sábado, 15 de fevereiro de 2025

Advento e a Oração dos sentidos

                                                               

Advento e a Oração dos sentidos

Reflexão à luz da passagem do Evangelho de Mateus (Mt 15,29-37) em que Jesus cura os enfermos e multiplica os pães.

O Evangelista já havia narrado a primeira multiplicação de cinco pães dois peixes em outra passagem (Mt 14, 13-21).

Vejamos a reflexão do Pe. Françoá Costa sobre este sinal:

“Podemos e devemos colocar à disposição dos Projetos de Deus para este mundo os cinco pães e dois peixes que temos, a começar pelos nossos cinco sentidos funcionando sob o impulso das faculdades superiores: inteligência e vontade.

A visão, o tato, o paladar, a audição e o olfato (cinco pães) quando governados e auxiliados pela inteligência e a vontade (dois peixes) são “matéria” para que Deus realize verdadeiras obras da graça, algumas das quais só saberemos na eternidade.

O importante é andar pelo mundo fazendo o bem. Fazendo o que está da nossa parte nem nos preocuparemos muito pelas estatísticas, teremos como único empenho realizar aquilo que Deus nos pede a cada momento...”

Nas mãos de Deus, coloquemos nossos sentidos, e supliquemos ao Senhor que os coloquemos a serviço do Reino, com a convicção de que tudo que partilhamos se multiplica, porque acompanhado com o fermento do amor, que leveda o mundo novo.

Senhor, que vejamos cristãmente, com Vossos olhos: Um olhar de ternura, bondade, misericórdia, esperança, reencantamento pela vida, que se manifesta na compaixão e solidariedade para com aqueles que se sentem encurvados pelo fardo do cotidiano. Vós tendes o fardo leve e jugo suave, e por isto nos dissestes: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados...”.

Senhor, que saibamos cuidar do sentido do paladar para o cultivo do bom gosto, para aprendermos a saborear as delícias que nos ofereceis todos os dias, de modo especialíssimo e supremo, o Pão da Eucaristia, Vinho Novo de Eternidade. Não só nos ensine a saborear Vossas delícias, mas que também tenhamos a alegria e o compromisso de oferecer ao outro uma Palavra de Luz e Vida que possa também ser saboreada, tornando-se alimento na travessia que todos fazemos, até o encontro convosco na outra margem da eternidade.

Senhor, que nossos ouvidos sejam sempre atentos para escutar Vossa voz, que nos convida a um encontro pessoal que se renova a cada instante. Que também nossos ouvidos, em perfeita sintonia convosco, jamais se fechem aos clamores que sobem aos céus suplicando amor e solidariedade, e que se fechem a tantas vozes e cantos das sereias que nos afastem de Vós e de Vosso Plano de Amor, e nos levem ao individualismo, intimismo e autossuficiência.

Senhor, que nosso olfato nos dê a prudência e discernimento para nos afastarmos de tudo aquilo que não cheire bem, porque acompanhado do odor que o pecado exala no mais profundo de nossa alma e coração. Que saibamos sentir o odor do Vosso Amor em permanente presença, e que assim também possamos exalar Vosso suave aroma pelo mundo, por todos os lugares que passemos; a todas as pessoas com quem convivemos.

Senhor, que nosso sentido do tato nos dê a sensibilidade para nos deixarmos tocar por Vossa presença, que nos envolve em terno abraço, e que tenhamos coragem de tocar nas feridas de tantos quantos a nós acorrem, suplicando um pouco de carinho e atenção, estabelecendo uma relação de amor e respeito, edificação e santificação.

Senhor, aguçai nossa inteligência para que, como os pobres e simples, nos abramos à Vossa sabedoria a eles revelada, e, assim como eles, também ouçamos de Vossos lábios louvores a Deus – Eu Te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, por que escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos.” (Mt 11, 25)

Enfim, Senhor, que a nossa vontade seja sempre a Vossa vontade, somente assim, felizes seremos, pois sem Vós nada temos, nada podemos e nada somos, e tão somente assim poderemos não apenas rezar a Oração que nos ensinastes, mas vivê-la como o mais belo Projeto de Amor, porque Projeto Divino a ser realizado pela nossa frágil humanidade, quando os dons, com amor e alegria são partilhados, por Vós multiplicados. Amém!


PS: Apropriado para reflexão da passagem do Evangelho de Marcos (Mc 8,1-10)

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Amizade perdida e reencontrada

                                                         

Amizade perdida e reencontrada

 “Onde estás?”
“Por que fizeste isso?”(cf. Gn 3,9-15.20)


Nas primeiras páginas do Livro de Gênesis, temos o chamado amoroso de Deus a Seus primeiros filhos:

“Mas o Senhor Deus chamou o homem e perguntou: ‘Onde estás?’.

Ele respondeu:
‘Ouvi Teu ruído no jardim. Fiquei com medo, porque estava nu, e escondi-me’.

Deus perguntou:
‘E quem te disse que estavas nu?’ Então comeste da árvore, de cujo fruto te proibi comer?’

O homem respondeu:
‘A mulher que me deste por companheira, foi ela que me fez provar do fruto da árvore, e eu comi’.

Então o Senhor Deus perguntou a mulher:
‘Por que fizeste isso?’

E a mulher respondeu:
‘A serpente enganou-me, e eu comi’”. (1)

Como que num longo tempo de espera, na plenitude dos tempos, o Filho Único, Jesus, ao entrar no mundo, fazendo doação e entrega da Sua vida por amor à humanidade, assumindo nossa condição humana, igual a nós, exceto no pecado, deu a resposta:

“Por esta razão, ao entrar no mundo, Cristo declara: ‘Não quiseste vítima nem oferenda, mas formaste um corpo para mim. Não foram do Teu agrado holocaustos nem sacrifícios pelo pecado. Então Eu disse: ‘Eis que Eu vim, ó Deus para fazer a Tua vontade, como no livro está escrito a meu respeito’” (Hb 10, 5-7).

Se de um lado nossos primeiros pais se afastaram de Deus, através do pecado, da desobediência, da infidelidade, de outro lado, Jesus com Sua vida nos ensina como viver na graça, obediência e fidelidade a Deus.

Se de um lado nossos primeiros pais se esconderam de Deus, com a perda da amizade e intimidade, Jesus vem para nos reconciliar com Deus na mais bela e puríssima amizade conosco, nos mergulhando na profunda intimidade e amizade com Deus, porque, Se encarnando em nosso meio, encarnou-se a Misericórdia Divina, que veio ao encontro da miserável condição de nossa humanidade.

Se de um lado nossos pais foram seduzidos pela serpente, Jesus, no deserto, nos ensinou a vencê-la, em total adoração e obediência à vontade do Pai.

Se de um lado nossos pais colocaram seu querer e vontade acima do querer de Deus, quiseram ser como deuses, Jesus veio, e Se apresentou diante do Pai, colocando sempre em primeiro plano a vontade do Pai, para que reaprendêssemos a viver como o Criador concebeu, e recuperássemos o que havíamos no Paraíso perdido, e agora, com renovados compromissos, o Paraíso a ser construído.

Respondamos à pergunta que Deus fez aos nossos pais: 

“Onde estás e o que fizeste?”

Digamos como o Filho amado: 

Aqui estamos, ó Deus, com Vosso Filho, e com a força do Vosso Espírito, para cumprir Vossos desígnios de santidade, para que, tão somente assim, reencontremos a verdadeira felicidade. Amém!”


(1) Bíblia Sagrada – Tradução da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil –
Catecismo da Igreja Católica – n.2568

O Paraíso é possível

                                                          

O Paraíso é possível

Como se pudéssemos visitar o Paraíso nos primeiros dias da criação, e acompanhar atentamente a obra do Criador, por meio do qual tudo foi criado, na plena comunhão com o Espírito, por um momento apenas.

Veríamos os primeiros dias se sucedendo, e cada criatura, espaço, tudo criado na mais perfeita harmonia, e a obra completa, quando criado o primeiro homem, do barro e com o sopro divino, e a mulher tirada do seu lado, osso dos ossos do homem criado, ambos imagem do Criador, acompanhado da exultação do Criador vendo que tudo era muito bom.

Como se pudéssemos ainda lá permanecer, não repetiríamos o primeiro pecado de nossos pais, que quiseram ser como deuses, comendo do fruto da árvore proibida?

Não seríamos devorados de inveja como o primeiro fratricida, derramando sangue de um inocente?

Muito mais do que uma realidade plausível, as primeiras páginas do Livro Sagrado nos desafiam a reinventar a condição humana, repensar e rever as relações entre nós, para que voltemos a gozar da alegria, da harmonia, da amizade, da perfeição do início da criação.

Não fincar âncoras no passado do Paraíso, como estéril lembrança, mas lançar nosso barco em águas mais profundas, com a certeza de que o Senhor nele se encontra, para que avancemos, apesar de ventos contrários, ao encontro da alegria plena, da vida, e, por fim, da eternidade.

A melhor concepção de Paraíso que podemos ter, é como um projeto que nos desafia e que requer de nós todos empenho incansável, sem perda de tempo, dado que este é irreversível.

O Paraíso é possível quando  renovamos nossa fidelidade, amizade e intimidade com Deus Uno e Trino, que nos criou para nos amar, e deliciosamente conosco se relacionar, dialogar, e por que não, brincar, ainda que pareça estranha esta possibilidade, talvez porque vivemos num mundo marcado pela maldade, insano mal humor, que um dia há de ser varrido das páginas escritas no cotidiano.

O Paraíso é possível quando, de fato, o Senhor for nosso Caminho que nos conduz ao Pai, e que, inevitavelmente, nos conduz também ao encontro do outro, como Ele próprio expressou no maior Mandamento do Amor a Deus, sem divorciá-lo do amor ao próximo.

O Paraíso é possível quando não fugirmos por atalhos que nos distanciam de Deus, pois este distanciamento é o encontro com a própria infelicidade, a não realização; vazio absurdo, escuridão e desolação.

O Paraíso é possível quando não trocarmos a via estreita da cruz, pelas largas estradas que o mundo oferece das felicidades ilusórias, verdades transitórias, porque relativas, prazeres sem compromisso que não emanam da autêntica fonte da felicidade, do consumismo que não preenche, ao contrário, nos consome, nos esvaziando do belo, do brilho, do encantamento; das inúmeras estradas que fomentam o individualismo, arrivismo, inveja, competição, fundamentalismos, fanatismos, preconceitos, atitudes prometéicas...

O Paraíso é possível quando enveredamos não por ruas estreitas da desesperança, insalubres, funestas, violentas, manchadas de sangue, mas pelas alamedas da fé, com raízes fincadas nas entranhas de nosso coração.

Deste modo se abrirão avenidas largas da esperança com horizontes bem próximos de maior comunhão, amizade, fraternidade, sem quaisquer resquícios e sombra da maldade, que turva e polui as águas límpidas que banham a alma de quem tem fé.

Nossa esperança, nutrida pela Seiva do Espírito que conduz e ilumina a história, possibilitará que floresçam e frutifiquem saborosos frutos que nos fazem acreditar no gosto indizível do amor, que nossos pais trocaram pelo fruto proibido, da ciência, do bem e do mal, mas tão longe e vazios do mais pleno, belo e verdadeiro Amor: o Amor de Deus.

O Paraíso é possível, sem saudades estéreis, mas com renovados, sagrados e incansáveis compromissos com a Boa-Nova do Reino que o Senhor veio semear em nossos corações, chão fértil, assim o seja, abertos ao Divino Semeador e Sua Sagrada Semente: Sua Palavra.

A Sagrada Escritura, do primeiro Livro (Gênesis) até o último (Apocalipse), lida, meditada, fonte de Oração, acompanhada da contemplação, nos levará a humanas e, por que não, sagradas ações, para que o novo céu e a nova terra sejam alcançadas.

Peregrinamos reinventando o Paraíso em busca de novos céus e nova terra porque temos fé; cultivamos a esperança e tornamos tudo isto credível pelo empenho em viver a maior de todas as virtudes que jamais passará: a caridade, como nos falou o Apóstolo Paulo (1 Cor 13, 1-13).

Curados pelo Senhor para comunicar Sua Palavra

                                               

     
Curados pelo Senhor para comunicar Sua Palavra


“Olhando para o céu, suspirou e disse:
 “Effatha!”, que quer dizer “abre-te!”

Na sexta-feira da 5ª semana do Tempo Comum, ouvimos a passagem do Evangelho de Marcos (Mc 7,31-37), em que Jesus cura um surdo-mudo.

Nela contemplamos Jesus, Aquele que, em comunhão com o Pai, cura, liberta, toca-nos com Seu ser e Sua Palavra, e contemplemos o querer de Deus: a vida e a felicidade da humanidade.

Contemplamos a salvação de Deus que se destina a todos os povos. A pessoa do surdo, que falava com dificuldade, representa aquele que estava à margem da salvação no mundo judaico. 

Curando aquele homem, contemplamos a ação de Jesus que cura, liberta e integra a pessoa na vida da comunidade. Esta cura é uma catequese sobre a missão de Jesus que faz nascer em nós o Homem novo.

O Encontro com Jesus transforma a vida da pessoa que O acolhe. Abre os ouvidos à Palavra, abre os lábios para o anúncio. Cura de toda “surdez” que possamos conceber.

O Encontro com Cristo tira-nos da mediocridade e nos desperta para o compromisso, empenho e testemunho. Saímos de nosso isolamento empobrecedor, estabelecemos laços íntimos e fortes com Deus e fraternos com todos os nossos irmãos.

Encontrar-se com o Senhor implica em acolher, acreditar, converter, anunciar e testemunhar a Sua Palavra de Vida Eterna. A Evangelização será autêntica quando a Igreja sentir-se tocada pela Palavra de Jesus, e d’Ele se tornar fiel comunicadora.

A Igreja é comunicadora do grande “éffathá” do Senhor, ou seja, tem a missão de levar cada pessoa a sair do seu comodismo, fechamento e egoísmo, abrindo os olhos, ouvidos, boca, coração e todo o ser. 

Acolhendo com fé a Palavra de Deus nossos olhos se abrirão e na planície do deserto do desespero, das provações, nascerá, com certeza, a fina flor da esperança no coração da humanidade.

Em cada Eucaristia que celebramos, Jesus vem ao nosso encontro, nos toca com Sua Palavra e Sua Presença. Cada Eucaristia é uma passagem do Cristo Ressuscitado que nos toca e nos cura. 

Reflitamos:

- De que modo se dá o nosso encontro amoroso e libertador com Jesus?
- De qual surdez precisamos ser curados?
- Como temos levado a cura de Jesus ao outro?
- Somos comunicadores de Sua Palavra?

Urge Profetas curados pela Palavra do Senhor e fortalecidos pelo Seu Pão, Seu Corpo, a Eucaristia, para que, em tempo de desolação e desânimo, comuniquem a aurora de Deus.

Após o sol poente, cremos que há a escuridão da noite e que ao amanhecer a esperança se renovará.

Entre o sol poente e o sol nascente, entre o sol nascente e o sol poente, é o tempo contínuo, ininterrupto da acolhida e vivência da Palavra do Senhor, para que, como criaturas novas, construamos relações de amor, fraternidade, bondade.

Curados pela Palavra, possibilitemos como discípulos missionários, que outros também alcancem esta graça, pois a cura e a libertação, a vida e a felicidade é o que Deus quer para todos nós.

“O que está acontecendo contigo?”

                                                           

“O que está acontecendo contigo?”

“Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a Oração, as súplicas e a ação de graças"
(Fl 4, 6)

“O que está acontecendo contigo?”
Alguém, com lágrimas vertentes, poderá me responder:
“Já não tenho mais o emprego ;
Somarei a tantos milhões que amargam sua falta;
Terei que reinventar um novo modo de sobreviver,
Sem na fé vacilar, jamais na esperança esmorecer”.

“O que está acontecendo contigo?”
Outro, neste momento, poderá me responder:
“Vi alguém partir para ficar para sempre, com a inevitabilidade da morte.
Está difícil recomeçar meu caminho, mas sei que é preciso.
Ainda que a ausência e a saudade me consumam vorazmente,
Crer na Ressurreição até que um dia nos encontremos novamente”.

“O que está acontecendo contigo?”
Alguém talvez nem forças terá para responder, mas dirá:
“Roubaram meus sonhos, pisotearam minhas utopias,
Escureceram meu horizonte do inédito que buscava,
Dizendo que não passavam de ilusórias fantasias.
Mas preciso revigorar minhas forças, a força da profecia”.

“O que está acontecendo contigo?”
Apontando para o chão em que pisamos responde:
“Veja o chão que pisamos; o céu que nos cobre.
Estenda teu olhar para o planeta Terra, nossa casa comum.
Estou em silêncio, ouvindo do Planeta seus gemidos e clamores.
O que fazer para recriar e cuidar melhor de nossa casa comum?”

“O que está acontecendo contigo?”
Também preciso dar minha resposta com sinceridade:
“Refletindo sobre a vida, nossa humana condição,
E o que fazer para elevar e qualificar a condição humana.
Que pães e peixes tenho para oferecer?
Que posso fazer para um novo amanhecer?”

“O que está acontecendo contigo?”
Dê ao Senhor neste momento a tua resposta:
Dê tuas respostas: se bem,  diga a Ele com sinceridade
E com toda simplicidade: estou bem, em paz, porque contigo.
Do contrário, abra teu coração e, antes mesmo de falares,
Ele bem saberá, e com certeza uma Boa-Nova te dirá”.

Em poucas palavras...

                                                 


Viver e transmitir com fidelidade o Evangelho

"Quem evangeliza não procura camuflar a força do Evangelho em fórmulas modernas, mais agradáveis. Procura unicamente vivê-Lo de modo mais transparente e transmiti-Lo como recebeu." (1)

 

 

 

(1)Missal Cotidiano – Editora Paulus – pág. 1244 – Comentário sobre a passagem da Primeira Carta de Paulo aos Colossenses (Cl 1,1,24-2,3)

Em poucas palavras...

                                           

 

Uma súplica para o discipulado

Oremos:

Senhor nosso Deus,

Vós sois o refúgio na tribulação,

Força na fraqueza e conforto no sofrimento.

Nós Vos pedimos, como membros do Vosso rebanho e discípulos missionários do Senhor, 

a prudência e sabedoria necessárias para o discipulado;

Cumulai-nos de coragem, para o bom combate da fé,

E um dia, a glória da eternidade alcançar,

E a Vossa glória celestial para sempre contemplar.

Amém. 

Quem sou eu

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG