sábado, 22 de fevereiro de 2025
Encorajados pelo testemunho do Apóstolo Pedro
Encorajados pelo testemunho do Apóstolo Pedro
Nas Vésperas da Liturgia das Horas, ao celebrarmos a Festa da Cátedra de São Pedro, a Igreja nos enriquece com este Hino:
“'Pescador de homens te faço!'
Ouviste, ó Pedro, de Deus:
redes e remos deixando,
ganhaste as chaves dos céus.
Negando Cristo três vezes,
três vezes clamas amor:
então, de todo o rebanho,
tornas-te mestre e pastor.
Ó Pedro, és pedra da Igreja,
que sobre ti se constrói,
que vence as forças do inferno,
e quais grãos de Cristo nos mói.
Quando no mar afundavas,
o Salvador deu-te as mãos:
com as palavras da vida
confirma agora os irmãos.
Pés para o alto apontando,
foste pregado na cruz:
cajado que une o rebanho,
barca que a todos conduz.
Ao Cristo Rei, demos glória,
rendamos nosso louvor;
voltando à terra, Ele encontre
um só rebanho e pastor”.
O testemunho de Pedro nos encoraja na fidelidade ao Senhor, para que superemos as dificuldades possíveis na vida de fé, a fim de que sejamos pacientes na tribulação, resistentes nas tentações, e tenhamos sentimentos de gratidão a Deus na prosperidade.
Oremos:
“Concedei, ó Deus todo-poderoso, que nada nos possa abalar, pois edificastes a Vossa Igreja sobre aquela pedra que foi a profissão de fé do Apóstolo Pedro. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!”
“Quem sou Eu para vós?"
“Quem sou Eu para vós?"
No dia 22 de fevereiro, celebramos a Festa da Cátedra de São Pedro Apóstolo, e ouvimos a passagem do Evangelho de Mateus (Mt 16, 13-19), em que Jesus pergunta aos discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” e “E vós, quem dizeis que Eu sou?” (Mt 16,13.15).
Reflitamos sobre dois temas fundamentais da vida cristã: Cristo e a Igreja, a partir da pergunta de Jesus: “Quem sou Eu para vós?”.
A passagem do Evangelho pode ser dividida em duas partes: a primeira, mais cristológica, ou seja, Jesus é o Filho de Deus; e a segunda, mais eclesiológica, pois retrata a missão da Igreja confiada a Pedro por Jesus.
Jesus interrogando sobre a Sua identidade não quer medir a Sua quota de popularidade, ao contrário, quer tornar tudo mais claro para os discípulos, para uma consciente adesão; e, assim, confirmá-los na missão, confiando a Pedro, em primeiro plano, esta missão de conduzi-los, por isto lhe são entregues as chaves do Reino para ligar e desligar.
Este é o real simbolismo da entrega das chaves, mencionado no Evangelho: Jesus nomeia Pedro como administrador e supervisor da Igreja, com autoridade para interpretar Suas palavras, bem como de adaptar os ensinamentos às novas necessidades e situações, e de acolher ou não novos membros na comunidade.
Também nós somos interpelados por Jesus: “Quem sou Eu para vós?”.
A resposta deve contemplar a realidade: alguém que é mais do que um homem, um ídolo, um revolucionário, uma pessoa de sabedoria incomum...
A nossa resposta tem que ser a de Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo”.
Ele é o esperado, que traz vida para o tempo presente e todo tempo; e mais que isto, para a eternidade.
Somos convidados, na renovação de nossa fé, a fortalecer nossa pertença à Igreja, revigorando a dimensão profética e missionária de nossa fé, sem desânimos, fraquezas e esmorecimentos:
“No nosso mundo, onde tudo aparece sempre provisório e discutível, uma caminhada de fé, sólida precisa de uma referência clara. Por isso, o serviço de Pedro e dos seus sucessores é preciso e deve ser acolhido como uma dádiva.” (1)
Como discípulos missionários do Senhor, abismados pelo Amor de Deus, a quem glorificamos e tributamos toda a honra, glória, poder e louvor, porque possui toda ciência, riqueza, poder, sabedoria, continuemos o caminho que iniciamos no dia de nosso Batismo.
Bem falou o então Papa Bento XVI sobre este convite de renovação do encontro pessoal com Jesus Cristo, quando tomamos a decisão de nos deixar encontrar por Ele, de procurá-Lo, dia a dia, sem cessar:
−“Ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo” (cf. n. 7 da EG).
Mais que uma resposta, renovação e adesão e fortalecimento para a missão de discípulos missionários, para que construamos uma Paróquia com um rosto novo, em contínua conversão, para que seja comunidade de comunidades, em que se sacia do Pão da Palavra, da Eucaristia e da Caridade.
Oremos:
Pai Santo, fonte de sabedoria,
Que no testemunho humilde do Apóstolo Pedro
Colocastes o fundamento da nossa fé,
Concedei a todos os homens a luz do Vosso Espírito,
Para que, reconhecendo em Jesus de Nazaré,
O Filho do Deus vivo, se tornem pedras vivas
Para a edificação da Vossa Igreja. Amém.
PS: Fonte de pesquisa - www.Dehonianos.org/portal
(1) Lecionário Comentado – p. 183
A Igreja edificada sobre solidez da fé do Apóstolo
A Igreja edificada sobre solidez da fé do Apóstolo
“A minha Igreja destinada a elevar-se até ao céu
deverá apoiar-se sobre a solidez da fé de Pedro
No dia 22 de fevereiro, celebramos a Festa da Cátedra de São Pedro Apóstolo, e a Liturgia das Horas nos apresenta o Sermão do Papa São Leão Magno (Séc. V), em que reflete sobre a Igreja de Cristo que se ergueu na firmeza do Apóstolo Pedro:
“Dentre todos os homens do mundo, Pedro foi o único escolhido para estar à frente de todos os povos chamados à fé, de todos os apóstolos e de todos os padres da Igreja. Embora no povo de Deus haja muitos sacerdotes e pastores, na verdade, Pedro é o verdadeiro guia de todos aqueles que têm Cristo como chefe supremo.
Deus dignou-Se conceder a este homem, caríssimos filhos, uma grande e admirável participação no seu poder. E se Ele quis que os outros chefes da Igreja tivessem com Pedro algo em comum, foi por intermédio do mesmo Pedro que isso lhes foi concedido.
A todos os Apóstolos o Senhor pergunta qual a opinião que os homens têm a seu respeito; e a resposta de todos revela de modo unânime as hesitações da ignorância humana. Mas, quando procura saber o pensamento dos discípulos, o primeiro a reconhecer o Senhor é o primeiro na dignidade apostólica.
Tendo ele dito: Tu és Cristo, o Filho do Deus vivo, Jesus lhe respondeu: Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu (Mt 16,16-17). Quer dizer, és feliz, porque o meu Pai te ensinou, e a opinião humana não te iludiu, mas a inspiração do céu te instruiu; não foi um ser humano que me revelou a ti, mas sim Aquele de quem sou o Filho Unigênito.
Por isso Eu te digo, acrescentou, como o Pai te manifestou a minha divindade, também Eu te revelo a tua dignidade: Tu és Pedro (Mt 16,18). Isto significa que Eu sou a pedra inquebrantável, a pedra principal que de dois povos faço um só (cf. Ef 2,20.14), o fundamento sobre o qual ninguém pode colocar outro. Todavia, tu também és pedra, porque és solidário com a minha força. Desse modo, o poder, que me é próprio por prerrogativa pessoal, te será dado pela participação comigo.
E sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la (Mt 16,18). Sobre esta fortaleza, construirei um templo eterno. A minha Igreja destinada a elevar-se até ao céu deverá apoiar-se sobre a solidez da fé de Pedro. O poder do inferno não impedirá esse testemunho, os grilhões da morte não o prenderão; porque essa Palavra é Palavra de vida. E assim como conduz aos céus os que a proclamam, também precipita no inferno os que a negam.
Por isso, foi dito a São Pedro: Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que desligares na terra, será desligado nos céus (Mt 16,19). Na verdade, o direito de exercer esse poder passou também para os outros apóstolos, e o dispositivo desse decreto atingiu todos os príncipes da Igreja. Mas não é sem razão que é confiado a um só o que é comunicado a todos. O poder é dado a Pedro de modo singular, porque a sua dignidade é superior à de todos os que governam a Igreja”.
Assim quis o Senhor, edificar a Sua Igreja sobre a fé de Pedro, e a ele foram confiadas as chaves do Reino dos céus. Portanto, coube a Pedro, como primeiro Papa, continuar a missão que o Senhor lhe confiou.
Celebrando a Cátedra de Pedro, multipliquemos orações pelo Papa Francisco, para que conduza a Igreja de Cristo, a fim de que ela anuncie em todos os lugares, e a todas as pessoas, a Boa-Nova do Evangelho.
Renovemos, também, a graça de ser membro desta Igreja, partícipes desta missão, com a presença, assistência e ação do Espírito Santo.
Oremos:
“Concedei, ó Deus todo-poderoso, que nada nos possa abalar, pois edificastes a Vossa Igreja sobre aquela pedra que foi a profissão de fé do Apóstolo Pedro. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025
Cruz: Fonte de Salvação e Amor para nós
Cruz: Fonte de Salvação e Amor para nós
O comentário do Missal Cotidiano sobre a passagem do Evangelho proclamada na sexta sexta-feira do Tempo Comum (Mc 8,34-9,1) nos enriquece intensamente.
“Jesus estava plenamente ciente da necessidade de chegar a bom termo em Sua missão, e para isto não havia outra maneira a não ser entregar Sua vida ao Pai, capaz de ressuscitá-Lo.
É evidente que o Pai não quer a morte do Filho: quer somente que Ele ofereça amor ao mundo. Mas esta missão não se poderá cumprir sem a provação e sem a fidelidade à condição mortal do homem.
O amor não pode chegar a terra sem passar pela dor. A sorte do Mestre atinge também a dos discípulos. Estes também deverão ‘tomar a cruz’ e ‘segui-Lo’, ‘perder a própria vida’ para salvá-la.
A salvação não virá pelo sucesso, mas pelo sacrifício oferecido por amor; aceito e reconhecido pelo Pai, que saberá restituir a vida. E Cristo será por isso o responsável diante do Pai, quando ‘vier na glória’” (1)
Por ora, é preciso que os discípulos abracem três propostas do Mestre, que deverão ser vividas com fidelidade e amor incondicional até o fim, no anúncio e testemunho da Boa-Nova d’Ele acolhida:
a) Para serem fiéis às suas opções de vida é necessário pagar o preço delas (v. 34b) – “se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”;
b) A vida só tem sentido se e quando é oferecida e doada gratuitamente (vv. 36-37) – “com feito, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e arruinar sua própria vida? Pois, que daria o homem em troca da sua vida?”;
c) Jesus deve ser reconhecido como Messias e Salvador de todos os povos (v. 38) – “Aquele, que nesta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e de minhas Palavras, também o Filho do Homem Se envergonhará quando vier na glória com os Santos Anjos”. (2)
Agora, cabe a cada de um de nós ver de que modo vivemos nossa fidelidade ao Senhor.
É tempo de viver a fé como resposta de amor à proposta que Deus tem a nos oferecer, mas com a coragem do carregar a cruz, fazendo da vida uma história marcada pela doação, por amor vivido e consumido.
É tempo de carregar com coragem nossa cruz, com a esperança de que assumida por amor, como assim o fez o Senhor, caminharemos para a glória da eternidade.
Na fidelidade ao Senhor, a cruz encontra seu sentido quando assumida e carregada com as motivações das virtudes divinas que nos acompanham: fé, esperança e caridade.
(1) Missal Cotidiano – Ed. Paulus. - P.787
A torre e a Cruz
A torre e a Cruz
Viver é sempre uma possibilidade de decidir... Por exemplo, participar da construção da torre de Babel ou carregar a cruz de cada dia construindo a Jerusalém Celeste?
Conhecemos a passagem bíblica em que se quis a construção de uma cidade com uma torre que alcançasse os céus, e a multiplicação de línguas onde ninguém mais se entendia. Conhecemos também uma passagem do Evangelho em que Jesus nos chama a tomar uma decisão, pois para segui-Lo é preciso renunciar a si mesmo, tomar a cruz de cada dia, pôr-se a caminho…
- Qual a nossa escolha: edificar a torre ou carregar a cruz?
- Babel ou a Jerusalém Celeste, do que, de fato, participamos?
Torre e Cruz, sinais fortes embora diferentes; sinais que podem ser vitais ou mortais.
Reflitamos o que nos reporta a torre e, o necessário contraponto, a cruz, que, aos céus, nos conduz:
Erguer a Torre de Babel | Erguer a Cruz de Nosso Senhor |
Desejo de ser como Deus | Desejo de servir a Deus |
Autossuficiência | Dependência de Deus |
Arrogância | Relação de confiança |
Soberba | Humildade |
Egoísmo/ambição | Partilha/solidariedade |
Opressão | Liberdade |
Infidelidade a Deus | Fidelidade a Deus |
Eliminação do amor | Relação profunda de amor |
Multiplicação da iniquidade | Eliminação da maldade |
Escravidão | Libertação |
Opressão/dominação | Relação de serviço |
Autopromoção | Promoção do bem comum |
Ódio/ira | Amor |
Linguagem apenas humana | Linguagem do Espírito |
Reino limitado e parcial | Reino eterno e universal |
A continuidade da reflexão nos possibilitará entender alguns “porquês” da não realização do Projeto Divino.
É tempo de reler Gênesis e parar de teimosamente querer erguer as “torres de Babel” de cada dia. Antes, é tempo de tomar nossa cruz de cada dia, nutridos do mesmo Pão que suplicamos na oração que Ele nos ensinou, que recebemos em cada Eucaristia.
Seguindo Cristo Jesus, fixemos nossos passos na caminhada rumo a Jerusalém Celeste, carregando sem medo nossa cruz de cada dia, na alegre e necessária renúncia.
Carreguemos a cruz com seu exato peso, não a cruz de amanhã, apenas a cruz de hoje. A cada dia a cruz, a cada dia o Pão.
PS: Reflexão inspirada em Gn 11,1-9 e Mc 8,34-9,1.
“A esposa é o sol da família”
“A esposa é o sol da família”
O Papa Pio XII, na metade do século passado, dirigiu, a um grupo de recém-casados, palavras que guardam atualidade.
“A família tem o brilho de um sol que lhe é próprio; a esposa. Ouvi o que a Sagrada Escritura afirma e sente a respeito dela:
A graça da mulher dedicada é a delícia do marido. Mulher santa e virtuosa é graça primorosa. Como o sol que se levanta nas alturas do Senhor, assim o encanto da boa esposa na casa bem-ordenada (Eclo 6,19-21).
Realmente, a esposa e mãe é o sol da família. É sol por sua generosidade e dedicação, pela disponibilidade constante e pela delicadeza e atenção em relação a tudo quanto possa tornar agradável à vida do marido e dos filhos. Irradia luz e calor do espírito.
Costuma-se dizer que a vida de um casal será harmoniosa quando cada cônjuge, desde o começo, procurar não a sua felicidade, mas a do outro...
Embora este nobre sentimento e propósito pertençam a ambos, constitui principalmente uma virtude da mulher.
Por natureza, ela é dotada de sentimentos maternos, de sabedoria, prudência e coração que a faz responder com alegria as contrariedades; quando ofendida, inspira dignidade e respeito, à semelhança do sol que ao raiar alegra a manhã coberta pelo nevoeiro e, quando se põe, tinge as nuvens com seus raios dourados.
A esposa é o sol da família pela limpidez do seu olhar e o calor de sua palavra. Com seu olhar e sua palavra penetra suavemente nas almas, acalmando-as e conseguindo afastá-las do tumulto das paixões...
A esposa é o sol da família por sua natural e serena sinceridade; sua digna simplicidade; seu distinto porte Cristão; pela retidão do espírito sem esgotamento, e pela fina compostura com que se apresenta, veste e adorna; mostrando-se ao mesmo tempo reservada e amável.
Sentimentos delicados, agradáveis expressões do rosto, silêncio e sorriso sem malícia e um condescendente sinal de cabeça; tudo isso lhe dá a beleza de uma flor rara, mas simples, que ao desabrochar se abre para receber e refletir as cores do sol.
Ah, se pudésseis compreender como são profundos os sentimentos de amor e de gratidão que desperta e grava no coração do pai e dos filhos semelhante perfil de esposa e de mãe!”
Hoje, mais do que nunca, a mulher desempenha papel fundamental na edificação e santificação do lar, sobretudo o lar cristão, pequenina Igreja Doméstica, onde se vive e se aprofunda a caridade conjugal.
Caridade conjugal vivida como memória do amor fiel e indissolúvel de Deus para com a humanidade e de Cristo pela Sua Igreja; celebrada em cada Eucaristia, no Mistério do Sacrifício de Sua Morte e Ressurreição.
Esta caridade implica em renúncias, serviço generoso movido pelo amor; como profecia, enquanto sinalização do convívio na eternidade, na família celestial - céu.
Reflitamos:
- Como revitalizar no coração de cada mãe e esposa a graça que Deus lhe concedeu, para que não perca seu calor e nem ofusque seu brilho indispensável?
- O que fazer para que com a cooperação do esposo e pai, tornar realidade estas tão sábias e profundas palavras?
- Como encontrar eco em cada coração de filho e filha, a fim de que possam desfrutar destes raios de calor e luz; aquecidos e iluminados por raios que não se apagam, mas que nos acompanham por toda a vida?
Que a Sagrada Família, que tem Maria, o “sol por excelência”, abençoe todas as famílias!
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