vitoriosa e a pesca frutuosa, plena de êxito.

A missão da comunidade dos que creem é testemunhar e concretizar a missão de Jesus Ressuscitado, que tem garantia de êxito, pois conta com a Sua presença, Sua Palavra e Seu Pão em cada Eucaristia celebrada.

Crer em Sua presença é escrever uma história de amor em nosso cotidiano, para além de nossas debilidades e fraquezas, como assim nos falou o Papa São João XIII:

Não basta ser iluminados pela fé e inflamados pelo desejo do bem para impregnar de princípios sadios uma civilização... é necessário inserir-se em suas instituições” (Pacem in Terris, 148).

Esta presença somente é reconhecida por quem ama, fazendo de sua vida doação e serviço, assim como fez Jesus, fazendo-nos passar da noite do fracasso para o amanhecer do êxito da vitória.

A escuridão da noite e da morte foi iluminada na madrugada da Ressurreição. As aparentes derrotas preanunciaram a vitória! Com Jesus nossa pesca será abundante!

Reflitamos:

- De que modo estamos realizando a missão do Ressuscitado a nós confiada no dia de nosso Batismo?
- Quais são os sinais da presença do Ressuscitado em nossa comunidade?

- Quais são as dificuldades, oposições que enfrentamos no testemunho do Cristo Ressuscitado?
- De que modo somos “pescadores de homens do mar do sofrimento e da escravidão”?

- Quais são as forças que renovam e nutrem a nossa esperança?

É Páscoa! 
Ele está em nosso meio. 
“Alegremo-nos e n’Ele exultemos”. 
Amém. Aleluia! Aleluia!

Páscoa: Recomeçar com a presença do Ressuscitado (IIIDTPC)

                                                         

Páscoa: Recomeçar com a presença do Ressuscitado

Reflexão à luz da passagem do Evangelho de São João (Jo 21,1-19), sobre a terceira aparição do Ressuscitado junto ao mar de Tiberíades.

Esta passagem evoca o primeiro encontro dos discípulos com Jesus, quando foram chamados a deixar tudo para se tornarem pescadores de homens, dando início a tempos novos.

Também contemplamos a profissão de alguns dos discípulos do Mestre, humildes pescadores, depois de uma noite de trabalho infrutífero, com a aparição do Senhor que garante êxito total e abundante.

A rede superlotada de 153 grandes peixes simbolizava a humanidade toda a qual eles deveriam apresentar a Proposta do Reino, porque a Salvação de Jesus deve ser comunicada a todos os povos, a todas as nações.

Enviados para o mar do mundo para atrair a muitos pela mensagem de Jesus, pois somente n’Ele, com Ele a humanidade encontra sentido para a vida.

Oremos:

Senhor, 
diante das dificuldades, 
quantas vezes sentimos se esvaírem as forças, 
num enfraquecimento que nos faz perder o rumo 
e a motivação que possuíamos.
Não foi diferente com Pedro e os demais discípulos, que, 
desanimados, quiseram voltar à vida de pescadores de peixes.

Senhor, 
também nós, muitas vezes queremos voltar à vida
da imaturidade na fé, recuando, 
desistindo da caminhada, 
do carregar da cruz cotidiana.

Realizai, Senhor, mais uma vez, 
o milagre da Pesca Milagrosa, 
como naquele amanhecer inesquecível, 
depois de uma noite inteira marcada pelo fracasso, 
simbolizado pelas redes vazias.

Ajudai-nos, Senhor, 
que não mais pescadores de peixes somos, 
mas pescadores de homens e mulheres 
das águas turvas e agitadas do cotidiano, 
para que tenham vida plena e abundante.

Senhor, 
agi em nossas vidas, 
para que o Mistério Pascal não se reduza apenas à celebração, 
sem a necessária e intrínseca relação da fé com a vida, 
mas um processo contínuo e ininterrupto de maturação, 
a fim de que possamos crescer cada vez mais na fé, 
e um dia atingir a Vossa estatura, 
como tão bem expressou e fez o Apóstolo Paulo,
em total fidelidade a Vós (Ef 4,13).

Ajudai-nos, Senhor, 
com a Vossa presença e o poder de Vossa Palavra, 
a começar e recomeçar sempre, 
reavivando no coração a chama do primeiro amor, 
retomando com renovado ardor
o  caminho de serviço ao Reino.

Ajudai-nos, Senhor,  a superar sempre 
o aparente abandono e decepção da Vossa Morte na Cruz, 
que é para nós o sinal de vitória, 
de que a vida venceu a morte, 
pois o Pai Vos Ressuscitou 
e Vos introduziu na mais perfeita comunhão Trinitária 
com o Santo Espírito, 
e assim, que nos gloriemos tão somente em Vossa Cruz (Gl 6, 14).
Amém. 
Aleluia! Aleluia! 

Em poucas palavras... (IIIDTPC)

           




                                          Ligar de desligar

“Jesus confiou a Pedro uma autoridade específica: «Dar-te-ei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que desligares na terra será desligado nos céus» (Mt 16, 19). O «poder das chaves» designa a autoridade para governar a Casa de Deus, que é a Igreja. Jesus, o «bom Pastor» (Jo 10, 11), confirmou este cargo depois da sua ressurreição: «Apascenta as minhas ovelhas» (Jo 21, 15-17).

O poder de «ligar e desligar» significa a autoridade para absolver os pecados, pronunciar juízos doutrinais e tomar decisões disciplinares na Igreja. Jesus confiou esta autoridade à Igreja pelo ministério dos Apóstolos e particularmente pelo de Pedro, o único a quem confiou explicitamente as chaves do Reino.”(1)

 

 

(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 553

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