sexta-feira, 1 de agosto de 2025
Nossa vocação é amar
“Espera, ó minha alma”
Renovemos a Esperança
Presbítero: graça e missão
Presbítero: graça e missão
“Irmãos, cuidai cada vez mais de confirmar a vossa vocação e eleição. Procedendo assim, jamais tropeçareis. Desta maneira vos será largamente proporcionado o acesso ao reino eterno de Nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo” (2Pd 1,10-11)
Reflexão sobre o Ministério Presbiteral à luz das passagens bíblicas do Livro do Levítico (Lv 13,1-2.44-46) e do Evangelho de Marcos (Mc 1,40-45).
Acometido pela lepra, a pessoa vivia uma situação dramática; e esta enfermidade era utilizada para caracterizar todo tipo de sofrimento relativo à pele, que deforma a aparência da pessoa. Era o que havia de mais grave sobre “impureza”.
Reflitamos sobre como conceber o Ministério Presbiteral, para que seja a expressão da misericórdia divina.
Deus não exclui, ao contrário integra a todos na comunhão mais que querida. Esta foi a ação de Deus no Antigo e no Novo Testamento através da prática do Amor Encarnado, Jesus Cristo.
Jesus acolhe com Amor: toca, cura, liberta, renova, restaura, reintegra aquele homem acometido de terrível mal que o condenava como pecador, marginalizado, amaldiçoado, excluído, indigno, fora da Bênção de Deus, numa palavra, um pecador maldito.
A prática de Jesus confirma a lógica de Deus que não marginaliza ninguém, e bem diferente é a lógica humana, que de modo geral vai noutro sentido.
Jesus com Sua prática Se contrapõe àquilo que em nome de Deus cria mecanismos de rejeição, exclusão e marginalização. Ele é a manifestação da compaixão, do Deus cheio de Amor.
O gesto de Jesus revela Amor e solidariedade. Com a cura do leproso, e outros sinais é a certeza de que o tempo se completou, o Reino de Deus se faz presente no meio dos homens, sem racismos, exclusões.
A cura do leproso é a chegada de um novo tempo inaugurado por Jesus, que toma para Si as dores e sofrimentos de toda a humanidade.
Note-se que o leproso curado ao ser enviado ao templo para confirmar a sua cura, imediatamente se põe a anunciar as maravilhas alcançadas.
Também o Apóstolo Paulo fez o caminho de conversão. De ser escolhido amado e enviado por Deus. Sua vida nos ensina que Jesus é modelo de obediência e entrega, e o tem como fonte de vida. Assim deve fazer todo cristão. Para o Apóstolo o amor por Jesus torna tudo relativo e Ele é a fonte da mais madura liberdade.
Paulo, pelo amor que tudo subordina, faz da própria vida um dom. Assim deve ser a vida do discípulo missionário do Senhor. Assim deve acontecer com todo aquele que se sente acolhido, amado, tocado, curado, perdoado, liberto pela ação misericordiosa de Deus: tornar-se um alegre discípulo missionário do Reino.
Na passagem do Evangelho, vemos que no mesmo instante que foi curado, pelo poder curador de Deus, através de um simples contato humano, que se trata, no entanto, de um gesto corajoso do Filho de Deus para restituir a vida a um homem desesperado.
Este gesto servirá de testemunho, pois o leproso curado não poderá calar o amor que lhe restituiu a vida.
Da mesma forma, todo o Presbítero, é por excelência o homem que experimentou o particípio do Amor de Deus e é chamado para prolongar tantas maravilhas em infinitivos infinitos.
O Padre é alguém que foi chamado por Deus; acolhido, escolhido, amado, curado, tocado, formado, ordenado, consagrado, enviado...
Assim foi como acolhido, acolher cada irmão e irmã, sem nenhuma discriminação ou preferência para ajudar o Povo de Deus a perceber o quanto também Deus os escolheu para produzir frutos saborosos nesta Vinha que é a própria Igreja, com podas necessárias, como bem nos fala o Evangelho de São João (Jo 15).
Assim como foi por Deus amado, é o Ministro do Amor por excelência. Se não comunicar e não testemunhar o amor está condenado a viver um Ministério sem vida, alegria, sabor, graça e sentido.
Assim como foi curado, e o é todos os dias, em cada Eucaristia é o Ministro da cura de tantos males que roubam a alegria e a vida do rebanho a ele confiado. Ministro da cura por excelência, Ministro da cura porque comunicador da vida nova do Espírito.
Assim como foi tocado um dia por um amor em forma de chama, deve a todos tocar, com sua palavra e gestos, a vida de cada membro da comunidade. Não poderá ser o gélido toque de quem não crê; nada espera e não ama de verdade, sem nenhum outro interesse a não ser o pleno cumprimento da Lei.
Teve a graça de ser formado, teve a graça de aprofundar a sabedoria como saber, soma de conhecimentos, mas tem que ser formado na sabedoria como sabor; sabor de vida, ternura, dignidade, perdão, paz, fraternidade, comunhão. Há a sabedoria do saber, mas há a sabedoria do sabor, na qual os pequenos são preciosos mestres.
Com o Sacramento da Ordem não pode ter nenhuma tentação de prestígio, poder, sucesso, riqueza.
Contempla o Amor de Deus que a todos acolhe sem excluir ninguém do Seu convívio, da Sua bondade, e deste modo, é ordenado para arrebanhar, conduzir, santificar, ensinar, governar.
Deve conduzir o rebanho para verdes pastagens, como homem do Banquete Eucarístico e da Palavra que fortalece, orienta e ilumina.
Como consagrado e enviado tem uma missão especial: é enviado para comunicar a semente do Verbo; espalhar Boa Nova do Evangelho em tantos corações; Enviado para que ensine e ajude a humanidade a viver tudo o que Jesus nos ensinou (Mc 16, 19)
Assim fez Jesus para com o leproso, assim haverá de fazer todo discípulo Seu, e de modo especial aquele a quem Ele chamou para ser Presbítero de Sua Igreja.
Deste modo, o Presbítero é para a para toda a comunidade um alegre testemunho de quem foi também por Deus amado e curado, e a comunidade vendo assim o presbítero, também se sentirá amada e encorajada a fazer o mesmo caminho, celebrando devotamente a Eucaristia.
Ele é alguém que se sente amado para amar muito mais do que para ser amado, na mais bela e fecunda expressão do Mandamento que nosso Senhor nos deixou: amar a Deus e ao próximo como Ele nos amou.
Discurso do Papa Francisco no Simpósio Internacional (Síntese)
Discurso do Papa Francisco no Simpósio Internacional (Síntese)
“Para uma teologia Fundamental do Sacerdócio”
O Papa partilha uma reflexão fruto dos seus 52 anos de Sacerdócio, e do convívio com tantos padres ao longo de sua vida, a fim de iluminar a vida e o ministério dos padres, e assim tenham os traços do Bom Pastor, Jesus Cristo, e não percam o fogo do primeiro amor, tornando estéril, repetitivo e quase sem sentido o ministério.
Na sua vida, o sacerdote atravessa condições e momentos diferenciados, e é necessária a atitude de abertura às mudanças, sem jamais cair na tentação de recuo à procura de refúgio, ou o otimismo exagerado, seguindo em frente e sem as decisões necessárias – “São dois tipos de fuga, que fazem lembrar as atitudes do mercenário que vê vir o lobo e foge: foge para o passado ou foge para o futuro. Mas nenhuma destas atitudes leva a soluções amadurecidas.”.
Urge a edificação de comunidades com vida, fervor e o anseio de levar Cristo aos outros, a fim de que surjam vocações genuínas: –“Quando caímos no funcionalismo, quando tudo é organização pastoral e nada mais, isto não atrai de maneira alguma; mas quando há o padre ou a comunidade que tem o tal fervor cristão, batismal, então há a atração de novas vocações”.
A vida de um sacerdote é, antes de mais nada, a história de salvação de um batizado, de modo que não se pode cair na grande tentação de viver um sacerdócio sem batismo: – “Com toda a razão nos lembrava São João Paulo II que «o sacerdote, como a Igreja, deve crescer na consciência da sua permanente necessidade de ser evangelizado» (Exort. ap. pós-sinodal Pastores dabo vobis, 25/03/1992, 26). Tenta ir dizer a um bispo, a um sacerdote que deve ser evangelizado. Não compreendem! Isto sucede. É o drama de hoje”
Afirma que nossa vocação é uma resposta Àquele que nos amou primeiro (cf. 1 Jo 4, 19), e diz que sempre relê o Profeta Ezequiel 16, com o qual se sente identificado, além de nomear outros (Pedro, Paulo, Mateus...).
O Papa nos apresenta quatro sólidos alicerces, ou seja, quatro atitudes que dão solidez à pessoa do sacerdote; quatro colunas constitutivas da vida sacerdotal, as «quatro proximidades», pois seguem o estilo de Deus, que é fundamentalmente um estilo de proximidade (cf. Dt 4, 7): proximidade com Deus, com os bispos, presbíteros e Povo de Deus.
Este estilo de Deus é proximidade especial, compassiva e terna, e as palavras que definem a vida de um sacerdote (e também de um cristão), porque são tiradas precisamente do estilo de Deus: proximidade, compaixão e ternura.
Tudo isto manterá viva a chama do primeiro amor, na expressão das palavras de exortação do Apóstolo Paulo a Timóteo, para que mantivesse vivo o dom de Deus que recebera pela imposição das mãos dele, pois Deus não nos concedeu um espírito de timidez, mas de fortaleza, amor e sobriedade (cf. 2 Tm 1, 6-7).
1 - Proximidade com Deus:
«Eu sou a videira; vós, os ramos (João diz isto no seu Evangelho a propósito de «permanecer»): é preciso permanecer n’Ele, Jesus, a fim de que o ministério seja fecundo:
- “A proximidade com Jesus, o contato com a Sua Palavra, permite-nos comparar a nossa vida com a d’Ele e aprender a não nos escandalizarmos com nada do que nos acontece, a defender-nos dos «escândalos». Como sucedeu com o Mestre, passareis por momentos de alegria e festas nupciais, milagres e curas, multiplicação de pães e descanso. Haverá momentos em que poder-se-á ser louvado, mas virão horas também de ingratidão, rejeição, dúvida e solidão, a ponto de ter que dizer: «Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?» (Mt 27, 46)”.;
- “A proximidade com Jesus convida-nos a não temer nenhuma destas horas, não porque somos fortes, mas porque olhamos para Ele e agarramo-nos a Ele, dizendo-Lhe: «Senhor, não permitais que eu caia em tentação!... Por vezes esta proximidade com Deus assume a forma duma luta: havemos de lutar com o Senhor sobretudo nos momentos em que a sua ausência se faz sentir mais na vida do sacerdote ou na vida das pessoas a ele confiadas; lutar toda a noite e pedir a sua bênção (cf. Gn 32, 25-27), que será fonte de vida para muitos...”
A escassa vida de oração torna-se fonte de muitas crises, de modo que é preciso distinguir uma vida espiritual de uma prática religiosa: “Sem a intimidade da oração, da vida espiritual, da proximidade concreta com Deus através da escuta da Palavra, da Celebração Eucarística, do silêncio da adoração, da consagração a Maria, do sábio acompanhamento duma guia, do sacramento da Reconciliação… sem estas «proximidades» concretas, um sacerdote não passa, por assim dizer, dum trabalhador cansado que não se aproveita dos benefícios dos amigos do Senhor”
Muitas vezes, pratica-se a oração apenas como um dever, esquecendo-se que a amizade e o amor não podem ser impostos como uma regra externa, mas são opção fundamental do nosso coração: – “Um sacerdote que reza permanece, radicalmente, um cristão que compreendeu profundamente o dom recebido no Batismo. Um padre que reza é um filho que se lembra continuamente de ser filho e ter um Pai que o ama. Um padre que reza é um filho que se aproxima do Senhor.”.
É necessário cultivar espaços de silêncio ou pode-se cair num ativismo como expressão de fuga: – “Se não se sabe largar o «fazer» de Marta, para aprender o «estar» de Maria.”
O caminho do deserto leva à intimidade com Deus, mas sob condição de não fugir, não encontrar formas para escapar deste encontro. Hei de conduzi-lo ao deserto «para lhe falar ao coração»: diz o Senhor ao Seu povo, pela boca do profeta Oseias (cf. Os 2,16).
Um sacerdote deve ter, portanto, um coração suficientemente «ampliado», para dar espaço ao sofrimento do povo que lhe está confiado e ao mesmo tempo, como sentinela, anunciar a aurora da Graça de Deus que se manifesta precisamente naquele sofrimento, e nesta proximidade com Deus, o sacerdote reforça a proximidade com o seu povo; e, vice-versa, na proximidade com o seu povo vive também a proximidade com o seu Senhor, por isto, rezar é tarefa primeira tarefa de todo bispo e sacerdote.
2 - Proximidade com o bispo
A obediência não é um atributo disciplinar, mas a característica mais forte dos laços que nos unem em comunhão, de modo que obedecer – neste caso, ao bispo – significa aprender a escutar.
Esta atitude de obediência implica na capacidade de saber escutar, pois nos ajuda a individuar o gesto e a palavra oportunos que nos desinstalam da cômoda condição de espectadores, uma escuta respeitosa e compassiva.
Esta obediência “é a decisão fundamental de acolher quem está colocado à nossa frente como sinal concreto daquele sacramento universal de salvação que é a Igreja; obediência que pode ser também confrontação, escuta e, nalguns casos, tensão, mas não se separa. Isto requer necessariamente que os sacerdotes rezem pelos bispos e saibam exprimir, com respeito, coragem e sinceridade, o seu parecer. Requer, igualmente dos bispos, humildade, capacidade de escuta, de autocrítica e de se deixar ajudar. Se defendermos esta ligação, avançaremos com segurança no nosso caminho”.
3 - Proximidade entre presbíteros
“Fraternidade é optar deliberadamente por procurar ser santo com os outros, e não em solidão, santo com os outros”.
Cita um provérbio africano: “«Se queres chegar depressa, vai sozinho; se queres chegar longe, vai com os outros». Às vezes parece que a Igreja seja lenta – e é verdade –, mas apraz-me pensar que seja a lentidão de quem decidiu caminhar em fraternidade; inclusive acompanhando os últimos, mas sempre em fraternidade”.
A partir da Primeira Carta de Paulo aos Coríntios, capítulo 13, descreve algumas atitudes que devem marcar a vida do sacerdote nesta proximidade a ser vivida: a paciência, a benignidade, a vigilância em relação ao pecado da inveja, vencer toda tentação de solidão, o amor fraterno que não busca o próprio interesse e não deixa espaço à ira, ao ressentimento.
Quanto ao amor fraterno, compara-o como um ginásio do espírito, onde dia a dia nos confrontamos conosco e temos o termómetro da nossa vida espiritual, e é a profecia da fraternidade permanece viva e tem necessidade de arautos.
No caso dos presbíteros, este amor fraterno se exprime como caridade pastoral, que impele a viver concretamente na missão – “...o amor entre os presbíteros tem a função de guardar, de se guardarem mutuamente”.
E completa: – “Atrevo-me a dizer que, onde reina a fraternidade sacerdotal, a proximidade entre os padres, e existem laços de verdadeira amizade, é possível viver com mais serenidade também a opção celibatária...Sem amigos e sem oração, o celibato pode tornar-se um peso insuportável e um contratestemunho da própria beleza do sacerdócio”.
4 - Proximidade com o povo
Convida-nos a retomar os números 8 e 12 da “Lumen Gentium”, na compreensão desta proximidade.
A relação com o santo Povo de Deus deve ser para cada um de nós, não um dever, mas uma graça – “«O amor às pessoas é a força espiritual que favorece o encontro em plenitude com Deus”, de modo que a paixão por Jesus deve ser simultaneamente uma paixão pelo seu povo, e Ele quer servir-Se dos sacerdotes para ficar mais próximo do santo Povo fiel de Deus...”
Deste modo, o Povo de Deus espera encontrar pastores com o estilo de Jesus e não «clérigos de Estado», vivendo ao estilo do Senhor, que é de proximidade, compaixão e ternura, capazes de parar junto de quem está ferido e estender-lhe a mão; homens contemplativos que possam, na proximidade com o seu povo, anunciar nas chagas do mundo a força operante da Ressurreição.
Reflete sobre a perversão do clericalismo: – “O clericalismo é uma perversão. E um dos seus sinais – a rigidez – é outra perversão. O clericalismo é uma perversão, porque se constitui com base no «distanciamento». Curioso! Não sobre as proximidades, mas sobre o contrário! Quando penso no clericalismo, vem-me ao pensamento também a clericalização do laicado, ou seja, a promoção duma pequena elite que, ao redor do padre, acaba inclusivamente por desnaturar a sua missão fundamental (cf. Gaudium et spes 44): a do fiel leigo”.
Cada batizado é uma missão nesta terra, e para isto está no mundo; é preciso nos considerarmos como marcados a fogo por esta missão (EG 273).
Relaciona a proximidade com o Povo de Deus e a proximidade com Deus, porque a oração do pastor se nutre e encarna no coração do Povo de Deus. Quando reza, o pastor carrega consigo os sinais das feridas e das alegrias do seu povo, que apresenta em silêncio ao Senhor para que as unja com o dom do Espírito Santo. Está aqui a esperança do pastor, que tem confiança e luta para que o Senhor abençoe o seu povo.
Conclui afirmando que estas quatro proximidades são fundamentais, para que o sacerdote responda melhor ao chamado, sem medo, sem rigidez, sem reduzir nem empobrecer a missão, de modo que a proximidade com o Senhor não se trata de uma nova tarefa, mas um dom que Ele concede para que se mantenha viva e fecunda a vocação, uma proximidade compassiva e terna com Deus, com o bispo, com os irmãos presbíteros e com o povo que lhes foi confiado – uma proximidade ao estilo de Deus, marcada pela compaixão e ternura.
PS: Discurso proferido na Sala Paulo VI, no dia 17 de fevereiro de 2022, que pode ser conferido na integra:
Edifiquemos a Igreja, a casa da misericórdia
Retomemos as palavras do Papa Francisco em sua mensagem para o 53º Dia Mundial de Oração pelas Vocações (2016) com o tema «A Igreja, mãe de vocações»:
Celebremos o 3º Ano Vocacional do Brasil
Celebremos o 3º Ano Vocacional do Brasil
Vivenciamos o terceiro Ano Vocacional do Brasil, de 20 de novembro de 2022 a 26 de novembro de 2023, com o tema – “Vocação: Graça e Missão”, e com o Lema – “Corações Ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24,32-33), aprovado na Assembleia dos Bispos no ano passado.
Deve ser para todos nós motivo de grande alegria, como foram os dois anteriores: em 1983 motivado pelo tema “Vem e segue-me”, e em 2003, com o tema “Batismo, fonte de todas as vocações”.
A realização do Ano Vocacional responde à grande necessidade da reflexão e aprofundamento do tema em nossas comunidades eclesiais, paróquias, dioceses e regiões, porque o número de operários e operárias na messe continua sendo menor do que deveria (cf. Mt 9,35; Lc 10,2).
Fundamental foi o Texto Base com caminhos e propostas para a concretição profunda e fecunda do ano vocacional.
Em sua introdução encontramos o objetivo geral e específicos; em seguida aprofundamos a graça de sermos Povo de Deus, em que todos somos chamados a sermos discípulos e discípulas missionários do Senhor; na parte seguinte, aprofundamos a passagem do Evangelho de Marcos (Mc 3,13-19), e os aspectos e graça de sermos chamados pelo Senhor para continuar a Sua missão.
Finalizando, somos exortados para fortalecer a cultura vocacional, a fim de que despertemos vocações, como tão bem encontra expresso na oração do 3º Ano Vocacional, e somos enriquecidos com indicações práticas para o necessário Serviço de Animação Vocacional em nossas dioceses.
Urge que, nos diversos espaços, acolhamos com alegria a sua realização. Não podemos cruzar os braços; ao contrário é preciso que nossos “corações sejam ardentes” e “nossos pés se coloquem a caminho”, vivendo a memorável experiência dos discípulos de Emaús (Lc 24,13-35).
Como nos lembra o cartaz, que o Coração de Jesus nos recorde que a origem, centro e meta de toda a vocação é a missão e a pessoa de Jesus Cristo:
“Aquele que chama, também envia. Iniciativa do próprio Deus, mistério, graça, experiência de encontro, fascínio, alegria, assombro, sensibilidade, inconformidade, resposta pessoal, envolvimento comunitário, missão, serviço, entrega de vida, coragem e determinação, esperança e firme convicção, testemunho de fé (Texto Base).