O autor da Carta aos Hebreus, dirigindo-se aos cristãos em dificuldade, com a perda do entusiasmo inicial, pois grandes eram as dificuldades, os reanima, para que não corram o risco de renunciar ao compromisso assumido no dia do Batismo. É nítido seu esforço em animar e revitalizar a experiência de fé de seus destinatários.
domingo, 10 de novembro de 2024
Jesus, o Mediador da Nova e Eterna Aliança (XXXIIDTCB)
O autor da Carta aos Hebreus, dirigindo-se aos cristãos em dificuldade, com a perda do entusiasmo inicial, pois grandes eram as dificuldades, os reanima, para que não corram o risco de renunciar ao compromisso assumido no dia do Batismo. É nítido seu esforço em animar e revitalizar a experiência de fé de seus destinatários.
A esmola, o bem e a semeadura (XXXIIDTCB)
A
esmola, o bem e a semeadura
“Felizes os misericordiosos, porque alcançarão
misericórdia” (Mt 5,7)
Sejamos iluminados pelo Tratado sobre as coletas, escrito pelo Papa e Doutor da Igreja, São Leão Magno (séc. V):
“Amadíssimos,
que ninguém se vanglorie dos pequenos méritos de uma vida boa se lhe faltarem
as obras de caridade; nem se refugie na falsa segurança de sua pureza corporal,
quem não busca a sua purificação na esmola.
A
esmola apaga o pecado, mata a morte e extingue a pena do fogo eterno. Mas quem
estiver desprovido do fruto da esmola, também não poderá receber a indulgência
do remunerador, pois diz Salomão: Quem
fecha os ouvidos ao clamor do necessitado, não será escutado quando grite. Por isso Tobias dizia ao seu filho,
incutindo-lhe os preceitos da piedade: Dá
esmola dos teus bens e não sejas mesquinho. Se vês um pobre, não desvies o teu rosto,
e Deus não afastará sua face de ti.
Esta
virtude torna úteis todas as outras virtudes: sua união vivifica a própria fé,
da qual o justo vive, e que, se não tem obras, é considerada morta: mas se é
verdade que a fé é a razão de ser das obras, não é menos que as obras são a
força da fé. Por isso, como diz o apóstolo, enquanto temos oportunidade,
trabalhemos pelo bem de todos, especialmente pelo bem da família da fé.
Não nos cansemos de fazer o bem, que, se não esmorecermos, no tempo certo
colheremos.
A
vida presente é tempo de semeadura, e o dia da retribuição é tempo de colheita,
quando cada um recolherá uma colheita proporcionada à quantidade da semeadura.
Ninguém
ficará defraudado do rendimento desta messe, pois ali se atenderá tanto o
volume das contribuições como a qualidade das intenções; de maneira que se
equipararão os pequenos donativos procedentes de escassos rendimentos e os
suntuosos de fortunas imensas.
Em
consequência, amadíssimos, acatemos o que foi estabelecido pelos apóstolos. E
como no próximo domingo terá lugar a coleta, disponham-vos para a
voluntária devoção, para que cada um coopere, segundo as suas possibilidades,
para a sacratíssima oblação. Vossas próprias esmolas serão uma oração em vosso
favor, assim como para aqueles a quem ajudareis com vossa generosidade. Assim
estareis disponíveis para toda boa iniciativa, em Cristo Jesus, nosso Senhor,
que vive e reina pelos séculos dos séculos. Amém.”
Destaco
três trechos:
“A esmola apaga o
pecado, mata a morte e extingue a pena do fogo eterno”;
“Não nos cansemos de
fazer o bem, que, se não esmorecermos, no tempo certo colheremos.”;
“A vida presente é
tempo de semeadura, e o dia da retribuição é tempo de colheita, quando cada um
recolherá uma colheita proporcionada à quantidade da semeadura.”.
Como
Igreja sinodal que somos, caminhando juntos, peregrinando na esperança, nossas
orações devem ser acompanhadas por estas práticas: a esmola, a promoção do bem
e a participação na semeadura.
Oremos:
Ó Deus,
que jamais nos cansemos de fazer o bem, e saibamos vencer o mal com o bem,
multiplicando gestos de esmola, partilha, compaixão e solidariedade, alegres
discípulos missionários a cultivar o Vosso divino Jardim, com a semente do
Verbo, com a ação e presença do Santo Espírito. Amém.
(1) Lecionário Patrístico Dominical – Editora Vozes – 2013 – pp.505-506
Cremos na Ressurreição da carne e na vida eterna (XXXIIDTCC)
Esperamos Vossa vinda gloriosa (XXXIIDTCA)
Esperamos Vossa
vinda gloriosa
Para aprofundamento
da Liturgia do 32º Domingo do Tempo Comum (ano A), sejamos enriquecidos por
dois parágrafos do Catecismo da Igreja Católica:
“As
afirmações da Sagrada Escritura e os ensinamentos da Igreja a respeito do Inferno
são um apelo ao sentido de responsabilidade com que o homem deve usar da sua
liberdade, tendo em vista o destino eterno.
Constituem,
ao mesmo tempo, um apelo urgente à conversão: «Entrai pela porta estreita, pois
larga é a porta e espaçoso o caminho que levam à perdição e muitos são os que
seguem por eles. Que estreita é a porta e apertado o caminho que levam à vida e
como são poucos aqueles que os encontram!» (Mt 7, 13-14):
‘Como
não sabemos o dia nem a hora, é preciso que, segundo a recomendação do Senhor,
vigiemos continuamente, a fim de que, no termo da nossa vida terrena, que é só
uma, mereçamos entrar com Ele para o banquete de núpcias e ser contados entre
os benditos, e não sejamos lançados, como servos maus e preguiçosos, no fogo
eterno, nas trevas exteriores, onde «haverá choro e ranger de dentes’»’” (Lumen
Gentium n.48)”. (1)
Vejamos segundo
parágrafo:
“Em
Jesus, «o Reino de Deus está perto». Ele apela à conversão e à fé, mas também à
vigilância. Na oração (Mc 1, 15), o discípulo vela, atento Aquele que é e que
vem, na memória da sua primeira vinda na humildade da Carne e na esperança da
sua segunda vinda na Glória (Mc 13; Lc 21,34-36). Em comunhão com o Mestre,
a oração dos discípulos é um combate; é vigiando na oração que não se cai na tentação
(Lc 22,40.46)”. (2)
Caminhando para o
final de mais um ano Litúrgico, é sempre tempo oportuno, como discípulos
missionários do Senhor, avaliarmos o modo como vivemos a missão que Ele nos
confia.
Reflitamos:
- Como
vivemos a vigilância na espera do Senhor que virá gloriosamente?
-
Quais são os momentos de oração e a qualidade destes na espera no Senhor que
veio, vem e virá?
-
Quais são as tentações que nos afastam do Senhor, Sua Pessoa, Palavra e Projeto
do Reino?
- Como
vivemos a liberdade e responsabilidade em nossas escolhas na espera do Senhor?
- Tem
sido a nossa vida (pensamentos, palavras e ações) conduzida pela Sabedoria
Divina do Santo Espírito que nos assistes e nos ilumina?
Oremos:
Concedei-nos, ó Deus, viver uma fé vigilante e
inquebrantável; uma esperança ativa e comprometida, a fim de que sejamos sinais
e instrumentos da caridade que jamais passará, em plena comunhão com Vosso
Amado Filho, que veio na humildade da carne e virá gloriosamente no final dos
tempos, e animados pelo Vosso Espírito. Amém.
(1)
- Catecismo da Igreja Católica – n.1036
(2)
- Idem n.2612
PS: Oportuno para o 34º sábado do Tempo Comum, em que ouvimos a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 21,34-36) e 1º Domingo do Advento (ano C)
Fé, vigilância e sabedoria (XXXIIDTCA)
Vigilantes para um fecundo testemunho (XXXIIDTCA)
Permaneçamos vigilantes (XXXIIDTCA)
(1) (2) (3) (4): www.Dehonianos.org/portal