domingo, 9 de fevereiro de 2025

Em poucas palavras...

                                                  


Peregrinos da esperança e a correção fraterna

Vivamos a correção fraterna na comunidade, a fim de que seja um lugar do perdão, da reconciliação, de modo que todos os seus participantes, se esforcem pela necessária conversão, na edificação de uma comunidade de fé credível e testemunha do Cristo Ressuscitado, unidas sempre pela graça e força da oração.

A Igreja não é a comunidade dos puros e santos, mas daqueles que se empenham incansavelmente para alcançar a pureza e santidade,  contando sempre com a graça e misericórdia divinas.

 

(1)    Cf. Mt 18,15-20


Peregrinos da esperança, testemunhas das Bem-Aventuranças

 


Peregrinos da esperança, testemunhas das Bem-Aventuranças

Senhor Jesus, firmai nossos passos, para que, peregrinos da esperança, sejamos homens e mulheres das bem-aventuranças, de tal modo que:

- nada esperemos do mundo, mas de Vosso Amado Pai;

- olhemos de alto a baixo o mundo, e sem rancor, abertos  completamente a Deus, cuja face misericordiosa nos revelastes;

- tenhamos uma existência marcada pela atitude de serviço e de amorosa disponibilidade, que Vós assumistes no momento do batismo;

- vivamos como Vós vivestes, em total abertura para o Reino de Deus, recebendo-o, desde já, como uma profunda alegria em sua existência terrena, muitas vezes pouco atraente;

- sejamos confortados e saciados, porque amados filhos de Deus e discípulos Vossos;.

- jamais seremos desapontados nas promessas, pois sabemos em quem colocamos nossa confiança e esperança. Amém.

 

 

PS: Fonte – Comentário do Missal Cotidiano – Editora Paulus – passagem do Evangelho (Lc 6,20-26) – pág. 1255

Peregrinos da esperança: conversão e fidelidade ao Senhor

 


Peregrinos da esperança: conversão e fidelidade ao Senhor

À luz da passagem do Livro de Oseias (Os 6,3-6), refletimos sobre o seu ministério profético numa época bastante conturbada (Reino do Norte – Israel), em termos políticos e marcado por violência, insegurança e derramamento de sangue; em termos religiosos por uma grande confusão.

O profeta exorta para que o povo reconheça a infidelidade cometida, vivida na idolatria, e redescubra o amor do Senhor, expresso em gestos concretos de amor, ternura, bondade e misericórdia (“hesed”) em favor dos irmãos e irmãs.

Reflitamos:
 
- Qual é a sinceridade, fidelidade e profundidade que a adesão ao Projeto que Deus tem para nós?

- Qual o desejo e sinais que expressam atitudes de conversão ao amor de Deus?

- Como vivemos este amor a Deus no amor ao próximo? 

 

Ontem, como hoje, precisamos ouvir a Palavra profética de Oseias que nos interpela à necessária conversão de toda e qualquer forma de infidelidade e idolatria, a fim de que nos voltemos totalmente para o Senhor, que vem sempre ao nosso encontro, na Sua divina e eterna misericórdia, e tão somente n’Ele colocarmos nossa confiança e esperança, como peregrinos que somos.

Peregrinos da esperança, compromisso com a paz

 


Peregrinos da esperança, compromisso com a paz

 
Na Mensagem  para o 52º Dia Mundial das Comunicações Sociais (2018), que teve como Lema “A verdade vos tornará livres” (Jo 8, 32), e como tema: – “Fake news e jornalismo de paz”, o Papa Francisco nos apresentou uma oração inspirada na conhecida oração franciscana, muito oportuna para que a retomemos e rezemos, para que vivamos um ano cheio de paz, que brota de novas posturas e atitudes todos os dias do ano que iniciamos:
 
“Senhor, fazei de nós instrumentos da Vossa paz.
Fazei-nos reconhecer o mal que se insinua em uma comunicação que não cria comunhão.
 
Tornai-nos capazes de tirar o veneno dos nossos juízos.
Ajudai-nos a falar dos outros como de irmãos e irmãs.
 
Vós sois fiel e digno de confiança;
fazei que as nossas palavras sejam sementes de bem para o mundo:
 
onde houver rumor, fazei que pratiquemos a escuta;
onde houver confusão, fazei que inspiremos harmonia;
onde houver ambiguidade, fazei que levemos clareza;
onde houver exclusão, fazei que levemos partilha;
onde houver sensacionalismo, fazei que usemos sobriedade;
onde houver superficialidade, 
fazei que ponhamos interrogativos verdadeiros;
onde houver preconceitos, fazei que despertemos confiança;
onde houver agressividade, fazei que levemos respeito;
onde houver falsidade, fazei que levemos verdade. Amém.”
 
Iniciemos o ano do Jubileu 2025, como peregrinos da esperança e comprometidos com a paz, afinal, como nos falou o Apóstolo Paulo: “A esperança não decepciona” (cf. Rm 5,5).
 

Tempo de evangelizar (VDTCC)

 

Tempo de evangelizar

Quando acabou de falar, disse a Simão:
“Avança para águas mais profundas, e lançai vossas redes para a pesca’.” (Lc 5, 4)
 
Noite de fracasso, redes vazias.
Nada mais a não ser esperar por outro dia...
 
A presença do Senhor à beira do mar,
Diálogo para novidade comunicar.
 
A ordem a Pedro é dada, sabe a quem a Igreja confiará:
Pedro, avançar para águas mais profundas, redes lançar.
 
A ordem não é apenas de um carpinteiro,
Que, provavelmente, nada saberia sobre pescaria.
 
Pedro, pescador como Tiago e João,
Por ofício, a missão o Senhor a ele confia.
 
Não coloca em dúvida a Palavra do Senhor,
Ainda que possua toda experiência.
 
Para pescar,  as exigências próprias necessárias:
Observação, paciência, persistência e confiança.
 
Serão elas marcantes na nova missão,
a barca da Igreja, por mares agitados a condução.
 
À frente da Igreja, necessárias virtudes,
Somadas à sua humildade, obediência de um pecador.
 
Manhã que mudou seus planos para sempre,
De homens, o Senhor o fez o primeiro pescador.
 
Agora é nossa hora, como peregrinos de esperança,
Na Palavra do Senhor, com ousadia, sem medo, confiar.
 
É tempo de também lançarmos nossas redes,
Para águas profundas, avançar: tempo de evangelizar.
 
Pedro, um pecador, mais que um pescador,
Ensina-nos a evangelizar com mesmo amor e ardor. Amém.
 

Com Deus não há fracassos (VDTCC) (Homilia)

                                                     


Com Deus não há fracassos

“Avancemos para águas mais profundas”

No 5º Domingo do Tempo Comum (Ano C) somos convidados a refletir sobre a nossa vocação e rever a sua história.

Com a passagem da primeira Leitura (Is 6,1-2a.3-8), refletimos sobre a vocação de Isaías: primeiramente vemos que a vocação é obra de Deus; também temos a objeção e o reconhecimento da condição impura daquele que é chamado; finalmente, a aceitação da missão pelo Profeta.

Como vemos,  a vocação profética é, inevitavelmente, um caminho de cruz, superando o egoísmo, o medo e a preguiça, enfrentando todas as dificuldades, sofrimentos, conflitos e confrontos. É preciso ter sensibilidade para ouvir o apelo e chamado de Deus, e coragem para viver uma resposta a Ele na missão confiada.

Enriquecedora a afirmação do Missal Dominical:

“O homem não tem poder sobre Deus. Ora, o Profeta
não anuncia uma doutrina abstrata, meramente humana,
mas o Deus vivo; ele é Profeta se Deus Se lhe revela,
se o chama, se o envia. Revelação, vocação
e missão estão estreitamente unidas.”

Com a passagem da segunda Leitura (1 Cor 15, 1-11) refletimos sobre a Ressurreição, que por sua vez trata-se de uma realidade que dá forma à vida do discípulo, levando-o a enfrentar sem medo as forças da injustiça e da morte.

É o mais antigo querigma (anúncio) da Morte e Ressurreição de Cristo, já com ligação à redenção dos pecados. Paulo reafirma com vigor e paixão esta verdade.

O Apóstolo Paulo escreve para uma comunidade cujo contexto cultural é de não aceitação da unidade do corpo e da alma, com influências das filosofias dualistas (viam no corpo uma realidade negativa e na alma uma realidade ideal e nobre) e com isto a dificuldade de aceitação da ressurreição integral do homem.

O Apóstolo anuncia a Ressurreição, e sua argumentação é clara e explícita: ressuscitaremos da mesma forma um dia, porque Cristo Ressuscitou, do contrário vazia é a nossa fé.

A Ressurreição de Cristo é um fato real, mas ao mesmo tempo sobrenatural e meta-histórico, porque ultrapassa completamente quaisquer categorias humanas de espaço e de tempo, e nos insere necessariamente no contexto da fé.

A fé na Ressurreição foi testemunhada pela transformação ocorrida no coração dos discípulos, antes cheios de medo, frustrados e acovardados, tornando-se intrépidos mensageiros e testemunhas de Jesus Cristo, Vivo e Ressuscitado.

Com a fé e presença de Jesus Ressuscitado, o medo cede lugar para a coragem; a frieza para o ardor e a missão se realiza pelo testemunho.

A comunidade cristã é chamada a fazer, ao longo da história, este mesmo itinerário de descoberta, superação, conversão e testemunho da força que vem do Cristo Vivo e Ressuscitado.

Na passagem do Evangelho (Lc 5, 1-11) contemplamos a presença e ação de Jesus que assegura  a grande pesca milagrosa. 

Contemplamos a ação de Deus que vai sempre ao encontro da humanidade, de suas necessidades, manifesta Sua ação gloriosa nos momentos de aparente fracasso transformando-os em êxitos que revelam Sua magnificência e onipotência e amor incondicional por nós.

A passagem pode ser dividida em três partes:

- A descrição do lugar da pregação de Jesus (v. 1-3);
- A pesca milagrosa (v.4-10a);
- O chamamento de Simão (v. 10b-11).

Estar na barca de Jesus (símbolo da Igreja) exige que escutemos a Sua Palavra e O reconheçamos como a presença de Deus em nosso meio; aceitando a Sua proposta libertadora e deixando tudo por Ele, com a certeza de êxito numa “pesca milagrosa”:

“A pesca extraordinária é símbolo da atividade futura de Pedro: o seu barco, ou seja, a Igreja, tem em nome de Jesus, a tarefa de ‘pescar’ os homens para o Reino dos Céus. E Jesus está sempre junto dos Seus para os ajudar” (1)

Reflitamos:

- Estamos na barca de Jesus, de fato?
- Escutamos Sua voz, Sua Palavra?
- Reconhecemos Sua presença em nosso meio?
- Aceitamos Sua missão libertadora a nos confiada?
- Somos capazes de tudo deixar por causa de Sua Proposta?

Sigamos Jesus como Isaías, Pedro, Paulo e tantos outros, crendo na força, ação e presença do Ressuscitado. É necessário que façamos como eles, nos reconhecendo pecadores para o verdadeiro encontro com o Senhor.



(1) Leccionário Comentado - Volume I - Tempo Comum - Editora Paulus - pág. 215

Com Deus não há fracassos (VDTCC) (continuação)

                                              


Com Deus não há fracassos 

À luz da Palavra do 5º Domingo do tempo Comum (ano C), vemos que é Deus quem nos chama para a missão que nos confia, apesar de nossos pecados e limitações.

Deste modo, em cada Celebração Eucarística se torna presente e operante a força redentora do Sacrifício de Cristo na Cruz, quando fomos redimidos e reconciliados com Deus para vivermos como irmãos e irmãs.

Contemplemos a misericórdia e ação divinas ontem, hoje e sempre, que purifica nossos lábios para anunciar e proclamar as Suas maravilhas.

Renovemos a alegria de viver a nossa vocação, fortalecidos pela confiança na Palavra, cada vez mais comprometidos com Seu Projeto do Reino.

Ergamos nossas mãos e que elas se abram para Deus louvar e adorar,
e ao irmão e irmã que precisa, solicitamente estendê-las e nos solidarizarmos.

Que nossos joelhos apenas se dobrem para adorá-Lo;
Aquele que merece toda honra, glória poder e louvor.

Assim serão nossos joelhos revigorados e fortalecidos,
Para com passos firmes e largos a caminhada de fé continuar.

Não entre a palavra tão apenas em nossos ouvidos,
Mas que ela penetre lá no mais profundo de cada um de nós.

Reflitamos:

- Qual é a nossa resposta ao chamado de Deus?
- De que modo Deus tem se revelado em minha vida pessoal e de que modo escuto e respondo ao Seu chamado?

- Nossas Celebrações têm suscitado Profetas para a participação na construção do Reino?

  - Nossa fé é envolvida pelo fogo do Amor Divino, para que sejamos purificados de nossos pecados, postos com mais ardor na missão que o Senhor nos confia?

Oremos:

Venha, Senhor, em nosso auxílio, Vosso Santo Espírito
Para nos comunicar Vossa Palavra em nossos corações.

Afaste, Senhor, de nós todo medo e cansaço,
Que avancemos continuamente para águas mais profundas.

Somente confiando em Vossa Palavra é que nossas redes 
São retiradas do mar da vida, trazendo-nos o melhor de Vós.

Fazei-nos, Senhor, intrépidos e corajosos pescadores de homens,
Vossa Palavra com ardor vivendo, anunciando e testemunhando. Amém!

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