sexta-feira, 3 de maio de 2024

O Senhor revigora a nossa fé

O Senhor revigora a nossa fé

Acolhamos as exortações extraídas da primeira Carta do Apóstolo Pedro (1Pd 1,6-9):

“Isto é motivo de alegria para vós, embora seja necessário que agora fiqueis por algum tempo aflitos, por causa de várias provações. Deste modo, a vossa fé será provada como sendo verdadeira mais preciosa que o ouro perecível, que é provado no fogo e alcançará louvor, honra e glória, no dia da manifestação de Jesus Cristo.

Sem ter visto o Senhor, vós O amais. Sem O ver ainda, n’Ele acreditais. Isso será para vós fonte de alegria indizível e gloriosa, pois obtereis aquilo em que acreditais: a vossa salvação”.

O discípulo missionário não está livre de aflições e provações, como o próprio Senhor já alertara no Sermão da Montanha:

“Bem-aventurados os aflitos porque serão consolados” (Mt 5,5); “Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos Céus. Bem-Aventurados sois, quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por causa de mim” (Mt 5,10-11).

A autenticidade, solidez, luminosidade e fecundidade da fé somente são alcançadas quando ela for provada, e assim se torna “mais preciosa que o ouro perecível, que é provado no fogo” (1Pd 1,7).

Do Livro do Eclesiástico:

“Meu filho, se te ofereceres para servir o Senhor, prepara-te para a prova. Endireita teu coração e sê constante, não te apavores no tempo da adversidade. Une-te a Ele e não separes a fim de seres exaltado no teu último dia. Tudo o que te acontecer, aceita-o, e nas vicissitudes que te humilharem sê paciente, pois o ouro se prova no fogo, e os eleitos, no cadinho da humilhação” (Eclo 2,1-5).

Nisto consiste a fé: crer no poder e presença do Senhor, ainda que não O tenhamos visto, mas n’Ele acreditamos, como também nos disse o Senhor, quando Se manifestou aos discípulos, dirigindo a Tomé estas palavras: “Porque viste creste. Felizes os que não viram e creram!” (Jo 20,29).

Vivendo a fé deste modo, beberemos de uma fonte genuína e inesgotável de alegria, que é o próprio Senhor Jesus Cristo, que nos ama e nos garante vida plena e feliz, a salvação.

Ressoem em nosso coração as palavras do Salmista: “O Senhor nos sacia com a fina flor do trigo. E nos farta com o mel que sai da rocha” (cf. Sl 81,17), e assim, satisfeitos e felizes somos, não obstante às provações e dificuldades que tenhamos que enfrentar e superar.

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG