quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Que os sonhos não morram jamais

                                                               

Que os sonhos não morram jamais

“Nunca deixe seus sonhos morrerem,
porque a vida sem sonhos
é como um pássaro com a asa quebrada
que não pode voar”. (Martin Luther King)

Sonhos adormecidos, outros esquecidos, alguns motivadores.
Sonhos que com paciência, empenho renovado, realizados serão.

Sonhos que nos movem ao encontro do Absoluto: Deus,
Na mais bela dedicação, a serviço do Reino de Deus, sem omissão.

Sonhos que nos permitem voos mais altos,
Ao encontro das coisas sagradas onde Deus habita.

Sonhos que nos permitem voos que possibilitam
Ultrapassar as montanhas das dificuldades, terríveis empecilhos.

Sonhos que nos levam ao reencontro conosco mesmo,
E que nos orientam para que a vida siga suavemente seu curso.

Sonhos que, silenciosamente vividos, nos humanizam:
Um mundo sem violência, guerras, dominação, mais irmão.

Sonhos que se somam a sonhos de outros,
Passo indispensável para que realidade se tornem.

Sonhar sozinho é preciso, mas não para sempre.
Sonhar com o outro no milagre da multiplicação.

Sonhos que a outros se somam, maravilhosamente multiplicam.
Sonhos que outros subtraem, indesejável fragilização.

Sonhemos, busquemos, avancemos,
Curemos as asas se for preciso.

Quando alimentados pela Santa Palavra e pela Eucaristia,
Nada faz morrer nossos sonhos, nada impedirá nossos voos.

Sonhemos! Avancemos! Jamais recuemos...
Com a presença do Santo Espírito que nos conduz em todos os momentos.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

A brevidade do tempo e nossas escolhas

                                                     

A brevidade do tempo e nossas escolhas

À luz da Carta do Apóstolo Paulo aos Coríntios (1 Cor 7, 29-31), reflitamos sobre a brevidade do tempo, – “a figura deste mundo passa” – com a necessidade de voltarmos nosso olhar para o futuro, discernindo o que é efêmero ou eterno.

A comunidade de Corinto, embora jovem, viva e entusiasta, tem seus problemas e dificuldades próprias:

- Como viver a pureza evangélica dentro de uma cultura pagã?

- Como viver uma autêntica sexualidade integrada e integradora, como santuários do Espírito, onde se vivia uma realidade de desprezo à sexualidade?

- Como viver o tempo presente na espera da segunda vinda do Senhor, a Sua vinda definitiva?

- Como viver neste mundo como peregrinos ao encontro de uma vida verdadeira e definitiva, que somente é encontrada na plena comunhão com Deus?

Deste modo, o discípulo missionário do Senhor não pode ser seduzido pelo que é passageiro, por isto, sua adesão ao Reino e o amor a Jesus exigem que saiba fazer uma escala de valores, definindo o que é de fato eterno ou efêmero.

Algumas atitudes, portanto, deverão marcar sua existência:

- Deverá avaliar sempre onde encontrar a esperança, acompanhada de confiança e determinarão na concretização dos objetivos de sua vida;

- Saberá viver intensamente cada momento por Deus concedido, considerando sua brevidade;

- Somente os valores do Reino são absolutos em nossa vida.

Vivendo intensamente cada dia, reaprendamos a valorização do tempo, ocupando-nos com tudo que for nobre, puro e verdadeiro, e que favoreça a nossa edificação e a do outro, afim de participarmos da construção de uma cultura de vida e de paz.

Quando a vida se esvai, quando tudo parece o fim...

                                        

Quando a vida se esvai, quando tudo parece o fim...

Ouvimos, na Liturgia da quarta terça-feira do Tempo Comum, a passagem do Evangelho de Marcos (Mc 5,21-43), em que Jesus cura uma menina que estava nas últimas, e também uma mulher com hemorragia há doze anos.

Acima de tudo manifesta-se a ação divina, por meio de Jesus, o Verbo encarnado, a pleníssima revelação da onipotência e bondade de Deus para com quem se sente impossibilitado de viver, vendo a vida se esvair no sangue derramado daquela mulher ou nas forças exauridas daquela criança... Afinal, é próprio do Amor de Deus vir ao encontro de nosso sofrimento, fraqueza, limitações. É próprio do Amor de Deus intervir e tudo mudar, quando nada mais parece ter outra possibilidade.

A cura da mulher meditada na perspectiva da fé: o sangue propriamente dito é a vida; a hemorragia, por sua vez, consiste na perda do sangue, logo, a perda da vida.

Entretanto, o Sangue do Senhor que jorrou no alto da Cruz, com Sua Ressurreição, tornou-se plenitude de vida para todo aquele que crê. Sangue jorrado que redime e nos devolve a vida.

Aquela mulher é a imagem de todos nós que sem a intervenção divina, vemos nossa vida se esvair, nossas forças sendo subtraídas, nossos sonhos diminuídos, nossos propósitos retrocedidos, nossas utopias amareladas e ultrapassadas porque não mais mantêm e sustêm nossa fome de novos horizontes.

É também a imagem de todo aquele que somente em Deus tem a cura, o resgate, o reencontro, a redefinição de rumos, o revitalizar dos passos, o revigorar das forças, o renascimento dos compromissos com a vida, o imprescindível cultivar das virtudes que nos movem e nos direcionam, as delicadas e indescritíveis sementes da fé, esperança e caridade.

Aquela criança, que tida como morta, diante da Palavra do Senhor recupera a vida – “Menina, Eu te digo, levanta-te”. Diante do Senhor a morte se curvou, tudo se dobrou diante de Sua presença. Deus tem sempre a última Palavra, porque Ele é a Palavra.

A menina que nunca vimos somos nós mesmos que a cada dia escutamos Deus falar no mais profundo de nós as mesmas palavras...

Quantas vezes vimos sonhos morrerem para novos e melhores nascerem. Quantas vezes projetos desmoronados para outros, de qualidade incomparável, aparecer.

Quantas vezes quando tudo parecia nada, redução de cinzas fúnebres, a semente da fé brotou para que visse a esperança se transfigurar e se materializar em atos indispensáveis de amor! 

Assim é o Amor de Deus: devolve-nos vida, porque é a Fonte da Vida e vida Plena (Jo 10,10).

Coloquemo-nos no lugar da mulher e da criança, e não mais os mesmos seremos. Pois, é próprio do Amor de Deus não nos permitir encurvados, derrotados, inertes, mórbidos, mortos... É próprio de Seu Amor nos recriar, reviver a cada instante. Amém!

Nada pode se antepor ao amor de Deus por nós

                                                   


Nada pode se antepor ao amor de Deus por nós

“Menina, levanta-te!”

Refletindo sobre a passagem do Evangelho de Marcos (Mc 5,21-43), contemplemos, a partir da ação de Jesus, a ação de Deus que nos ama, cura, liberta e salva a humanidade, pois jamais se alegra com nosso sofrimento e morte. 

Oportuno que nos voltemos para a passagem do Livro da Sabedoria (Sb 1,13-15; 2,23-24).

Este Livro, composto um pouco antes da vinda de Jesus, é uma doutrina mais serena em relação aos mais antigos, e nos convida a contemplar o rosto de Deus, que ama a vida, e não é autor da morte – “Deus não fez a morte, nem tem prazer com a destruição dos vivos” (Sb 1,13). 

Ele, ao contrário, cria a vida e a entrega à humanidade, modelada à Sua imagem, e pronto a restaurá-la quando se encontra em perigo ou a se apagar – “Deus não criou o homem para que caísse na espiral do nada” (1).

Voltando à passagem do Evangelho, contemplamos a ação de Jesus que cura uma menina que estava nas últimas, e, também, uma mulher com hemorragia há doze anos. 

Acima de tudo, manifesta-se a ação divina, por meio de Jesus, o Verbo encarnado, a pleníssima revelação da onipotência e bondade de Deus para com quem se sente impossibilitado de viver, vendo a vida se esvair no sangue derramado daquela mulher ou nas forças exauridas daquela criança.

Afinal, é próprio do Amor de Deus vir ao encontro de nosso sofrimento, fraqueza, limitações, e intervir para que tudo mude, exatamente quando nada mais parece possível. Deus nos dá a vida, quando esta parece perdida, como nos revela a ação de Jesus. 

A cura da mulher, meditada na perspectiva da fé: o sangue propriamente dito é a vida; a hemorragia, por sua vez, consiste na perda do sangue, logo, a perda da vida. 

Entretanto, o Sangue do Senhor que jorrou no alto da Cruz, com Sua Ressurreição, tornou-se plenitude de vida para todo aquele que crê: Sangue jorrado que redime e nos devolve a vida. 

Aquela mulher é a imagem de todos nós que, sem a intervenção divina, vemos nossa vida se esvair, nossas forças sendo subtraídas, nossos sonhos diminuídos, nossos propósitos retrocedidos, nossas utopias amareladas e ultrapassadas porque não mais mantêm, e nem sustentam nossa fome de novos horizontes. 

É também a imagem de todo aquele que somente em Deus tem a cura, o resgate, o reencontro, a redefinição de rumos, o revitalizar dos passos, o revigorar das forças, o renascimento dos compromissos com a vida, o imprescindível cultivar das virtudes que nos movem e nos direcionam, as delicadas e indescritíveis sementes da fé, esperança e caridade. 

Diante do Senhor a morte se curvou, tudo se dobrou diante de Sua presença. Deus tem sempre a última Palavra, porque Ele é a Palavra: Aquela criança, que tida como morta, diante da Palavra do Senhor recupera a vida – “Menina, Eu te digo, levanta-te”. 

A menina que nunca vimos, somos nós que, a cada dia, escutamos Deus falar no mais profundo de nós as mesmas palavras. 

Quantas vezes sonhos morrem para que novos e melhores nasçam. Quantas vezes projetos desmoronados para outros de qualidade incomparável aparecer. 

Quantas vezes, quando tudo parecia nada, redução de cinzas fúnebres, a semente da fé brotou, para que a esperança viesse a se transfigurar e se materializar em atos indispensáveis de amor!  

Assim é o amor de Deus: devolve-nos vida, porque é a Fonte da Vida e vida Plena (Jo 10,10), e nos chama, constantemente à vida, do princípio ao fim, na Sagrada Escritura – “... quem participa do Cristo, participa da vida. Por Cristo e pela Sua Ressurreição, quem crê, mesmo sabendo que deve morrer, vê a morte como um momento para passar a uma vida sem fim. A morte se torna ‘passagem’. Assume assim o caráter pascal de vitória.” (2) 

Oportunas as palavras de São Francisco de Assis – “Louvado sejas, meu Senhor, por nossa irmã morte corporal, da qual nenhum homem vivo pode escapar”. (3) 

Coloquemo-nos no lugar da mulher e da criança, e não seremos mais os mesmos, pois é próprio do Amor de Deus não nos permitir encurvados, derrotados, inertes, mórbidos, mortos. 

Deste modo, Deus pode realizar maravilhas em nossa vida, mas é preciso que tenhamos fé na onipotência divina, e, também, ressalte-se, que não podemos transferir para Ele nossa responsabilidade, cuidando e promovendo a vida, com recursos necessários, bem como o acesso para todos, sobretudo para os mais vulneráveis. 

A fé cristã jamais dispensa nossos sagrados compromissos no amor e cuidado com a vida, tanto das pessoas como de nosso planeta, nossa Casa Comum. 

Deus por Seu amor, pela prática de Jesus, nos recria, para vivermos como templos do Seu Espírito.

 Oremos: 

“Ó Deus, pela Vossa graça, nos fizestes filhos da luz. Concedei que não sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a luz da Vossa verdade. Por N.S.J.C. Amém.”

 
(1) Missal Dominical–Editora Paulus – 1995 – p. 945           
(2) (3) idem – p.946   
 

A vida nova e eterna nos vem da Ressurreição do Senhor

 


A vida nova e eterna nos vem da Ressurreição do Senhor

Reflexão à luz do Tratado contra as heresias, escrito pelo bispo  Santo Irineu (Séc. II), em que nos apresenta as primícias da Ressurreição em Jesus Cristo:

“O Verbo de Deus Se fez homem. O Filho de Deus tornou-Se Filho do homem para que o homem, unido ao Verbo de Deus, recebesse a adoção e se tornasse filho de Deus.

Nunca poderíamos obter a incorrupção e a imortalidade a não ser unindo-nos à incorrupção e à imortalidade. Mas como poderíamos realizar esta união sem que antes a incorrupção e a imortalidade se tornassem aquilo que somos, a fim de que o corruptível fosse absorvido pela incorrupção e o mortal pela imortalidade e, deste modo, pudéssemos receber a adoção de filhos?

O Filho de Deus, nosso Senhor, Verbo do Pai, tornou-Se Filho do homem. Filho do homem porque pertencia ao gênero humano, tendo nascido de Maria, que era filha de pais humanos e ela mesma uma criatura humana.

O próprio Senhor nos deu um sinal que se estende do mais profundo da terra ao mais alto dos céus. Um sinal que não foi pedido pelo homem, pois nem sequer ele poderia pensar que uma virgem, permanecendo virgem, pudesse conceber e dar à luz um filho.

Nem mesmo supor que este filho, Deus-conosco, descesse ao mais baixo da terra, em busca da ovelha perdida – que ele próprio criara – e subisse às alturas para oferecer ao Pai aquele mesmo homem que viera encontrar, realizando, deste modo, em si próprio, as primícias de ressurreição do homem.

De fato, assim como a cabeça ressuscitou dos mortos, assim todo o corpo (dos homens que participam de sua vida, passado o tempo do castigo da desobediência) ressuscitará, unido por suas junturas e articulações, firme no crescimento em Deus, possuindo cada membro sua posição adequada. São muitas as mansões na casa do Pai porque muitos são os membros do corpo.

Tendo falhado o homem, Deus foi magnânimo, pois previa a vitória que pelo Verbo lhe seria restituída. Porque a força se perfez na fraqueza, revelou-se então a benignidade de Deus e seu esplêndido poder.”

Façamos nossa profissão de fé:

Cremos que:

- O Verbo, o Filho de Deus, Se fez homem e tornou-Se Filho do homem para que o homem, unido ao Verbo de Deus, recebesse a adoção e se tornasse filho de Deus.

- O Filho de Deus, nosso Senhor, Verbo do Pai, tornou-Se Filho do homem porque pertencia ao gênero humano, tendo nascido de Maria, que era filha de pais humanos e ela mesma uma criatura humana.

- Por um homem, nos veio a morte, mas por outro, o Cristo, nos veio a Ressurreição, e com ela a graça da vida eterna.

- Jesus Cristo, nosso Senhor, é a Ressurreição e a vida, e quem n’Ele viver e crer, ainda que morra, viverá para sempre. (1)

- O Senhor ressurgiu dentre os mortos, como o fruto colhido primeiro, e assim como em Adão todos morremos, todos teremos a vida em Cristo. Amém. (2)

(1) cf. Jo 11,1-45 – A ressurreição de Lázaro

(2)    cf. 1 Cor 15,20-22

A chama do Divino Amor

                                                            

A chama do Divino Amor

Na terça-feira da quarta Semana do Tempo Comum (ano ímpar), ouvimos a passagem da Epístola aos Hebreus (Hb 12,1-4), e temos a possibilidade de refletir sobre a radicalidade da missão, como discípulos missionários do Senhor, na vivência da vocação profética que Ele nos confiou.

Assim também foram os Profetas, e um dos exemplos é o Profeta Jeremias (Jr 38,4-6;8-10), com a missão de testemunhar a ação de Deus e a necessária fidelidade a Ele, à luz da verdade e com coerência, pois Ele tem um Projeto de vida para humanidade.

Esta missão, no entanto, atraiu dos chefes do povo o ódio e a desconfiança. No entanto, confiando em Deus, não se omite em sua missão, ainda que pague com o preço da própria vida (abandono, solidão, tradição, desolação...).

A atividade profética de Jeremias se deu numa época muito complicada em termos históricos (a partir de 627 a.C.) até bem depois da queda de Jerusalém em 586 a.C.).

A sua vida foi constantemente arriscada por causa da Palavra de Deus e de sua missão profética, por isso é modelo do Profeta que  dá sua própria vida para que a Palavra de Deus ecoe no mundo e na vida da humanidade.

O Profeta, como Jeremias, sabe que Deus está sempre ao lado dos que anunciam e testemunham fielmente a Sua Palavra, de modo que suportam perseguição e marginalização pelo mundo e pelos poderosos. Assim é a história de Jeremias: incompreendido, humilhado, esmagado, abandonado (não por Deus, que é sempre presença amiga e reconfortante).

De fato, o caminho percorrido pelo Profeta: “não é um percurso fácil, nem carreira recheada de êxitos humanos, nem um caminho atapetado pelo entusiasmo e pelas palmas das multidões; mas é um caminho de cruz, de sofrimento, de incompreensão, com o poder daqueles que pretendem construir o mundo sobre valores de egoísmo, de prepotência, de orgulho, de morte” (1)

Reflitamos:

- O que tenho a aprender com o Profeta Jeremias?
- Como vivo a vocação profética?
- Sinto a presença de Deus em todos os momentos da minha vida?

Assim também aconteceu com os primeiros cristãos como vemos na mencionada Epístola. Daqui decorre a necessidade de uma mensagem dirigida a uma comunidade cansada, acomodada, desanimada diante das dificuldades e do aparente fracasso da missão.

A comunidade vivia num contexto de hostilidade e o autor exortou para que os cristãos corram, incansável e determinantemente, para a meta, que é o próprio Cristo, e assim alcançará a vitória, a Salvação.

Para tanto, os cristãos precisam despojar-se do fardo do pecado (egoísmo, comodismo, autossuficiência), tendo Jesus Cristo como modelo fundamental, pois Ele enfrentou a Cruz e sentou-Se à direita do trono de Deus:

“O caminho do cristão não é um passeio fácil e descomprometido, mas um caminho duro e difícil que não se compadece com ‘meias tintas’ nem com compromissos mornos e a ‘meio gás’. Exige coragem para vencer os obstáculos, capacidade de luta para enfrentar a oposição, compromissos profundos e radicais.” (2)

Reflitamos:
- Como está a vida de fé de nossa comunidade?
- Quais os obstáculos que encontramos no caminho, na vivência de nossa fé?
- Como testemunho com radicalidade o amor de Deus?

Que o nosso coração seja inflamado pelo fogo purificador do amor do Senhor, tão somente assim, seremos verdadeiros discípulos Seus, e viveremos, com ardor e coragem, a vocação profética que Ele nos confia.

Acendei, Senhor, em nós a chama do Vosso divino amor!


(1) (2) cf. www.dehonianos.org.br

O desafio da evangelização na cidade

                                                         

O desafio da evangelização na cidade

 “Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho
(1 Cor 9,16)

Como anunciar a Palavra de Deus numa cidade marcada por desafios, contrastes, situações que nos inquietam (fome, desemprego, violência, droga...)?

Sejamos iluminados pela passagem da Carta do Apóstolo Paulo na aos Coríntios (1 Cor 9,16-19.22-23).

Contemplamos a ação evangelizadora de Paulo, feita na liberdade, fidelidade, gratuidade e obediência incondicional.

Quando alguém, como Paulo, encontra Cristo e se torna Seu discípulo não pode ficar parado, tem que dar testemunho, incansavelmente. Por amor a Deus e aos irmãos, estar sempre pronto a tudo sacrificar, e até mesmo se sacrificar.

Paulo por excelência é aquele que a Cristo encontrou, por Ele se apaixonou e daí o imperativo da evangelização que sai de sua boca, porque antes se encontra impresso na alma, nas entranhas de seu coração – “ai de mim se eu não evangelizar” (1 Cor 9,16).

Quando o Amor de Deus é absoluto em nossa vida, o tempo é uma figura que passa, as coisas têm o seu exato sentido e tamanho.

Em nossas comunidades eclesiais, na vida da Igreja, muitos problemas deixariam de existir ou tornar-se-iam menores, se nossa paixão por Jesus fosse maior.

O amor é o bem maior, pelo qual se renuncia aos bens menores, por causas maiores que nos desafiam: uma delas é ser sinal do Reino na sombria cidade, com seus clamores que sobem aos céus, com rostos e nomes, ou mesmo num triste anonimato.

Reflitamos:

Não nos falta uma verdadeira paixão por Jesus?
- Não nos falta uma paixão mais sincera, mais inflamada, mais comprometida pela causa do Reino? 

- Como proclamamos a Boa-Nova de Jesus na cidade?
- Quais são os clamores da cidade que sobem aos céus, e que não podemos deixar de ouvir e procurar respostas para superá-los?

- O que o Apóstolo tem a nos ensinar nesta missão?

Aprendamos com o Apóstolo a fazer da vida um dom a Cristo, ao Reino, aos irmãos, para que nossos projetos pessoais sejam subordinados aos Projetos divinos.

Somente quando a nossa vontade corresponde à vontade de Deus, e não impomos a Ele a nossa vontade, poderemos rezar com autenticidade a Oração do Pai Nosso que o Senhor nos ensinou.

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG