sexta-feira, 17 de outubro de 2025

Em poucas palavras...

                                                            

Viver por amor

“Depois do exílio da terra, espero ir gozar de Vós na Pátria, mas não quero acumular méritos para o céu, quero é trabalhar só por vosso amor [...] 

Na noite desta vida, aparecerei diante de Vós com as mãos vazias, pois não Vos peço, Senhor, que conteis as minhas obras. Todas as nossas justiças têm manchas aos vossos olhos. 

Quero, portanto, revestir-me com a vossa própria Justiça, e receber do vosso Amor a posse eterna de Vós mesmo..”. (1)

 

(1) Santa Teresa do Menino Jesus (1873-1897)

 

 

 


A Deus cabe o julgamento de todos nós

 


A Deus cabe o julgamento de todos nós

“Ó homem, qualquer que sejas, tu que julgas, não tens desculpa; pois, julgando os outros, te condenas a ti mesmo, já que fazes as mesmas coisas, tu que julgas.”    (Rm 2,1)

Oremos:

Ó Deus, dai-nos a coragem necessária, para frequentemente fazermos nossas autênticas revisões de vida, não cedendo ou se conformando à falsas revisões de vida, que nada nos mudem ou nos façam crescer no aperfeiçoamento espiritual.

Livrai-nos da tentação de nos tornarmos juízes, tomando nossos próprios critérios para formar um juízo sobre os outros, quando o único critério válido é o Vosso, antes de tudo, sobre nossas ações.

Ajudai-nos, para que sejamos adultos autênticos diante de Vós, sem jamais julgar as pessoas, apresentando-nos com humildade ao juízo do Senhor.

Iluminai nossa mente e coração, para que jamais nos esqueçamos que não são as paredes nem as senhas que nos fazem cristãos, porém os critérios de nossas ações cotidianas, impulsionados pela fé, expressos na caridade e testemunho de uma esperança que jamais nos decepciona: Jesus.

Tudo isto, ó Deus, nós Vos pedimos, por meio do Vosso Filho, Jesus Cristo, o único Juiz  que, ao mesmo tempo, nos salva, ama e transforma plenamente, e assim, vivamos sob as luzes do Santo Espírito. Amém.

 

(1)    Comentário da passagem da Carta de Paulo aos Romanos (Rm 2,1-11) – Missal Cotidiano – Editora Paulus - p.  1382

Participemos dos sofrimentos de Cristo

 


Participemos dos sofrimentos de Cristo

Assim nos falou o apóstolo Pedro (1Pd 4,13-14):

“Caríssimos, alegrai-vos por participar dos sofrimentos de Cristo, para que possais também exultar de alegria na revelação da Sua glória. Se sofreis injúrias por causa do nome de Cristo, sois felizes, pois o Espírito da glória, o Espírito de Deus, repousa sobre vós.”

Oremos:

Ó Deus, quando vierem os sofrimentos ou dificuldades, na graça de viver o discipulado no seguimento de Vosso Filho, enviai-nos sempre o Espírito Santo para nos animar, fortalecer e conduzir.

Dai-nos maturidade e serenidade para enfrentar situações adversas, e que o peso da cruz não nos faça esmorecer ou recuar, como discípulos do Vosso amado Filho; e jamais vacilemos na fé, esmoreçamos na esperança e esfriemos na caridade.

Concedei-nos, ó Deus, a graça de viver a verdadeira alegria, que tão somente na fidelidade a Vós podemos alcançar, assim como nos falou Vosso Filho, que alegria plena somente se n’Ele permanecermos.

Inflamai nosso coração para que ardente seja, e firme nossos passos a caminho, comprometidos com a Boa Nova do Reino, atentos na escuta e prática da Palavra do Vosso Filho, com o Vosso Espírito Santo, para que membros vivos de uma Igreja Sinodal sejamos. Amém.

Ó Mãe, o que seria de mim sem ti?

                                                     


Ó Mãe, o que seria de mim sem ti?
 
Nossa Senhora do Caminho, Mãe de Deus e nossa,
Quantas vezes a ti recorri e nunca saí sem resposta.
 
Tu que nos apontaste Teu Filho, como nosso único Redentor,
Porque tão somente Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.(1)
 
Eu te agradeço quando:
 
Na dúvida do que fazer, como nas bodas, ao acabar o vinho,
Tuas palavras me iluminaram: “Fazei tudo o que Ele vos disser”.(2)
 
Na escuridão por vezes do cotidiano, sem saber vital rumo,
Tu nos apontaste Teu Filho, a Luz que ilumina o caminho (3)
 
Num mundo de verdades passageiras, mentiras multiplicadas,
Com ternura nos aponta Teu Filho, a Verdade que nos liberta. (4)
 
No cansaço das múltiplas e necessárias atividades,
Tu nos conduziste ao teu Filho, que nos refaz dos cansaços. (5)
 
No peso da cruz carregada, com suas renúncias,
Tua presença ao pé da Cruz, coragem e força renovadas.(6)
 
Na falta da paciência e a não esperança de mais nada,
Tua amável e doce presença com os Apóstolos: avançar é preciso.(7)
 
Eu te agradeço, ó Mãe Amantíssima.
Ó Nossa Senhora de tantos nomes:
Nossa Senhora do Caminho. Amém.
 
(1) Jo 14,6
(2) Jo 2,5
(3)  Jo 8,12
(4) Jo 8,32
(5) Mt 11,28-30
(6) Jo 19,25-27
(7) At 1,1-14

A mais bela súplica: Envia, Senhor, o Teu Espírito!

                                                       

 

A mais bela súplica: Envia, Senhor, o Teu Espírito!
 
Ó Espírito Santo de Deus, fonte de toda luz e amor.
Sem Ti, sucumbiríamos em nossa miséria humana,
Não suportaríamos o peso da cruz cotidiana,
e mergulharíamos em um vale de sofrimento e dor.
 
Ó Espírito Santo, que conheces nossos prantos,
e ouves nossos lamentos,
Sem Ti seriam insuportáveis nossos louvores e cantos.
e a última palavra seria a morte e sofrimentos.
 
Por isto, Te pedimos: Envia, Senhor, o Teu Espírito!
Porque Ele é vento que a todos assopra,
Fogo que arde e jamais se consome,
A todos aquece e ilumina!
 
Ó Espírito Santo, Vem! Teu sopro nos envie.
Como Igreja Sinodal reunida, a Ti, confiantes, suplicamos:
Vem até nós para nos aquecer, salvar e iluminar,
Curar, fortalecer, ensinar, aconselhar e consolar. 
 
Ó Espírito Santo de Deus, sem Ti nada somos,
nada podemos. Sem Ti não há vida.
e somos como orvalho da manhã que passa,
Como a grama que murcha ao entardecer.
 
Ó Espírito Santo de Deus, fonte de graça e todo vigor,
Para Ti, nossas mãos confiantes, estendidas se levantam, 
nosso coração se abre, caminhos novos apontam,
E nossos lábios proclamam: És de nossa vida, Senhor!
 
Ó Espírito Santo de Deus, fonte de paz e comunhão,
Contigo, os fardos são mais leves, jugos suavizados.
Contigo, morreu em nós a morte: É Ressurreição!
Contigo, com Tua morada em nós, somos divinizados. Amém. 

Em poucas palavras...

 


A Sagrada Escritura: carta outorgada de Deus

A Escritura é “uma carta outorgada pelo Pai do céu ao gênero humano, em peregrinação longe da sua pátria, e transmitida pelos autores sagrados”

 

(1)  Carta Encíclica Providentissimus Deus, nº 1 – Papa Leão XIII – séc. XIX

 

Mensagem do Santo Padre Leão XIV para o IX Dia Mundial dos Pobres (2025) – Síntese

 




Mensagem do Santo Padre Leão XIV para o IX Dia Mundial dos Pobres (2025) – Síntese

 

Celebraremos no XXXIII Domingo do Tempo Comum - 16 de novembro de 2025, o IX Dia Mundial dos pobres, iniciado com o Papa Francisco.

A Mensagem tem como motivação bíblica – “Tu és a minha esperança, ó Senhor Deus” (cf. Sl 71,5), em tempo de Ano Jubilar.

Reconhecemos que Deus é a nossa primeira e única esperança, também nós fazemos a passagem entre as esperanças que passam e a que permanece para sempre.

Retoma as palavras do Papa Francisco, em que nos afirma que a pobreza mais grave é não conhecer a Deus, na Evangelii Gaudium:

 “A pior discriminação que sofrem os pobres é a falta de cuidado espiritual. A imensa maioria dos pobres possui uma especial abertura à fé; tem necessidade de Deus e não podemos deixar de lhe oferecer a sua amizade, a sua bênção, a sua Palavra, a celebração dos Sacramentos e a proposta dum caminho de crescimento e amadurecimento na fé”. (n. 200).

A regra da fé e um segredo da esperança: embora importantes, todos os bens desta terra, as realidades materiais, os prazeres do mundo ou o bem-estar econômico não são suficientes para fazer o coração feliz: «Seja Deus todo motivo de presumires. Sente necessidade d’Ele para que Ele te cumule. Tudo o que possuíres fora d’Ele é imensamente vazio» (Enarr. in Ps. 85,3) (Santo Agostinho).

Devemos manter viva a esperança cristã, que é como uma âncora, que fixa o nosso coração na promessa do Senhor Jesus, que nos salvou com a Sua morte e ressurreição e que retornará novamente no meio de nós, renovando nossos compromissos com as cidades dos homens, na construção da cidade de Deus, pois a esperança, sustentada pelo amor de Deus derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo (cf. Rm 5, 5), transforma o coração humano em terra fértil, onde pode germinar a caridade para a vida do mundo.

Reafirma a inseparabilidade da Tradição da Igreja sobre a permanente circularidade entre as três virtudes teologais: fé, esperança e caridade: “A esperança nasce da fé, que a alimenta e sustenta, sobre o fundamento da caridade, que é a mãe de todas as virtudes. E precisamos de caridade hoje, agora”

Deste modo, o convite bíblico à esperança traz consigo o dever de assumir, sem demora, responsabilidades coerentes na história, na prática da  caridade que é «o maior mandamento social» (Catecismo da Igreja Católica, 1889), no enfrentamento das causas estruturais da pobreza que  devem ser enfrentadas e eliminadas.

São desafiadoras as palavras do Papa para que vivamos autenticamente o Dia Mundial dos pobres, não os vendo como um passatempo para a Igreja, mas sim os irmãos e irmãs mais amados, porque cada um deles, com a sua existência e, também, com as palavras e a sabedoria que trazem consigo, levam-nos a tocar com as mãos a verdade do Evangelho, e precisam ser vistos como “sujeitos criativos”:

“Por isso, o Dia Mundial dos Pobres pretende recordar às nossas comunidades que os pobres estão no centro de toda a ação pastoral. Não só na sua dimensão caritativa, mas igualmente naquilo que a Igreja celebra e anuncia... Os pobres não são objetos da nossa pastoral, mas sujeitos criativos que nos estimulam a encontrar sempre novas formas de viver o Evangelho hoje.”

Promover o bem comum é nossa responsabilidade social que tem o seu fundamento no gesto criador de Deus, que dá a todos os bens da terra: assim como estes, também os frutos do trabalho do homem devem ser igualmente acessíveis:

“Com efeito, ajudar os pobres é uma questão de justiça, muito antes de ser uma questão de caridade. Como observa Santo Agostinho: «Damos pão a quem tem fome, mas seria muito melhor que ninguém passasse fome e não precisássemos ser generosos para com ninguém. Damos roupas a quem está nu, mas Deus queira que todos estejam vestidos e que ninguém passe necessidades sobre isto» (Comentário à 1 Jo, VIII, 5).

Finaliza a Mensagem nos convidando a confiar em Maria Santíssima, consoladora dos aflitos, entoando um canto de esperança do Te Deum – “Em Vós espero, Meu Deus, não serei confundido eternamente”.

 E expressa seu desejo para que este Ano Jubilar incentive o desenvolvimento de políticas de combate às antigas e novas formas de pobreza, além de novas iniciativas de apoio e ajuda aos mais pobres entre os pobres:

“Trabalho, educação, habitação e saúde são condições para uma segurança que jamais se alcançará com armas. Congratulo-me com as iniciativas já existentes e com o empenho que é manifestado diariamente a nível internacional por um grande número de homens e mulheres de boa vontade.”

 

 

PS: Se desejar ler a mensagem na integra, acesse:

https://www.vatican.va/content/leo-xiv/pt/messages/poor/documents/20250613-messaggio-giornata-poveri.html

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