segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Em poucas palavras...(XDTCB)

                                                


Blasfêmia

“A acusação dirigida ao Mestre de ser um endemoninhado, constitui a blasfêmia mais grave contra o Espírito de Deus, porque distorce totalmente o sentido da pessoa e da missão de Jesus... como na narração evangélica, mascaramos por vezes a nossa falta de acolhimento e a nossa rejeição quando se trata da nossa conversão, projetando em Cristo as sombras do Maligno que envolve o nosso coração.” (1)

 

(1) Lecionário Comentado – Editora Paulus – Lisboa – 2011 – pág. 128 – sobre a passagem do Evangelho de Mc 3,22-30.

 

A Amizade Divina e a felicidade desejada (XDTCB)


A Amizade Divina e a felicidade desejada

A Liturgia do décimo Domingo do Tempo Comum (ano B) nos convida a refletir sobre o Projeto de Deus oferecido à humanidade e a liberdade de nossa resposta. Podemos optar pelo bem ou pelo mal, pela pertença ou não de Sua família; tendo como critério para a pertença a realização da Sua vontade.

A passagem da primeira leitura (Gn 3,9-15) retrata a criação de uma forma essencialmente catequética, a partir dos nossos primeiros pais (Adão e Eva), nos oferece a oportunidade de  refletir sobre o que acontece quando rejeitamos as propostas de Deus e preferimos os caminhos do egoísmo, do orgulho e da autossuficiência. 

Inevitavelmente quando vivemos à margem de Deus trilhamos caminhos amargos de sofrimento, destruição, infelicidade e morte.

O mal no mundo não tem origem em Deus, mas resulta de nossas escolhas erradas, do mau uso de nossa liberdade, de modo que é impossível o encontro da felicidade quando se prescinde de Deus, da Sua amizade, do Seu bem querer para todos nós: a felicidade plena e eterna.

Prescindir de Deus leva a duas consequências extremamente negativas: a hostilidade para com o outro e a inimizade com toda a criação.

Sem uma relação profunda e sincera com Deus, nos desencontramos e nos perdemos em relação a nós mesmos, em relação ao outro e ao mundo que nos cerca. Numa palavra, sem Deus não há felicidade possível.

Sem a amizade divina, somos imersos num lamaçal de mediocridade e infelicidade; na areia movediça do orgulho, do vazio, da inutilidade, da depressão, da vida sem sentido.

Sem a amizade divina, o encontro sofrível com a escuridão eterna. Rejeitar o Amor de Deus é fechar a porta para a felicidade e a eternidade.

Na passagem da segunda Leitura (2Cor 4,13-5,1), com o Apóstolo Paulo, aprendemos que viver somente tem sentido na perspectiva da Ressurreição, numa vida cristã coerente, agindo como verdadeiros discípulos missionários do Senhor.

O Apóstolo ainda nos assegura que a fé no Ressuscitado, crer em Sua presença, contando com a força e a vida do Espírito, na fidelidade a Deus que nos criou e nos ama, nossa esperança é sustentada e nossa caridade animada, na provisoriedade e brevidade de nossa existência.

Com a passagem do Evangelho (Mc 3,20-35), contemplamos a ação de Jesus em favor da vida, com aceitação de uns, rejeição e incompreensão de outros.

A cena se passa numa casa: há os que ficam do lado de fora e os que estão dentro. Há sempre aqueles que são arredios, os que ficam à porta, são os que chamamos de “católicos não praticantes”. Há aqueles que fazem parte da família de Deus, porque compreenderam a lógica desta pertença, que consiste em fazer a Sua vontade em qualquer tempo e em qualquer lugar.

Com a passagem do Evangelho, refletimos sobre a liberdade que Deus nos concede,  fazer a melhor escolha, ou seja, tudo fazer para pertencer à família de Deus, crendo na Vida Trinitária, inseridos e comprometidos com esta Comunhão Maior, promovendo e fortalecendo as outras tantas comunhões necessárias, na família, no mundo e em todo lugar.

Somente no fazer a vontade de Deus nossa felicidade se realiza. Somente neste “fazer” é que seremos autênticas testemunhas do Ressuscitado e viveremos a relação de nossos pais no Paraíso, não mais como saudade de algo que se perdeu, mas como algo que pode ser reconquistado, vivido e no céu eternizado.

Nunca voltar ao paraíso pela saudade, mas tê-lo na mente e no coração, para que nos alavanque para águas mais profundas. Jardins belos e férteis, Deus nos tem preparado, pois foi para isto que, pelo Filho, nos criou.

Somente quem entra no movimento do Espírito, o Movimento do Amor, redescobre que o Paraíso existe e é possível; de modo que, usando a liberdade que Deus nos deu, façamos nossas escolhas, saibamos a vontade de Deus realizar.

“Sacrifica-te por minhas ovelhas”

                                                        

“Sacrifica-te por minhas ovelhas”

Ao Celebrar a Memória de São Brás, Bispo e Mártir (séc. IV), a Liturgia das Horas nos apresenta um dos Sermões do Bispo Santo Agostinho (Séc. V), em que nos convida a refletir sobre o zelo pastoral no cuidado do rebanho pelo Senhor confiado.

O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida como resgate em favor de muitos (Mt 20,28). Eis como o Senhor Se fez servo, eis como nos ensinou a servir. Deu a Sua vida como resgate em favor de muitos: Ele nos remiu.

Quem dentre nós tem condições para redimir alguém? Foi pelo sangue de Cristo que fomos redimidos, foi pela Sua morte que fomos resgatados da morte; estávamos caídos, e, pela sua humildade, fomos reerguidos da nossa prostração. Mas devemos também contribuir com nossa pequena parte para ajudar os Seus membros, pois nos tornamos membros d’Ele: Ele é a cabeça e nós somos o corpo.

Aliás, o apóstolo João nos exorta, em sua carta, a seguirmos o exemplo do Senhor que disse: Quem quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor, pois o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida como resgate em favor de muitos (Mt 20,27.28). O mencionado apóstolo nos exorta, por isso, a imitar o exemplo do Salvador com estas palavras: Jesus deu a Sua vida por nós. Portanto, também nós devemos dar a vida pelos irmãos (1Jo 3,16).

O próprio Senhor, falando depois da ressurreição, perguntou: Pedro, tu me amas? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que Te amo. Por três vezes o Senhor fez a mesma pergunta e por três vezes Pedro deu idêntica resposta. Em todas as três vezes, o Senhor acrescentou: Apascenta as minhas ovelhas (Jo 21,15s).

Como podes mostrar que me amas, a não ser apascentando as minhas ovelhas? O que podes me dar com teu amor, se recebes tudo de mim? Portanto, se tu me amas, eis o que tens de fazer: Apascenta as minhas ovelhas.

Uma vez, duas, três vezes: Tu me amasAmoApascenta as minhas ovelhas. Três vezes o negara por medo. Então o Senhor logo lhe disse: Quando eras jovem, tu te cingias e ias para onde querias. Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir. Jesus disse isso, significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus (Jo 21,18-19). Anunciou-lhe Sua Cruz, predisse-lhe Sua paixão.

Prosseguindo, o Senhor lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas. Sacrifica-te por minhas ovelhas”.

Retomemos as palavras finais do Sermão: “Apascenta minhas ovelhas. Sacrifica-te por minhas ovelhas”.

Assim deve ser a vida de todos aqueles que responderam ao chamado de Deus para trabalhar na Sua messe.

Cuidar do rebanho que nos foi confiado exige de todos, sobretudo daqueles que receberam o Sacramento da Ordem, um amor incondicional como assim fizeram o Apóstolo Pedro, Paulo, São Brás e tantos outros que possam ser mencionados.

Elevemos a Deus súplicas e orações contínuas, por todos aqueles a quem foi confiado o cuidado do rebanho do Senhor, para que correspondam cada vez mais ao que Deus espera.

Somente quem vive a autenticidade do amor está pronto para os sacrifícios pelas suas ovelhas, e tudo fará para que elas sejam conduzidas a verdes pastos e águas cristalinas.

Vós não resististes até o sangue...

                                                                      


Vós não resististes até o sangue...

"O Senhor é a minha força e o meu escudo; n’Ele o meu coração confia, e d’Ele recebo ajuda. Meu coração exulta de alegria, e com o meu cântico lhe darei graças."

(Sl 28,7)

Celebramos dia 03 de fevereiro a memória de um grande Santo da Igreja, São Brás, Bispo e Mártir do século IV, e faz parte da religiosidade popular buscar,  neste dia, a Bênção da garganta.

O vermelho dos paramentos anuncia o martírio, o sangue derramado...

Desde as primeiras Missas que celebrei, “sempre tremi” ao colocar paramentos vermelhos, pois ou lembrava a memória dos mártires, aqueles que deram a vida  pela Igreja ou a força do Espírito Santo.

São Brás é  conhecido como protetor da garganta, pois ao se dirigir para o martírio lhe foi apresentada uma mãe desesperada com seu filho, que estava sufocado por uma espinha de peixe entalada na garganta.

Diante desta situação o Santo em Deus curou milagrosamente a criança.

Interessante que mesmo caminhando para o martírio encontra serenidade e tempo para a solidariedade, para fazer o bem!

Quantas vezes colocamos tantos empecilhos para fazer o bem a alguém.

Mesmo em situação absolutamente adversa, a compaixão tomava conta de São Brás.

Ele foi vítima de morte cruenta: foi pendurado, sua pele esfolada com dentes de  ferro, e finalmente degolado, porém seu amor por Jesus Cristo lhe falou mais forte e mais alto ao coração.

A Epístola aos Hebreus (Hb 12,1-4), muito nos ajuda a refletir sobre a vida deste mártir da Igreja que, a exemplo de Cristo, também derramou seu sangue.

O autor da Epístola nos convida à fidelidade, à perseverança, a não desanimar no caminho do seguimento de Jesus, mantendo nossos olhos fixos Naquele que é o autor e realizador de nossa fé: Jesus!

A alegria que alcança e pela qual Se entrega tem caminho que ultrapassa nosso entendimento, não segue os parâmetros da razão: sofrendo na Cruz testemunha um amor que ama até o fim!

Nisto consiste o verdadeiro amor e causa da verdadeira alegria que o mundo não pode oferecer...

Exorta-nos a não nos deixarmos fatigar pelo desânimo: “Vós ainda não resististes até o sangue em vosso combate contra o pecado!".

Devoção aos santos, antes de tudo, é imitar suas virtudes na fidelidade ao Senhor, pois Ele é O Caminho, A Verdade e A Vida, o único capaz de nos Salvar.

Deste modo, peçamos a Deus a luz da verdadeira ciência para não nos desviarmos do caminho do bem e do amor, pois "… Somente o Espírito Santo tem o poder de purificar nossa mente… É necessário, portanto, alegrar em tudo o Espírito Santo pela paz da alma, mantendo em nós sempre acesa a lâmpada da ciência.

Quando ela não cessa de brilhar no íntimo da mente, conhece-se os ataques cruéis e tenebrosos dos demônios, o que mais ainda os enfraquece sendo eles manifestados por aquela santa e gloriosa luz” (Diádoco de  Foticeia, Bispo – séc. V).

Não apagaremos o Espírito guardando nosso pensamento de tudo aquilo que nos afasta de Deus, evitando tudo que for maldade, contrário à vontade Divina, evitando que mergulhemos em escuridão insuportável que é a absoluta falta da ciência de Deus.

Apresento duas Orações que podem ser rezadas quando necessário:

- Oremos:

- "Ó glorioso São Brás que restituístes, com uma breve oração, a perfeita saúde de um menino que, por uma espinha de peixe atravessada na garganta, esteve prestes a expirar, obtendo para nós todos, a graça de experimentarmos a eficácia do vosso patrocínio em todos os males da garganta.

Conservai a nossa garganta sã e perfeita para que possamos falar corretamente e assim proclamar e cantar os louvores de Deus. Amém!"

- "Senhor, pelos méritos de São Brás, peço-Vos por minha saúde e, especialmente, que me liberteis dos males da garganta.

Rogo-Vos, também, por minha vida espiritual. Liberta-me da preguiça na oração, pois é a única maneira de manter-me sempre unido a Deus. São Brás rogai por nós. Amém.”

E a fórmula da bênção, finalmente, mais conhecida e rezada no dia em que celebramos sua Memória:

Por intercessão de São Brás, Bispo e Mártir, livre-te
Deus do mal da garganta e qualquer outra enfermidade.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém”.

E em todo tempo assim também oremos:

“Senhor, dai-nos força para resistir à tentação,
paciência na tribulação e sentimentos de
gratidão na prosperidade”.

“Tendes, pois, sal em vós mesmos”

                                                             

“Tendes, pois, sal em vós mesmos”

Disse Jesus: “Pois todos hão ser salgados pelo fogo. Coisa boa é o sal. Mas se o sal se tornar insosso, com que lhe restituireis o tempero? Tende, pois, sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros.”  (Mc 9, 49-50).

Na Lumen Gentium (n.38), encontramos um comentário enriquecedor:

“O ‘sal’ que preserva o mundo da corrupção são os cristãos que sabem ‘difundir o espírito de que são animados os pobres, os mansos e os construtores da paz, que o Senhor no Evangelho proclamou bem-aventurados”.

Esta máxima de Jesus sobre o sal convida os discípulos a procurar a prudência e a sabedoria, para fazerem opções decididas, mantendo-se fiéis no discipulado, em perfeita coerência de vida entre o Evangelho que anunciam e o quotidiano vivido.

Assim vivendo, demonstrarão que a vida tem sabor, se for vivida através de opções conscientes, mesmo que exijam esforços, renúncias, sacrifícios, em total desprendimento e coragem para o discipulado.

Oremos:

Senhor Jesus, com Vosso Espírito enviado sobre a Igreja, queremos permanecer firmes no discipulado, tendo sal em nós mesmos, vivendo com prudência e sabedoria, em perfeita coerência entre o Vosso Evangelho que pregamos e o testemunho que damos, participando da construção do Reino de Deus, por palavras e obras. Amém.

A vigilância ativa e os compromissos emergentes da fé

                                                


A vigilância ativa e os compromissos emergentes da fé

Reflexão à luz da passagem da Segunda Carta de São Pedro (2Pd 3,12-15a.17-18; Sl 89, 2-4.10.14-16; Mc 12,13-17), sobre o compromisso social e religiosa, e sua relação profunda e inseparável na expressão de uma fé viva, sólida, ancorada pela esperança de um mundo novo que culmina na eternidade, sempre impulsionados por pequenos e grandes gestos de amor.

Com a Igreja, aprendemos que a vida cristã coerente deve ser vivida na vigilância ativa, ou seja, a espera de um novo céu e nova terra, a espera do Senhor que veio, vem e virá pela segunda vez.

Esta vigilância se dá com esforços multiplicados, acompanhados de uma conduta irrepreensível, sem jamais paralisar ou retroceder no crescimento da amizade e intimidade com o Senhor Jesus Cristo.

Deste modo,  Jesus ao dizer “Dai a César o que de César e a Deus o que é de Deus” nos permite afirmar que reconhecer e aceitar o poder político não equivale a desconhecer e rejeitar a Deus. O poder político é lícito para o exercício dos assuntos públicos, mas somente a Deus devemos adorar em espírito e verdade, em doação e na entrega plena e total de nossa vida.

Está implícita a dupla fidelidade que o cristão deve viver em sua dimensão pessoal, no seu existir e agir: a dimensão religiosa e a dimensão temporal.

Jamais se deve separar totalmente a ação política da ação religiosa, como muito bem nos diz a Igreja em diversos Documentos, e de modo muito especial a “Gaudium et Spes” (Vaticano II - nºs 73-77 – Cap. IV). 

Em resumo, neste capitulo, fala da consciência da missão da Igreja na comunidade Política.

Também em outro documento, o Papa São Paulo VI afirmou: - “A política é uma maneira exigente de viver o compromisso cristão ao serviço dos outros” (Octogesima Adveniens, 46).

Finalizando, seguir Jesus, assumir a missão que Ele nos confia, implica em esperar com confiança "novos céus e nova terra onde habitará a justiça" sem permanecer alheio às alegrias e às esperanças daqueles que estão ao nosso lado, sobretudo os mais pobres.

A esperança dos bens futuros, numa vigilância ativa, alimentada pela força salutar da Eucaristia, é a grande força para superar toda forma de contrariedade e adversidades.

Somente assim não vacilaremos na fé, nem esmoreceremos na esperança e não esfriaremos na caridade, de modo que seremos resistentes na tentação, pacientes na tribulação e agradecidos a Deus nos mais preciosos sinais de prosperidade.

PS: Lecionário Comentado – Tempo Comum - Vol. I – Editora Paulus - Lisboa - pp. 428-432.

“Não existem duas esperanças"

                                                     

“Não existem duas esperanças”

Oportuno para a reflexão das passagens do Evangelho de Mateus e Marcos (Mt 22,15-21; Mc 12,13-17), sobre a questão feita pelos fariseus e herodianos a Jesus, se é lícito pagar imposto a César, encontramos esta afirmação:

Não existem duas esperanças: uma terrena e outra celeste; a esperança é uma só: diz respeito à realidade futura, mas através do empenho cristão, a antecipa na realidade terrestre”

De fato, estamos no mundo com uma responsabilidade de participação irrenunciável, para torná-lo mais humano, justo e fraterno.

E se a fé cristã professada, maior ainda o compromisso, pois deve ser vivida integralmente e não permite omissão ou evasão nesta participação.

A fé cristã confere à religião um papel fundamental no mundo, tornando sem fundamento qualquer atitude de desconsideração, como se ela não tivesse nenhuma contribuição positiva a oferecer.

Com o Concílio Vaticano II, como Igreja, somos chamados a rever as reticências ou ausências do cristão no seu real compromisso com o mundo, procurando sua superação a fim de que sejamos sal da terra e luz do mundo.

A fé cristã, acenando para a esperança na eternidade, não se exime da concretização no tempo presente, inserida na realidade terrestre, concreta. 

Esta fé se vive com os olhos nos céus, mas com os pés tocando à realidade do cotidiano, não criando uma dicotomia entre o mundo dos homens e mulheres e o mundo de Deus.

De modo que todo poder político deve exercer a sua vocação primeira, a promoção do bem comum, e se assim o for, de fato, estaremos dando “a Deus o que é Deus e a César o que é de César”, entregaremos a Deus um povo com vida plena, digna e feliz.
O céu não se espera na passividade, mas na medida em que vivemos a graça do Batismo, e nos tornamos discípulos missionários do Senhor, verdadeiramente comprometidos com o Reino de Deus, que ultrapassa qualquer forma de realidade que se possa conceber.

Nenhuma realidade é bastante suficiente para esgotar a riqueza do Reino que Jesus veio inaugurar, por isto, rezamos no Pai Nosso, a oração que Ele nos ensinou:

“Venha a nós o Vosso Reino, Senhor, seja feita a Vossa vontade assim na terra como no céu” (cf.  Mt 6,10).

PS: Missal Dominical – Editora Paulus, 1995 – pp. 834.

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG