Com Maria, sejamos fiéis discípulos missionários do Senhor
Muitos são os desafios da ação evangelizadora em todo o tempo, e jamais podemos nos descuidar, para que, com amor zelo e
alegria, firmemos nossos passos na fidelidade do anúncio e testemunho da
Boa-Nova do Evangelho.
E para que tudo isto se concretize, voltemos nosso olhar
para Maria, a Mãe de Jesus, a Estrela da Evangelização, iluminados pelo que
dela nos falam os Evangelhos e a Tradição da Igreja, sobretudo na formulação e
compreensão dos Dogmas Marianos.
Muitas lições temos a aprender com Maria, para que, de fato,
sejamos discípulos missionários do Seu Filho, tendo d’Ele mesmos pensamentos e
sentimentos, totalmente a Ele configurados e confiantes, assim como Ela nos
disse no primeiro sinal das Bodas de Caná: “Fazei tudo o que Ele vos disser “
(Jo 2, 5).
A primeira lição é a abertura aos planos divinos, quando ela
disse sim ao anjo Gabriel para ser a Mãe do Salvador. Também nós, quantas vezes
inspirados em Maria, damos nosso sim para que a vontade de Deus prevaleça.
Com ela, aprendemos a prontidão e a disponibilidade para
servir a quem precisa, como Ela o fez ao se dirigir apressadamente na região
montanhosa, grávida, para servir sua prima Isabel, também grávida, em idade
avançada. Sem desculpas e lentidão, o discípulo deve colocar-se sempre em
atitude de amor, doação e serviço.
Nesta mesma visita, temos ainda outras lições: em tempos
sombrios, em que a verdade duela com a mentira, o amor com o ódio, a vida com a
morte, irradiarmos alegria e luz, como sinais e instrumentos da presença do
Espírito Santo que nos assiste
E, com o Magnificat cantado por ela, aprendemos o canto da
esperança dos pobres, que em Deus confiam e se comprometem com um mundo novo,
marcado por novas relações políticas, econômicas, religiosas e sociais.
Com Maria, aprendemos a contemplar e a confiar na presença e
ação misericordiosa de Deus, que não se distancia da história, mas nela Se
encarna na Pessoa de Jesus, e nesta encarnação, nossa humanidade é resgatada,
reconciliada, e voltamos à plena comunhão, que no Paraíso, por desobediência e
desejo de onipotência, perdemos. O pecado, que entrara por um homem, por outro,
Jesus, foi definitivamente destruído.
No Mistério da Paixão, também aprendemos com Maria, o amor
incondicional ao Filho, de quem não se separou, permanecendo fiel, em dores,
lágrimas vertidas e a alma em indescritível sofrimento. Ela permaneceu aos pés
da cruz até o fim, e assim nos ensina também a mesma fidelidade viver: com
renúncias necessárias quotidianamente, nossa cruz tomar, completando em nossa
carne o que falta à Paixão de Cristo, por amor à Sua Igreja (Cl 1, 24).
No Mistério Pascal, Maria testemunha a fé no Cristo vivo,
glorioso, Ressuscitado, quando se encontra com os discípulos para a Ceia (At
1,14); alimenta-se do Corpo e Sangue do Filho que fora gerado em seu ventre,
agora dado em comida e bebida para os discípulos, Pão que alimenta, Bebida que
inebria.
Na fidelidade ao Senhor, Maria sempre vivenciou o bom
combate da fé, e hoje um dos sinais desta fidelidade se manifesta no
fortalecimento de nossas Pastorais, sobretudo as pastorais Sociais.
Contemos com Maria, Mãe de Deus e nossa, que conosco
caminha. Não tenhamos medo, como discípulos missionários, pois ela sempre está
presente na vida e ação da Igreja, para que no empenho irrenunciável com o
Reino de Deus pelo Seu Filho inaugurado, nos comprometamos para que todos
tenhamos vida plena e feliz.
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