terça-feira, 25 de fevereiro de 2025
Memórias Missionárias...
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025
Com fé humilde e ativa em Deus tudo se alcança
Com fé humilde e ativa em Deus tudo se alcança
Na sétima segunda-feira do Tempo Comum, ouvimos a passagem do Evangelho de Marcos (Mc 9,14-29), a partir de um exorcismo realizado por Jesus, e refletimos sobre a necessária fé n’Ele para que sejamos curados e libertos de todo mal e de toda enfermidade, pois de fato, Jesus tem poder sobre todas as forças do mal.
Os discípulos de Jesus não haviam conseguido curar um rapaz epiléptico, na época, considerado como um endemoninhado.
“Os discípulos, tendo embora recebido do Senhor, o poder de expulsar os demônios (cf. Mc 3,15; 6,7), não conseguem exercê-lo num menino possuído por um ‘espírito mudo’.” (1)
Há uma súplica do pai do rapaz para que Jesus o liberte:
“Mestre, eu trouxe a Ti meu filho que tem um espírito mudo. Cada vez que o espírito o ataca, jogo-o o chão e ele começa a espumar, range os dentes e fica completamente rijo. Eu pedi aos Teus discípulos para expulsarem o espírito. Mas eles não conseguiram” (v. 18).
“Se podes alguma coisa...ajuda-me” (v. 22).
Jesus diz: “Se podes!... Tudo é possível para quem tem fé” (v. 23). E manifesta Seu poder tomando a mão do menino, tido como morto, levanta-o e fica de pé:
“Jesus opera a libertação depois de ter dialogado com o pai do menino e escutado a humilde e sincera profissão de fé do homem”. (2)
Em casa, Jesus explica aos discípulos que a fé, expressa em oração e com confiança, tudo alcança, e Ele, Jesus, é a manifestação da onipotência divina no meio de nós.
Assim lemos no Missal Cotidiano:
“O poder transfigurador de Cristo passa a nós na Igreja, mediante a fé e os sacramentos, que são a continuação de Sua obra de verdadeiro Messias e Salvador, e primeiro Sacramento da Salvação” (3).
Diante das doenças, discórdias, injustiças que agridem a vida em sua totalidade, pode se ter 3 atitudes:
- a primeira é a reação com o desespero, próprio de quem não possui nenhuma perspectiva de libertação;
- a segunda, a procura de soluções pré-confeccionadas e fáceis, apelando para uma fé velha e ultrapassada;
- a terceira que vemos no Evangelho: o caminho da fé humilde e ativa, da oração confiando na força que vem do Senhor. (4)
Oremos:
Concedei-nos, ó Deus, firmas nossos passos no caminho de santidade, a que todos somos chamados e vocacionados: testemunhando uma fé inquebrantável em Deus, mantendo viva a nossa esperança, acompanhada de inflamada e generosa caridade. Amém.
(1); (2); (4) Lecionário Comentado – Volume I do Tempo Comum – Editora Paulus – 2011 – pág. 326
(3) Missal Cotidiano – Editora Paulus – pág. 796
Confiança e paciência nas tribulações
Confiança e paciência nas tribulações
Reflexão
à luz das Cartas de São Pedro Damião, bispo (séc. XI):
“Pediste-me,
caríssimo, que te escrevesse palavras de consolação, a fim de reconfortar teu
ânimo amargurado por tantos golpes dolorosos.
Mas
se tua prudência e sensatez não estiverem adormecidas, a consolação já chegou.
Na verdade, as próprias palavras mostram, sem sombra de dúvida, que Deus te
está instruindo como a um filho, para alcançares a herança. É o que indicam
claramente estas palavras: Filho, se
decidires servir ao Senhor, permanece na justiça e no temor, e prepara tua alma
para a provação (Eclo 2,1-2). Onde existe o temor e a justiça, a prova de
qualquer adversidade não é tortura de escravo, mas antes correção paterna.
Pois
até o santo Jó, quando diz no meio dos flagelos da infelicidade: Quem dera que Deus me esmagasse, estendesse
a Sua mão e pusesse fim à minha vida (Jó 6,9), imediatamente acrescenta: É este o meu consolo, porque me atormenta
com dores e não me poupa (Jó 6,10).
Para
os eleitos de Deus o castigo divino é consolação, porque através das
tribulações passageiras que suportam se fortalecem na firme esperança de
alcançar a glória da felicidade eterna.
O
artesão bate o ouro com o martelo para retirar os resíduos de impureza; a lima
raspa muitas vezes para que os veios do metal brilhante cintilem com maior
fulgor. Como o forno prova os vasos do
oleiro, é na tribulação que são provados os homens justos (Eclo 27,5,
Vulg.). Por isso diz também São Tiago: Meus
irmãos, quando deveis passar por diversas provações, considerai isso motivo de
grande alegria (Tg 1,2).
Sem
dúvida, é justo que se alegrem aqueles que neste mundo suportam a tribulação
passageira por causa de seus pecados, mas que, pelo bem praticado, têm guardada
para si uma recompensa eterna no céu.
Por
isso, irmão muito querido, enquanto és atingido pelos golpes da desgraça,
enquanto és castigado pelos açoites da correção divina, não te deixes abater
pelo desalento, não te queixes nem murmures, não fiques amargurado pela
tristeza nem te impacientes pela fraqueza de ânimo. Mas conserva sempre a
serenidade em teu rosto, a alegria no teu coração, a ação de graças em teus
lábios.
De
fato, é preciso louvar a providência divina que castiga os seus nesta vida, a
fim de poupá-los dos flagelos eternos; abate para elevar, fere para curar,
humilha para exaltar.
Portanto,
caríssimo, fortalece o teu espírito na paciência, com estes e outros
testemunhos das Sagradas Escrituras e espera confiantemente a alegria que vem
depois da tristeza.
Que
a esperança dessa alegria te reanime, e a caridade acenda em ti o fervor, de
tal modo que o teu espírito, santamente inebriado, esqueça os sofrimentos
exteriores e anseie com entusiasmo pelo que contempla interiormente.” (1)
São
Pedro Damião, bispo, nasceu em Ravena no ano de 1007. Após os estudos,
dedicou-se ao ensino, que logo abandonou, para se tornar eremita em Fonte
Avelana. Eleito prior do mosteiro, dedicou-se incansavelmente a promover a vida
religiosa, não somente ali, mas em toda as outras regiões da Itália.
Numa
época muito difícil, ajudou os Papas em vista da reforma da Igreja, com sua
atividade, escritos e do desempenho das embaixadas.
Destaco
estas palavras de sua Carta:
“Portanto,
caríssimo, fortalece o teu espírito na paciência, com estes e outros
testemunhos das Sagradas Escrituras e espera confiantemente a alegria que vem
depois da tristeza.”
Com
o Salmista rezemos:
“Eu Vos exalto, ó
Senhor, pois me livrastes,
e preservastes minha
vida da morte!...
Cantai Salmos ao
Senhor, povo fiel,
Dai-lhe graças e
invocai Seu Santo nome!
Pois Sua ira dura
apenas um momento,
Mas Sua bondade
permanece a vida inteira;
Se à tarde vem o
pranto visitar-nos,
De manhã vem
saudar-nos a alegria...” (Sl 29
Oremos:
Ó
Deus, fortalecei-nos na missão que nos confiastes. Cumulai-nos de paciência nas
tribulações cotidianas de tantos nomes.
Iluminai-nos
e conduzi-nos por Vossa Santa Palavra, e ajudai-nos para que dela, não apenas
meros ouvintes, sejamos.
Dai-nos
serenidade e maturidade para os prantos vespertinos, sem jamais perder a
esperança das alegrias matutinas.
Fortalecei
nossa confiança em Vós, na fidelidade ao Vosso Filho, como peregrinos de
esperança, com a presença e ação do Santo Espírito. Amém.
(1)
Memória celebrada dia 21 de fevereiro
(2)PS – fonte –
Liturgia das Horas Volume Tempo Comum I – pág. 1268
Oração pela nossa terra
Com Pedro e Paulo sejamos peregrinos da esperança!
Com Pedro e Paulo sejamos peregrinos da esperança!
Assim nos falou o Apóstolo Pedro sobre a virtude divina da esperança:
“Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Em sua grande misericórdia, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, ele nos fez nascer de novo, para uma esperança viva, para uma herança incorruptível, que não estraga, que não se mancha nem murcha, e que é reservada para vós nos céus. Graças à fé, e pelo poder de Deus, vós fostes guardados para a salvação que deve manifestar-se nos últimos tempos.” (1 Pd 1,3-5
E também em outros versículos:
“Por Ele, vós crestes em Deus, que o Ressuscitou dos mortos e Lhe deu a glória, de modo que a vossa fé e a vossa esperança estivessem postas em Deus.” (1 Pd 1,21)
“E quem há de fazer mal, se sois zelosos pelo bem? Mas se sofreis por causa da justiça, bem-aventurados sois! Não tenhais medo nenhum deles, nem fiqueis conturbados, antes, santificai a Cristo, o Senhor, em vossos corações, estando sempre prontos a dar razão da vossa esperança a todo aquele que vo-la pede.” (1 Pd 3,15)
“O que nós esperamos, conforme sua promessa, são novos céus e nova terra, onde habitará a justiça. Assim, visto que tendes esta esperança, esforçai-vos ardorosamente para que Ele vos encontre em paz, vivendo uma vida sem mácula e irrepreensível” (2 Pd 3,13-14)
Quanto a Paulo, também nos enriqueceu na compreensão e vivência da virtude divina da esperança:
“Sede diligentes, sem preguiça, fervorosos de espírito, servindo ao Senhor, alegrando-vos na esperança, perseverando na tribulação, assíduos na oração” (Rm 12,12)
“Agora, portanto, permanecem fé, esperança, caridade, estas três coisas. A maior delas, porém, é a caridade” (1 Cor 13,13)
“Pois se nós trabalhamos e lutamos, é porque pomos a nossa esperança no Deus vivo, Salvador de todos os homens, sobretudo dos que tem fé. Eis o que devemos prescrever e ensinar.” (1 Tm 4,10-11)
Renovemos a cada dia a graça de sermos peregrinos da esperança, comprometidos com a Fraternidade e a Amizade Social, acolhendo as palavras dos Apóstolos, duas colunas da Igreja, que selaram com o sangue derramado a fidelidade ao Senhor, sempre movidos pelas virtudes divinas: fé, esperança e caridade.:
Oremos:
“Senhor nosso Deus, concedei-nos os auxílios necessários à salvação, pela intercessão dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, pelos quais destes à vossa Igreja os primeiros benefícios da fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.”
Bálsamo para as feridas de nossa alma
Em poucas palavras...
A necessária
missão dos jovens
“Queridos
jovens, ficarei feliz vendo-vos correr mais rápido do que os lentos e medrosos.
Correi
«atraídos por aquele Rosto tão amado, que adoramos na sagrada Eucaristia e
reconhecemos na carne do irmão que sofre.
O
Espírito Santo vos impulsione nesta corrida para a frente. A Igreja precisa do
vosso ímpeto, das vossas intuições, da vossa fé.
Nós
temos necessidade disto! E quando chegardes aonde nós ainda não chegamos, tende
a paciência de esperar por nós».”
(1)
Exortação Apostólica Pós-Sinodal “Christus vivit” parágrafo
n.299






